30 de setembro de 2006

 


Tenho pensado muito que de nada adianta você ser ou ter algo do qual não possa fazer uso.

Comecei a pensar isso desde quando fiz o post sobre o abuso. Se num primeiro momento engordar foi uma reação de proteção, com o passar dos anos se transformou numa afirmação de que realmente acredito que a responsabilidade pelo que me aconteceu estava na minha beleza e que tenho de evitar que isso volte a acontecer tornando-me não desejável e incapaz de reconhecer-me bonita. Isso aos meus olhos, porque sempre tem alguém que te deseja, mesmo que apenas fisicamente. Sexo e tesão são energias poderosas.

O que venho me dizendo com frequência nos últimos dias é que tenho o direito de ser o que sou e de usufruir o que sou independente do que o outro pensa sobre mim. E que se alguém se meter a engraçadinho merece é levar um tremendo murro no meio das fuças.

26 de setembro de 2006

 

Essa é a tia que me levou para o melhor trabalho que já tive em toda minha vida: o projeto Conversas e Memórias, orientado pelo Gonçalo Luiz de Melo que acontece no Centro de Referência do Idoso no Hospital do Mandaqui ou MandaCri.

Nem sei como explicar o bem que eles me fazem na troca que os dois grupos dos quais participo dando suporte me propiciam. Posso estar arrasada com o que for que sempre, sempre, volto de lá melhor.

Dizem que a vida tem sempre um plano destinado a nós; começo a crer que isso é realmente verdade...

24 de setembro de 2006

 

Gostei dessa minha foto e como este é um blog umbiguista... Tirei-a no sábado passado, na festinha pelo aniversário da minha irmã aqui em casa e que foi bem gostosinha, mesmo eu tendo salgado todas as tortas que fiz. E isso sem que estivesse apaixonada... rs... :oP

A Mariana, minha sobrinha, colocou uma montagem de fotos feitas na festa, lá no profile dela no orkut e foi bem pertinente no comentário: somos a parte mais divertida da família, bem no estilo: ganhamos pouco, mas nos divertimos. E muito!

Tem umas fotos engraçadas lá no meu álbum porque para tirar o papo que se forma embaixo do queixo, eu costumo tirar auto-retratos com a máquina segura láááá em cima e a Mari desenvolveu toda uma técnica de projeção de queixo e sorriso cristalizado que não deu muito certo no resultado das fotos, mas garantiu lágrimas de tanto rir.

Mas falemos sério hein? O Orkut anda um saco para carregar a página. Aqui entra com muita reza brava e mandinga e vive saindo do ar. Acho que eles vão botar os brasileiros para fora de lá pelo cansaço. E eu serei uma das primeiras...

E o povo que ainda se extressa ou preocupa com quem visita a sua página? Nêgo!! Quando é que vai cair a ficha do povo de que o profile é público?? Quer privacidade? Faz um blog e põe senha!!!

20 de setembro de 2006



Ah! a TPM!

Deus me livre de mim mesma em dias de tensão pré-menstrual!!!

Não, ela não cria nada, apenas amplia em mil por cento coisas que sei que existem e com as quais tenho de lidar, porém que empurro com a barriga quando não estou nela. E não, ela ainda não passou, mas resolvi passar com ela né? Chega!

Ontem nem um milksahke com calda dupla do Mac me salvou... E se por um lado é bom botar todo o meu mundo interno estampado de forma irrevogável diante dos meus olhos, por outro é ruim quando não consigo fazer com que minha loucura não se espalhe e atinja os outros. Na TPM as emoções são cavalos muito mais indomáveis do que o são fora dela. E não, não desisti e nem vou adiar novamente o que tenho de fazer, só que não preciso ser tão heave. Doses homeopáticas são eficientes.

Então é isso: modo descontrol TPM [off] modo descontrol normal [on]

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E veja que bonito: hoje descobri que nasci no dia mundial dos oceanos!

Agora tá TUDO explicado!!! Agora sei porque deságuo tanto...

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E fala sério: alguém ai já se tocou que o Quiroga é Deus? Pois.

E ele fez de novo... Eu lá perguntando: Deus, porque esses sinais diferentes que observo, essa nova sensibilidade, essas coisas que pra mim não fazem sentido algum estarem acontecendo?

20 setembro 2006

Talvez você ainda não tenha visto com clareza o objetivo que deve ser conquistado nos próximos anos, mas algo em sua alma reconhece sinais estranhos e, pelo menos, já não consegue envolver-se com os mesmos assuntos de sempre como outrora.



Nunca vi alguém para responder todas as minhas questões como ele. Então conclui o evidente: se ele responde as perguntas que só faço a Deus nas minhas orações é por que ele é Deus. Acho que vou mandar-Lhe um e-mail e aproveitar para acertar algumas erastas... rs...

E que tal você ir lá conferir e depois vir me contar se com você ele também é cheio de dar recadinhos absolutamente sentatos e enervantes? Se você já sabe essa resposta, pode me contar agora, por favor. É só pra eu me sentir menos perseguida sabe? Eu, paranóica e umbiguista?

Imagina!!!
 

Eu me sinto Toy Story


Relacionamentos nos deixam marcas, às vezes, muito mais profundas do que supomos. Por anos fui apaixonada por alguém que dizia gostar de mim, porém não gostava. Aliás, não gostava de ninguém. O que gostava era de ter sempre, junto de si, alguém apaixonado que o tratasse com o amor que nele inexiste por ele mesmo.

Levei muito tempo para entender isso. Anos mesmo. E a consciência começou a surgir através de uma sensação que primeiro se tornou freqüente e depois clara, quando consegui juntar as peças. Como ele tinha necessidade de ser bajulado constantemente - coisa na qual não sou muito boa - eu não era a número um da sua lista. E por isso ele vivia aparecendo e sumindo da minha vida. Com o tempo descobri que aparecia quando brigava com a número um e desaparecia quando faziam as pazes; ou quando conhecia alguma outra mulher a quem se dedicaria a conquistar até que ela fizesse parte do hall de mulheres a encherem a sua bola e voltava a aparecer quando a novata se recusava a fazê-lo.

Porque voltava se eu não sou bajuladora? Por que sou sincera quando elogio alguém e sim, todo mundo tem qualidades e defeitos, mesmo que alguns tenham mais os segundos que as primeiras. E haja paciência para ficar dizendo o tempo todo para o outro o quão maravilhoso ele é, principalmente quando o forte dele não é apontar as suas qualidades, muito pelo contrário...

A sensação constante que eu tinha e que me levou à clareza do que acontecia naquela história era a de me sentir feito uma boneca de pano velha com a qual já se brincou até não poder mais, e que se abandona quando o brinquedo preferido, ou novo, chega cheio de novas tecnologias.

A boneca velha não é jogada fora, mas fica ali, esquecida num canto até que o brinquedo novo dê defeito. E enquanto se aguarda pelo conserto ou pela chegada de outro, ela é retomada. E se nas primeiras vezes ela se permite crer que tem alguma importância, quando volta a ser largada, assim que a porta se abre anunciando algo, a dor que lhe advém é aquela mesma velha conhecida. Com o tempo se cria casca. E com mais tempo se vira às costas e se vai embora.

No entanto, por baixo da casca existe uma cicatriz e ela volta a se fazer sentir quando a gente vivencia situações que guardam alguma semelhança com a antiga, mesmo que em essência as situações e pessoas envolvidas sejam completamente diferentes.

Um amigo, um namorado, um paquera, qualquer pessoal que te seja significativa e com o qual se está sempre em constante contato e que, de repente, se encanta com alguém ou algum projeto novo na própria vida e acaba por, naturalmente – porque é assim mesmo – diminuir a freqüência existente entre vocês, te faz sentir novamente como a velha boneca de pano que mais uma vez está sendo deixada de lado. Você sabe que é irracional; você sabe que é ilógico, mas é assim que você se sente, e então o que fazer?

Sair de cena. Pura e simplesmente, até o dia no qual você consiga não se sentir assim e dar liberdade real ao outro de estar com você por querer estar e não porque você precisa que ele esteja...

Fácil falar; doído fazer.

Única maneira de evitar ferir alguém no meu caminho do mesmo jeito que fui ferida anteriormente...

18 de setembro de 2006

 

Triste constatação


Tem hora que o coração fica pequeno, e a solidão que me rodeia se torna tão evidente que os olhos marejam e suavemente choram.

Fico bem me minha companhia, muito bem até, porém não me basto. Sinto falta de alguém que queira saber como estou, para onde vou, como vou e se vou. Sinto falta de que precisem de mim mais do que para necessidades reais e concretas. Que me queiram por vontade de um sorriso meu, que for, apenas. De quem queira gastar o tempo de fazer nada, comigo. De quem consiga achar uma brecha no dia corrido por que necessita saber de mim.

Sinto falta de ser amorosamente necessária e concretamente desnecessária. De que me queiram perto por querer. De que precisem estar perto de mim por que o vazio que a minha ausência causa, incomoda e dói. De que me procurem com ansiedade em meio à multidão e que ao me encontrarem, sintam esfuziante felicidade.

Cansei de amores mornos.

Hoje o silêncio falou mais alto e o vazio me preencheu. Então fechei algumas portas e selei com pedras algumas brechas. Não existe mais entrega, não existe mais demonstrar amor. Não existe mais esperar pelo que não virá.

Agora o que aqui existe sou eu olhando o mundo em silêncio. Como quem observa o passar do tempo por detrás da janela. Como quem leva um chá de cadeira no baile, aquele mesmo para o qual se preparou com aprumo.

Existem pessoas que simplesmente nasceram para não serem...

16 de setembro de 2006

 


Uma das lembranças mais constantes que tenho de mim mesma é a de me sentir sozinha, mesmo que sempre tenha sido extremamente popular e tenha vivido rodeada de pessoas.

Uma outra impressão que sempre acompanhou esta sensação de solidão e que, acredito, era a sua essência, é a de que constantemente atribuíam uma intenção errônea às minhas atitudes. Ainda o fazem. Exemplificarei.

Quando sofri abuso sexual descobri que homens e mulheres eram geneticamente diferentes, pois jamais vi meu irmão ou pai pelado. O pênis do moço me chamou a atenção sim, e eu achei o órgão interessante desde um primeiro momento e gostei de mexer nele a princípio.

E nem pense: “ah sua safadinha, então você gostou”. Eu era uma menina de cinco anos que foi submetida a uma situação que não deveria acontecer. O que tive, como qualquer criança, foi curiosidade e prazer pela descoberta do novo. E pude tê-la uma vez que meu agressor não me era alguém estranho, e nem me tratou com violência física, mesmo que usasse um tom de voz tão imperativo e ameaçador que me mantinha sob controle. Não me bolinou ou penetrou, e por isso não digo que fui violentada e sim abusada, mas me obrigou a manipulá-lo. O abuso se tornou uma agressão de fato quando eu quis parar de “brincar” daquilo e ele não deixou. Confirmou-se quando já em desespero mudo, achei que poderia escapar dizendo que queria ir ao banheiro - e me trancar lá até minha mãe chegar do trabalho – com o que ele consentiu e no momento de fechar a porta escutei: “deixe-a aberta. Quero ver seu corpo”. Internalizou-se no instante em que abaixando as calças para fazer um xixi inexistente, senti tanto ódio por estar submetida àquela condição que jurei a mim mesma que homem nenhum mais ia querer ver meu corpo. Ficou encravado na minha alma quando ele se justificou me dizendo: “a culpa é sua. Você é muito bonita. Se você contar para sua mãe ela vai deixar de te amar por que ela vai entender o que fiz por você ser tão bonita”. E se algum tempo depois apaguei da memória essa situação por anos não consegui apagá-la da minha alma e corpo. Engordei e até os cabelos, que eram lisos, ficaram pixains durante uns bons anos. É, não encaracolados, não; pixaim! Carapinha mesmo! Tem noção de algo que mexe com você tão profundamente que é como se mudasse seu código genético? Pois.

Mas o que me interessa aqui nesse momento é que o lado da curiosidade infantil me ajudou a sobreviver sexualmente saudável e em poucos dias, consegui fazer a transposição necessária para entender que meninos pequenos também tinham uma anatomia diferente da das meninas pequenas. Mediante essa “descoberta” que me pareceu genial, quis compartilhá-la na escola com minhas amigas mais chegadas e me decidi a, claro, comprová-la empiricamente. Para tanto convenci um amiguinho a passar em revista seu pintinho – de shorts do uniforme abaixado - para seis meninas sentadas no murinho de um canteiro no meio do pátio do colégio. Claro que fui pega! E, claro, fui castigada, minha mãe chamada e tudo mais o que tinha direito.

Mas o que me doeu foi que ouvi intenções que me foram atribuídas pelas freiras e que me soaram tão infundadas; dentre elas a de que abusei do coleguinha ao obrigá-lo a se submeter ao tal exame. Não, não era nada daquilo! Eu apenas tinha descoberto algo legal que quis compartilhar com os amigos! Não obriguei o menino a fazer nada sobre ameaça ou força, tanto que eu era uma das seis garotas sentadas na muretinha. Apenas pedi e ele topou. E acho que essa foi a vez mais marcante na qual me dei conta que uma atitude minha, que hoje sei controversa, veio à tona e me fez ser vista de um forma que me era completamente estranha. Infelizmente essa é uma constante na minha vida

E isso acaba fazendo com que eu me sinta muito só, uma vez que não consigo me sentir compreendida a maior parte do tempo. Às vezes gasto um tempo enorme em discussões onde o outro tenta me convencer que sou o que ele acredita que eu seja, e não o que eu sei que sou. Como se eu não devesse ser como sou; como se devesse me esforçar mais para corresponder a imagem que o outro faz de mim...

E o engraçado disso tudo é que quase ninguém atribui uma intenção boa a uma atitude que não entende, já reparam? Geralmente é sempre algo ruim que existe por detrás do que o outro fez ou falou, já perceberam? E não me incluo fora dessa não. Eu também, muitas vezes, interpreto pelo lado maldoso as atitudes alheias que me ferem... Fazem tanto algo com você que você acaba se contaminando com ela. Acho que a diferença que tenho é que se tenho intimidade e convívio, chego à pessoa e digo que não gostei do que aconteceu e pergunto por que ela o fez e costumo acreditar na resposta.

E é por isso que, algumas vezes, acabo que me ferro legal. E é por isso também que algumas pessoas não têm perdão: por que foram alertadas antes em conversas. Eu dei a outra face e a pessoa bateu de novo.

E me poupem do discurso religioso do perdão, pois no Evangelho Segundo o Espiritismo mesmo se diz que se você não consegue dar a outra face à quem te faz mal, que então saia de perto dessa pessoa. Não a pense, não a sinta, evite-a completamente dentro e fora de si mesmo, pois isso é melhor do que ficar numa situação que invariavelmente vai terminar em agressões.

É o que eu faço: mato a pessoa dentro de mim.

13 de setembro de 2006



Os “sinceros” que me perdoem, mas boa educação é fundamental!


Vamos entender uma coisa de uma vez por todas: sinceridade não tem nada a ver com falta de educação. Dizer tudo o que se pensa e se auto-intitular “sincero” é um dos maiores engodos usado para ocultar de si mesmo que, em verdade, apenas se é alguém mal educado e intrometido.

Sim, todo mundo pensa um monte de coisas a respeito dos outros o tempo todo, porém existe uma distância enorme entre pensar e comunicar o que se pensa, principalmente se sua opinião não foi pedida e, mais ainda, se você não tem intimidade suficiente com o seu interlocutor.

Quando pensamos o outro, geralmente formulamos suposições que com o tempo vamos confirmar ou desmentir e é por isso que não comunicamos o que pensamos e não por falsidade, o que de cara alegará o sincero: “não sou falso, falo o que penso”! Realmente, falso não é; é prepotente mesmo.

Sim prepotente, pois ao falar sem dar tempo para que suas suposições se comprovem, ele automaticamente as transforma em certezas e o faz supondo-se um grande sábio, minimamente, que não erra nunca.

Porém, o “sincero” é só um grande infeliz que vive tentando colocar o mundo na mesma forma em que foi posto, para que não tenha nunca a certeza - embora a tenha de forma inconsciente - de que ele poderia ter feito escolhas diferentes das que fez e, então, ter sido mais autêntico e feliz.

Ai estão as três coisas que o “sincero” geralmente odeia: o diferente, o autêntico e o feliz; e odeia por que é tudo o que o “sincero” quer ser, mas não consegue. E é por isso que, geralmente, ele é alguém agressivo e amargo. Alguém que vive bradando suas verdades na cara alheia e dizendo: "sou assim mesmo". Percebem a ironia? Ele acha que o mundo tem de “engoli-lo” ao mesmo tempo em que quer a pulso que o mesmo mundo se transforme naquilo que ele acredita ser o certo e melhor. É mais ou menos como aquela pessoa que vive apontando os defeitos alheios no intuito de parecer mais perfeito aos próprios olhos.

O “sincero” é um pobre coitado, um infeliz por excelência, já que raramente é amado. Na maioria das vezes é tolerado com aquela mesma educação que lhe falta. Sim, as pessoas também pensam milhões de coisas a respeito dele e quase nenhuma agradável. Talvez o melhor remédio para curá-lo dessa falta crônica de olhar para si mesmo e ocupar-se única e exclusivamente da própria existência, deixando que as pessoas vivam da melhor forma que lhes aprouver, fosse as pessoas lhe dizerem o que pensam dele à queima-roupa e sem esperarem para ver se, um dia, por milagre, ele acorda e vendo-se como realmente é, passa a ser alguém verdadeiramente sincero, educado e respeitoso.

Sou uma pessoa sincera e ao mesmo tempo gentil e educada, por que não uso meus pensamentos como armas contra os outros. Jamais digo o que penso sobre algo que não me diz respeito se não for questionada abertamente sobre. E se for questionada, direi o que penso sem fazer disso uma forma de agressão, pois tenho ciência de que aquela é minha forma de ver e que ela não é necessariamente correta. Defendo meus pontos de vista, não os disputo.

E essa crônica teve “inspiração” num comentário com o qual acabei de me deparar onde a pessoa estava sendo criticada por usar elementos antigos para montar o quadro sensorial do seu texto, como se ele cometesse um crime contra a modernidade ao fazer isso, simplesmente por ser jovem. Afinal, todo "jovem" tem de gostar de rock, sexo e drogas, não é mesmo? Além de ser de uma grosseria sem fim fazer algo assim, a pessoa simplesmente confunde quem escreve com o que é escrito, mostrando desconhecer que não somos tudo o que escrevemos e, muito menos, que escrevemos tudo o que somos.

Aliás, ai está um bom tema para a próxima crônica: “anacronismo x modernidade” e que bem pode ter como título, trocando em miúdos: "Modernosos, os chatos de plantão"!

11 de setembro de 2006

 

Existe algo mais difícil de fazer do que esquecer um amor?

Algo que doa mais que a impossibilidade?

...
 

Fazer dieta é viver em dois extremos: a felicidade pelo peso perdido e a agonia por tudo o que despenca...

Eu desisti de olhar no espelho algumas partes do meu corpo, pois se encará-las muito e à sério, vou querer engordar até que elas voltem a ser roliças e esticadinhas, sabe como é? E isso deve se dar ali pela casa dos trezentos e cinquenta quilos atualmente de tão feia que tá a situação.

Então o jeito é abstrair e deixar pra pensar em como vai fazer para arrumar "aquilo" - sim porque aquela "coisa" não me pertence e muito menos faz parte do meu corpo - quando estiver bem perto do peso ideal, pois quem sabe até lá o saldo bancário permita fazer aquela plástica que vai tirar o que resta eliminar só de pele.

Malhando sempre, é claro, por que flacidez não tem cirurgia que conserte não.

10 de setembro de 2006

 

E mesmo tendo tido um fim de dia agradável com os amigos num inusitado picnic de aniversário que invadiu a noite de tão prazeiroso que estava, persiste aqui no peito uma tristeza que não sei dar nome. Ou sei, mas não quero.

Afinal ninguém tem culpa de nada... Não existe culpa em não se saber amar certo, não existe culpa em não se saber amar e também não há culpa em não amar quando se é amado. São apenas desencontros dos quais a vida está cheia. Dos quais a vida é feita.

Só que podia doer menos essa ausência. Aliás, podia não doer esta falta de você...

De vocês...

De nós...

Depois de anos tive uma absurda crise de ansiedade nas primeiras horas da manhã e passei o dia a espera do pedaço do céu que cairia sobre a minha cabeça. Graças a Deus nada aconteceu - ou talvez eu apenas não o saiba. O que sei é que há em mim um desejo cada vez maior de cair no mundo. Sabe aquela vontade de criar uma outra vida para ver se as coisas mudam? E nessas horas me lamento por ser tão covarde...

8 de setembro de 2006

 

Classificados:

Procura-se um amor
Que me queira do jeito que sou.
Precisa ser sincero
E achar que o melhor programa do mundo
É estar em minha companhia.
Procura-se um amor
Que me ame do jeito que sou
E que me permita amá-lo do jeito que sei.
Que sinta minha falta
Mesmo que tenhamos acabado de nos despedir.
Procura-se um amor
Que me ame sem causar dor.
Que tenha vontade de mim
E que reconheça a vontade que tenho dele.
Precisa-se de um amor.
Urgente!

6 de setembro de 2006




Pintei os cabelos de vermelho e, para aquecer, acabo de tomar chocolate quente com conhaque. O frio que me congelava a alma e o corpo passou.

No lugar uma suave labareda me aquece e faz sonhar com uma boca, o desejo de um beijo e um determinado pedaço da anatomia alheia que fica muito bem num jeans levemente desbotado. Uma imagem que colou na minha retina...

5 de setembro de 2006

Minhas Seis Coisas

Recebi a batata quente da Giorgia e da Kalu e prometi que começaria o novo blog com elas, portanto aqui vão as minhas seis coisas sobre mim mesma que considero importante saberem:

1. Sou meio confusa apesar de inteligente, principalmente quando se trata de intenções e sentimentos alheios. Morro de medo de julgar erroneamente e, por conta disso, me torno permissiva demais, muitas vezes. Muita gente se aproveita disso.

2. Sempre assumo os meus erros e não gosto de quem justifica seus atos nas atitudes alheias. Pisar na bola todo mundo vai, mais cedo ou mais tarde e ninguém precisa ser certinho para ser amado. Às vezes parece que não assumi um erro, mas se isso acontece é porque ainda não alcancei a extensão dos meus atos. Se a pessoa não achar que por ser inteligente e psicóloga sou obrigada a saber tudo a respeito de mim mesma e me explicar, com paciência, onde foi que errei, vou assumir e procurar me vigiar.

3. Eu deixo de ser amiga das pessoas e de querer me relacionar com elas quando percebo que a relação nada me traz de bom. Hoje em dia é assim: ou é ganha-ganha ou nada feito. Quando isso não acontece, simplesmente tiro a pessoa da minha vida sem dizer-lhe absolutamente nada, nem adeus, e ai pode ter certeza: não existe nada nesse mundo capaz de me fazer voltar a ter qualquer tipo de contato com ela. Enquanto falo, brigo, discuto e peço desculpas, mesmo que me mantenha distante, é porque aqui existe uma vontade de estar com, mesmo que ela se dê apenas dentro de mim.

4. Tenho índole apaixonada e ai, não me restrinjo apenas às pessoas. Apaixono-me por coisas e por fazê-las e quando isso acontece, me empolgo de tal forma que acabo conseguindo realizar feitos que terminam até por me surpreender. Meus últimos layouts fui eu quem fiz. Podem não ser o que de melhor existe, mas o fato de ter conseguido realizá-los e de não depender de mais ninguém para isso me deixa MUITO satisfeita comigo mesma. Sou tão besta que já fiz um layout de presente pro Tavinho... Te mete! Rs...

5. Tenho necessidade de bom humor. Não sei ficar triste e deprimida por mais de três dias - quero divórcio de mim mesma - e não sei não rir das minhas próprias mazelas. Também faço tudo ao meu alcança para botar um sorriso no rosto de quem amo. Uma coisa que o homem que me queira tem de ter é bom humor, o resto a gente ajeita, mas sem isso não dá.

6. Eu escrevo para as pessoas, como fazia aquela personagem da Fernanda Montenegro em Central do Brasil. A pessoa me diz o que quer dizer, me explica o contexto, o que sente, e eu vou lá e escrevo o que ela quer. Ai “sentamos” para que ela me diga o que tem de modificar, tira e põe o que quiser e depois disso entrega para quem de direito. Não cobro nada por isso.

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E esse blog foi gentilmente apadrinhado por Gui Bracco que foi quem o batizou. O melhor mosntro que eu pude criar e cultivar até agora. A mais necessária criatura que se volta contra o criador, graças a Deus. Pra você Gui, meu amor eterno.

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Passando para as minhas seis pessoas: Gui, Tavinho, Lemuel, Beth, Lenir - que foi quem tornou possível os blogs terem música! MUUUUUUUUUUUUUUUUUITO obrigada mais uma vez! - e Quel.

Bora meu povo!