Há um tempo eu penso em dividir com as pessoas que acompanham o blog e se interessam pelo assunto, o que me ajudou a descobrir os desdobramentos da Lei da Atração, mas sempre titubeava, pois, na verdade, acho que é um processo particular e sei que, quando você se dispõe a ele o Universo se incumbe de fazer com que o que você precisa saber, chegue às suas mãos. Mas ai lembrei que eu mesma posso ser instrumento do Universo, não é mesmo? Então vou postar aqui os livros, autores, filmes e áudios que me ajudaram no caminho até o presente momento, um por vez, pois pretendo comentar algo sobre eles e o efeito que tiveram na minha experiência.
Mas gostaria de salientar que estas são apenas sugestões; sugestões que deram certo para mim. Com isso quero dizer que seu caminho e processo podem ser completamente diferentes mesmo usando os mesmos materiais, pois cada um está num lugar evolutivo e os conteúdos a serem trabalhados, podem ser completamente diferentes.
Acho que o essencial quando você sente vontade de começar são duas coisas:
1º) abrir a sua mente e estar pronto para ouvir/ler com atenção tudo o que está sendo dito e sempre se perguntar: "e se fosse verdade, como isso seria em mim, na minha vida"? Temos todo um roteiro pré-determinado de vida e valores que vão gritar bem alto quando você começar a pensar em possibilidades diferentes e é preciso curiosidade e abertura de alma e mente suficientes para se seguir em frente.
2º) Não leve ao pé da letra tudo o que dizem. As pessoas que fazem esses relatos, são humanas como você e estão em processo evolutivo, tanto quanto nos estamos, portanto têm uma percepção parcial da realidade, ainda que essa possa ser mais acurada que a nossa em alguns aspectos. Use os seus sentimentos para reter o que condiz com a sua essência e liberar aquilo que não tem nada a ver com você. Você sempre é o seu melhor guia espiritual, pois sua alma está diretamente conectada à fonte de tudo na vida que é Deus.
Porém faço um adendo: desconfie fortemente das coisas que seu sentimento berrar que são mentiras ou que te causem reações negativas fortes: isso, geralmente, é apenas um estado de negação profundo a algo que você sabe que é/tem, mas não gosta de ser/ter em hipótese nenhuma.
Bom, vamos aos primeiros:
Livro: Você pode curar sua vida - Louise Hay.
Uia, que chique! Fui procurar o link para o livro em uma livraria e achei logo foi o do pdf do livro on-line! Para quem não tem dificuldade de ler no computador... Minha busca consciente pela mudança se iniciou com esse livro. Tentei lê-lo há uns 12 anos atrás e ele acabou arremessado contra a parede quando meu namoro terminou: eu ainda não estava pronta para o processo. Há uns 3/4 anos eu o retomei e fiz todos os exercícios criteriosamente.
Na minha opinião ele propicia uma primeira e grande limpeza na alma. Sabe aquela coisa de jogar fora o que não te serve mais quando você pensa em fazer uma grande mudança de casa? É isso que o livro faz: tira aquelas coisas que você deixou entulhada na sua alma, principalmente com os exercícios de perdão.
A Louise também trabalha com as afirmações positivas e o que posso dizer além de: funciona!? Já que somos movidos por sistemas de crença, porque não escolhermos nós mesmos aquele que será capaz de trazer o melhor para as nossas vidas? Sim, no começo as afirmações te fazem sentir como falsa e mentirosa, mas com o tempo aquilo se infiltra e se torna tão verdadeiro que sem se dar conta, um dia você estará "brigando" por elas! Acho que esse processo se dá de forma interessante quando, depois de um tempo, você começa a questionar essas novas afirmações verdadeiramente, não no sentido da crítica do ego, mas com a alma. E quando isso acontece, surgem diante dos seus olhos lembranças ou questionamentos ainda mais profundos, que acabam sendo prontamente respondidos por você mesmo e que as tornam uma verdade absoluta e incontestável. Aqueilo que relatei ali embaixo sobre tratar a vida como uma inimiga? Foi uma percepção nascida desses processo.
Áudio: Luiz Antônio Gasparetto: Se deixe em Paz.
Audio Gasparetto: Se deixe em paz.
Eu sei, eu sei: tem muita gente que "odeia" o que o Gasparetto diz, mas ó, confia em mim: o cabra é bom. E o é não apenas em metafísica/espiritualidade, mas também como psicoterapeuta e faz um trabalho seríssimo e muito interessante na junção de ambos. Ele tem um jeito meio duro de falar, às vezes, e que bate direto no nosso orgulho besta, mas, geralmente, é aquilo que escrevi no adendo ali em cima: a gente só está querendo negar o que sabemos ser real. Abra sua mente; abra-se e escute o que ele tem a dizer; você dificilmente se arrependerá.
27 de abril de 2009
26 de abril de 2009
A transcendência não é algo fácil de se lidar. Isso porque você tem consciência de que aquilo que se apresenta a você, poderia ser facilmente tido ou interpretado como alucinação, ilusão, mas você sente com todas as fibras do seu ser que não é. E é justamente o sentir que te garante a veracidade, pois embora a psicologia e psiquiatria tenham evoluído enormemente no sentido de desvendar a mente e suas possibilidades sãs ou doentias, ninguém nunca falou de alucinação afetiva.
Os sentimentos podem ser manipulados, adoecidos, porém isso se dá após a alteração da mente, não antes. E quando você quer voltar a estabelecer a realidade, basta atentar para os sentimentos, pois eles são o primeiro a se revelarem tal como são de fato.
Os sentimentos podem ser manipulados, adoecidos, porém isso se dá após a alteração da mente, não antes. E quando você quer voltar a estabelecer a realidade, basta atentar para os sentimentos, pois eles são o primeiro a se revelarem tal como são de fato.
25 de abril de 2009
24 de abril de 2009
Porque uma coisa é fato: se você está pensando em desvendar e praticar os princípios da Lei da Atração pare e pense muito bem se você está disposto a pagar o preço. Porque embora a melhora material aconteça, ela se torna quase insignificante perto de todo o resto. Você vai mudar completamente. Sua visão de mundo, seus sentimentos, suas posturas, nada será o mesmo depois de um tempo.
É um caminho sem volta e no qual você será revirado do avesso várias vezes. Estava comentando isso com um amigo no Sábado mesmo: que sinto, muitas vezes que me pegam pela ponta dos dois dedões dos pés, pelo lado de dentro, e puxam até eu sair pela boca do lado do avesso. E isso pode doer um bocado, pois é claro, você fica completamente exposta.
Mas sinceramente? Acho que vale super a pena.
É um caminho sem volta e no qual você será revirado do avesso várias vezes. Estava comentando isso com um amigo no Sábado mesmo: que sinto, muitas vezes que me pegam pela ponta dos dois dedões dos pés, pelo lado de dentro, e puxam até eu sair pela boca do lado do avesso. E isso pode doer um bocado, pois é claro, você fica completamente exposta.
Mas sinceramente? Acho que vale super a pena.
Nos últimos dias me dei conta de uma coisa: sempre encarei a vida como uma adversária, algo contra o qual eu sempre devia lutar para superar. Nunca me ocorreu que ela fosse, na verdade, minha aliada. Uma energia à qual eu deveria me unir para poder fluir junto e chegar mais facilmente aonde quero.
Foi lendo diariamente aquela oração de afirmações que postei ali embaixo, que isso foi ficando cada vez mais claro dentro de mim, até que um dia, em meio a um comecinho de crise, pensei para me acalmar: "minha vida é divinamente guiada" e então me dei conta que minha postura diante da vida era completamente oposta a isso, pois sempre me armava ao menor movimento contrário ao que eu acredito que ela deva fazer.
Se acredito em um Deus que quer o melhor para mim, mesmo que o melhor nem sempre seja satisfazer os meus desejos do meu jeito, porque o trato como meu inimigo? Porque desconfio das suas ações e sempre as vejo como algo do qual tenho de me defender em princípio, ou até que constate que o que aconteceu, geralmente, foi o melhor para mim?
Essa crença nos é infiltrada quando crescemos ouvindo coisas como: "a vida é dura"; "é uma batalha"; "matamos um leão por dia". Isso não é necessariamente verdade. Conheço pessoas que têm uma vida produtiva embora esta não seja difícil. Onde tudo aquilo a que a pessoa se propõe se resolve com facilidade o que faz, inclusive, com que ela sempre tenha tempo para se dedicar a novos projetos.
E é engraçado notar que essas pessoas não têm a menor dúvida do valor que têm e não querem "se provar" através das situações, o que causa dificuldades. São pessoas que não duvidam que merecem tudo o que desejam e um pouco mais. E não, não são pessoas egoístas, muito pelo contrário: são de uma generosidade ímpar, pois sempre estão convidando os demais a partilharem da sua jornada; agregam valor.
Então meu trabalho atual tem sido o de me dizer, a cada vez que me pego pensando na vida com uma certa sensação de receio, que ela não é uma inimiga da qual preciso me defender. Sei que algumas situações passadas poderiam me levar a pensar isso, mas hoje não mais. Hoje eu sei coisas que antes não sabia e posso responder de forma diferente às situações.
E nem consigo descrever aqui a diferença enorme que essa mudança de perspectiva causa em mim. O trabalho é de formiguinha, pois essa crença é arraigada. Então muda-se um pouco a cada dia. E já aprendi nesse processo que quando você acha que mudou o suficiente, novos aspectos surgem até que você tenha trabalhado todos os elementos daquela crença e ela tenha se transformado, ou até mesmo deixado de existir. Porém confesso que já sinto muito mais ânimo em olhar o mundo, pois este deixou de ser um campo de batalha e passou a ser um lugar de descobrimento e aventuras.
Foi lendo diariamente aquela oração de afirmações que postei ali embaixo, que isso foi ficando cada vez mais claro dentro de mim, até que um dia, em meio a um comecinho de crise, pensei para me acalmar: "minha vida é divinamente guiada" e então me dei conta que minha postura diante da vida era completamente oposta a isso, pois sempre me armava ao menor movimento contrário ao que eu acredito que ela deva fazer.
Se acredito em um Deus que quer o melhor para mim, mesmo que o melhor nem sempre seja satisfazer os meus desejos do meu jeito, porque o trato como meu inimigo? Porque desconfio das suas ações e sempre as vejo como algo do qual tenho de me defender em princípio, ou até que constate que o que aconteceu, geralmente, foi o melhor para mim?
Essa crença nos é infiltrada quando crescemos ouvindo coisas como: "a vida é dura"; "é uma batalha"; "matamos um leão por dia". Isso não é necessariamente verdade. Conheço pessoas que têm uma vida produtiva embora esta não seja difícil. Onde tudo aquilo a que a pessoa se propõe se resolve com facilidade o que faz, inclusive, com que ela sempre tenha tempo para se dedicar a novos projetos.
E é engraçado notar que essas pessoas não têm a menor dúvida do valor que têm e não querem "se provar" através das situações, o que causa dificuldades. São pessoas que não duvidam que merecem tudo o que desejam e um pouco mais. E não, não são pessoas egoístas, muito pelo contrário: são de uma generosidade ímpar, pois sempre estão convidando os demais a partilharem da sua jornada; agregam valor.
Então meu trabalho atual tem sido o de me dizer, a cada vez que me pego pensando na vida com uma certa sensação de receio, que ela não é uma inimiga da qual preciso me defender. Sei que algumas situações passadas poderiam me levar a pensar isso, mas hoje não mais. Hoje eu sei coisas que antes não sabia e posso responder de forma diferente às situações.
E nem consigo descrever aqui a diferença enorme que essa mudança de perspectiva causa em mim. O trabalho é de formiguinha, pois essa crença é arraigada. Então muda-se um pouco a cada dia. E já aprendi nesse processo que quando você acha que mudou o suficiente, novos aspectos surgem até que você tenha trabalhado todos os elementos daquela crença e ela tenha se transformado, ou até mesmo deixado de existir. Porém confesso que já sinto muito mais ânimo em olhar o mundo, pois este deixou de ser um campo de batalha e passou a ser um lugar de descobrimento e aventuras.
23 de abril de 2009
Eu estou bem. As coisas mais ou menos entraram no curso dentro de mim e a vida seguiu em frente.
Mas tem alguns "detalhes" dos últimos dias que eu não queria deixar esquecidos... Como esse trecho da conversa com um amigo...
"Toda relação pautada em brechas é inexistente, de fato. Brechas são espaços de tempo você espera acontecer na vida da outra pessoa para que esta possa se dedicar a você um pouquinho; não é um tempo que ela deliberadamente cria na própria vida para se dedicar a você porque te quer e sente como sendo importante estar com você, saber de você, compartilhar um pouco e com isso sentir que a própria vida fez mais sentido. Penso nisso há um bom tempo já. Só não sei porque algumas das relações que considero afetivamente como as mais importantes para mim acabam caindo nessa condição... Por eu não pedir/cobrar as pessoas acham que não quero ou não preciso? Por eu não reclamar e aceitar as condições que as situações têm, acabo sendo mais fácil de lidar e exijo menos atenção e empenho, pois crio a fantasia que sempre estarei lá e sempre serei passível de ser "reconquistada"? É, começo a brincar com a hipótese de que é a minha passividade decorrente de bom-sendo que acaba complicando a minha vida. Porém no fundo acho é que, na verdade, não sou tããããão importante e nem tããããõ amada e significativa quanto, às vezes, querem me fazer crer; simples assim".
Mas tem alguns "detalhes" dos últimos dias que eu não queria deixar esquecidos... Como esse trecho da conversa com um amigo...
"Toda relação pautada em brechas é inexistente, de fato. Brechas são espaços de tempo você espera acontecer na vida da outra pessoa para que esta possa se dedicar a você um pouquinho; não é um tempo que ela deliberadamente cria na própria vida para se dedicar a você porque te quer e sente como sendo importante estar com você, saber de você, compartilhar um pouco e com isso sentir que a própria vida fez mais sentido. Penso nisso há um bom tempo já. Só não sei porque algumas das relações que considero afetivamente como as mais importantes para mim acabam caindo nessa condição... Por eu não pedir/cobrar as pessoas acham que não quero ou não preciso? Por eu não reclamar e aceitar as condições que as situações têm, acabo sendo mais fácil de lidar e exijo menos atenção e empenho, pois crio a fantasia que sempre estarei lá e sempre serei passível de ser "reconquistada"? É, começo a brincar com a hipótese de que é a minha passividade decorrente de bom-sendo que acaba complicando a minha vida. Porém no fundo acho é que, na verdade, não sou tããããão importante e nem tããããõ amada e significativa quanto, às vezes, querem me fazer crer; simples assim".
19 de abril de 2009
Anorexia e Obesidade – Segunda Parte.
A meu ver, o que forma o tipo de crença primordial e disfuncional no portador de distúrbio alimentar, parece ser o fato de sempre haver perto deste alguém afetivamente significativo e que é ou excessivamente preocupado com a forma física, ou obsessivamente despreocupado da mesma. Às vezes ocorrem os dois. E sempre será aquele que promover o abandono que determinará se o distúrbio acarretará em obesidade ou anorexia. Diria que isso acontece por, na dinâmica dessa relação, ocorrer um excesso de mensagens de duplo vínculo - usando um termo que ouvi pela primeira vez estudando Pichon Rivière, e que significa a emissão de uma única mensagem, uma frase, por exemplo, mas que carrega dois significados opostos onde um infere amor e o outro rejeição. Ou seja, é um extrapolar na interação onde alguém insiste em dizer que devemos ser amados pelo que somos, ao mesmo tempo em que essa pessoa demonstra claramente não conseguir amar os outros pelo que eles são, sempre impondo condições físicas, afetivas e comportamentais e comprovando, assim, ser afetivamente tão disfuncional quanto o portador de distúrbio alimentar se torna.
É por esse motivo – e usando como premissa a teoria dos três Ds, também de Pichon Rivière, que diz que nas relações grupais, e a família é um grupo, sempre existe um depositante, um depositário e algo a ser depositado que apenas, caso o depositário não aceite mais essa função na dinâmica do grupo, mudará de lugar se não for elaborado por todos os membros do grupo - que o tratamento dessa disfunção pede pela intervenção familiar, na maioria das vezes. Traduzindo em miúdos: se não se fizer terapia familiar, um se cura e outro adoece em seu lugar, mas não necessariamente com a mesma patologia.
Mas por que um desenvolve anorexia e o outro obesidade?
O x é que o obeso desiste do controle depois que se dá conta que isso não é possível e vai em busca de formas alternativas de prazer e encontra a mais fácil na comida; já o anoréxico não, ele perversamente insiste e amplia o grau de controle que deseja ter: se não pode controlar o mundo, pode controlar a si mesmo. Grosso modo, poderíamos dizer que o obeso se vinga do amor; o anoréxico se vinga da necessidade de amor. O obeso procura o prazer que não encontra fora no comer, e tende a prolongar isso indefinidamente. O anoréxico encontra prazer em sobreviver se negando prazer, fingindo que não necessita dele.
E porque ele faz isso? Justamente porque vive na falta. Sei que é lugar comum na psicologia culpabilizar as figuras parentais por promoverem os nossos distúrbios – minimamente os seus primórdios – eu mesma pareci fazer isso lá em cima, e embora alguns realmente façam por merecer essa responsabilização em algum grau, fato é que ninguém teve os pais que quiseram 100% do tempo, e nem receberam deles toda a atenção que precisavam. Porque, então, nos portadores desse distúrbio essa falta parece ser sentida de forma mais exarcebada a ponto de causá-lo? Não sei, mas acho que é pelo mesmo motivo que o adicto é adicto. Nasce com essa conformação por motivos que transcendem o aqui e o agora.
Também é comum as pessoas se perguntarem, principalmente diante da anorexia: “onde estão os pais dessas pessoas que não percebem isso e não tomam uma providência”? E mesmo que os pais tenham o perfil que descrevi lá em cima, é comum e esperado que você os encontre atentos ao problema de peso dos filhos depois que este atinge de um determinado patamar, e é isso que me faz responder que emocionalmente estão exatamente no mesmo lugar que os pais do obeso, que também se tornam impotentes em lidar com o distúrbio do filho, mesmo quando esse é ainda leve. A comida mexe com aspectos muitos primitivos da nossa psique. Não é fácil tirar a comida de alguém e nem obrigar alguém a comer. Você pode amarrar o anoréxico e o obeso mórbido - e a fase de internação é literalmente assim - e controlar a alimentação e consequentemente, por um tempo, a disfunção, via coação, porém na primeira oportunidade ambos vão retomar os padrões anteriores se as causas emocionais não forem tratadas.
A meu ver, o que forma o tipo de crença primordial e disfuncional no portador de distúrbio alimentar, parece ser o fato de sempre haver perto deste alguém afetivamente significativo e que é ou excessivamente preocupado com a forma física, ou obsessivamente despreocupado da mesma. Às vezes ocorrem os dois. E sempre será aquele que promover o abandono que determinará se o distúrbio acarretará em obesidade ou anorexia. Diria que isso acontece por, na dinâmica dessa relação, ocorrer um excesso de mensagens de duplo vínculo - usando um termo que ouvi pela primeira vez estudando Pichon Rivière, e que significa a emissão de uma única mensagem, uma frase, por exemplo, mas que carrega dois significados opostos onde um infere amor e o outro rejeição. Ou seja, é um extrapolar na interação onde alguém insiste em dizer que devemos ser amados pelo que somos, ao mesmo tempo em que essa pessoa demonstra claramente não conseguir amar os outros pelo que eles são, sempre impondo condições físicas, afetivas e comportamentais e comprovando, assim, ser afetivamente tão disfuncional quanto o portador de distúrbio alimentar se torna.
É por esse motivo – e usando como premissa a teoria dos três Ds, também de Pichon Rivière, que diz que nas relações grupais, e a família é um grupo, sempre existe um depositante, um depositário e algo a ser depositado que apenas, caso o depositário não aceite mais essa função na dinâmica do grupo, mudará de lugar se não for elaborado por todos os membros do grupo - que o tratamento dessa disfunção pede pela intervenção familiar, na maioria das vezes. Traduzindo em miúdos: se não se fizer terapia familiar, um se cura e outro adoece em seu lugar, mas não necessariamente com a mesma patologia.
Mas por que um desenvolve anorexia e o outro obesidade?
O x é que o obeso desiste do controle depois que se dá conta que isso não é possível e vai em busca de formas alternativas de prazer e encontra a mais fácil na comida; já o anoréxico não, ele perversamente insiste e amplia o grau de controle que deseja ter: se não pode controlar o mundo, pode controlar a si mesmo. Grosso modo, poderíamos dizer que o obeso se vinga do amor; o anoréxico se vinga da necessidade de amor. O obeso procura o prazer que não encontra fora no comer, e tende a prolongar isso indefinidamente. O anoréxico encontra prazer em sobreviver se negando prazer, fingindo que não necessita dele.
E porque ele faz isso? Justamente porque vive na falta. Sei que é lugar comum na psicologia culpabilizar as figuras parentais por promoverem os nossos distúrbios – minimamente os seus primórdios – eu mesma pareci fazer isso lá em cima, e embora alguns realmente façam por merecer essa responsabilização em algum grau, fato é que ninguém teve os pais que quiseram 100% do tempo, e nem receberam deles toda a atenção que precisavam. Porque, então, nos portadores desse distúrbio essa falta parece ser sentida de forma mais exarcebada a ponto de causá-lo? Não sei, mas acho que é pelo mesmo motivo que o adicto é adicto. Nasce com essa conformação por motivos que transcendem o aqui e o agora.
Também é comum as pessoas se perguntarem, principalmente diante da anorexia: “onde estão os pais dessas pessoas que não percebem isso e não tomam uma providência”? E mesmo que os pais tenham o perfil que descrevi lá em cima, é comum e esperado que você os encontre atentos ao problema de peso dos filhos depois que este atinge de um determinado patamar, e é isso que me faz responder que emocionalmente estão exatamente no mesmo lugar que os pais do obeso, que também se tornam impotentes em lidar com o distúrbio do filho, mesmo quando esse é ainda leve. A comida mexe com aspectos muitos primitivos da nossa psique. Não é fácil tirar a comida de alguém e nem obrigar alguém a comer. Você pode amarrar o anoréxico e o obeso mórbido - e a fase de internação é literalmente assim - e controlar a alimentação e consequentemente, por um tempo, a disfunção, via coação, porém na primeira oportunidade ambos vão retomar os padrões anteriores se as causas emocionais não forem tratadas.
16 de abril de 2009
Bom, acho necessário esclarecer a quem me ama: ele não fez nada, e nem me magoou. Vai fazer uma cirurgia amanhã e isso me colocou na concretude da minha situação: se ele morrer, simplesmente não vou ficar sabendo, pois não existo de fato. E isso é MUITO mais foda do que eu já sabia que era. MUITO mais.
A mim resta torcer e esperar pela ligação que ele vai fazer quando tiver condições de falar novamente, o que vai levar uns 15 dias, pois o pós-operatório é muito doloroso.
Para mim também é.
Cair fora é a decisão mais lógica, racional e a mais difícil também, pois nada me protege do sofrimento que já é.
Update: Não, eu não acho que ele vá morrer, apenas exagerei na implicação das possíveis consequências; e isso não muda nada: não tenho acesso.
A mim resta torcer e esperar pela ligação que ele vai fazer quando tiver condições de falar novamente, o que vai levar uns 15 dias, pois o pós-operatório é muito doloroso.
Para mim também é.
Cair fora é a decisão mais lógica, racional e a mais difícil também, pois nada me protege do sofrimento que já é.
Update: Não, eu não acho que ele vá morrer, apenas exagerei na implicação das possíveis consequências; e isso não muda nada: não tenho acesso.
15 de abril de 2009
E evitei com toda força descer assim e topar com minha mãe na cozinha - que se plantou na dita cuja desde cedo - mas já era quase meio-dia e eu estava há 14 horas sem comer, e mesmo que não tivesse fome alguma, não quero me maltratar mais do que o inevitável. Até pensei em maquiagem na tentativa de disfarçar os olhos, porém ia ser mais estranho ainda e chamar muuuuuuuito mais atenção. O jeito era tentar não ficar de frente para ela e muito menos olhá-la. E tudo porque eu não quero explicar o que não tem explicação. E também porque não quero a trilha sonora de dor-de-cotovelo dela ecoando pela casa. Sim, ela tem uma ladinho sádico e sempre arruma a música perfeita para esses momentos...
E eu estava conseguindo ter sucesso na empreitada até que parei na pia para lavar meu copo e ela parou em pé na frente do fogão me olhando de lado, pois é claro que eu estava muito atenta na louça que lavava; ela diz:
- Você tá com o rosto inchado?
- Tô.
- Porque? Tá todo inchado, até os olhos.
- Não sei.
- Tá com alergia?
- Acho que sim, troquei o creme de rosto esses dias.(mentiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!)
- Ou andou chorando?
- Não.
- Brigou com algum dos namorados? (ela acredita mesmo que tenho vários e não levo nenhum a sério)
- Não.
- Olha lá heim? Essa noite sonhei que você estava casando e meus sonhos são sempre um responso.
Ai eu tive que rir né? Gargalhar mesmo.
Não, eu não quis saber detalhes. Virei as costas e subi.
E eu estava conseguindo ter sucesso na empreitada até que parei na pia para lavar meu copo e ela parou em pé na frente do fogão me olhando de lado, pois é claro que eu estava muito atenta na louça que lavava; ela diz:
- Você tá com o rosto inchado?
- Tô.
- Porque? Tá todo inchado, até os olhos.
- Não sei.
- Tá com alergia?
- Acho que sim, troquei o creme de rosto esses dias.(mentiraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!)
- Ou andou chorando?
- Não.
- Brigou com algum dos namorados? (ela acredita mesmo que tenho vários e não levo nenhum a sério)
- Não.
- Olha lá heim? Essa noite sonhei que você estava casando e meus sonhos são sempre um responso.
Ai eu tive que rir né? Gargalhar mesmo.
Não, eu não quis saber detalhes. Virei as costas e subi.
Ai fui dar uma de engraçadinha e fui lá no livro da Louise Hay ver a crença limitativa que gera edema, porque né? Os olhos só não estão mais inchados, porque são só dois. O que leio?
"O que ou quem você não quer largar"?
Assim mermo, sem vaselina nem nada...
Toma!
"O que ou quem você não quer largar"?
Assim mermo, sem vaselina nem nada...
Toma!
E a música que toca no dial da minha mente quando acordei pela segunda vez essa manhã, quando meu objetivo é simplesmente não pensar...
Angra Dos Reis
Letra: Renato Russo
Música: Renato Russo/Renato Rocha/Marcelo Bonfá
Deixa, se fosse sempre assim quente
Deita aqui perto de mim
Tem dias em que tudo está em paz
E agora os dias são iguais
Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Vamos brincar perto da usina
Deixa pra lá, a angra é dos reis
Por que se explicar se não existe perigo?
Senti seu coração perfeito
Batendo à toa e isso dói
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi
Mesmo se as estrelas começassem a cair
E a luz queimasse tudo ao redor
E fosse o fim chegando cedo
E você visse nosso corpo em chamas
Deixa pra lá
Quando as estrelas começarem a cair
Me diz, me diz pra onde a gente vai fugir?
Ao menos é rock and roll...
Angra Dos Reis
Letra: Renato Russo
Música: Renato Russo/Renato Rocha/Marcelo Bonfá
Deixa, se fosse sempre assim quente
Deita aqui perto de mim
Tem dias em que tudo está em paz
E agora os dias são iguais
Se fosse só sentir saudade
Mas tem sempre algo mais
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Vamos brincar perto da usina
Deixa pra lá, a angra é dos reis
Por que se explicar se não existe perigo?
Senti seu coração perfeito
Batendo à toa e isso dói
Seja como for
É uma dor que dói no peito
Pode rir agora que estou sozinho
Mas não venha me roubar
Vai ver que não é nada disso
Vai ver que já não sei quem sou
Vai ver que nunca fui o mesmo
A culpa é toda sua e nunca foi
Mesmo se as estrelas começassem a cair
E a luz queimasse tudo ao redor
E fosse o fim chegando cedo
E você visse nosso corpo em chamas
Deixa pra lá
Quando as estrelas começarem a cair
Me diz, me diz pra onde a gente vai fugir?
Ao menos é rock and roll...
14 de abril de 2009
Sou como uma viúva: amo, mas quem amo vive uma outra vida, numa dimensão paralela à minha, embora nossos mundos tenham espaços que se contém. A diferença é que se a viúva precisa ir ao centro espírita para receber uma comunicação, quem sabe até uma carta psicografada - com muita sorte - a mim basta discar um número, tomar um ônibus para poder ver e estar com quem amo.
Sim, sou amada. Não tenho NENHUMA dúvida quanto a isso. E não, não é pretensão e nem ilusão da minha parte. Eu simplesmente sei; sempre soube.
E por amar foi que nunca me casei. Pois embora tenha me apaixonado por outros homens, sempre soube que o que eu sentia por eles não era amor - exceção feita a um só, que por ser muito parecido com quem amo em algumas coisas, teria "me levado ao altar" se tivesse tido coragem de bancar os próprios sentimentos. Hoje sinto uma certa gratidão por ele não ter conseguido fazer isso, uma vez que nos poupou de uma separação que é sempre dolorosa; mais do que já foi levar o pé na bunda naquela época.
Para além disso, nunca quis brincar com os sentimentos alheios: prometer algo que, sei, não poderei entregar. É, isso ainda é real. Se sei a quem amo, mesmo sabendo que não existe um nós - nem haverá - como envolver alguém que poderá querer mais do que o afeto que posso oferecer? Não dá! Ao menos para mim. Mesmo que hoje eu tenha decidido não ver mais quem amo... Mesmo que essa decisão esteja fazendo com que me sinta como se mil facas atravessam meu o corpo de dentro para fora e voltem.
E eu não vou, mais uma vez, lutar para esquecer, "seguir em frente", "me dar novas oportunidades", como muita gente irá me sugerir e dizer - por isso aos amigos o pedido encarecido: não digam! Não vou porque já fiz isso mais de uma vez e não deu certo: depois de muito ou pouco tempo, não importa, sempre me deparo com o mesmo amor. Não vou mais brigar com o que sinto, tentar matar o que não morre. Cansei disso. Cansei profundamente disso.
Não entendo o porquê de tudo isso, o motivo de terem tido tanto trabalho em reverter uma situação que estava estável e confortável, mas também não me importa mais. Talvez o objetivo fosse apenas esse: me fazer desistir para todo o sempre. É. Não tenho mais como carregar a esperança de um futuro, mesmo que em outra vida, como fiz até hoje. Dói demais a espera... Dói, mesmo que não doa.
Dói porque não tem como construir uma existência correndo o risco de um dia chegar à percepção de que teria trocado tudo (mesmo que eu ame profundamente esse tudo), pela oportunidade de ter vivido ao lado dele. Eu não consigo dar às coisas/pessoas o valor que sei que elas possuem quando as coloco em perspectiva com ele. Tudo se torna pequeno e insignificante, mesmo que eu tenha plena consciência que dentro de mim essas coisas/pessoas têm um valor inestimável.
Me manterei aberta para vida, mas não ao amor - ao menos esse tipo de amor - porque simplesmente não tem como não ser coerente comigo mesma. Também porque não quero novamente descobrir ali na frente que me iludi achando que esqueci o que não se esquece. Deve haver um sentido em tudo isso, mas não sei qual. E não sei se um dia saberei.
Fiz uma escolha há muitos anos e como consequência dela ele fez a escolha dele. Isso não tem volta. Nossas vidas são o que são em decorrência dessa escolha.
Ainda não comuniquei minha decisão; existe uma cirurgia no meio do caminho e cirugias são sempre delicadas. Espero fazer isso quando ele cumprir a promessa de ligar semana que vem e quase rezo para que ele não o faça; para que apenas deixemos de existir na vida um do outro como já aconteceu uma vez. É, sou covarde. Porém suspeito que meu desejo não será atendido. Hoje ele tem muitos modos de me encontrar. Então que Deus me dê forças para falar sem cair no choro e para conseguir explicar que preciso mais do que tenho e sei que quem poderia me dar, não tem essa disponibilidade. Porque não existe substituição, entende? Só não existe.
E escrevo tudo isso para que os me amam tomem ciência do motivo da minha ausência e mutismo nos próximos dias... É, conchei: preciso lamber minhas próprias feridas. Mas eu volto.
Sim, sou amada. Não tenho NENHUMA dúvida quanto a isso. E não, não é pretensão e nem ilusão da minha parte. Eu simplesmente sei; sempre soube.
E por amar foi que nunca me casei. Pois embora tenha me apaixonado por outros homens, sempre soube que o que eu sentia por eles não era amor - exceção feita a um só, que por ser muito parecido com quem amo em algumas coisas, teria "me levado ao altar" se tivesse tido coragem de bancar os próprios sentimentos. Hoje sinto uma certa gratidão por ele não ter conseguido fazer isso, uma vez que nos poupou de uma separação que é sempre dolorosa; mais do que já foi levar o pé na bunda naquela época.
Para além disso, nunca quis brincar com os sentimentos alheios: prometer algo que, sei, não poderei entregar. É, isso ainda é real. Se sei a quem amo, mesmo sabendo que não existe um nós - nem haverá - como envolver alguém que poderá querer mais do que o afeto que posso oferecer? Não dá! Ao menos para mim. Mesmo que hoje eu tenha decidido não ver mais quem amo... Mesmo que essa decisão esteja fazendo com que me sinta como se mil facas atravessam meu o corpo de dentro para fora e voltem.
E eu não vou, mais uma vez, lutar para esquecer, "seguir em frente", "me dar novas oportunidades", como muita gente irá me sugerir e dizer - por isso aos amigos o pedido encarecido: não digam! Não vou porque já fiz isso mais de uma vez e não deu certo: depois de muito ou pouco tempo, não importa, sempre me deparo com o mesmo amor. Não vou mais brigar com o que sinto, tentar matar o que não morre. Cansei disso. Cansei profundamente disso.
Não entendo o porquê de tudo isso, o motivo de terem tido tanto trabalho em reverter uma situação que estava estável e confortável, mas também não me importa mais. Talvez o objetivo fosse apenas esse: me fazer desistir para todo o sempre. É. Não tenho mais como carregar a esperança de um futuro, mesmo que em outra vida, como fiz até hoje. Dói demais a espera... Dói, mesmo que não doa.
Dói porque não tem como construir uma existência correndo o risco de um dia chegar à percepção de que teria trocado tudo (mesmo que eu ame profundamente esse tudo), pela oportunidade de ter vivido ao lado dele. Eu não consigo dar às coisas/pessoas o valor que sei que elas possuem quando as coloco em perspectiva com ele. Tudo se torna pequeno e insignificante, mesmo que eu tenha plena consciência que dentro de mim essas coisas/pessoas têm um valor inestimável.
Me manterei aberta para vida, mas não ao amor - ao menos esse tipo de amor - porque simplesmente não tem como não ser coerente comigo mesma. Também porque não quero novamente descobrir ali na frente que me iludi achando que esqueci o que não se esquece. Deve haver um sentido em tudo isso, mas não sei qual. E não sei se um dia saberei.
Fiz uma escolha há muitos anos e como consequência dela ele fez a escolha dele. Isso não tem volta. Nossas vidas são o que são em decorrência dessa escolha.
Ainda não comuniquei minha decisão; existe uma cirurgia no meio do caminho e cirugias são sempre delicadas. Espero fazer isso quando ele cumprir a promessa de ligar semana que vem e quase rezo para que ele não o faça; para que apenas deixemos de existir na vida um do outro como já aconteceu uma vez. É, sou covarde. Porém suspeito que meu desejo não será atendido. Hoje ele tem muitos modos de me encontrar. Então que Deus me dê forças para falar sem cair no choro e para conseguir explicar que preciso mais do que tenho e sei que quem poderia me dar, não tem essa disponibilidade. Porque não existe substituição, entende? Só não existe.
E escrevo tudo isso para que os me amam tomem ciência do motivo da minha ausência e mutismo nos próximos dias... É, conchei: preciso lamber minhas próprias feridas. Mas eu volto.
13 de abril de 2009
Anorexia e obesidade - Primeira parte

Vamos falar sobre distúrbio alimentar, mais precisamente sobre a anorexia e obesidade?
Sim, porque não dá pra falar da anorexia sem falar de obesidade, já que são, a meu ver, os pólos opostos de um mesmo distúrbio emocional, ou seja: se a questão alimentar fosse um pêndulo, num pólo você teria a anorexia, no oposto, a obesidade e no meio o equilíbrio. Passando de um pólo a outro, você teria a bulimia e o abuso do trato intestinal.
A minha proposta pessoal de fazer esse post surgiu depois de ler algumas coisas sobre a anorexia que julguei um tanto levianas a princípio, por tratarem o distúrbio como se fosse um modismo e não uma doença. Eu sei, eu sei, as anoréxicas defendem que é um estilo de vida – pró-ana, mia - mas não é: é uma doença passível de tratamento, embora não saibamos ainda se é passível de cura. Sei que é diante dessa postura de modismo – portanto escolha – que as pessoas formam conceitos, e preconceitos, embarcadas nessa onda emocional e não por mal.
A anorexia mata. A obesidade também. E ambas, depois de um determinado grau, trazem para o organismo deficiências que se tornam irreversíveis e diminuem a qualidade de vida do seu portador. A diferença é que a obesidade é mais socialmente aceita. Tal e qual a bebida que é droga e causa sérios danos do mesmo jeito que a cocaína, mas como todo mundo está acostumado e faz algum uso sem consequências, deixamos de notá-la como droga? Pois.
Além do que o obeso nos fala emocionalmente de algo que sobra, do excesso, e assim nos remete simbolicamente, embora seja uma mentira deslavada, à sensação afetiva de que ele não precisa de nada, nem de nós e isso nos deixa emocionalmente cômodos. Já o anoréxico... Esse conversa diretamente com a nossa impotência; com a “falta” num grau tão avançado que salta aos nossos olhos e mobiliza em nós uma atenção e um cuidado que acaba nos ferindo, pois o que ele nos diz incessantemente é que: não importa o que sejamos para ele nunca somos suficientemente bons a fim de nutri-lo afetivamente. O irônico aqui, se não fosse trágico e profundamente triste, é que a “falta” que move o portador de distúrbio alimentar, é justamente de ser amado exatamente “pelo que é” e “do jeito que é”.
Mas, o que é o distúrbio alimentar, mais precisamente a anorexia e a obesidade?
Dentro do meu entendimento, o distúrbio alimentar é caracterizado pela necessidade de controle obsessivo e que na anorexia se traduzirá numa compulsão pelo controle absoluto do que se come e do peso. Já a obesidade seria uma compulsão pelo descontrole, motivado pelo prazer imediato e sem resistência que a comida oferece, mas que também tem sua gênese no desejo de controle absoluto. Explico-me:
A personalidade que sofre um distúrbio alimentar quer determinar absolutamente tudo o que chega até ela, desde situações cotidianas a até, e principalmente, a afetividade daqueles que lhe são significativos. Porém a vida não é passível de controle nesse grau e quando esta personalidade começa a se dar conta da impossibilidade dos seus propósitos, transfere essa necessidade de controle para o próprio corpo. Entendam: não é que ela não receba amor, recebe, mas o amor que recebe nunca está qualificado como dentro das suas expectativas, ou seja: ela não consegue senti-lo como suficiente, pois não o considera, usando um termo de Winnicott do qual gosto muito, como sendo suficientemente bom.
E isso porque de fato e concretamente o portador de distúrbio alimentar sofreu rejeição. Seja pela separação dos pais, pelos pais serem ocupados demais com suas vidas e profissões para dar-lhe real atenção, ou até mesmo por ter pais com expectativas fantasiosas em relação aos filhos e que, portanto, estabelecem um grau de exigência muito alto, mesmo que não verbalizado. Ai não fica difícil deduzir porque ele tem necessidade de controle: quer a todo custo evitar o sofrimento que ser rejeitado causa.
É dessa forma que essa pessoa cria numa crença primordial de que não recebe amor por não ter merecimento/adequação e que, portanto, se quer ter isso, deve se transformar num outro alguém passível de ser amado como acredita que precisa ser. Um novo corpo, uma nova personalidade, a reinvenção de si mesmo está sempre como pano de fundo da pessoa que sofre de distúrbio alimentar.
E como existe uma necessidade de entender porque se foi rejeitado, e como a primeira e inaceitável resposta é que o fomos por não sermos suficientemente bons, projetamos no corpo e na sua forma o motivo para a rejeição. O obeso engorda e diz: “ninguém em ama porque sou gordo”; o anoréxico emagrece porque diz: “ninguém me ama porque sou gordo”. Sim, é justamente a mesma justificativa dada - embora com dinâmicas comportamentais diferentes frente à mesma constatação - que denota que os distúrbios têm a mesma gênese. A diferença de proposta reside no fato de que o obeso passa a usar o corpo para promover a rejeição que tanto teme e o anoréxico, na busca pela magreza, também promove a rejeição, porém acredita que existe um patamar onde será magro, e portanto, bonito o suficiente para promover a aceitação. Para ele é como se houve um padrão de beleza física tão irresistível que fizesse brotar o amor incondicional.

Vamos falar sobre distúrbio alimentar, mais precisamente sobre a anorexia e obesidade?
Sim, porque não dá pra falar da anorexia sem falar de obesidade, já que são, a meu ver, os pólos opostos de um mesmo distúrbio emocional, ou seja: se a questão alimentar fosse um pêndulo, num pólo você teria a anorexia, no oposto, a obesidade e no meio o equilíbrio. Passando de um pólo a outro, você teria a bulimia e o abuso do trato intestinal.
A minha proposta pessoal de fazer esse post surgiu depois de ler algumas coisas sobre a anorexia que julguei um tanto levianas a princípio, por tratarem o distúrbio como se fosse um modismo e não uma doença. Eu sei, eu sei, as anoréxicas defendem que é um estilo de vida – pró-ana, mia - mas não é: é uma doença passível de tratamento, embora não saibamos ainda se é passível de cura. Sei que é diante dessa postura de modismo – portanto escolha – que as pessoas formam conceitos, e preconceitos, embarcadas nessa onda emocional e não por mal.
A anorexia mata. A obesidade também. E ambas, depois de um determinado grau, trazem para o organismo deficiências que se tornam irreversíveis e diminuem a qualidade de vida do seu portador. A diferença é que a obesidade é mais socialmente aceita. Tal e qual a bebida que é droga e causa sérios danos do mesmo jeito que a cocaína, mas como todo mundo está acostumado e faz algum uso sem consequências, deixamos de notá-la como droga? Pois.
Além do que o obeso nos fala emocionalmente de algo que sobra, do excesso, e assim nos remete simbolicamente, embora seja uma mentira deslavada, à sensação afetiva de que ele não precisa de nada, nem de nós e isso nos deixa emocionalmente cômodos. Já o anoréxico... Esse conversa diretamente com a nossa impotência; com a “falta” num grau tão avançado que salta aos nossos olhos e mobiliza em nós uma atenção e um cuidado que acaba nos ferindo, pois o que ele nos diz incessantemente é que: não importa o que sejamos para ele nunca somos suficientemente bons a fim de nutri-lo afetivamente. O irônico aqui, se não fosse trágico e profundamente triste, é que a “falta” que move o portador de distúrbio alimentar, é justamente de ser amado exatamente “pelo que é” e “do jeito que é”.
Mas, o que é o distúrbio alimentar, mais precisamente a anorexia e a obesidade?
Dentro do meu entendimento, o distúrbio alimentar é caracterizado pela necessidade de controle obsessivo e que na anorexia se traduzirá numa compulsão pelo controle absoluto do que se come e do peso. Já a obesidade seria uma compulsão pelo descontrole, motivado pelo prazer imediato e sem resistência que a comida oferece, mas que também tem sua gênese no desejo de controle absoluto. Explico-me:
A personalidade que sofre um distúrbio alimentar quer determinar absolutamente tudo o que chega até ela, desde situações cotidianas a até, e principalmente, a afetividade daqueles que lhe são significativos. Porém a vida não é passível de controle nesse grau e quando esta personalidade começa a se dar conta da impossibilidade dos seus propósitos, transfere essa necessidade de controle para o próprio corpo. Entendam: não é que ela não receba amor, recebe, mas o amor que recebe nunca está qualificado como dentro das suas expectativas, ou seja: ela não consegue senti-lo como suficiente, pois não o considera, usando um termo de Winnicott do qual gosto muito, como sendo suficientemente bom.
E isso porque de fato e concretamente o portador de distúrbio alimentar sofreu rejeição. Seja pela separação dos pais, pelos pais serem ocupados demais com suas vidas e profissões para dar-lhe real atenção, ou até mesmo por ter pais com expectativas fantasiosas em relação aos filhos e que, portanto, estabelecem um grau de exigência muito alto, mesmo que não verbalizado. Ai não fica difícil deduzir porque ele tem necessidade de controle: quer a todo custo evitar o sofrimento que ser rejeitado causa.
É dessa forma que essa pessoa cria numa crença primordial de que não recebe amor por não ter merecimento/adequação e que, portanto, se quer ter isso, deve se transformar num outro alguém passível de ser amado como acredita que precisa ser. Um novo corpo, uma nova personalidade, a reinvenção de si mesmo está sempre como pano de fundo da pessoa que sofre de distúrbio alimentar.
E como existe uma necessidade de entender porque se foi rejeitado, e como a primeira e inaceitável resposta é que o fomos por não sermos suficientemente bons, projetamos no corpo e na sua forma o motivo para a rejeição. O obeso engorda e diz: “ninguém em ama porque sou gordo”; o anoréxico emagrece porque diz: “ninguém me ama porque sou gordo”. Sim, é justamente a mesma justificativa dada - embora com dinâmicas comportamentais diferentes frente à mesma constatação - que denota que os distúrbios têm a mesma gênese. A diferença de proposta reside no fato de que o obeso passa a usar o corpo para promover a rejeição que tanto teme e o anoréxico, na busca pela magreza, também promove a rejeição, porém acredita que existe um patamar onde será magro, e portanto, bonito o suficiente para promover a aceitação. Para ele é como se houve um padrão de beleza física tão irresistível que fizesse brotar o amor incondicional.
6 de abril de 2009
Ontem ouvi meu irmão dizendo algo que, por vir dele, dentro do contexto atual, me surpreendeu: que ele aprendeu duas coisas na vida e que uma delas é que a mesma é feita de escolhas, que escolher é direito de todo ser humano e pauta a nossa existência.
Bravo!
Ai fico pensando que as pessoas se começam a entender isso, ainda estão longe de compreender, de fato, o que isso implica.
A vida é feita de aspectos positivos e negativos e a grande maioria das vezes uma mesma situação traz ambos em seu cerne. Ao que você dará importância é escolha sua. E o que vejo acontecer, a maioria das vezes, é que, embora os aspectos positivos sejam em maior número numa mesma situação, as pessoas se focam e frisam o negativo exaustivamente. Tanto que acabam sem ânimo e desgastadas para fazer algo que, efetivamente, mude apenas a própria vida pra melhor. O pretexto interno é de que não podemos mudar o mundo se não ficarmos atentos às coisas que não vão bem, não nos precavermos delas.
Eu não sei... A única coisa que tenho percebido claramente e cada vez mais, ultimamente, é que o mundo acaba se tornando um lugar mais chato, porque as pessoas vivem de mimimi e reclamando de alguma coisa 90% do tempo. Tem lá 25 coisas bacanas acontecendo num mesmo espaço-tempo na própria vida, e uma ou duas desagradáveis e o foco se fixa onde? No negativo. Por quê? Porque se escolhe e elege olhar a sua vida e o mundo por essas lentes e depois se reclama que nada flue, que nada dá certo, que nada caminha a nosso favor. Ai me pego pensando: do que adianta o Universo te enviar coisas boas se você as despreza - cotidianamente - em nome de algo que acredita ser "ter consciência"?
E não sei quanto a vocês, mas eu, pensando cá com os meus botões, todas as vezes nessa vida em que - de fato e de direito - estive diante de problemas insolúveis por minha falta absoluta de recursos pessoais diante delas, tive a ajuda vindo inesperadamente de algum lugar/pessoa que eu não fazia idéia e quem ajudou também não sabia da minha grande necessidade. Sim, essa é a AÇÃO DE DEUS. TODAS as vezes. No demais, quando os problemas na verdade são apenas desafios e dificuldades que tenho de ultrapassar, as coisas se resolvem quando me despreocupo - por vezes desisto - pois ai eu consigo ser criativa para achar a solução que o pensamento obsessivo impede. Simplificando: ligar-me aos aspectos negativos nunca me ajudou em nada.
A perfeição não existe. Mas a imperfeição também não, embora todos julguem, porque aprendemos a pensar assim: que aquilo que não é perfeito, é, implicitamente, imperfeito. O é, mas só conceitualmente.
E que seja! Porém quem disse que o imperfeito não pode nos trazer prazer e contentamento? Não pode nos nutrir, realizar e fazer, justo pelo que falta, com que a vida se mova? Pois é essa a exata perfeição do imperfeito: impulsionar-nos a seguir em busca. O x é quando isso se torna obsessivo e desqualifica qualquer coisa em nome dessa perfeição inalcançável.
Divagações, divagações...
Bravo!
Ai fico pensando que as pessoas se começam a entender isso, ainda estão longe de compreender, de fato, o que isso implica.
A vida é feita de aspectos positivos e negativos e a grande maioria das vezes uma mesma situação traz ambos em seu cerne. Ao que você dará importância é escolha sua. E o que vejo acontecer, a maioria das vezes, é que, embora os aspectos positivos sejam em maior número numa mesma situação, as pessoas se focam e frisam o negativo exaustivamente. Tanto que acabam sem ânimo e desgastadas para fazer algo que, efetivamente, mude apenas a própria vida pra melhor. O pretexto interno é de que não podemos mudar o mundo se não ficarmos atentos às coisas que não vão bem, não nos precavermos delas.
Eu não sei... A única coisa que tenho percebido claramente e cada vez mais, ultimamente, é que o mundo acaba se tornando um lugar mais chato, porque as pessoas vivem de mimimi e reclamando de alguma coisa 90% do tempo. Tem lá 25 coisas bacanas acontecendo num mesmo espaço-tempo na própria vida, e uma ou duas desagradáveis e o foco se fixa onde? No negativo. Por quê? Porque se escolhe e elege olhar a sua vida e o mundo por essas lentes e depois se reclama que nada flue, que nada dá certo, que nada caminha a nosso favor. Ai me pego pensando: do que adianta o Universo te enviar coisas boas se você as despreza - cotidianamente - em nome de algo que acredita ser "ter consciência"?
E não sei quanto a vocês, mas eu, pensando cá com os meus botões, todas as vezes nessa vida em que - de fato e de direito - estive diante de problemas insolúveis por minha falta absoluta de recursos pessoais diante delas, tive a ajuda vindo inesperadamente de algum lugar/pessoa que eu não fazia idéia e quem ajudou também não sabia da minha grande necessidade. Sim, essa é a AÇÃO DE DEUS. TODAS as vezes. No demais, quando os problemas na verdade são apenas desafios e dificuldades que tenho de ultrapassar, as coisas se resolvem quando me despreocupo - por vezes desisto - pois ai eu consigo ser criativa para achar a solução que o pensamento obsessivo impede. Simplificando: ligar-me aos aspectos negativos nunca me ajudou em nada.
A perfeição não existe. Mas a imperfeição também não, embora todos julguem, porque aprendemos a pensar assim: que aquilo que não é perfeito, é, implicitamente, imperfeito. O é, mas só conceitualmente.
E que seja! Porém quem disse que o imperfeito não pode nos trazer prazer e contentamento? Não pode nos nutrir, realizar e fazer, justo pelo que falta, com que a vida se mova? Pois é essa a exata perfeição do imperfeito: impulsionar-nos a seguir em busca. O x é quando isso se torna obsessivo e desqualifica qualquer coisa em nome dessa perfeição inalcançável.
Divagações, divagações...
E na festa, na sexta, sento pra comer o bolo e me sinto abraçada por trás; olho e dou de cara com uma das meninas que trabalhavam no local que sorrindo me diz:
- Finalmente te vejo sentada comendo! Até agora só vi você dançando, puxando trenzinho pelo salão e animando a festa por completo!
Eu ri, ela riu e se foi.
É verdade, eu larguei ou comi correndo - todas às vezes - porque tocava uma música que eu simplesmente não podia deixar passar sem me jogar na pista de dança.
Mas é engraçado o fato dela chegar em mim e comentar né? Talvez seja a surpresa, pois acho, apenas acho, que o que se espera de uma pessoa com o meu peso é que passe mesmo a festa sentada e comendo.
- Finalmente te vejo sentada comendo! Até agora só vi você dançando, puxando trenzinho pelo salão e animando a festa por completo!
Eu ri, ela riu e se foi.
É verdade, eu larguei ou comi correndo - todas às vezes - porque tocava uma música que eu simplesmente não podia deixar passar sem me jogar na pista de dança.
Mas é engraçado o fato dela chegar em mim e comentar né? Talvez seja a surpresa, pois acho, apenas acho, que o que se espera de uma pessoa com o meu peso é que passe mesmo a festa sentada e comendo.
31 de março de 2009
29 de março de 2009
E se eu disser que o disco rígido está travando, vocês acreditam?
Não sei porque os técnicos não acreditam no que nós mulheres falamos quando o assunto são os nossos equipamentos... Essa forma de preconceito velado cansa. Agora toca eu levar amanhã de manhã - de novo - a HD pra ele fazer o que poderia ter feito ontem se tivesse levado a sério as minhas advertências.
Humpft!
Não sei porque os técnicos não acreditam no que nós mulheres falamos quando o assunto são os nossos equipamentos... Essa forma de preconceito velado cansa. Agora toca eu levar amanhã de manhã - de novo - a HD pra ele fazer o que poderia ter feito ontem se tivesse levado a sério as minhas advertências.
Humpft!
28 de março de 2009
E eu sei que todas as profissões têm seus lados positivos e negativos. Sei. E sei que já escrevi sobre o que vou dizer aqui agora há muitos anos atrás no bolsa de mulher, meu primeiro blog. É que os anos passam e você, de repente, se depara com as mesmas coisas, porém você é diferente do que foi um dia e se surpreende.
A pior coisa da minha profissão é as pessoas me tirarem o direito de ter opiniões e questionamentos como se eu tivesse nascido "psicóloga" e me formado em "ser humano" e não o contrário. Aconteceu de novo por esses dias e eu até pensei em defender meu direito de falar sendo eu mesma, mas ai me peguei numa preguiça danada sabe? Até escrevi algo, mas ai pensei: "não, quero não"...
É, eu já fiquei muito puta da cara nessa minha vida com pessoas que simplesmente colocam tudo o que falo na caixinha do "ela está me interpretando": briguei, xinguei, e esbravejei; hoje não mais. Há anos entendi que quem é melindrado o será sempre e vestirá carapuças que nunca lhe foram destinadas e que não, não vale a pena me estressar com gente assim, mais fácil me afastar, pois quem não consegue o básico que é diferenciar profissão da pessoa, não conseguirá todo o resto, não é mesmo Rabicó? "Dasauto" a galera responde em coro!
E sim, muitas vezes me coloco como psicóloga, mas com pessoas que tenho liberdade e intimidade para tanto, que sabem que o faço com amor e não por necessidade de aparecer. Ai estão meus amigos que não me deixam mentir... Ao menos não sozinha! Rs!!
Viu? Prático, fácil e indolor!
;-)
A pior coisa da minha profissão é as pessoas me tirarem o direito de ter opiniões e questionamentos como se eu tivesse nascido "psicóloga" e me formado em "ser humano" e não o contrário. Aconteceu de novo por esses dias e eu até pensei em defender meu direito de falar sendo eu mesma, mas ai me peguei numa preguiça danada sabe? Até escrevi algo, mas ai pensei: "não, quero não"...
É, eu já fiquei muito puta da cara nessa minha vida com pessoas que simplesmente colocam tudo o que falo na caixinha do "ela está me interpretando": briguei, xinguei, e esbravejei; hoje não mais. Há anos entendi que quem é melindrado o será sempre e vestirá carapuças que nunca lhe foram destinadas e que não, não vale a pena me estressar com gente assim, mais fácil me afastar, pois quem não consegue o básico que é diferenciar profissão da pessoa, não conseguirá todo o resto, não é mesmo Rabicó? "Dasauto" a galera responde em coro!
E sim, muitas vezes me coloco como psicóloga, mas com pessoas que tenho liberdade e intimidade para tanto, que sabem que o faço com amor e não por necessidade de aparecer. Ai estão meus amigos que não me deixam mentir... Ao menos não sozinha! Rs!!
Viu? Prático, fácil e indolor!
;-)
24 de março de 2009
Engraçado foi o susto que o cara da telefônica levou quando ao chamar o firefox, esse abriu nessa minha página do blog e vendo a foto ele perguntou:
- É você?
Só não sei se ele estava espantado por jamais imaginar que essa minha cara de nerd pudesse assumir uma postura mais sensual, ou se era por achar a foto propaganda enganosa... rs...
Até pensei em dizer que a foto foi resultado dum momento de muita raiva, mas ai pensei: "não, melhor deixar quieto" e depois de dizer que sim, mirei atentamente meus pés...
Ele não comentou mais nada.
- É você?
Só não sei se ele estava espantado por jamais imaginar que essa minha cara de nerd pudesse assumir uma postura mais sensual, ou se era por achar a foto propaganda enganosa... rs...
Até pensei em dizer que a foto foi resultado dum momento de muita raiva, mas ai pensei: "não, melhor deixar quieto" e depois de dizer que sim, mirei atentamente meus pés...
Ele não comentou mais nada.
20 de março de 2009
Existem algumas afirmações que você pode fazer todos os dias para curar-se. Com base no livro da Louise Hay, "você pode curar a sua vida", peguei todos os males que me afligem, em maior e menor grau e fiz uma espécie de prece que recito ou leio todos os dias, como um mantra.
Ei-la:
Ouço com amor minha voz interior e me liberto de tudo o que é diferente da ação do amor.
O mundo é seguro e fraterno. Estou segura e em paz com a minha vida que é divinamente guiada e está sempre me levando na melhor direção; por isso confio no processo da vida: sei que ela está aqui para mim uma vez que tudo o que preciso vem a mim. Estou sempre no lugar certo, fazendo as coisas certas nas horas certas.
Eu me amo e me aprovo assim como o Universo o faz. Me expresso alegre e livremente, uma vez que sei que sou livre para pedir o que quero. Abro meu coração e canto as alegrias do amor. Falo com carinho e amor por que escolho dar voz apenas ao amor e a exalar só o bem. Meus pensamentos amorosos mantêm meu sistema imunológico forte e assim estou protegida tanto por dentro quanto por fora. Eu me curo com amor, pois sou o amor e a beleza da vida em plena expansão. É seguro sentir e expressar o que sinto já que meus sentimentos são normais e aceitáveis.
Perdoo a todos. Perdoo a mim mesma. Perdoo todas as experiências do passado. Eles estavam fazendo o melhor que podiam com a compreensão, consciência e conhecimento que tinham. Eu também. Eu nos liberto.
Eu fluo facilmente com as mudanças, pois sou flexível e me deixo mudar de direção quando relaxo e permito à vida fluir através de mim com facilidade. Hoje sinto que é seguro que eu mesma tome conta da minha vida. Sim, a vida me permite conduzi-la do mesmo modo que eu me permito ser conduzida. Por isso minha compreensão é clara e estou disposta a mudar com os tempos, já que o Universo é expansão de conhecimento e mutável. Sou a força criativa do meu mundo, e tenho todas as idéias e atividades divinas de que preciso para avançar e desta forma escolho amar a vida! Meus canais de alegria estão bem abertos, pois expresso a alegria de viver e permito-me desfrutar cada momento de cada dia. Torno-me jovem de novo! É seguro receber!
Escolho ser livre, portanto sou livre. Sou livre para ser alegre e assim respiro fundo e livremente. Liberto o passado com amor já que estou além das crenças em grupo ou do calendário. Estou livre de toda congestão e influência externas. Assim sendo, declaro paz e harmonia dentro e em torno de mim, pois estou à vontade em todas as áreas de minha vida e com todas as minhas emoções. Sou forte e capaz. Tudo está bem no meu mundo.
Tomo decisões com base nos princípios da verdade e repouso em segurança sabendo que apenas a Ação Certa está acontecendo em minha vida. Centro-me na segurança e aceito a perfeição da minha vida.
Aceito meu pleno poder como mulher e aceito todos os meus processos corporais como normais e naturais; também assumo a direção da minha mente e vida sendo uma mulher poderosa e dinâmica. Todas as partes do meu corpo funcionam com perfeição e sinto-me a vontade dentro do mesmo, tanto que absorvo e dou nutrição em perfeito equilíbrio. Uso meu poder sabiamente e agora estou disposta a ver minha própria beleza e magnificência, uma vez que é seguro me ver.
Eu me amo e me aceito. Tudo está bem no meu mundo.
Ei-la:
Sou protegida pelo Amor Divino!
Eu sou una com TUDO DA VIDA!
Confio no meu Eu Superior!
Eu sou una com TUDO DA VIDA!
Confio no meu Eu Superior!
Ouço com amor minha voz interior e me liberto de tudo o que é diferente da ação do amor.
O mundo é seguro e fraterno. Estou segura e em paz com a minha vida que é divinamente guiada e está sempre me levando na melhor direção; por isso confio no processo da vida: sei que ela está aqui para mim uma vez que tudo o que preciso vem a mim. Estou sempre no lugar certo, fazendo as coisas certas nas horas certas.
Eu me amo e me aprovo assim como o Universo o faz. Me expresso alegre e livremente, uma vez que sei que sou livre para pedir o que quero. Abro meu coração e canto as alegrias do amor. Falo com carinho e amor por que escolho dar voz apenas ao amor e a exalar só o bem. Meus pensamentos amorosos mantêm meu sistema imunológico forte e assim estou protegida tanto por dentro quanto por fora. Eu me curo com amor, pois sou o amor e a beleza da vida em plena expansão. É seguro sentir e expressar o que sinto já que meus sentimentos são normais e aceitáveis.
Perdoo a todos. Perdoo a mim mesma. Perdoo todas as experiências do passado. Eles estavam fazendo o melhor que podiam com a compreensão, consciência e conhecimento que tinham. Eu também. Eu nos liberto.
Eu fluo facilmente com as mudanças, pois sou flexível e me deixo mudar de direção quando relaxo e permito à vida fluir através de mim com facilidade. Hoje sinto que é seguro que eu mesma tome conta da minha vida. Sim, a vida me permite conduzi-la do mesmo modo que eu me permito ser conduzida. Por isso minha compreensão é clara e estou disposta a mudar com os tempos, já que o Universo é expansão de conhecimento e mutável. Sou a força criativa do meu mundo, e tenho todas as idéias e atividades divinas de que preciso para avançar e desta forma escolho amar a vida! Meus canais de alegria estão bem abertos, pois expresso a alegria de viver e permito-me desfrutar cada momento de cada dia. Torno-me jovem de novo! É seguro receber!
Escolho ser livre, portanto sou livre. Sou livre para ser alegre e assim respiro fundo e livremente. Liberto o passado com amor já que estou além das crenças em grupo ou do calendário. Estou livre de toda congestão e influência externas. Assim sendo, declaro paz e harmonia dentro e em torno de mim, pois estou à vontade em todas as áreas de minha vida e com todas as minhas emoções. Sou forte e capaz. Tudo está bem no meu mundo.
Tomo decisões com base nos princípios da verdade e repouso em segurança sabendo que apenas a Ação Certa está acontecendo em minha vida. Centro-me na segurança e aceito a perfeição da minha vida.
Aceito meu pleno poder como mulher e aceito todos os meus processos corporais como normais e naturais; também assumo a direção da minha mente e vida sendo uma mulher poderosa e dinâmica. Todas as partes do meu corpo funcionam com perfeição e sinto-me a vontade dentro do mesmo, tanto que absorvo e dou nutrição em perfeito equilíbrio. Uso meu poder sabiamente e agora estou disposta a ver minha própria beleza e magnificência, uma vez que é seguro me ver.
Eu me amo e me aceito. Tudo está bem no meu mundo.
16 de março de 2009
Há muito tempo eu tinha consciência de como era difícil as coisas melhorarem, parecia que estava imersa num "lodo" que dificultava qualquer ação, mas era um "lodo" estranho: para ações pesadas e negativas ele fluia feito água. Era para as atitudes contrárias a ele, as positivas, que a coisa emperrava. Com o tempo entendi que o tal lodo é, na verdade, um campo energético. Um campo formado por todos os elementos negativos que nos ensinam desde criança sobre nós e sobre a "realidade" que nos cerca. Flui facilmente quando a sua energia é igual à dele, e "emperra" quando sua vibração é destoante.
No começo pensar sobre o "lodo" e sentí-lo me dava uma sensação de aprisionamento e de fatalidade, pois parecia inútil lutar contra aquele lamaçal, uma vez que tudo parecia tão maior que eu, já que eu tentava, tentava e pouco saia do lugar. Hoje compreendi que da mesma forma que criamos um campo energético podemos criar outro e que é a nossa persistência e dedicação que fará com que isso aconteça com maior ou menor dificuldade. Explico-me:
Criamos e perpetuamos o campo energético negativo com todas as críticas constantes à nós, ao outro e à realidade dita concreta. Flui porque esse é o padrão reinante, ou seja, nossa bolha energética se funde a uma maior que é composta por todas as pessoas que vibram no mesmo padrão. Você desfaz esse campo quando se abstém das críticas, seja ao que for. Fazemos isso quando aceitamos a realidade; seja ela qual for. Não é preciso criticar para querer mudar, basta ter em si o desejo de aprimoramento. É uma inverdade que a auto-crítica é o único modo de sabermos o que precisamos melhorar.
Quando fazemos afirmações positivas, meditamos e nos ligamos ao bem começamos a criar um novo campo energético ao nosso redor. É preciso tempo e dedicação para que este se torne forte o suficiente para nos permitir caminhar no "lodo" sem sermos aprisionados por ele. Se passamos anos e mais anos da nossa vida construindo um campo energético negativo, mesmo que por pura e completa ignorância, porque achamos que apenas a nossa vontade momentânea é capaz de eliminar o que construímos e transformar as nossas vidas num oásis? Nem as religiões pregam essa mágica! E ai não fazemos a mudança interna acontecer, mas queremos a plena recompensa pelos nossos parcos esforços. Isso é a egrégora do negativismo fazendo-nos ficar exatamente onde estamos. Lembrando-nos que uma egrégora não é inteligente, mas é capaz de ações.
E não, não é fácil mesmo mudar, pois convivemos num mundo e com pessoas com vibrações contrárias ao bem e constantes. Muitas vezes alguém vem e consegue jogar seus esforços no chão e te tirar do sério. Tudo bem: somos humanos em processo de evolução. E com o tempo você vai percebendo que fica cada vez mais difícil te atingirem, cada vez mais suave a sua reação ao ser atingida, e cada vez mais fácil retornar ao estado positivo depois. Porque sair do padrão não é sentido mais como fracasso ou derrota; você não errou ou pecou. É apenas parte de um processo de aprendizagem e para aprender é preciso cometer erros, ter insucessos, que na verdade são, como já disse aqui outras vezes, situações de contraste para você avaliar melhor o que quer e como quer. Muitas vezes o "erro" é apenas um lembrete do Universo afim de que você não esqueça onde quer chegar.
Alguém deve estar se perguntando: como criar uma espécie de bolha energética positiva ao nosso redor pode facilitar o nosso caminhar nesse lodo de negatividade no qual estamos imersos, se somos uma "bolhinha" diante dum "oceano de lodo"? No momento me ocorre algo assim: é como se a junção de todos os que estão nesse caminho criasse estradas pelas quais se pode transitar energeticamente. Eu estou aqui e me ligo a alguém num mesmo timbre energético que está na zona Sul da cidade e com outro que está no nordeste do país. O fio dessa ligação cria um caminho que facilita o nosso trânsito e de todos aqueles que depois se ligam à mesma vibração. Assim, no oceano de negativismo criamos uma rede, como um teia de aranha e passamos a transitar por ela. Não sei de onde vem isso, nem como poderei comprovar isso, mas é a imagem que surge claramente na minha mente. E é por isso que quando mais pessoas se voltam e se dedicam a essa mudança estrutural, o caminho de todos se facilita: além de aumentar o campo energético positivo no planeta, vão surgindo mais caminhos nessa rede.
E volto a frisar e refrisar: é preciso empenho, dedicação e paciência nesse processo. Exercício cotidiano. E muito, mas muito menos birra e mimo. Não é em segundos que se desfaz algo que levamos anos estruturando - assim como na terapia viu? Nem é batendo o pé e exigindo que o Universo se molde à nossa vontade e à nossa inação. É preciso trabalho diário em ajustar-se às Leis Universais. E quando conseguimos nos ajustar, as coisas fluem e ai sim a vida realmente parece mágica.
No começo pensar sobre o "lodo" e sentí-lo me dava uma sensação de aprisionamento e de fatalidade, pois parecia inútil lutar contra aquele lamaçal, uma vez que tudo parecia tão maior que eu, já que eu tentava, tentava e pouco saia do lugar. Hoje compreendi que da mesma forma que criamos um campo energético podemos criar outro e que é a nossa persistência e dedicação que fará com que isso aconteça com maior ou menor dificuldade. Explico-me:
Criamos e perpetuamos o campo energético negativo com todas as críticas constantes à nós, ao outro e à realidade dita concreta. Flui porque esse é o padrão reinante, ou seja, nossa bolha energética se funde a uma maior que é composta por todas as pessoas que vibram no mesmo padrão. Você desfaz esse campo quando se abstém das críticas, seja ao que for. Fazemos isso quando aceitamos a realidade; seja ela qual for. Não é preciso criticar para querer mudar, basta ter em si o desejo de aprimoramento. É uma inverdade que a auto-crítica é o único modo de sabermos o que precisamos melhorar.
Quando fazemos afirmações positivas, meditamos e nos ligamos ao bem começamos a criar um novo campo energético ao nosso redor. É preciso tempo e dedicação para que este se torne forte o suficiente para nos permitir caminhar no "lodo" sem sermos aprisionados por ele. Se passamos anos e mais anos da nossa vida construindo um campo energético negativo, mesmo que por pura e completa ignorância, porque achamos que apenas a nossa vontade momentânea é capaz de eliminar o que construímos e transformar as nossas vidas num oásis? Nem as religiões pregam essa mágica! E ai não fazemos a mudança interna acontecer, mas queremos a plena recompensa pelos nossos parcos esforços. Isso é a egrégora do negativismo fazendo-nos ficar exatamente onde estamos. Lembrando-nos que uma egrégora não é inteligente, mas é capaz de ações.
E não, não é fácil mesmo mudar, pois convivemos num mundo e com pessoas com vibrações contrárias ao bem e constantes. Muitas vezes alguém vem e consegue jogar seus esforços no chão e te tirar do sério. Tudo bem: somos humanos em processo de evolução. E com o tempo você vai percebendo que fica cada vez mais difícil te atingirem, cada vez mais suave a sua reação ao ser atingida, e cada vez mais fácil retornar ao estado positivo depois. Porque sair do padrão não é sentido mais como fracasso ou derrota; você não errou ou pecou. É apenas parte de um processo de aprendizagem e para aprender é preciso cometer erros, ter insucessos, que na verdade são, como já disse aqui outras vezes, situações de contraste para você avaliar melhor o que quer e como quer. Muitas vezes o "erro" é apenas um lembrete do Universo afim de que você não esqueça onde quer chegar.
Alguém deve estar se perguntando: como criar uma espécie de bolha energética positiva ao nosso redor pode facilitar o nosso caminhar nesse lodo de negatividade no qual estamos imersos, se somos uma "bolhinha" diante dum "oceano de lodo"? No momento me ocorre algo assim: é como se a junção de todos os que estão nesse caminho criasse estradas pelas quais se pode transitar energeticamente. Eu estou aqui e me ligo a alguém num mesmo timbre energético que está na zona Sul da cidade e com outro que está no nordeste do país. O fio dessa ligação cria um caminho que facilita o nosso trânsito e de todos aqueles que depois se ligam à mesma vibração. Assim, no oceano de negativismo criamos uma rede, como um teia de aranha e passamos a transitar por ela. Não sei de onde vem isso, nem como poderei comprovar isso, mas é a imagem que surge claramente na minha mente. E é por isso que quando mais pessoas se voltam e se dedicam a essa mudança estrutural, o caminho de todos se facilita: além de aumentar o campo energético positivo no planeta, vão surgindo mais caminhos nessa rede.
E volto a frisar e refrisar: é preciso empenho, dedicação e paciência nesse processo. Exercício cotidiano. E muito, mas muito menos birra e mimo. Não é em segundos que se desfaz algo que levamos anos estruturando - assim como na terapia viu? Nem é batendo o pé e exigindo que o Universo se molde à nossa vontade e à nossa inação. É preciso trabalho diário em ajustar-se às Leis Universais. E quando conseguimos nos ajustar, as coisas fluem e ai sim a vida realmente parece mágica.
11 de março de 2009
Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
Vou republicar um texto aqui sobre o amor... É que o acho importante. Algo sobre o qual devemos refletir e do qual devemos cuidar sempre.
Amor, o nosso Deus de pés de barro.
Num dos trabalhos que faço estamos aprofundando a discussão em torno do amor e isso começou pela desmistificação ideal romântico criado para manter e efetivar o poder, tanto nominal quanto econômico, e que acabou por substituir Deus na atualidade, se tornando, na nossa compreensão, a única e imprescindível forma de sermos felizes. Pede-se ao amor hoje em dia o que se pedia a Deus antigamente. Espera-se que o amor nos faça sentir todo o prazer e satisfação que antes obtínhamos de várias fontes.
Isso se tornou algo tão sério e internalizado que hoje nos medimos - e somos medidos - no nosso valor pessoal pela nossa capacidade em conquistar e manter alguém. Você pode ser ótimo em todas as áreas da sua vida, mas se for solteiro provavelmente se sentirá como uma grande porcaria, e o contrário também se aplica: uma pessoa pode ser a expressão absoluta da mediocridade em todos os aspectos da sua vida, e no entanto, se conseguir manter relacionamentos estáveis e duradouros é bem provável que tenha de si - e que tenham dela - uma avaliação muito positiva.
Só por ai podemos começar a pensar o preço que nos cobra esse ideal de amor inatingível que colocam e assumimos como meta das nossas vidas. Um amor que tem de ser heróico a ponto de justificar o abandono de nós mesmos em função de sermos completamente satisfeitos pelo outro e, já não bastasse isso, pela responsabilidade de satisfazê-lo com igual plenitude. Sim, porque nesse amor temos de ser o ar que ele respira tanto quanto ele tem de ser o nosso. E isso se aplica à variações que a principio usamos para justificarmo-nos aos nossos próprios olhos nos dizendo que permitimos que o outro tenha uma existência própria sim. Permitimos, porém desde que essa existência seja entranhada pela nossa, quiçá subjugada. Ambos podemos trabalhar, mas o trabalho jamais pode ser mais importante do que as nossas existências e jamais suplantar as nossas necessidades; é lícito que se tenha diversão, no entanto, desde que, de longe ou de perto, sejamos, mutuamente, o passatempo preferido um do outro. E isso só para dar uma parca idéia do que falo.
Se você ainda não conseguiu perceber porque esse ideal de amor é inatingível eu simplifico e conto: porque esperamos que o outro faça por nós o que só nós podemos fazer e, principalmente, porque nos propomos a fazer pelo outro o impossível.
O que o amor nos assegura então, configurado desta forma é, 99% das vezes frustração por não termos nossas necessidades atendidas e impotência ao percebemos que nem com nossos melhores esforços conseguimos atender as necessidades alheias.
E isso acontece não é por maldade alheia ou incompetência nossa não. Acontece porque nossas necessidades se transformam e novas se criam constantemente em acordo com a nossa psique que é mutante. Então, por melhor que seja a intenção que se tenha a única coisa certa é que frustrações e impotência sempre farão parte de qualquer relação amorosa, porém naquela que é baseada em falsas premissas a quantidade acaba por ser massacrante e nos faz sentir uma infelicidade profunda.
O que concluímos após essa primeira rodada de discussões é que o amor – não romântico, mas de fato – só pode acontecer quando cada um se incumbe da responsabilidade de se fazer feliz e se propõe a compartilhar com o outro esse processo de conquista, até contando com a sua colaboração efetiva para que a felicidade ocorra sem, no entanto, depositar sobre os ombros alheios a obrigação de nos fazer feliz.
Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
Vou republicar um texto aqui sobre o amor... É que o acho importante. Algo sobre o qual devemos refletir e do qual devemos cuidar sempre.
Amor, o nosso Deus de pés de barro.
Num dos trabalhos que faço estamos aprofundando a discussão em torno do amor e isso começou pela desmistificação ideal romântico criado para manter e efetivar o poder, tanto nominal quanto econômico, e que acabou por substituir Deus na atualidade, se tornando, na nossa compreensão, a única e imprescindível forma de sermos felizes. Pede-se ao amor hoje em dia o que se pedia a Deus antigamente. Espera-se que o amor nos faça sentir todo o prazer e satisfação que antes obtínhamos de várias fontes.
Isso se tornou algo tão sério e internalizado que hoje nos medimos - e somos medidos - no nosso valor pessoal pela nossa capacidade em conquistar e manter alguém. Você pode ser ótimo em todas as áreas da sua vida, mas se for solteiro provavelmente se sentirá como uma grande porcaria, e o contrário também se aplica: uma pessoa pode ser a expressão absoluta da mediocridade em todos os aspectos da sua vida, e no entanto, se conseguir manter relacionamentos estáveis e duradouros é bem provável que tenha de si - e que tenham dela - uma avaliação muito positiva.
Só por ai podemos começar a pensar o preço que nos cobra esse ideal de amor inatingível que colocam e assumimos como meta das nossas vidas. Um amor que tem de ser heróico a ponto de justificar o abandono de nós mesmos em função de sermos completamente satisfeitos pelo outro e, já não bastasse isso, pela responsabilidade de satisfazê-lo com igual plenitude. Sim, porque nesse amor temos de ser o ar que ele respira tanto quanto ele tem de ser o nosso. E isso se aplica à variações que a principio usamos para justificarmo-nos aos nossos próprios olhos nos dizendo que permitimos que o outro tenha uma existência própria sim. Permitimos, porém desde que essa existência seja entranhada pela nossa, quiçá subjugada. Ambos podemos trabalhar, mas o trabalho jamais pode ser mais importante do que as nossas existências e jamais suplantar as nossas necessidades; é lícito que se tenha diversão, no entanto, desde que, de longe ou de perto, sejamos, mutuamente, o passatempo preferido um do outro. E isso só para dar uma parca idéia do que falo.
Se você ainda não conseguiu perceber porque esse ideal de amor é inatingível eu simplifico e conto: porque esperamos que o outro faça por nós o que só nós podemos fazer e, principalmente, porque nos propomos a fazer pelo outro o impossível.
O que o amor nos assegura então, configurado desta forma é, 99% das vezes frustração por não termos nossas necessidades atendidas e impotência ao percebemos que nem com nossos melhores esforços conseguimos atender as necessidades alheias.
E isso acontece não é por maldade alheia ou incompetência nossa não. Acontece porque nossas necessidades se transformam e novas se criam constantemente em acordo com a nossa psique que é mutante. Então, por melhor que seja a intenção que se tenha a única coisa certa é que frustrações e impotência sempre farão parte de qualquer relação amorosa, porém naquela que é baseada em falsas premissas a quantidade acaba por ser massacrante e nos faz sentir uma infelicidade profunda.
O que concluímos após essa primeira rodada de discussões é que o amor – não romântico, mas de fato – só pode acontecer quando cada um se incumbe da responsabilidade de se fazer feliz e se propõe a compartilhar com o outro esse processo de conquista, até contando com a sua colaboração efetiva para que a felicidade ocorra sem, no entanto, depositar sobre os ombros alheios a obrigação de nos fazer feliz.
Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ
10 de março de 2009
Gente, tem muita coisa importante sendo divulgada pela Clara! Por favor, se você ama a si mesmo, ao planeta e quer ter uma vida melhor, não deixe de visitá-la e apoiar as ações que ela propõe.
Obrigada!
Obrigada!
8 de março de 2009
Estávamos num bar/restaurante e a conversa rolava sobre o que alguém deveria ter dito, na opinião do meu amigo, para evitar que eu corresse de uma relação há muitos, muitos anos atrás. Para entender é preciso dizer que meu amigo, queridíssimo e gostosíssimo por sinal, acabou uma relação recentemente...
Duas e meia da manhã, faxineiros já passando pano no chão, ambos já um tanto alcoolizados, sugiro que saiamos em busca de um outro local para continuarmos a conversa, o que fazemos. Pagamos a conta e na saída, ele ficou para trás carimbando o papel do estacionamento. Eu já estava lá quando ele me alcançou e passando o braço por meus ombros, disse:
- Então, eu terminei um relacionamento agora e queria saber se a gente não pode ficar junto pra ver no que dá. Vamos tentar...
Eu, com os olhos esbugalhados de espanto, penso: "Jesus amado, que é isso agora? A gente podia até dar uns amassos, mas ficar junto pra ver no que dá?", disse:
- Caracas! Você tá falando sério?
- Não né? Tô continuando a conversa da mesa...
- Putz, não me assusta, porra!
E caímos na gargalhada no meio do estacionamento.
Cara, conversa de bêbado tem hora que consegue ser hilária né?
E hoje: bom dia ressaca!
Duas e meia da manhã, faxineiros já passando pano no chão, ambos já um tanto alcoolizados, sugiro que saiamos em busca de um outro local para continuarmos a conversa, o que fazemos. Pagamos a conta e na saída, ele ficou para trás carimbando o papel do estacionamento. Eu já estava lá quando ele me alcançou e passando o braço por meus ombros, disse:
- Então, eu terminei um relacionamento agora e queria saber se a gente não pode ficar junto pra ver no que dá. Vamos tentar...
Eu, com os olhos esbugalhados de espanto, penso: "Jesus amado, que é isso agora? A gente podia até dar uns amassos, mas ficar junto pra ver no que dá?", disse:
- Caracas! Você tá falando sério?
- Não né? Tô continuando a conversa da mesa...
- Putz, não me assusta, porra!
E caímos na gargalhada no meio do estacionamento.
Cara, conversa de bêbado tem hora que consegue ser hilária né?
E hoje: bom dia ressaca!
7 de março de 2009
Quando consigo resolver um problema por mim mesma sinto-me bem, muito bem. Não porque esteja provando a mim mesma que sou "a boa", mas por sentir que amplio meu Universo Pessoal quando aprendo novas formas de fazer algo.
Ai, outro dia, tive uma conversa interessante com um amigo sobre relacionamentos onde comentava-se que é normal a mulher passar o comando de certas coisas, como as finanças, por exemplo, quando se casa ou vai morar junto. Falava-se sobre ser atribuição de papel do masculino e de como os homens realmente acham que isso é função deles e que podem fazer isso melhor do que nós na maioria das vezes. E que quando a mulher não faz isso, o homem entende que é por falta de confiança nele.
E depois fiquei pensando, pensando e me fiz várias perguntas, dentre elas: por que confiar no "nosso homem" tem de passar por anular-se? Há anos cuido da minha vida financeira e administro o dinheiro da minha casa, qual o motivo de simplesmente passar isso para um homem se é algo que posso fazer sem problema algum? Porque depois a gente acomoda e perde a mão, e isso sim é ruim se eventualmente somos forçadas a retomar o controle das nossas vidas, por necessidades outras.
As coisas não podem ser simplesmente compartilhadas, comunicadas e feitas em conjunto? Um sempre tem de estar com as rédeas nas mãos e o outro sempre se submetendo?
Quando penso em unir-me a alguém, penso realmente em unir, compartilhar e até ceder, mas nunca em abrir mão de mim mesma ou dos meus potenciais para a pessoa se sentir melhor consigo mesma. Quero ser importante na vida da pessoa. Quero ser querida, cuidada, e não acho que isso resuma-se a questão "praticas". O Outro cuida de mim quando acredita no meu potencial, quando me ensina novas formas de fazer, quando me permite ser.
Eu não quero e nem consigo abrir mão de mim mesma na relação, unicamente para o outro se sentir mais confortável. Ficar me sentindo mal pro outro se sentir bem não rola, pois com o tempo é isso que massacra a acaba com a relação. Não peço que a pessoa desista de nada dela, amo-a integralmente sempre, e se alguma coisa nela não tiver trânsito para mim, entendo que tenho de me afastar e não exigir que ela mude. Mudar é sempre uma decisão pessoal e intransferível. Então não vejo sentido em desistir de mim, das minhas coisas, simplesmente porque, culturalmente, é assim que vem sendo feito ao longo dos séculos.
Principalmente por que, os séculos vêm mostrando que essa é uma receita de relacionamento mais do que falida.
Ai, outro dia, tive uma conversa interessante com um amigo sobre relacionamentos onde comentava-se que é normal a mulher passar o comando de certas coisas, como as finanças, por exemplo, quando se casa ou vai morar junto. Falava-se sobre ser atribuição de papel do masculino e de como os homens realmente acham que isso é função deles e que podem fazer isso melhor do que nós na maioria das vezes. E que quando a mulher não faz isso, o homem entende que é por falta de confiança nele.
E depois fiquei pensando, pensando e me fiz várias perguntas, dentre elas: por que confiar no "nosso homem" tem de passar por anular-se? Há anos cuido da minha vida financeira e administro o dinheiro da minha casa, qual o motivo de simplesmente passar isso para um homem se é algo que posso fazer sem problema algum? Porque depois a gente acomoda e perde a mão, e isso sim é ruim se eventualmente somos forçadas a retomar o controle das nossas vidas, por necessidades outras.
As coisas não podem ser simplesmente compartilhadas, comunicadas e feitas em conjunto? Um sempre tem de estar com as rédeas nas mãos e o outro sempre se submetendo?
Quando penso em unir-me a alguém, penso realmente em unir, compartilhar e até ceder, mas nunca em abrir mão de mim mesma ou dos meus potenciais para a pessoa se sentir melhor consigo mesma. Quero ser importante na vida da pessoa. Quero ser querida, cuidada, e não acho que isso resuma-se a questão "praticas". O Outro cuida de mim quando acredita no meu potencial, quando me ensina novas formas de fazer, quando me permite ser.
Eu não quero e nem consigo abrir mão de mim mesma na relação, unicamente para o outro se sentir mais confortável. Ficar me sentindo mal pro outro se sentir bem não rola, pois com o tempo é isso que massacra a acaba com a relação. Não peço que a pessoa desista de nada dela, amo-a integralmente sempre, e se alguma coisa nela não tiver trânsito para mim, entendo que tenho de me afastar e não exigir que ela mude. Mudar é sempre uma decisão pessoal e intransferível. Então não vejo sentido em desistir de mim, das minhas coisas, simplesmente porque, culturalmente, é assim que vem sendo feito ao longo dos séculos.
Principalmente por que, os séculos vêm mostrando que essa é uma receita de relacionamento mais do que falida.
6 de março de 2009
4 de março de 2009
Estava aqui pensando no meu processo de mudança e em como vivo hoje, infinitamente melhor e mais feliz do que há um ano atrás embora, aparentemente, pouca coisa tenha mudado naquilo que chamam de "minha realidade concreta". Foram mudanças pequenas, mas significativas o suficiente para coroarem a minha mudança interna. Pois é, mudei internamente e acho que para muito melhor, embora isso não signifique que vez por outra não tenha alguma crise, porém essas duram infinitamente menos do que antes.
Estava pensando especificamente que as pessoas dizem que cansaram, que não aguentam mais viver de um determinado jeito e, no entanto, elas não estão cansadas o suficiente para abrirem mão do seu "modus operandis". Tem uma amiga que vai achar que esse post é para ela, mas não é; embora sirva-lhe.
Quase sempre, quando dizem: "quero que minha vida mude", na verdade o que querem é que a vida se submeta aos seus caprichos, o que nunca vai acontecer. Não adianta fazer birra, bater o pé e espernear: o universo não se comove.
Em várias ocasiões eu achava que tinha cansado, mas não tinha: estava só numa queda-de-braço inútil com a vida. Inútil, pois ela sempre ganha. Quando cansei de verdade, implicou em não ter mais forças de tentar fazer nada do meu jeito mais. Eu sequer tinha forças. Decidi, então, seguir conselhos, o que deu muito errado, pois além de não me conformar com os outros governando minha vida, eles o faziam de uma forma que a minha auto-estima foi parar no chinelo, pelo lado da sola, sabe como é?
Então fiz uma última tentativa: me abri para Deus. Como digo hoje em dia: "me coloquei no caminho". Só que eu não sabia para onde ia e nem como iria. Eu não sabia nada, absolutamente nada! Só tinha uma intuição de que seria ligado ao entendimento das Leis Universais através da Lei da Atração. hoje sei que a intuição é a maneira de Deus se comunicar conosco. Com isso, de um modo bem simples, eu disse a Deus naquele momento: "eis-me aqui, faça-se em mim segundo a sua vontade". E esperei. Esperei que Ele me mandasse as coisas que iriam compor minha jornada e até hoje, 3 anos depois, Ele ainda não cessou de fazê-lo. E sei que jamais cessará.
É claro que no percurso não deixei de ser eu mesma: questionadora, estudiosa e um tanto quanto desconfiada, porém me abri verdadeiramente ao processo abrindo mão de tudo o que eu achava e sabia, de TODAS as minhas certezas. Afinal, eu estava tão infeliz com a minha vida que perder um ano ou três me dedicando a um experimento, não iria piorar nada.
Não piorou mesmo, só melhorou.
Hoje sou profundamente grata a todo o sofrimento que passei, pois entendo que ele foi o caminho que me trouxe até aqui. Sou grata a cada lágrima, a cada vez que senti meu coração dilacerado; sou grata ao cansaço profundo que se abateu sobre mim após 38 anos de luta insana. Sou grata pela minha coragem de me abandonar a Deus verdadeiramente, e com isso entender que Ele está em mim e que então tenho o poder de decidir absolutamente tudo na minha vida e fazê-las acontecer.
E se hoje você está se sentindo perdido e cansado a ponto de desistir, só posso dizer: "desista"! E desistindo, entregue-se a Deus com simplicidade e verdade. Ele vai saber como te despertar da mesma forma que me despertou, basta que você peça que Ele lhe indique o caminho.
Ainda hoje quando tenho uma questão que quero resolver, não para ser "a boa", mas para expandir meu universo pessoal adquirindo novos conhecimentos, peço a Deus que me ajude e Ele nunca falha. Chego a ficar impressionada com a maneira sábia com que Ele conduz a questão; é sempre interessantíssimo!
Estava pensando especificamente que as pessoas dizem que cansaram, que não aguentam mais viver de um determinado jeito e, no entanto, elas não estão cansadas o suficiente para abrirem mão do seu "modus operandis". Tem uma amiga que vai achar que esse post é para ela, mas não é; embora sirva-lhe.
Quase sempre, quando dizem: "quero que minha vida mude", na verdade o que querem é que a vida se submeta aos seus caprichos, o que nunca vai acontecer. Não adianta fazer birra, bater o pé e espernear: o universo não se comove.
Em várias ocasiões eu achava que tinha cansado, mas não tinha: estava só numa queda-de-braço inútil com a vida. Inútil, pois ela sempre ganha. Quando cansei de verdade, implicou em não ter mais forças de tentar fazer nada do meu jeito mais. Eu sequer tinha forças. Decidi, então, seguir conselhos, o que deu muito errado, pois além de não me conformar com os outros governando minha vida, eles o faziam de uma forma que a minha auto-estima foi parar no chinelo, pelo lado da sola, sabe como é?
Então fiz uma última tentativa: me abri para Deus. Como digo hoje em dia: "me coloquei no caminho". Só que eu não sabia para onde ia e nem como iria. Eu não sabia nada, absolutamente nada! Só tinha uma intuição de que seria ligado ao entendimento das Leis Universais através da Lei da Atração. hoje sei que a intuição é a maneira de Deus se comunicar conosco. Com isso, de um modo bem simples, eu disse a Deus naquele momento: "eis-me aqui, faça-se em mim segundo a sua vontade". E esperei. Esperei que Ele me mandasse as coisas que iriam compor minha jornada e até hoje, 3 anos depois, Ele ainda não cessou de fazê-lo. E sei que jamais cessará.
É claro que no percurso não deixei de ser eu mesma: questionadora, estudiosa e um tanto quanto desconfiada, porém me abri verdadeiramente ao processo abrindo mão de tudo o que eu achava e sabia, de TODAS as minhas certezas. Afinal, eu estava tão infeliz com a minha vida que perder um ano ou três me dedicando a um experimento, não iria piorar nada.
Não piorou mesmo, só melhorou.
Hoje sou profundamente grata a todo o sofrimento que passei, pois entendo que ele foi o caminho que me trouxe até aqui. Sou grata a cada lágrima, a cada vez que senti meu coração dilacerado; sou grata ao cansaço profundo que se abateu sobre mim após 38 anos de luta insana. Sou grata pela minha coragem de me abandonar a Deus verdadeiramente, e com isso entender que Ele está em mim e que então tenho o poder de decidir absolutamente tudo na minha vida e fazê-las acontecer.
E se hoje você está se sentindo perdido e cansado a ponto de desistir, só posso dizer: "desista"! E desistindo, entregue-se a Deus com simplicidade e verdade. Ele vai saber como te despertar da mesma forma que me despertou, basta que você peça que Ele lhe indique o caminho.
Ainda hoje quando tenho uma questão que quero resolver, não para ser "a boa", mas para expandir meu universo pessoal adquirindo novos conhecimentos, peço a Deus que me ajude e Ele nunca falha. Chego a ficar impressionada com a maneira sábia com que Ele conduz a questão; é sempre interessantíssimo!
2 de março de 2009

Ganhei esse selo da Lila e junto um même: contar os seus 7 segredos de beleza. Vamos a eles:
1) Beber água; beber muita água. Mais do que os dois litros recomendados, se possível. Eu não bebia muita água, mas ai me dispus a parar de beber qualquer outra coisa até acostumar e deu certo: hoje bebo água naturalmente e sinto falta se por acaso tiver só outras coisas para beber.
2) Meditar no mínimo 15 minutos todos os dias. Manter a mente livre de passado ou futuro; manter-se a maior parte do tempo no aqui e agora o que gera um estado de contentamento constante, uma coisa que muitos chamam de alegria de viver.
3) Amar-se; perdoar-se; aceitar-se.
4) Afirmações e pensamentos positivos que se transformam em sentimentos positivos, o mais que você puder, ou seja, o dia todo. Substitua as constantes críticas feitas a si mesmo e aos outros, hábito de 99% das pessoas, por afirmações positivas.
5) Rir; bom-humor; leveza com as situações da vida sempre que possível e sempre é possível. A alegria previne e cura praticamente todas as doenças. Meu colesterol baixou quando deixei a alegria entrar novamente no meu cotidiano.
6) Sexo. Sozinha ou acompanhada, sexo sempre faz muito bem para pele e pro humor! ;-)
7) Produtos livres de sal: para o cabelo, para a pele, na comida. Sal, quanto menos, melhor.
Eu não ia passar pra ninguém, mas resolvi que vou sim, fazer o même comme il fault e vou passá-lo para pessoas que acho mesmo bonitas:
Clara;
Beth;
Fernanda;
Renata;
Elaine;
Giorgia;
Débora
Porém se alguém quiser compartilhar um segredo de beleza ai nos comentários, eu bem vou gostar viu?
1 de março de 2009
Vi o trailer de Divã ontem, quando fui ver: E se fosse você 2... E, ou sou muito lesada, ou sou muito lesada, porque aquilo é tão verossímil - inclusive ser orientação analítica - é tão cotidiano classe média brasileira... E então não entendi as críticas feitas por ai, pois o tal do nosso Cinema Nacional é expert em mostrar o óbvio e/ou feio do Brasil/brasileiro. É o que mais se produz por aqui: favelas, subúrbio, crime, pobreza, classe média alta abobalhada, ricos transviados, nordeste ressecado e folclore. Quando o povo acha que o filme é bom, geralmente são filmes "cabeça" que bem poderiam ser definidos como tendo sido produzidos, na sua maioria, numa metalinguagem que denuncia a viagem de quem escreveu. Sério, o povo parece e aparece geralmente drogado. Cinema de arte é feito arte moderna sabe? Nêgo põe lá uns quadradinhos de cores diferentes numa tela e chama de arte... Chato, muito chato.
Filme brasileiro, só alguns me acalmam a memória; Central do Brasil é um deles. O meu pé de Laranja Lima é o outro, mas ai por motivos absoluta e totalmente afetivos: meu primeiro livro. O céu de Sueli, O que é isso companheiro? Quando meus pais saíram de férias, Saneamento básico e Olga são bons. O cheiro do ralo é escroto, apesar de eu gostar de Shelton Melo. Meu nome é Jhonny e Benjamin, não me deixam formular uma opinião... É, o cinema nacional ganhou um up, e embora tenha bons filmes atualmente, ainda está longe de ser um cinema conceituado, pois ainda é, basicamente, de conceito.
Só vou ver filme nacional quando não quero nada com nada mesmo, como ontem. Dou risada e aplaudo a interpretação do Tony e da Glória, mas não, não faço nenhuma reflexão. Impossível!
E a minha opinião é que isso se dá porque cineasta e brasileiro têm um ranço né? É uma coisa esquisita por demais: nós somos os melhores do mundo para contarmos histórias e tramas, vide as novelas, mas ai na hora de ir para a telona, o povo quer se diferenciar e fazer aquilo que sabe fazer de melhor, não fazendo aquilo que sabe fazer de melhor. Querem inovar e o resultado é essa coisa marginal e borderline que é a maior parte do cinema nacional. Penso que o brasileiro é o único povo que se envergonha das coisas que sabe fazer bem, pois nunca valoriza ou acha importante aquilo que faz.
Filme brasileiro, só alguns me acalmam a memória; Central do Brasil é um deles. O meu pé de Laranja Lima é o outro, mas ai por motivos absoluta e totalmente afetivos: meu primeiro livro. O céu de Sueli, O que é isso companheiro? Quando meus pais saíram de férias, Saneamento básico e Olga são bons. O cheiro do ralo é escroto, apesar de eu gostar de Shelton Melo. Meu nome é Jhonny e Benjamin, não me deixam formular uma opinião... É, o cinema nacional ganhou um up, e embora tenha bons filmes atualmente, ainda está longe de ser um cinema conceituado, pois ainda é, basicamente, de conceito.
Só vou ver filme nacional quando não quero nada com nada mesmo, como ontem. Dou risada e aplaudo a interpretação do Tony e da Glória, mas não, não faço nenhuma reflexão. Impossível!
E a minha opinião é que isso se dá porque cineasta e brasileiro têm um ranço né? É uma coisa esquisita por demais: nós somos os melhores do mundo para contarmos histórias e tramas, vide as novelas, mas ai na hora de ir para a telona, o povo quer se diferenciar e fazer aquilo que sabe fazer de melhor, não fazendo aquilo que sabe fazer de melhor. Querem inovar e o resultado é essa coisa marginal e borderline que é a maior parte do cinema nacional. Penso que o brasileiro é o único povo que se envergonha das coisas que sabe fazer bem, pois nunca valoriza ou acha importante aquilo que faz.
27 de fevereiro de 2009
E ai no meio dessa confusão toda de estar sem conexão, acesso pela discada às 02:00 da manhã da quinta-feira e recebo um e-mail malcriado de uma prima por eu não ter adicionado-a no MSN!!! O e-mail terminava com a seguinte frase lapidar: "só ama quem pode mesmo".
Rapaz!!! Por que as pessoas simplesmente não perguntam antes de fazerem julgamentos? Tomou uma invertida homérica e terminei o meu e-mail com a seguinte frase também lapidar: "Você está coberta de razão: só ama quem pode. O resto brinca de amar, julga e cobra".
Quem escreve sem auto-crítica, lê o que acha que não merecia.
Rapaz!!! Por que as pessoas simplesmente não perguntam antes de fazerem julgamentos? Tomou uma invertida homérica e terminei o meu e-mail com a seguinte frase também lapidar: "Você está coberta de razão: só ama quem pode. O resto brinca de amar, julga e cobra".
Quem escreve sem auto-crítica, lê o que acha que não merecia.
Acredito que não exista nada pior para um empresa do que menosprezar seus clientes, mesmo quando sabemos que o serviço que ela presta é algo delicado como é o caso da Telefônica com o Speedy. Porém tudo tem limite. E o limite é tratar o usuário sempre como idiota, até quando este já deu todas as comprovações de que não o é.
Na terça-feira liguei na Telefônica para saber por que o sinal estava tão ruim nos últimos dias. E um dos procedimentos solicitados foi o resetar meu modem. Quando foi instalado a única maneira de fazê-lo funcionar foi roteando-o, ou seja: colocando meu loguin e senha de acesso do provedor dentro do mesmo. Eu sabia que resetar o modem poderia trazer problemas, mas confiei que o atendente me ajudaria a refazer o processo caso desse problema. Polliana né? Por demais! Claro que depois disso eu não conseguia mais conexão e é claaaaaaaaaro que o atendente não acreditava que o problema fosse apenas rotear o modem novamente, para o que eu precisaria que ele agendasse uma visita técnica. Só que essa visita apenas poderia ser agendada depois de verificar a central da minha linha, para se saber se não era lá a causa de falta de sincronismo do meu modem. Em até 24 horas a Telefônica entraria em contato para me passar o resultado da verificação e dar prosseguimento ao meu atendimento.
Vou encurtar bem muito a história e dizer que ontem consegui, fuçando na internet pela conexão discada, o telefone do suporte da Thomson que é o fabricante do meu modem, e lá consegui saber que enviando um e-mail ao memso suporte, eu receberia um software que me possibilitaria rotear meu modem sem nenhuma dificuldade. Dito e feito, quando cheguei do trabalho, baixei o programa pela discada e voilá: voltei a ter conexão! Quem dera todos os suportes tivessem a qualidade e agilidade dessa empresa!
Mas a qualidade da conexão ainda estava muito baixa e sabedora - pelos anos de convívio com o Speedy - que o problema poderia ser ruído na linha em decorrência da entrada de água na caixinha que protege os fios que chegam no poste aqui de casa, e por ter visto hoje de manhã que não tenho mais IP quando tento obtê-lo pelo DOS - ou seja, algo ainda está errado com o meu modem - decidi, que ainda quero minha visita técnica. Para finalizar de contextualizar sei que desde quarta-feira o Terra está com problemas de autenticação em todo o Estado de São Paulo, o que também faz a navegação ficar muito ruim.
Munida de todas essas informações lá fui eu ligar para a Telefônica querendo fazer valer o meu direito: dar continuidade ao meu atendimento, sabendo o que concluíram da verificação da central, dizer que ainda tinha problemas para além da queima de placas das centrais e do Terra.
Em menos de 5 minutos eu estava completamente alterada com o atendente.
Ele simplesmente não escutava o que eu tinha a dizer e queria, pela 4ª vez, que eu repetisse todos os procedimentos que fiz quando liguei nas demais vezes, além de querer me fazer crer que o problema era apenas o Terra. Tentei explicar de novo o meu problema, mas quando ouvi: "Se a senhora está com a luz do led da conexão ADSL piscando, como está conectada"? Surtei. A primeira coisa que disse foi:
- Olha se preciso explicar para alguém que trabalha na Telefônica que o a luz do led demonstra o grau de sincronismo maior ou menor do meu sinal, mas não necessariamente impede a conexão, embora dificulte a navegação, eu desisto!
Só sei que quando dei por mim já estava pedindo para ele me respeitar, pois se tinha alguém naquela ligação que tinha completo desconhecimento da minha situação era ele e não eu. Que cansei de ser tratada como um usuário idiota e que queria dar continuidade ao meu atendimento e não recomeçá-lo novamente. Que essa mania dos atendentes repetirem procedimentos só provava que eles desconfiavam dos companheiros de trabalho, como se o único competente que trabalha no local é o que está com você no momento e os demais são lixo, o que depõe demais contra a empresa. Olha, eu falei e falei sabia? No final perguntei:
- E então, você vai dar continuidade ao meu atendimento ou não? E o cara lá mudo.
- Rafael, você vai dar continuidade ao meu atendimento, ou vai ficar feito criança emburrada que levou bronca: de bico e sem falar nada? E ele mudo.
- Mas é moleque mesmo. E desliguei.
Acho que traumatizei o guri, pois quando liguei novamente minhas chamadas caiam. Imagino que ele começou a chorar quando desliguei e ai todo mundo acudiu. E para saberem o que tinha acontecido, colocaram a minha ligação no auto-falante e ai ninguém mais queria falar comigo... rs... Claaaaaaaaaaaaaaro que liguei pro Ombudsman e tenho até o dia 13 de Março para receber uma ligação verificando o andamento do processo que se abriu hoje junto a esse.
Eu sei que a maioria dos usuários desconhecem procedimentos e sistemas, porém que todos sejam tratados como se desconhecesse é improdutivo. Os demais atendentes, quando perceberam que quem estava do lado de cá da linha tinha conhecimento, mudaram o tom e até ensinaram atalhos que facilitam o atendimento, mas nenhum acreditou que eu realmente soubesse qual era o meu problema. Na terça de manhã pensando nisso e inconformada, liguei para perguntar porque eles não faziam o caminho mais curto e ouvi que eram procedimentos e que eles não podiam furtar-se a eles, ou seja: é um mecanismo que leva 72 horas para você marcar uma visita, que será feita sabe-se lá em quantas horas e que nunca visa fazer as coisas de modo ágil e lucrativa para ambos: usuário e empresa. Sim, eles acreditam que verificar todas as possibilidades externas os faz ganhar tempo e eficiência, porém não é essa a realidade.
Todos sabemos que os aparelhos são físicos e, portanto, sujeitos a quebras e desgastes, então, sabemos também que é preciso paciência em algumas situações, porém a honestidade com o usuário é garantia de uma relação saudável de ambos os lados. O Terra avisa que estão com problemas em todo o Estado e cancelam a sua ligação na cara dura. Se você quiser saber outra coisa que seja criativo na hora de apertar os botões e fazer a seleção. Sinceridade? Acho isso mais honesto do que o que a Telefônica faz. Tanto que uma amiga desconfiada da péssima qualidade da navegação dela me ligou para saber o que estava acontecendo. Sim, ela sabe que eu vou atrás sempre.
Na terça-feira liguei na Telefônica para saber por que o sinal estava tão ruim nos últimos dias. E um dos procedimentos solicitados foi o resetar meu modem. Quando foi instalado a única maneira de fazê-lo funcionar foi roteando-o, ou seja: colocando meu loguin e senha de acesso do provedor dentro do mesmo. Eu sabia que resetar o modem poderia trazer problemas, mas confiei que o atendente me ajudaria a refazer o processo caso desse problema. Polliana né? Por demais! Claro que depois disso eu não conseguia mais conexão e é claaaaaaaaaro que o atendente não acreditava que o problema fosse apenas rotear o modem novamente, para o que eu precisaria que ele agendasse uma visita técnica. Só que essa visita apenas poderia ser agendada depois de verificar a central da minha linha, para se saber se não era lá a causa de falta de sincronismo do meu modem. Em até 24 horas a Telefônica entraria em contato para me passar o resultado da verificação e dar prosseguimento ao meu atendimento.
Vou encurtar bem muito a história e dizer que ontem consegui, fuçando na internet pela conexão discada, o telefone do suporte da Thomson que é o fabricante do meu modem, e lá consegui saber que enviando um e-mail ao memso suporte, eu receberia um software que me possibilitaria rotear meu modem sem nenhuma dificuldade. Dito e feito, quando cheguei do trabalho, baixei o programa pela discada e voilá: voltei a ter conexão! Quem dera todos os suportes tivessem a qualidade e agilidade dessa empresa!
Mas a qualidade da conexão ainda estava muito baixa e sabedora - pelos anos de convívio com o Speedy - que o problema poderia ser ruído na linha em decorrência da entrada de água na caixinha que protege os fios que chegam no poste aqui de casa, e por ter visto hoje de manhã que não tenho mais IP quando tento obtê-lo pelo DOS - ou seja, algo ainda está errado com o meu modem - decidi, que ainda quero minha visita técnica. Para finalizar de contextualizar sei que desde quarta-feira o Terra está com problemas de autenticação em todo o Estado de São Paulo, o que também faz a navegação ficar muito ruim.
Munida de todas essas informações lá fui eu ligar para a Telefônica querendo fazer valer o meu direito: dar continuidade ao meu atendimento, sabendo o que concluíram da verificação da central, dizer que ainda tinha problemas para além da queima de placas das centrais e do Terra.
Em menos de 5 minutos eu estava completamente alterada com o atendente.
Ele simplesmente não escutava o que eu tinha a dizer e queria, pela 4ª vez, que eu repetisse todos os procedimentos que fiz quando liguei nas demais vezes, além de querer me fazer crer que o problema era apenas o Terra. Tentei explicar de novo o meu problema, mas quando ouvi: "Se a senhora está com a luz do led da conexão ADSL piscando, como está conectada"? Surtei. A primeira coisa que disse foi:
- Olha se preciso explicar para alguém que trabalha na Telefônica que o a luz do led demonstra o grau de sincronismo maior ou menor do meu sinal, mas não necessariamente impede a conexão, embora dificulte a navegação, eu desisto!
Só sei que quando dei por mim já estava pedindo para ele me respeitar, pois se tinha alguém naquela ligação que tinha completo desconhecimento da minha situação era ele e não eu. Que cansei de ser tratada como um usuário idiota e que queria dar continuidade ao meu atendimento e não recomeçá-lo novamente. Que essa mania dos atendentes repetirem procedimentos só provava que eles desconfiavam dos companheiros de trabalho, como se o único competente que trabalha no local é o que está com você no momento e os demais são lixo, o que depõe demais contra a empresa. Olha, eu falei e falei sabia? No final perguntei:
- E então, você vai dar continuidade ao meu atendimento ou não? E o cara lá mudo.
- Rafael, você vai dar continuidade ao meu atendimento, ou vai ficar feito criança emburrada que levou bronca: de bico e sem falar nada? E ele mudo.
- Mas é moleque mesmo. E desliguei.
Acho que traumatizei o guri, pois quando liguei novamente minhas chamadas caiam. Imagino que ele começou a chorar quando desliguei e ai todo mundo acudiu. E para saberem o que tinha acontecido, colocaram a minha ligação no auto-falante e ai ninguém mais queria falar comigo... rs... Claaaaaaaaaaaaaaro que liguei pro Ombudsman e tenho até o dia 13 de Março para receber uma ligação verificando o andamento do processo que se abriu hoje junto a esse.
Eu sei que a maioria dos usuários desconhecem procedimentos e sistemas, porém que todos sejam tratados como se desconhecesse é improdutivo. Os demais atendentes, quando perceberam que quem estava do lado de cá da linha tinha conhecimento, mudaram o tom e até ensinaram atalhos que facilitam o atendimento, mas nenhum acreditou que eu realmente soubesse qual era o meu problema. Na terça de manhã pensando nisso e inconformada, liguei para perguntar porque eles não faziam o caminho mais curto e ouvi que eram procedimentos e que eles não podiam furtar-se a eles, ou seja: é um mecanismo que leva 72 horas para você marcar uma visita, que será feita sabe-se lá em quantas horas e que nunca visa fazer as coisas de modo ágil e lucrativa para ambos: usuário e empresa. Sim, eles acreditam que verificar todas as possibilidades externas os faz ganhar tempo e eficiência, porém não é essa a realidade.
Todos sabemos que os aparelhos são físicos e, portanto, sujeitos a quebras e desgastes, então, sabemos também que é preciso paciência em algumas situações, porém a honestidade com o usuário é garantia de uma relação saudável de ambos os lados. O Terra avisa que estão com problemas em todo o Estado e cancelam a sua ligação na cara dura. Se você quiser saber outra coisa que seja criativo na hora de apertar os botões e fazer a seleção. Sinceridade? Acho isso mais honesto do que o que a Telefônica faz. Tanto que uma amiga desconfiada da péssima qualidade da navegação dela me ligou para saber o que estava acontecendo. Sim, ela sabe que eu vou atrás sempre.
19 de fevereiro de 2009
E a segunda-feira foi passada no hospital. Foram horas de inalação - tive de fazer 3 e tem um intervalo de meia-hora entre cada, que dura lá sua meia-hora, vai vendo, fora a radiografia dos pulmões e as duas consultas - e nessas percebi que não gosto de ir acompanhada ao hospital, a não ser que eu não consiga, mesmo, fazê-lo sem ajuda. Me incomoda demais saber que estou ali por um motivo e ocupada comigo, mas que o outro poderia estar fazendo coisas mais produtivas ao invés de ficar me esperando. Não, não me faz sentir mais importante ou amada isso.
Me liga pra saber se tá tudo bem e se eu tô legal que eu já fico felizinha que só!
Me liga pra saber se tá tudo bem e se eu tô legal que eu já fico felizinha que só!
E aos 41 e 1/2 do primeiro tempo da minha vida, me dou de presente uma alergia respiratória que tem o dom de me fazer dormir mal todas as noites de tanto que os pulmões chiam e os sinus batucam na minha face. E nada, absolutamente nada - nem fome - me deixa tão mal-humorada e irritadiça quanto dormir pouco, e/ou mal.
Tomando cortisona, antialérgico e usando bombinha estou melhorando, mas ainda desejo ardentemente as 12 horas de sono contínuo - sem sequer levantar para ir ao banheiro - que vão me devolver à alegria de viver.
Houve uma vez na qual uma entidade, num centro que visitei, olhou-me na assistência e disse que se eu fosse alérgica, emagreceria, pois seria uma forma diferente do meu corpo lidar com as questões emocionais que me fazem engordar. A alergia chegou, mesmo que 15 anos depois. O próximo passo então deve ser eu virar uma vareta se a medida for a intensidade das crises que tenho tido nos últimos meses...
Tomando cortisona, antialérgico e usando bombinha estou melhorando, mas ainda desejo ardentemente as 12 horas de sono contínuo - sem sequer levantar para ir ao banheiro - que vão me devolver à alegria de viver.
Houve uma vez na qual uma entidade, num centro que visitei, olhou-me na assistência e disse que se eu fosse alérgica, emagreceria, pois seria uma forma diferente do meu corpo lidar com as questões emocionais que me fazem engordar. A alergia chegou, mesmo que 15 anos depois. O próximo passo então deve ser eu virar uma vareta se a medida for a intensidade das crises que tenho tido nos últimos meses...
14 de fevereiro de 2009
Sobre o caso da brasileira agredida na Suíça, a única coisa que ninguém se perguntou ainda é: como alguém que se auto-flagela conseguiria escrever em si mesma, com tanta perfeição, palavras que podem ser lidas por quem olha de frente?
Queria ver o Dr. Suíço, explicar essa.
Queria ver o Dr. Suíço, explicar essa.
12 de fevereiro de 2009
4 de fevereiro de 2009
Não sei se já comentei aqui, porém acho desde sempre que meus melhores textos surgem em conversas no MSN. Sou infinitamente melhor tendo um interlocutor do que escrevendo solitariamente.
Esse post é o resultado de uma conversa no MSN que editei para proteger o interlocutor e que veio parar aqui por eu acreditar que o assunto interessa a mais gente.
Orgulho, Timidez e Amor-Próprio
Quando era mais jovem um ano eu não achava beleza em mim. Hoje vejo. Quando aprendi que as pessoas não precisam ser iguais e nem "padrão" para serem bonitas e que a beleza está na diversidade, aprendi a me ver bonita e a me sentir bonita de verdade... Porém é fato: amor-próprio é algo que não se ensina, a pessoa tem de conquistar por si só.
Para ter amor-próprio a pessoa tem de se abrir e abrir mão do orgulho, pois timidez é baixa auto-estima; se achar feio é criação de um orgulho exarcebado. O que a pessoa não quer, por orgulho, é ser julgada pelo outro da mesma forma como ela se julga, não ser sentida como ela mesma se sente... Ela não consegue entender que o outro é mais generoso conosco do que muitas vezes conseguimos ser. Por que vê nossos defeitos e segue nos amando apesar de. No entanto, nós, quando reconhecemos que temos características disfuncionais, começamos a nos desprezar, a nos odiar mesmo e em consequência disso nos impomos mudanças que geralmente são absurdas e desnecessárias.
Ainda olho para o meu corpo, às vezes - antes era sempre - e mesmo sem pensar, penso com o "bem lá no fundo da minha alma": "ninguém vai me amar gorda assim". Mas é mentira né? Muitos me amam mesmo gorda... Então o que é isso que fala em mim a não ser o meu orgulho? Mostrando-me como se eu oferecesse às pessoas alguém com defeito de fábrica e não alguém com apenas uma diferença, uma diversidade a mais nesse universo cheio de tanta diversidade.
O orgulhoso não consegue perceber que as pessoas são generosas, pois ele não é. Nem consigo e nem com o outro. Generosos por não cobrarem a perfeição que ele cobra. Se elas não se aproximam do orgulhoso é muito mais por ele não se abrir e permitir, do que por vontade delas. A maioria das pessoas não lembra dos nossos defeitos quando pensam em nós. Somos nós quem nos olhamos como se fôssemos defeitos que teem como apêndice um rosto, um corpo, uma alma plena de qualidades; não o contrário. Nós quem valorizamos exageradamente o negativo. As demais pessoas acham melhor valorizar outras coisas em nós. É o orgulhoso quem escolhe se resumir no negativo.
O caminho para a mudança é começar a realmente se ver com os olhos alheios, e não com os nossos próprios olhos que queremos, por força, colocar no outro... O orgulhoso nunca se viu de fora como geralmente afirma, pois se o tivesse feito, teria visto alguma beleza em si. O que ele faz é "emprestar" rostos alheios, colocar lá os seus olhos e assim se enganar.
A timidez é puro orgulho. E o é porque a preocupação do tímido é com o que ele pensa que os outros pensam dele. É exatamente isso que ele quer controlar. Para o outro não ter impressões ruins acerca dele, fica quieto. Assim cria a ilusão de que ninguém vai ter o que pensar. Ilusão, pois as pessoas pensam de qualquer jeito, até se você estiver morto e no caixão vão ter julgamentos e achismos.
Com a beleza é o mesmo processo: temos milhares de coisas legais e bacanas, mas o que vai ser valorizado acima de tudo? O que não é legal! E vamos nos preocupar com isso por orgulho, por não querermos que as pessoas pensem de nós o mesmo que pensamos. Orgulho, orgulho puro: preocupação com que pensam, com a imagem que fazem de nós... Com o que vão dizer... orgulho/timidez/orgulho.
Mas imagina que um tímido vai achar que sua timidez é orgulho. Afinal ela é tão bonitinha...
Em termos práticos, só o orgulhoso acha e acredita que tem de ser perfeito. A perfeição é desejo do orgulho. Quem tem problema em não ser perfeito é orgulhoso.
É verdade que a beleza física é o nosso primeiro cartão de visita, o que chama a atenção num primeiro momento, mas não é o único possível...
Toda mulher sabe que, por via de regra, homem bonito não sabe cantar; já homens feios... Aff!!! Como são bons! O bonito se garante na presença física, mas fica enfadonho rapidinho se bobear, já o homem feio é interessante, pois esforça-se pra ter papo, cultura...
O orgulhoso acha que ser feio rouba todas as oportunidades de ter um relacionamento. Porém a realidade à sua volta nega isso: tem muitos pares feitos por feios e bonitos. Mas com certeza ele escolhe muito bem pra quem olhar, para não desfazer a ilusão de que só os bonitos podem ser amados.
Na verdade a vaidade excessiva encobre e serve de desculpa para o real problema né? O medo de se relacionar; o medo da rejeição. Tão bom ter uns defeitos que nos sirvam de desculpa... Por que ai tudo se justifica através deles. Se não me olham é porque sou feio; se me olham me pergunto assustado: mas não veem que sou feio?
E assim vou seguindo com a vida: rejeitando antecipadamente para não ser rejeitado. Desta forma não corro o risco de ninguém me dizer que meu real problema não é a falta de beleza ou perfeição e sim quem sou de fato: essa pessoa exigente, intolerante e orgulhosa que desconhece paciência e generosidade para consigo mesmo. Que desconhece o que é amor... E se não tem pra si vai ter pro outro?
Embora não se veja bonito, por exemplo, o orgulhoso geralmente não quer namorar mulher feia. Para ele não serve qualquer mulher. Tem de ser dentro do padrão! Esse mesmo que o massacra, mas que ele perpetua...
Deixar de ser orgulhoso e de querer perfeição é a cura. A vida é mais do que você. Você é muito mais do que seus defeitos, ou que a sua ausência de beleza. Alias, essa pode ser a sua opinião e a de mais ninguém...
É preciso admirar-se como mais um exemplar da natureza dentre tantos que ela pode produzir, que não é feio ou bonito. É apenas singular e sempre será apenas mais um. Mas que mesmo sendo apenas mais um, é único; e sendo único será sempre belo, justamente por não ter cópia.
Esse post é o resultado de uma conversa no MSN que editei para proteger o interlocutor e que veio parar aqui por eu acreditar que o assunto interessa a mais gente.
Orgulho, Timidez e Amor-Próprio
Quando era mais jovem um ano eu não achava beleza em mim. Hoje vejo. Quando aprendi que as pessoas não precisam ser iguais e nem "padrão" para serem bonitas e que a beleza está na diversidade, aprendi a me ver bonita e a me sentir bonita de verdade... Porém é fato: amor-próprio é algo que não se ensina, a pessoa tem de conquistar por si só.
Para ter amor-próprio a pessoa tem de se abrir e abrir mão do orgulho, pois timidez é baixa auto-estima; se achar feio é criação de um orgulho exarcebado. O que a pessoa não quer, por orgulho, é ser julgada pelo outro da mesma forma como ela se julga, não ser sentida como ela mesma se sente... Ela não consegue entender que o outro é mais generoso conosco do que muitas vezes conseguimos ser. Por que vê nossos defeitos e segue nos amando apesar de. No entanto, nós, quando reconhecemos que temos características disfuncionais, começamos a nos desprezar, a nos odiar mesmo e em consequência disso nos impomos mudanças que geralmente são absurdas e desnecessárias.
Ainda olho para o meu corpo, às vezes - antes era sempre - e mesmo sem pensar, penso com o "bem lá no fundo da minha alma": "ninguém vai me amar gorda assim". Mas é mentira né? Muitos me amam mesmo gorda... Então o que é isso que fala em mim a não ser o meu orgulho? Mostrando-me como se eu oferecesse às pessoas alguém com defeito de fábrica e não alguém com apenas uma diferença, uma diversidade a mais nesse universo cheio de tanta diversidade.
O orgulhoso não consegue perceber que as pessoas são generosas, pois ele não é. Nem consigo e nem com o outro. Generosos por não cobrarem a perfeição que ele cobra. Se elas não se aproximam do orgulhoso é muito mais por ele não se abrir e permitir, do que por vontade delas. A maioria das pessoas não lembra dos nossos defeitos quando pensam em nós. Somos nós quem nos olhamos como se fôssemos defeitos que teem como apêndice um rosto, um corpo, uma alma plena de qualidades; não o contrário. Nós quem valorizamos exageradamente o negativo. As demais pessoas acham melhor valorizar outras coisas em nós. É o orgulhoso quem escolhe se resumir no negativo.
O caminho para a mudança é começar a realmente se ver com os olhos alheios, e não com os nossos próprios olhos que queremos, por força, colocar no outro... O orgulhoso nunca se viu de fora como geralmente afirma, pois se o tivesse feito, teria visto alguma beleza em si. O que ele faz é "emprestar" rostos alheios, colocar lá os seus olhos e assim se enganar.
A timidez é puro orgulho. E o é porque a preocupação do tímido é com o que ele pensa que os outros pensam dele. É exatamente isso que ele quer controlar. Para o outro não ter impressões ruins acerca dele, fica quieto. Assim cria a ilusão de que ninguém vai ter o que pensar. Ilusão, pois as pessoas pensam de qualquer jeito, até se você estiver morto e no caixão vão ter julgamentos e achismos.
Com a beleza é o mesmo processo: temos milhares de coisas legais e bacanas, mas o que vai ser valorizado acima de tudo? O que não é legal! E vamos nos preocupar com isso por orgulho, por não querermos que as pessoas pensem de nós o mesmo que pensamos. Orgulho, orgulho puro: preocupação com que pensam, com a imagem que fazem de nós... Com o que vão dizer... orgulho/timidez/orgulho.
Mas imagina que um tímido vai achar que sua timidez é orgulho. Afinal ela é tão bonitinha...
Em termos práticos, só o orgulhoso acha e acredita que tem de ser perfeito. A perfeição é desejo do orgulho. Quem tem problema em não ser perfeito é orgulhoso.
É verdade que a beleza física é o nosso primeiro cartão de visita, o que chama a atenção num primeiro momento, mas não é o único possível...
Toda mulher sabe que, por via de regra, homem bonito não sabe cantar; já homens feios... Aff!!! Como são bons! O bonito se garante na presença física, mas fica enfadonho rapidinho se bobear, já o homem feio é interessante, pois esforça-se pra ter papo, cultura...
O orgulhoso acha que ser feio rouba todas as oportunidades de ter um relacionamento. Porém a realidade à sua volta nega isso: tem muitos pares feitos por feios e bonitos. Mas com certeza ele escolhe muito bem pra quem olhar, para não desfazer a ilusão de que só os bonitos podem ser amados.
Na verdade a vaidade excessiva encobre e serve de desculpa para o real problema né? O medo de se relacionar; o medo da rejeição. Tão bom ter uns defeitos que nos sirvam de desculpa... Por que ai tudo se justifica através deles. Se não me olham é porque sou feio; se me olham me pergunto assustado: mas não veem que sou feio?
E assim vou seguindo com a vida: rejeitando antecipadamente para não ser rejeitado. Desta forma não corro o risco de ninguém me dizer que meu real problema não é a falta de beleza ou perfeição e sim quem sou de fato: essa pessoa exigente, intolerante e orgulhosa que desconhece paciência e generosidade para consigo mesmo. Que desconhece o que é amor... E se não tem pra si vai ter pro outro?
Embora não se veja bonito, por exemplo, o orgulhoso geralmente não quer namorar mulher feia. Para ele não serve qualquer mulher. Tem de ser dentro do padrão! Esse mesmo que o massacra, mas que ele perpetua...
Deixar de ser orgulhoso e de querer perfeição é a cura. A vida é mais do que você. Você é muito mais do que seus defeitos, ou que a sua ausência de beleza. Alias, essa pode ser a sua opinião e a de mais ninguém...
É preciso admirar-se como mais um exemplar da natureza dentre tantos que ela pode produzir, que não é feio ou bonito. É apenas singular e sempre será apenas mais um. Mas que mesmo sendo apenas mais um, é único; e sendo único será sempre belo, justamente por não ter cópia.
23 de janeiro de 2009
Fui comprar roupa: sai do GG e fui pro G, ainda justo, mas G! Viva euuuuuuuuuuu!
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Usar brinco de encaixar com fone de ouvido, não bom: perdi minha borboleta de strass e nem vi.. :-(
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Outro dia tomei metrô cedo - tipo 7:00 horas da manhã - e me assustei com o tanto de homem vestindo camisa rosa ou lilás.
Oi? É o novo preto?
Mas não me furtei de pensar que isso há 10 anos seria impossível. E que gosto de ver essa mudança.
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Ando meio de "saco-cheio" de ler manchetes assim:"Quem posta durante a lua-de-mel é viciado em internet".
Alô-ô-u meu povo!!! Em que século vocês vivem? E por que o ser humano é tão resistente à mudança?
Olha, em 1900 e bolinha quando a lua-de-mel era mesmo destinada à primeira, e geralmente "mal dada" noite de sexo entre os nubentes (antiga, eu??), vá lá; sair da cama e ir para a Internet, ou pra qualquer outro lugar, talvez fosse mesmo estranho... Mas hoje em dia, minha gente? Hoje, quando a maioria dos casais já se conhece sexualmente de trás para frente - ou seria melhor dizer: de trás e de frente? - e que quando termina o "evento casamento" os noivos estão tão cansados que a única coisa que querem é algumas horinhas de um bom sono? E ai tem aquele lance de que quando o cansaço é demais, você leva um tempo para se desligar da agitação e vai procurar uma coisa que te distraia e relaxe... Ou até mesmo que tenham feito sexo e ai um dos dois dorme e o outro está sem sono e resolve também se distrair enquanto o sono não chega? Hoje, quando o computador já substitui para muitos a televisão em interesse? Não né? Postar na lua-de-mel não é sinal de vício não.
Mas qualificar a postagem na lua-de-mel como vício com certeza denota uma resistência à mudanças e à percepção das transformações psicossociais que elas produzem no indivíduo e sociedade; Ai sim temos algo com problema. Principalmente porque, na minha opinião, demonstra que a tendência daqueles que produzem as "normas" individuais e sociais estão preocupados é em manter a hipocrisia através delas: você pode fazer qualquer coisa na sua lua-de-mel, desde que ninguém saiba e não vá contra às fantasias inocentes e incoerentes da sociedade.
Viciado é aquele que deixa de viver fora desse âmbito virtual e não quem se utiliza dele para socializar com aqueles de quem gosta e convive. Mesmo que seja na noite de núpcias!
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Usar brinco de encaixar com fone de ouvido, não bom: perdi minha borboleta de strass e nem vi.. :-(
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Outro dia tomei metrô cedo - tipo 7:00 horas da manhã - e me assustei com o tanto de homem vestindo camisa rosa ou lilás.
Oi? É o novo preto?
Mas não me furtei de pensar que isso há 10 anos seria impossível. E que gosto de ver essa mudança.
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Ando meio de "saco-cheio" de ler manchetes assim:"Quem posta durante a lua-de-mel é viciado em internet".
Alô-ô-u meu povo!!! Em que século vocês vivem? E por que o ser humano é tão resistente à mudança?
Olha, em 1900 e bolinha quando a lua-de-mel era mesmo destinada à primeira, e geralmente "mal dada" noite de sexo entre os nubentes (antiga, eu??), vá lá; sair da cama e ir para a Internet, ou pra qualquer outro lugar, talvez fosse mesmo estranho... Mas hoje em dia, minha gente? Hoje, quando a maioria dos casais já se conhece sexualmente de trás para frente - ou seria melhor dizer: de trás e de frente? - e que quando termina o "evento casamento" os noivos estão tão cansados que a única coisa que querem é algumas horinhas de um bom sono? E ai tem aquele lance de que quando o cansaço é demais, você leva um tempo para se desligar da agitação e vai procurar uma coisa que te distraia e relaxe... Ou até mesmo que tenham feito sexo e ai um dos dois dorme e o outro está sem sono e resolve também se distrair enquanto o sono não chega? Hoje, quando o computador já substitui para muitos a televisão em interesse? Não né? Postar na lua-de-mel não é sinal de vício não.
Mas qualificar a postagem na lua-de-mel como vício com certeza denota uma resistência à mudanças e à percepção das transformações psicossociais que elas produzem no indivíduo e sociedade; Ai sim temos algo com problema. Principalmente porque, na minha opinião, demonstra que a tendência daqueles que produzem as "normas" individuais e sociais estão preocupados é em manter a hipocrisia através delas: você pode fazer qualquer coisa na sua lua-de-mel, desde que ninguém saiba e não vá contra às fantasias inocentes e incoerentes da sociedade.
Viciado é aquele que deixa de viver fora desse âmbito virtual e não quem se utiliza dele para socializar com aqueles de quem gosta e convive. Mesmo que seja na noite de núpcias!
20 de janeiro de 2009
Existe um tipo de ser humano que "pede" para passar por tudo o que existe de possibilidade de vivências nesse universo pelo simples fato de desconsiderarem o que não acontece no próprio quintal. São pessoas incapazes de aprender com a vivência alheia e até de reconhecer que a vivência alheia, por mais que lhe pareça absurda é possível e plausível de tão real.
É esse mesmo tipo de gente que depois reclama que a vida é uma montanha russa e que tudo acontece com eles...
É esse mesmo tipo de gente que depois reclama que a vida é uma montanha russa e que tudo acontece com eles...
18 de janeiro de 2009
Minha mãe deve andar com vontade de me matar.. Isso porque tenho pensado na questão do livre-arbítrio e ai quando vejo, já rebati as suas crenças que afloram naqueles comentários comuns, tipo: "Deus quis assim"!
Não, Deus não quis assim. Aliás Deus não quer absolutamente nada para as nossas vidas além de que aprendamos com as nossas próprias escolhas. Esse foi Seu desejo inicial e absoluto desde o momento em que se decidiu pela nossa criação e desde então segue prevalecendo a Sua vontade: por isso nos dotou de livre-arbítrio.
Eu sei, eu sei... É bem difícil entender e aceitarr que estamos à mercê de nós mesmos durante todas as nossas vidas e é muito mais fácil responsabilizar Deus do que a nós mesmos pelas coisas que nos acontecem de bom ou de ruim, mas... É um tremendo dum engano isso!
Para entender a questão do livre-arbítrio é preciso ater-se à sua concepção de Deus: Ele é um Ser sábio e justo que nunca desperdiça uma ação ou criação na sua opinião? Pense a respeito. Mas pense de verdade...
Se sua resposta for sim, então você há de convir que se Ele nos dotou de livre-arbítrio - que significa o poder de tomar as nossas próprias decisões e agir de acordo com o grau evolutivo no qual nos encontramos, ou seja, concordante com a nossa própria sabedoria - em nenhum momento Ele o revogaria para poder conduzir a nossa vida como melhor Lhe aprouver. Simplesmente não faz sentido!!! E em Deus tudo faz sentido! Se não vemos sentido é pela nossa própria incapacidade de enxergarmos além do véu do presente momento.
E, no entanto, isso não significa que estamos destituídos de proteção ou ajuda. Não! Pois quando tomamos uma decisão, quando desejamos algo, Deus começa a nos enviar todas as coisas necessárias para que avaliemos a situação e o nosso desejo, antes de que esse se concretize, mesmo que nosso desejo seja negativo. E falo disso por experiência própria e sobre algo que aprendi muito antes de saber que isso se chamava "lei da Atração".
Quem me conhece ou lê há muito tempo vai se lembrar do dia em que fui assaltada em 1994 como resposta ao meu pedido cotidiano - durante seis meses - para morrer. No primeiro segundo do assalto eu tinha plena consciência que ele era apenas a resposta ao meu pedido; que eu havia criado aquela situação com o meu pensamento e sentimento. Porém para mim também era nítido que naquele momento estava em minhas mãos - e apenas nelas - decidir se o gatilho seria acionado ou não. Eu tinha diante dos meus olhos um bandido que claramente estava a meu favor e um outro bem determinado a dar cabo de mim, tanto que no final das contas os dois discutiram feio para que prevalecesse a vontade do bandido que quis que eu descesse do carro, inclusive com ameaças de morte entre eles...
Claro que quando a minha ficha caiu, desejei ardentemente continuar viva e me comprometi em refazer a minha vida sem nunca mais pedir para morrer diante das grandes dificuldades, trato que venho cumprindo fielmente. Também era quase palpável para mim a presença de mais gente naquele carro, mesmo que eu não fosse capaz de vê-los fisicamente; e que a sua função era justamente auxiliar em que minha decisão final fosse cumprida, ou seja: manter a simpatia do bandido que dirigia o carro cada vez aumentando mais, e controlando a agressividade do bandido que estava atrás de mim e mantinha a arma apontada na minha direção o tempo todo. E antes do ocorrido houveram muitos e muitos sinais, inclusive um sonho me preparando para o que iria viver naquele dia.
Sei que muitos dirão: "você não morreu pela vontade de Deus"! E eu direi: "Sim, mas apenas em parte. Justamente a parte na qual a vontade Dele é que a minha vontade prevaleça diante do uso que faço do meu livre-arbítrio". E fosse qual fosse a minha decisão, eu arcaria com as consequências dela.
Acho que as pessoas preferem colocar a responsabilidade de tudo nas costas de Deus por terem medo de usarem seu livre-arbítrio diante do reconhecimento da própria ignorância. Medo de errar feio e sofrer né? Mas de novo é preciso que nos lembremos de "quem é Deus" e seja lá o que Ele for, é fato que Ele é pura bondade. Você pode mesmo tomar uma decisão errada baseando-se na sua ignorância; porém antes de concretizar seu desejo, Deus enviará muitas e muitas situações para que você amplie seu conhecimento sobre aquilo e possa adequar a sua vontade, ou até mesmo mudar de opinião, desejo.
O x é que tivemos uma educação completamente errada sobre as coisas realmente importantes nessa vida e vemos "mudar de opinião" como falha de caráter. Bonito é manter uma só postura mesmo que seja para se foder ali na frente. É, a grande responsável pelas mazelas da nossa vida é a nossa teimosia. A mania que temos de termos certezas absolutas sobre coisas que na verdade desconhecemos quase que por completo. O vício de sermos como aquela ferramenta que completa os endereços automaticamente no e-mail, sabe? Só que fazemos isso com as coisas que vemos: completamos sentidos, razões, motivações e consequências com um simples passar de olhos sobre uma situação ou alguém, ou seja, julgamos; e 99% das vezes de forma errada.
Usar o livre-arbítrio é simples e seguro. Basta estarmos abertos a mantermos uma conversa com Deus após tomarmos uma decisão e ficarmos receptivos para podermos entender o que Ele nos diz com as coisas que vai mandando para as nossas vidas. E conseguimos isso nos mantendo atentos a como nos sentimos em relação ao que desejamos. Muitas vezes algo que parece correto nos faz sentir péssimos e algo aparentemente errado nos faz sentir ótimos. O sentimento é a forma de comunicação da nossa alma conosco e esta está sempre diretamente conectada à Deus, portanto, é a forma que Deus tem de falar diretamente conosco. Se mesmo aparentemente certo te faz sentir mal, é que aquilo não é certo para você, mesmo que o seja para o resto do mundo. E aqui é preciso ter fé absoluta em Deus, e essa é a parte mais difícil.
Difícil por que a idéia que temos de Deus é muito contaminada pelas religiões. Porque o Deus que nos apresentaram como verdadeiro é punitivo e orgulhoso, impaciente e vingativo. E como você tem fé absoluta e entrega a sua vida nas mãos de alguém assim? Impossível! Vai contra o nosso instinto de preservação!!! Por isso nossa fé é tão fraca e vacilante...
Assim sendo, para aqueles que estão dispostos e determinados a terem uma vivência mais verdadeira de Deus é preciso esquecer as religiões e recomeçar do zero. Começar por sentir a presença Dele na sua própria vida e perceber como Ele sempre nos trata com bondade e benevolência.
É preciso entender e aceitar que tudo o que vivemos é criação única e exclusivamente nossa e que essa é a maior prova da sabedoria Divina.
Não, Deus não quis assim. Aliás Deus não quer absolutamente nada para as nossas vidas além de que aprendamos com as nossas próprias escolhas. Esse foi Seu desejo inicial e absoluto desde o momento em que se decidiu pela nossa criação e desde então segue prevalecendo a Sua vontade: por isso nos dotou de livre-arbítrio.
Eu sei, eu sei... É bem difícil entender e aceitarr que estamos à mercê de nós mesmos durante todas as nossas vidas e é muito mais fácil responsabilizar Deus do que a nós mesmos pelas coisas que nos acontecem de bom ou de ruim, mas... É um tremendo dum engano isso!
Para entender a questão do livre-arbítrio é preciso ater-se à sua concepção de Deus: Ele é um Ser sábio e justo que nunca desperdiça uma ação ou criação na sua opinião? Pense a respeito. Mas pense de verdade...
Se sua resposta for sim, então você há de convir que se Ele nos dotou de livre-arbítrio - que significa o poder de tomar as nossas próprias decisões e agir de acordo com o grau evolutivo no qual nos encontramos, ou seja, concordante com a nossa própria sabedoria - em nenhum momento Ele o revogaria para poder conduzir a nossa vida como melhor Lhe aprouver. Simplesmente não faz sentido!!! E em Deus tudo faz sentido! Se não vemos sentido é pela nossa própria incapacidade de enxergarmos além do véu do presente momento.
E, no entanto, isso não significa que estamos destituídos de proteção ou ajuda. Não! Pois quando tomamos uma decisão, quando desejamos algo, Deus começa a nos enviar todas as coisas necessárias para que avaliemos a situação e o nosso desejo, antes de que esse se concretize, mesmo que nosso desejo seja negativo. E falo disso por experiência própria e sobre algo que aprendi muito antes de saber que isso se chamava "lei da Atração".
Quem me conhece ou lê há muito tempo vai se lembrar do dia em que fui assaltada em 1994 como resposta ao meu pedido cotidiano - durante seis meses - para morrer. No primeiro segundo do assalto eu tinha plena consciência que ele era apenas a resposta ao meu pedido; que eu havia criado aquela situação com o meu pensamento e sentimento. Porém para mim também era nítido que naquele momento estava em minhas mãos - e apenas nelas - decidir se o gatilho seria acionado ou não. Eu tinha diante dos meus olhos um bandido que claramente estava a meu favor e um outro bem determinado a dar cabo de mim, tanto que no final das contas os dois discutiram feio para que prevalecesse a vontade do bandido que quis que eu descesse do carro, inclusive com ameaças de morte entre eles...
Claro que quando a minha ficha caiu, desejei ardentemente continuar viva e me comprometi em refazer a minha vida sem nunca mais pedir para morrer diante das grandes dificuldades, trato que venho cumprindo fielmente. Também era quase palpável para mim a presença de mais gente naquele carro, mesmo que eu não fosse capaz de vê-los fisicamente; e que a sua função era justamente auxiliar em que minha decisão final fosse cumprida, ou seja: manter a simpatia do bandido que dirigia o carro cada vez aumentando mais, e controlando a agressividade do bandido que estava atrás de mim e mantinha a arma apontada na minha direção o tempo todo. E antes do ocorrido houveram muitos e muitos sinais, inclusive um sonho me preparando para o que iria viver naquele dia.
Sei que muitos dirão: "você não morreu pela vontade de Deus"! E eu direi: "Sim, mas apenas em parte. Justamente a parte na qual a vontade Dele é que a minha vontade prevaleça diante do uso que faço do meu livre-arbítrio". E fosse qual fosse a minha decisão, eu arcaria com as consequências dela.
Acho que as pessoas preferem colocar a responsabilidade de tudo nas costas de Deus por terem medo de usarem seu livre-arbítrio diante do reconhecimento da própria ignorância. Medo de errar feio e sofrer né? Mas de novo é preciso que nos lembremos de "quem é Deus" e seja lá o que Ele for, é fato que Ele é pura bondade. Você pode mesmo tomar uma decisão errada baseando-se na sua ignorância; porém antes de concretizar seu desejo, Deus enviará muitas e muitas situações para que você amplie seu conhecimento sobre aquilo e possa adequar a sua vontade, ou até mesmo mudar de opinião, desejo.
O x é que tivemos uma educação completamente errada sobre as coisas realmente importantes nessa vida e vemos "mudar de opinião" como falha de caráter. Bonito é manter uma só postura mesmo que seja para se foder ali na frente. É, a grande responsável pelas mazelas da nossa vida é a nossa teimosia. A mania que temos de termos certezas absolutas sobre coisas que na verdade desconhecemos quase que por completo. O vício de sermos como aquela ferramenta que completa os endereços automaticamente no e-mail, sabe? Só que fazemos isso com as coisas que vemos: completamos sentidos, razões, motivações e consequências com um simples passar de olhos sobre uma situação ou alguém, ou seja, julgamos; e 99% das vezes de forma errada.
Usar o livre-arbítrio é simples e seguro. Basta estarmos abertos a mantermos uma conversa com Deus após tomarmos uma decisão e ficarmos receptivos para podermos entender o que Ele nos diz com as coisas que vai mandando para as nossas vidas. E conseguimos isso nos mantendo atentos a como nos sentimos em relação ao que desejamos. Muitas vezes algo que parece correto nos faz sentir péssimos e algo aparentemente errado nos faz sentir ótimos. O sentimento é a forma de comunicação da nossa alma conosco e esta está sempre diretamente conectada à Deus, portanto, é a forma que Deus tem de falar diretamente conosco. Se mesmo aparentemente certo te faz sentir mal, é que aquilo não é certo para você, mesmo que o seja para o resto do mundo. E aqui é preciso ter fé absoluta em Deus, e essa é a parte mais difícil.
Difícil por que a idéia que temos de Deus é muito contaminada pelas religiões. Porque o Deus que nos apresentaram como verdadeiro é punitivo e orgulhoso, impaciente e vingativo. E como você tem fé absoluta e entrega a sua vida nas mãos de alguém assim? Impossível! Vai contra o nosso instinto de preservação!!! Por isso nossa fé é tão fraca e vacilante...
Assim sendo, para aqueles que estão dispostos e determinados a terem uma vivência mais verdadeira de Deus é preciso esquecer as religiões e recomeçar do zero. Começar por sentir a presença Dele na sua própria vida e perceber como Ele sempre nos trata com bondade e benevolência.
É preciso entender e aceitar que tudo o que vivemos é criação única e exclusivamente nossa e que essa é a maior prova da sabedoria Divina.
17 de janeiro de 2009
Gostei do que escrevi no comentário dela. Reproduzo aqui. Fala sobre a São Paulo na qual vivo.
Então Rê, o que venho pensando desde que li seu post sobre os preços absurdos das coisas e etc… É que existem dois “Brasis” mesmo e que eu vivo num privilegiado.
Moro perto do Horto Florestal como você sabe e aqui somos atendidos por um hospital público estadual: o complexo do Mandaqui, aquele no qual, inclusive, presto trabalho voluntário com o Gonçalo junto à terceira idade. Aqui em casa ninguém tem assistência médica: nem minha mãe que está completando 70 anos e nem meu sobrinho que tem 3 anos e 10 meses e, inclusive, teve o seu parto realizado num outro hospital público da região e que também é de excelência: o da Cachoeirinha que é destinado a partos de alto-risco. Em todos eles recebemos tratamento de primeiro mundo e qualidade e essa é uma opinião unânime aqui em casa e de gente que sim, já esteve e tratou-se em hospitais particulares e de primeira linha em São Paulo, antes da falência.
Para aqueles que reclamam de demora, basta lembrar que nos convênios e médicos particulares também existe uma demora para se conseguir atendimento. Eu mesma esperei 3 meses por uma consulta com a dermatologista que me tirou as bolinhas em Dezembro. Particular…
Sem falar nos remédios que são distribuídos no hospital mesmo. Olha, sei que economizo e MUITO só com esses dois quesitos, principalmente com minha mãe que aos 70 anos tem uma disfunção cardíaca e que precisa de medicamentos de alto custo. Tenho calafrios em pensar o quanto não me custaria isso em convênios e farmácias, o que me faz dizer que jamais a mudarei dessa região enquanto ela viver, mas ainda tem mais…
TODOS os meus sobrinhos menores de 18 anos estudam em escola pública. Três deles em Guarulhos, e sim, o ensino é de qualidade. Eles teem, inclusive, atividades extra-curriculares na escola tais como aula de informática, italiano, educação ecológica, culinária, natação e ginástica olímpica, que foram as que escolheram dentre outras que não estou lembrando nesse momento.
O mais novo vai começar na pré-escola numa escola pública aqui perto em Fevereiro e terá, dentre outras coisas transporte escolar gratuíto: sim, uma perua vem buscá-lo e entregá-lo na porta de casa sem custo algum para nós. O uniforme também é dado pela prefeitura assim como todo o material escolar.
Sei que é uma realidade restrita ainda, mas isso me anima a acreditar que do mesmo jeito que encontraram solução para esse pedaço da Cidade, encontrarão para as demais partes. Um diferencial que percebo é o envolvimento da comunidade com o trabalho voluntário junto às entidades públicas o que, invariavelmente, aumenta a qualidade dos serviços prestados.
Quanto a gastos e preços, acho que ai é questão de educação pessoal mesmo sabe? Há séculos descobri a 25 de Março, o Brás e agora a Lapa. Se você esquecer “a etiqueta com a marca em algum canto da peça” que diz pro outro que você pode ser alguém de um determinado status, encontra produtos bons e de qualidade por preços justos. Mas é preciso educar-se quanto a “querer parecer” e a “ser”.
Sim, os lugares nem sempre são os mais confortáveis de se andar e a beleza por vezes passa é bem longe mesmo, mas quando quero passear escolho lugares que atendam minha necessidade de belo; pra comprar preciso apenas que a minha necessidade de bons negócios seja atendida.
Aqui o transporte público também é eficiente e de qualidade com veículos novos e bem conservados; mas andando essa semana pela zona sul fiquei feliz em ver que todos os ônibus que fazem o percurso pela APAE oferecem fácil acesso à deficientes físicos e suas cadeiras de rodas.
Todas as praças e calçadas dessa região foram refeitas pelo prefeito e a Avenida Engenheiro Caetano Álvares, que há anos vinha sendo usada como lugar de caminhadas ganhou, no canteiro central, uma pista apropriada para isso.
Essa é a São Paulo onde moro e a cidade que amo. Sei que ela não é toda assim, mas acabo tendo fé que, mesmo sendo imensa, as coisas estão mudando para melhor nela e que um dia todos viverão nas mesmas condições que eu…
Então Rê, o que venho pensando desde que li seu post sobre os preços absurdos das coisas e etc… É que existem dois “Brasis” mesmo e que eu vivo num privilegiado.
Moro perto do Horto Florestal como você sabe e aqui somos atendidos por um hospital público estadual: o complexo do Mandaqui, aquele no qual, inclusive, presto trabalho voluntário com o Gonçalo junto à terceira idade. Aqui em casa ninguém tem assistência médica: nem minha mãe que está completando 70 anos e nem meu sobrinho que tem 3 anos e 10 meses e, inclusive, teve o seu parto realizado num outro hospital público da região e que também é de excelência: o da Cachoeirinha que é destinado a partos de alto-risco. Em todos eles recebemos tratamento de primeiro mundo e qualidade e essa é uma opinião unânime aqui em casa e de gente que sim, já esteve e tratou-se em hospitais particulares e de primeira linha em São Paulo, antes da falência.
Para aqueles que reclamam de demora, basta lembrar que nos convênios e médicos particulares também existe uma demora para se conseguir atendimento. Eu mesma esperei 3 meses por uma consulta com a dermatologista que me tirou as bolinhas em Dezembro. Particular…
Sem falar nos remédios que são distribuídos no hospital mesmo. Olha, sei que economizo e MUITO só com esses dois quesitos, principalmente com minha mãe que aos 70 anos tem uma disfunção cardíaca e que precisa de medicamentos de alto custo. Tenho calafrios em pensar o quanto não me custaria isso em convênios e farmácias, o que me faz dizer que jamais a mudarei dessa região enquanto ela viver, mas ainda tem mais…
TODOS os meus sobrinhos menores de 18 anos estudam em escola pública. Três deles em Guarulhos, e sim, o ensino é de qualidade. Eles teem, inclusive, atividades extra-curriculares na escola tais como aula de informática, italiano, educação ecológica, culinária, natação e ginástica olímpica, que foram as que escolheram dentre outras que não estou lembrando nesse momento.
O mais novo vai começar na pré-escola numa escola pública aqui perto em Fevereiro e terá, dentre outras coisas transporte escolar gratuíto: sim, uma perua vem buscá-lo e entregá-lo na porta de casa sem custo algum para nós. O uniforme também é dado pela prefeitura assim como todo o material escolar.
Sei que é uma realidade restrita ainda, mas isso me anima a acreditar que do mesmo jeito que encontraram solução para esse pedaço da Cidade, encontrarão para as demais partes. Um diferencial que percebo é o envolvimento da comunidade com o trabalho voluntário junto às entidades públicas o que, invariavelmente, aumenta a qualidade dos serviços prestados.
Quanto a gastos e preços, acho que ai é questão de educação pessoal mesmo sabe? Há séculos descobri a 25 de Março, o Brás e agora a Lapa. Se você esquecer “a etiqueta com a marca em algum canto da peça” que diz pro outro que você pode ser alguém de um determinado status, encontra produtos bons e de qualidade por preços justos. Mas é preciso educar-se quanto a “querer parecer” e a “ser”.
Sim, os lugares nem sempre são os mais confortáveis de se andar e a beleza por vezes passa é bem longe mesmo, mas quando quero passear escolho lugares que atendam minha necessidade de belo; pra comprar preciso apenas que a minha necessidade de bons negócios seja atendida.
Aqui o transporte público também é eficiente e de qualidade com veículos novos e bem conservados; mas andando essa semana pela zona sul fiquei feliz em ver que todos os ônibus que fazem o percurso pela APAE oferecem fácil acesso à deficientes físicos e suas cadeiras de rodas.
Todas as praças e calçadas dessa região foram refeitas pelo prefeito e a Avenida Engenheiro Caetano Álvares, que há anos vinha sendo usada como lugar de caminhadas ganhou, no canteiro central, uma pista apropriada para isso.
Essa é a São Paulo onde moro e a cidade que amo. Sei que ela não é toda assim, mas acabo tendo fé que, mesmo sendo imensa, as coisas estão mudando para melhor nela e que um dia todos viverão nas mesmas condições que eu…
16 de janeiro de 2009
E juro, juro!! Tentei assistir à última semana de "A Favorita", mas não deu. Quando colocaram a Flora na ambulância sem nenhum policial junto, já me irritei por demais, porém quando abrem a porta e ela simplesmente desapareceu de lá de dentro, eu levantei e fui procurar algo que respeitasse a minha inteligência.
Colocar uma assassina perigosa sem policial e sem escolta numa ambulância é ficção demais até pra mim! E ela conseguir bater no enfermeiro com um tanque de oxigênio e abrir a porta pesadíssima da ambulância sem que o motorista e acompanhante ouçam nada e nem sintam o carro balançar é forçar demais na minha opinião...
Mas hoje verei o último capítulo, só rezo pra que não me mate de raiva... rs...
Colocar uma assassina perigosa sem policial e sem escolta numa ambulância é ficção demais até pra mim! E ela conseguir bater no enfermeiro com um tanque de oxigênio e abrir a porta pesadíssima da ambulância sem que o motorista e acompanhante ouçam nada e nem sintam o carro balançar é forçar demais na minha opinião...
Mas hoje verei o último capítulo, só rezo pra que não me mate de raiva... rs...
15 de janeiro de 2009
14 de janeiro de 2009
7 de janeiro de 2009
E eis aqui as regras gerais da reforma ortográfica:
HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom".
Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada".
TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados.
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição);
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
;
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo");
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo);
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica).
ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y".
ACENTO CIRCUNFLEXO ^
Não se usará mais:1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo".
ACENTO AGUDO ´
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia";
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca";
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i".
Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe
(apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue,
arguem.
HÍFEN
Não se usará mais:
1. quando o segundo elemento começa com s ou r, devendo estas consoantes ser duplicadas, como em "antirreligioso", "antissemita", "contrarregra", "infrassom".
Exceção: será mantido o hífen quando os prefixos terminam com r -ou seja, "hiper-", "inter-" e "super-"- como em "hiper-requintado", "inter-resistente" e "super-revista"2. quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Exemplos: "extraescolar", "aeroespacial", "autoestrada".
TREMA
Deixará de existir, a não ser em nomes próprios e seus derivados.
ACENTO DIFERENCIAL
Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição);
2. "péla" (flexão do verbo pelar) de "pela" (combinação da preposição com o artigo)
;
3. "pólo" (substantivo) de "polo" (combinação antiga e popular de "por" e "lo");
4. "pélo" (flexão do verbo pelar), "pêlo" (substantivo) e "pelo" (combinação da preposição com o artigo);
5. "pêra" (substantivo - fruta), "péra" (substantivo arcaico - pedra) e "pera" (preposição arcaica).
ALFABETO
Passará a ter 26 letras, ao incorporar as letras "k", "w" e "y".
ACENTO CIRCUNFLEXO ^
Não se usará mais:1. nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus derivados. A grafia correta será "creem", "deem", "leem" e "veem"
2. em palavras terminados em hiato "oo", como "enjôo" ou "vôo" -que se tornam "enjoo" e "voo".
ACENTO AGUDO ´
Não se usará mais:
1. nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia";
2. nas palavras paroxítonas, com "i" e "u" tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: "feiúra" e "baiúca" passam a ser grafadas "feiura" e "baiuca";
3. nas formas verbais que têm o acento tônico na raiz, com "u" tônico precedido de "g" ou "q" e seguido de "e" ou "i".
Com isso, algumas poucas formas de verbos, como averigúe (averiguar), apazigúe
(apaziguar) e argúem (arg(ü/u)ir), passam a ser grafadas averigue, apazigue,
arguem.
6 de janeiro de 2009
No dia 31 lembrei da reforma ortográfica que passaria a vigorar no dia 1º e os olhos encheram de lágrimas. Eu sei, sou doida. Nem eu mesma imaginava que o amor pela língua chegasse a tanto... Mas pense: nunca mais a eloqüência será a mesma... Será assim uma eloquência, mais chinfrim, mais sem graça... é, algumas palavras das quais gosto - sim, eu gosto de palavras - não serão mais as mesmas... No entanto, apenas na grafia, já que a sonoridade e a expressão continuam a mesma. E é óbvio que nisso de os olhos encherem-se de lágrimas há uma certa dose de drama né? Como bem diz um amigo meu: "custo a crer que você não tem sangue italiano correndo nas suas veias". Eu também custo. Principalmente quando a TPM me visita.
E há também uma certa dose de brasileirismo na onda de reclamações contra a reforma ortográfica, pois não lembro de ter visto, por exemplo, em nenhum dos últimos anos, qualquer pessoa escrever lingüiça seja lá onde fosse. E acertar o hífen? Sempre foi uma coisa rara, então não ficou mais confuso do que já era. E o acento diferencial pra pára(é uma das palavras que mais gosto); quem é que o escrevia além de mim? Lembro não... Porém brasileiro é assim: não se preocupa com algo até perdê-lo. Agora é capaz de todo mundo se tornar doutor no português, doravante arcaico, só para se recusar a fazer oficialmente o que vinha fazendo há décadas na informidade. É isso que chamo de brasileirismo: essa tendência ao anarquismo. Essa rebeldia do "se há governo sou contra", não importa qual seja o partido no poder.
E não posso negar que isso me cansa ultimamente.
E há também uma certa dose de brasileirismo na onda de reclamações contra a reforma ortográfica, pois não lembro de ter visto, por exemplo, em nenhum dos últimos anos, qualquer pessoa escrever lingüiça seja lá onde fosse. E acertar o hífen? Sempre foi uma coisa rara, então não ficou mais confuso do que já era. E o acento diferencial pra pára(é uma das palavras que mais gosto); quem é que o escrevia além de mim? Lembro não... Porém brasileiro é assim: não se preocupa com algo até perdê-lo. Agora é capaz de todo mundo se tornar doutor no português, doravante arcaico, só para se recusar a fazer oficialmente o que vinha fazendo há décadas na informidade. É isso que chamo de brasileirismo: essa tendência ao anarquismo. Essa rebeldia do "se há governo sou contra", não importa qual seja o partido no poder.
E não posso negar que isso me cansa ultimamente.
3 de janeiro de 2009

Esta foi a última invenção culinária de 2008 que rolou num almoço onde ele queria comer risoto, e eu tive a idéia de fazer esse quando estava debaixo do chuveiro. Achei que devia ficar incrível um risoto de carne-seca e queijo coalho. E não é que acertei em cheio minha gente???
Para o risoto, o básico:
- arroz arbório;
- manteiga para refogar a cebola;
- umas duas cebolas médias picadinhas, ou uma grande;
- alho a gosto;
- meio quilo de carne-seca demolhada pra tirar o sal, cozida e desfiada;
- 500 gramas de queijo coalho ralado;
- 2 litros de caldo de carne;
- sal se precisar.
Numa outra oportunidade, aqui em casa mesmo, fiz com alho-poró pensando no equilíbrio nutricional do prato sem salada. Ficou muito bom também!
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