6 de abril de 2009

Ontem ouvi meu irmão dizendo algo que, por vir dele, dentro do contexto atual, me surpreendeu: que ele aprendeu duas coisas na vida e que uma delas é que a mesma é feita de escolhas, que escolher é direito de todo ser humano e pauta a nossa existência.

Bravo!

Ai fico pensando que as pessoas se começam a entender isso, ainda estão longe de compreender, de fato, o que isso implica.

A vida é feita de aspectos positivos e negativos e a grande maioria das vezes uma mesma situação traz ambos em seu cerne. Ao que você dará importância é escolha sua. E o que vejo acontecer, a maioria das vezes, é que, embora os aspectos positivos sejam em maior número numa mesma situação, as pessoas se focam e frisam o negativo exaustivamente. Tanto que acabam sem ânimo e desgastadas para fazer algo que, efetivamente, mude apenas a própria vida pra melhor. O pretexto interno é de que não podemos mudar o mundo se não ficarmos atentos às coisas que não vão bem, não nos precavermos delas.

Eu não sei... A única coisa que tenho percebido claramente e cada vez mais, ultimamente, é que o mundo acaba se tornando um lugar mais chato, porque as pessoas vivem de mimimi e reclamando de alguma coisa 90% do tempo. Tem lá 25 coisas bacanas acontecendo num mesmo espaço-tempo na própria vida, e uma ou duas desagradáveis e o foco se fixa onde? No negativo. Por quê? Porque se escolhe e elege olhar a sua vida e o mundo por essas lentes e depois se reclama que nada flue, que nada dá certo, que nada caminha a nosso favor. Ai me pego pensando: do que adianta o Universo te enviar coisas boas se você as despreza - cotidianamente - em nome de algo que acredita ser "ter consciência"?

E não sei quanto a vocês, mas eu, pensando cá com os meus botões, todas as vezes nessa vida em que - de fato e de direito - estive diante de problemas insolúveis por minha falta absoluta de recursos pessoais diante delas, tive a ajuda vindo inesperadamente de algum lugar/pessoa que eu não fazia idéia e quem ajudou também não sabia da minha grande necessidade. Sim, essa é a AÇÃO DE DEUS. TODAS as vezes. No demais, quando os problemas na verdade são apenas desafios e dificuldades que tenho de ultrapassar, as coisas se resolvem quando me despreocupo - por vezes desisto - pois ai eu consigo ser criativa para achar a solução que o pensamento obsessivo impede. Simplificando: ligar-me aos aspectos negativos nunca me ajudou em nada.

A perfeição não existe. Mas a imperfeição também não, embora todos julguem, porque aprendemos a pensar assim: que aquilo que não é perfeito, é, implicitamente, imperfeito. O é, mas só conceitualmente.

E que seja! Porém quem disse que o imperfeito não pode nos trazer prazer e contentamento? Não pode nos nutrir, realizar e fazer, justo pelo que falta, com que a vida se mova? Pois é essa a exata perfeição do imperfeito: impulsionar-nos a seguir em busca. O x é quando isso se torna obsessivo e desqualifica qualquer coisa em nome dessa perfeição inalcançável.

Divagações, divagações...

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