Minha mãe não entende carinho. Acha que beijar e abraçar, que elogios enfraquecem. Ela é a típica pessoa que quando recebe um abraço ou beijo ou retesa o corpo ou olha desconfiada e pergunta:"O que você tá querendo"? Meu pai tampouco era afetivo, embora fosse mais que minha mãe. Para ele eu era aquela que tinha a péssima mania de vir abraçando as pessoas... Meus irmãos são melhores, mas é palpável que existe nas expressões afetuosas um certo desconforto, como se não se soubesse ao certo o quanto deve durar um abraço ou beijo. Na verdade eu nem sei como sai esse ser carinhoso, mas lembro que quando estava no limiar de me tornar como eles, uma amiga me disse: "deixa de bobagem"! E eu escutei. Fui salva.
Minha mãe nunca elogiou um filho para ele mesmo. As poucas vezes em que a ouvi falar bem de mim foi para ou por terceiros e confesso que nas primeiras vezes em que me contaram, custei muito a me convencer de que a pessoa não estava doida ou tinha sonhado. E, no entanto, críticas são com ela mesma. Para apontar o erro e dizer do que acha que está mal feito ela é a primeira da fila. E sabe fazer isso com uma dose de crueldade que a maioria das vezes me assusta. Assusta por que é difícil entender como dois opostos caminham tão bem juntos, já que ela é capaz de tirar a roupa do corpo para ajudar alguém - mesmo que não goste ou conheça esse alguém - e eu já a vi fazer isso; literalmente.
E o engraçado é que conheço mais gente assim; que tenho mais gente assim na minha vida...
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Hoje lembrei do ex-namorado que ao saber que, bêbadazinha, eu havia feito o maior sucesso com os homens no barzinho - rainha da simpatia que sou -, me disse que os amigos presentes disseram-lhe que eu parecia uma vagabunda. Rapaz! Precisei de muita força de vontade para não meter a mão na cara dele naquela hora. Fui tirar satisfação com os tais amigos e descobrir que ele é quem tinha-lhes dito aquilo por ciúmes, ou seja, me agrediu quando na verdade não conseguia admitir que me amava... Mas hoje eu sei disso. Na época levei muito tempo para perdoá-lo e precisei de muita, muita ajuda para isso.
Aliás, o grande problema entre nós, e que me impediram de voltar com ele quando me pediu, foram as coisas que me disse pós término de namoro me deixando insegura. Como você volta a confiar emocionalmente em alguém que diz que terminou com você porque te amava mais que a si mesmo e, de quebra, também diz em outra oportunidade que estava feliz em ter uma namorada magra, pois andava farto de ver gordura? Sim, eu sei que são coisas conversáveis, porém não houve interesse nem em se saber do que eu falava quando disse que ele trazia coisas para a minha vida que eu não queria ter de lidar...
Agora o problema entre nós são as coisas que ele não me diz, mas diz pros outros e eu fico sabendo. E o que me pega não é o fato dele falar de mim e sim ele não falar para mim quando ele sempre teve acesso livre até mim. Podia vir pra me comer, mas para conversar comigo não, sabe como é? Pois. E confesso também me incomoda ser transformada em vilã da vida dele por conta de uma história que, na verdade, não tem bandido e nem mocinho, só o medo como entre meio. Medo de ambos.
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E não sei porque esses dois temas estão interligados para mim, mas estão. Fato é que já aprendi que nem tudo precisa ter uma explicação.
23 de setembro de 2007
Ninguém no mundo merece que eu sinta vergonha quando vejo meus olhos refletidos no espelho. Só eu. Só eu mereço que eu abaixe o olhar para mim mesma quando fracasso com as minhas coisas... Quando me iludo com aquilo que acredito que posso, mas não posso. Erro de medida, esperança de ser melhor do que sou, enganos temporários... Basta acertar a perspectiva e se volta a caminhar dentro do possível que é o único lugar que permite reais transformações.
20 de setembro de 2007
E ai eu vou lá no Dreamule procurar uma só, só uma música do José Augusto e me deparo com um CD chamado Brega Rômantico. Rapaz é tentação demais pra um único ser humano com uma "pequena queda" por essas músicas bregas que eu ouvia em criança nas cozinhas dos restaurantes dos meus pais! Odair José, José Augusto, Márcio Greick, Fernando Mendes(?) e Amado Batista numa tacada só. E ainda era um arquivo Kinder Ovo, pois veio com uma surpresa dentro: o CD do João Mineiro e Marciano: Raízes Sertaneja!
Há!
Amei!
Há!
Amei!
18 de setembro de 2007
Estou baixando e assistindo todos os episódios de Sexy and the City que vi muito an passant quando estava sendo exibido na TV à cabo, pois o horário não dava.
Carrie Bradshaw me irrita profundamente. Jesus! Será que aquela mulher nunca vai se tocar de que precisa sair da própria mente e comunicar ao outro, de preferência com palavras bem articuladas e sonoras, o que se passa dentro dela? Mas sei que ela me irrita porque me reflete numa determinada época da minha vida, porém eu tive a graça de ter uma terapeuta que me dissesse: "sai da sua mente e vai confirmar suas hipóteses na realidade". E num é que foi melhor mesmo?
Tá, tudo bem que com homem as duas coisas nada funciona muito bem. Se você cala eles não têm como saber e se você fala é porque está em surto, está fazendo drama, é melindrada e mimada.
Não, não é fácil não...
Carrie Bradshaw me irrita profundamente. Jesus! Será que aquela mulher nunca vai se tocar de que precisa sair da própria mente e comunicar ao outro, de preferência com palavras bem articuladas e sonoras, o que se passa dentro dela? Mas sei que ela me irrita porque me reflete numa determinada época da minha vida, porém eu tive a graça de ter uma terapeuta que me dissesse: "sai da sua mente e vai confirmar suas hipóteses na realidade". E num é que foi melhor mesmo?
Tá, tudo bem que com homem as duas coisas nada funciona muito bem. Se você cala eles não têm como saber e se você fala é porque está em surto, está fazendo drama, é melindrada e mimada.
Não, não é fácil não...
17 de setembro de 2007
O final de semana não foi nada do que planejei e trouxe essa experiência nova que é ajudar a enterrar uma pessoa - eu nunca havia lidado com o lado burocrático da coisa - e algumas constatações sobre viver como a de que a ajuda e a generosidade geralmente vem de onde você menos espera mesmo. Tem muita gente cretina nesse mundo, mas é fato também que tem muita, mas muita gente bacana mesmo e que te ajudam sem serem da sua família e sem terem obrigação nenhuma. Para mim essa é uma das magias da vida e um dos motivos pelos quais se vale a pena viver.
O que mais me impressionou no processo foi o administrativo do cemitério, principalmente quando o moço sacou o livro de registro que mostrava-lhe quem está enterrado no jazigo e quando foi o último enterro que aconteceu nele. Eu passei dois dias tentando achar uma forma de explicar o que vi e lamentando estar tão passada que nem lembrei de fazer uma foto com o celular... Pense ai numa pasta de arquivo que tem as folhas pelo menos 5 cm maior que ela nas bordas. Agora imagine todas essas bordas rasgadas, dobradas, enroladas sobre si mesmas como se fosse um babado. E o cara tem de abrir o negócio com todo o cuidado porque as folhas ali são capazes de desintegrar diante dos olhos de quem estiver olhando, literalmente. Computador não é algo conhecido daquele povo, mesmo que haja um ali bem em cima de uma das mesas...
Aliás, ali eles parecem nem ter compreensão do funcionamento da coisa, pois o cara fez com que eu deslocasse minha mãe até lá - o cemitério é longe pra dedéu de onde moramos e ela estava com a pressão alta - para assinar a autorização de sepultamento sem que fosse necessário, mesmo depois de eu perguntar mil vezes e insistir muito em que eu poderia fazê-lo sendo filha. Quando fui preencher a papelada e li lá que eu realmente poderia assinar bastando que depois ela enviasse uma ratificação da autorização fui lá perguntar se ele sabia ler e se entendia o que lia. Com toda a educação do mundo, mas fui. Quando ele respondeu que obedecia ordens, pedi então que dissesse ao chefe dele que ele estava ouvindo reclamações atoa, uma vez que aquele papel era um documento e assim sendo era soberano ao que qualquer pessoa pensasse ou fizesse.
E ai você pensa no quanto se paga pelo sepultamento, mesmo os mais simples, e na estrutura que tem um dos maiores cemitérios de São Paulo e conclui que até na hora de morrer tem gente levando vantagem sobre você.
Ê Brasil!
O que mais me impressionou no processo foi o administrativo do cemitério, principalmente quando o moço sacou o livro de registro que mostrava-lhe quem está enterrado no jazigo e quando foi o último enterro que aconteceu nele. Eu passei dois dias tentando achar uma forma de explicar o que vi e lamentando estar tão passada que nem lembrei de fazer uma foto com o celular... Pense ai numa pasta de arquivo que tem as folhas pelo menos 5 cm maior que ela nas bordas. Agora imagine todas essas bordas rasgadas, dobradas, enroladas sobre si mesmas como se fosse um babado. E o cara tem de abrir o negócio com todo o cuidado porque as folhas ali são capazes de desintegrar diante dos olhos de quem estiver olhando, literalmente. Computador não é algo conhecido daquele povo, mesmo que haja um ali bem em cima de uma das mesas...
Aliás, ali eles parecem nem ter compreensão do funcionamento da coisa, pois o cara fez com que eu deslocasse minha mãe até lá - o cemitério é longe pra dedéu de onde moramos e ela estava com a pressão alta - para assinar a autorização de sepultamento sem que fosse necessário, mesmo depois de eu perguntar mil vezes e insistir muito em que eu poderia fazê-lo sendo filha. Quando fui preencher a papelada e li lá que eu realmente poderia assinar bastando que depois ela enviasse uma ratificação da autorização fui lá perguntar se ele sabia ler e se entendia o que lia. Com toda a educação do mundo, mas fui. Quando ele respondeu que obedecia ordens, pedi então que dissesse ao chefe dele que ele estava ouvindo reclamações atoa, uma vez que aquele papel era um documento e assim sendo era soberano ao que qualquer pessoa pensasse ou fizesse.
E ai você pensa no quanto se paga pelo sepultamento, mesmo os mais simples, e na estrutura que tem um dos maiores cemitérios de São Paulo e conclui que até na hora de morrer tem gente levando vantagem sobre você.
Ê Brasil!
14 de setembro de 2007
Eu não sei mentir muito bem e não quero aprender.
Não sei dizer que tudo vai dar certo quando o caminho se desenha sombrio, mesmo que lá no fundo eu saiba que nunca, nunca fica mais escuro que a meia-noite.
Não sei dizer que não vai doer quando sei que vai, mesmo que saiba que algumas vezes para curar tem de machucar.
Acho melhor ser sincera e oferecer ombro, colo, amparo. Estar ali sempre como um apoio, pois caminhar só se pode com as próprias pernas.
Não sei não sofrer quando vejo alguém que amo sofrer... Pudesse eu e arrancaria com as próprias mãos a dor dos corações que me são caros.
Hoje choro por você Aninha, pela sua dor. A vida levou sua mãe há dois anos e hoje leva seu pai... Sei que nada te consolorá por muito e muito tempo...
Estava ali conversando com a mãe e uma coisa dissemos que há de ser sempre lembrado quando pensarmos nos teus pais: eles te amaram mais do que tudo na vida deles. Enquanto muitos passam pela vida sem conhecerem o amor, você por 25 anos recebeu deles um amor pleno. E é justamente esse amor que te dará forças pra seguir em frente no momento certo.
E eu espero poder estar presente, sempre. Física, mental e afetivamente na sua vida. Como te disse: sei que nem se compara, mas sozinha você não vai ficar.
Te amo não por que você é minha prima, mas por que você é você. E vou ao teu lado enfrentar a vida e te mostrar que sim, ainda existe felicidade possível reservada para você, mesmo que por hora seja impossível você acreditar nisso.
Que Deus guarde seus pais e que de lá eles possam iluminar o seu caminho como sempre fizeram...
Beijo!
Não sei dizer que tudo vai dar certo quando o caminho se desenha sombrio, mesmo que lá no fundo eu saiba que nunca, nunca fica mais escuro que a meia-noite.
Não sei dizer que não vai doer quando sei que vai, mesmo que saiba que algumas vezes para curar tem de machucar.
Acho melhor ser sincera e oferecer ombro, colo, amparo. Estar ali sempre como um apoio, pois caminhar só se pode com as próprias pernas.
Não sei não sofrer quando vejo alguém que amo sofrer... Pudesse eu e arrancaria com as próprias mãos a dor dos corações que me são caros.
Hoje choro por você Aninha, pela sua dor. A vida levou sua mãe há dois anos e hoje leva seu pai... Sei que nada te consolorá por muito e muito tempo...
Estava ali conversando com a mãe e uma coisa dissemos que há de ser sempre lembrado quando pensarmos nos teus pais: eles te amaram mais do que tudo na vida deles. Enquanto muitos passam pela vida sem conhecerem o amor, você por 25 anos recebeu deles um amor pleno. E é justamente esse amor que te dará forças pra seguir em frente no momento certo.
E eu espero poder estar presente, sempre. Física, mental e afetivamente na sua vida. Como te disse: sei que nem se compara, mas sozinha você não vai ficar.
Te amo não por que você é minha prima, mas por que você é você. E vou ao teu lado enfrentar a vida e te mostrar que sim, ainda existe felicidade possível reservada para você, mesmo que por hora seja impossível você acreditar nisso.
Que Deus guarde seus pais e que de lá eles possam iluminar o seu caminho como sempre fizeram...
Beijo!
11 de setembro de 2007
Foi um feriado passado entre amores. Dos mais distantes - ao telefone - aos mais próximos, pessoalmente.
E embora alguns achem que minha vida não tem lá muita cor, enganam-se. Medem minha vida pela própria necessidade de moviment(ação). Ilusão. Meu ritmo é outro uma vez que todas essas coisas eu já fiz à exaustão. Já passei muitas madrugadas na balada; já amanheci muitos e muitos dias na rua com amigos, com amores. Tanto, mas tanto que o que me retirou disso foi justamente a mesmice. Nada era novo. Nada ainda é novo quando vez por outra me aventuro novamente na noite. É o mesmo desespero fantasiado de ilusão e ânimo de que a noite traga algo ou alguém que justifique a própria existência que se faz insípida justamente por conta da busca insana de algo que se busca fora, no par, mas só se encontra quando, derrotado, conforma-se em ser só. É somente quando estamos conosco que estamos com o outro. Matemática fácil de equação difícil.
A minha cor está justamente nos meus amores. São eles as matizes da minha existência, são eles as dores que eu escolho ter. E prefiro-os nas ruas, praças e matas, nos botecos, nas casas, no MSN, ao telefone... ao invés de na balada. A música que fala e nos cala, os corpos que se esbarram, mesmo que harmonicamente, sem nunca se encontrarem. A bebida que alucina e aproximando mantém distante...
Não. Minha necessidade é verdadeira, meu encontro é de fato. Olho no olho, coração na mão. Minha escolha, minha opção. A aquarela que me enche de prazer nada abstrato, nada fugidio, mas que nem todos são, ainda, capazes de ver.
E embora alguns achem que minha vida não tem lá muita cor, enganam-se. Medem minha vida pela própria necessidade de moviment(ação). Ilusão. Meu ritmo é outro uma vez que todas essas coisas eu já fiz à exaustão. Já passei muitas madrugadas na balada; já amanheci muitos e muitos dias na rua com amigos, com amores. Tanto, mas tanto que o que me retirou disso foi justamente a mesmice. Nada era novo. Nada ainda é novo quando vez por outra me aventuro novamente na noite. É o mesmo desespero fantasiado de ilusão e ânimo de que a noite traga algo ou alguém que justifique a própria existência que se faz insípida justamente por conta da busca insana de algo que se busca fora, no par, mas só se encontra quando, derrotado, conforma-se em ser só. É somente quando estamos conosco que estamos com o outro. Matemática fácil de equação difícil.
A minha cor está justamente nos meus amores. São eles as matizes da minha existência, são eles as dores que eu escolho ter. E prefiro-os nas ruas, praças e matas, nos botecos, nas casas, no MSN, ao telefone... ao invés de na balada. A música que fala e nos cala, os corpos que se esbarram, mesmo que harmonicamente, sem nunca se encontrarem. A bebida que alucina e aproximando mantém distante...
Não. Minha necessidade é verdadeira, meu encontro é de fato. Olho no olho, coração na mão. Minha escolha, minha opção. A aquarela que me enche de prazer nada abstrato, nada fugidio, mas que nem todos são, ainda, capazes de ver.
8 de setembro de 2007
Eu nunca estive tão gorda. Eu nunca me senti tão gorda também. E nunca senti tanto o peso do meu corpo como agora. É como se eu tivesse tido suspenso o véu da imagem corporal que um dia cegou-me quanto à minha própria realidade corporal e a coisa tomou vulto aqui dentro... Finalmente.
Pois só assim pra eu me decidir radicalizar e optar pela Gastroplastia. Já me inscrevi em Julho, passei pelo primeiro estágio em Agosto e agora tenho de esperar pacientemente pela minha vez, o que não é fácil no meu caso, porque o incômodo é tão grande quanto a ansiedade. Acho que o que realmente me fez tomar pé da situação foram as dores nas pernas, joelhos, pés e na coluna na volta das minhas caminhadas. Pois é, algo que sempre fiz, de repente, começou a doer demais; a doer a ponto de precisar de remédio pra suportar.
É o peso.
E deixei de ser besta sabe? Assumi que sou indisciplinada, que embora não coma muito, como numa quantidade que para mim me faz engordar e que não consigo resistir a algumas coisas que deveria: pão, refrigerante e leite com achocolatado, por exemplo. Então o jeito é cortar o mal pela raiz. Porque se existe uma possibilidade de se morrer em conseqüência da cirurgia, existe uma certeza de fazê-lo em conseqüência da obesidade, e se é pra morrer, eu prefiro morrer lutando. Não, eu não vou morrer.
E é um processo interessante esse de se estar prestes a mudar de corpo, pois embora tenha idéia do corpo que terei, já que uma vez cheguei bem perto de estar magra, sei que minha vaidade vai ter de sumir no processo. A única certeza, à princípio é que - sem roupa - meu corpo será só pelancas e flacidez...
Então é isso pessoas: todo mundo me imaginando fazendo a cirurgia por Universo acelerar meu processo! rs..
Pois só assim pra eu me decidir radicalizar e optar pela Gastroplastia. Já me inscrevi em Julho, passei pelo primeiro estágio em Agosto e agora tenho de esperar pacientemente pela minha vez, o que não é fácil no meu caso, porque o incômodo é tão grande quanto a ansiedade. Acho que o que realmente me fez tomar pé da situação foram as dores nas pernas, joelhos, pés e na coluna na volta das minhas caminhadas. Pois é, algo que sempre fiz, de repente, começou a doer demais; a doer a ponto de precisar de remédio pra suportar.
É o peso.
E deixei de ser besta sabe? Assumi que sou indisciplinada, que embora não coma muito, como numa quantidade que para mim me faz engordar e que não consigo resistir a algumas coisas que deveria: pão, refrigerante e leite com achocolatado, por exemplo. Então o jeito é cortar o mal pela raiz. Porque se existe uma possibilidade de se morrer em conseqüência da cirurgia, existe uma certeza de fazê-lo em conseqüência da obesidade, e se é pra morrer, eu prefiro morrer lutando. Não, eu não vou morrer.
E é um processo interessante esse de se estar prestes a mudar de corpo, pois embora tenha idéia do corpo que terei, já que uma vez cheguei bem perto de estar magra, sei que minha vaidade vai ter de sumir no processo. A única certeza, à princípio é que - sem roupa - meu corpo será só pelancas e flacidez...
Então é isso pessoas: todo mundo me imaginando fazendo a cirurgia por Universo acelerar meu processo! rs..
6 de setembro de 2007
Trecho de um e-mail que acabo de enviar:
Eu não disse que meu sentimento mudou, nem o seu; disse que perdemos intimidade e que essa é uma dificuldade minha. Sempre foi assim.(...)
Eu só consigo encontrar a sós pra ficar muito tempo pessoas com quem tenha intimidade, ou esteja muito afim de ter... rs... Sim, eu sei que sou doida. Veja, eu encontro bleblebleblé e bloblobló sozinhos, mas porque temos uma conversa infinda, mesmo que não falemos todos os dias; às vezes nem nos falamos na semana, mas sei lá... Eu sei que eles estão à distância de um click, uma ligação. Que existe toda uma disponibilidade. Se minha mãe passa mal, eu deixo recado no MSN deles antes de sair pro hospital e eles quando vêm me ligam pra saber como ela está, como eu estou. E isso mesmo tendo uma festa na casa deles, eles estando com a namorada que veio de fora... Eu sou "amiga" de todas as demais pessoas(...), mas já com eles não tenho intimidade e então evito encontrar a sós... Só se for algo muito importante e pessoal a ser dito e tiver de ser assim. Até hoje aconteceu uma única vez e com blibliblibli. A outra vez que nos encontramos só os dois foi pra ver xyzxyzxyz e ai estávamos cercados de uma multidão... Onírica e concreta.
Sim, se eu encontro alguém na rua eu abraço, troco palavrinhas, até posso seguir caminhando com a pessoa por duas horas, mas com certeza não falo de mim. Escuto o que ela diz, emito opiniões sobre o que ela diz, mas da minha parte a resposta ao: "e você"? É sempre tudo bem e dou um jeito de devolver o foco da conversa pra pessoa mesmo. O que não é difícil, pois 99% das pessoas adoram falar de si... A vez mais próxima que isso aconteceu foi semana passada que na caminhada encontrei o blublublu... Falamos por duas horas de artes cênicas! Um papo ótimo de verdade!
O flaflaflá mesmo. Todas as vezes que sonho encontrá-lo, fantasio mesmo, os encontros nunca são à sós, mesmo a gente tendo uma puta intimidade "virtual" e eu tendo quase certeza de que ela seja mesmo real. Se depender de mim o encontrarei com, no mínimo, mais uma pessoa ao lado... Que poderá até se transformar num empecilho depois, quando eu ver que "Opa! Rolou! E agora quero ficar sozinha com ele pra gente falar de todas as coisas que não quer falar na frente dos outros".
E com você já não era mais assim... Eu já falava de mim, dos meus sentimentos, da minha percepção das coisas. Com você eu me abria com naturalidade, diria que até maior do que faço com o bliblibli e blobloblo, pois você é uma pessoa, por incrível que pareça, isento de critica quando a coisa é o outro ser humano e seu universo interior. E provavelmente eu não serei mais assim, mesmo que você não perceba. Na verdade acho que só eu percebo que faço isso com as pessoas... E só quis ser honesta com você. Opa! Acho que acabei sendo íntima também né? Progresso! rsrsrs...
E a questão nem é você ser arcaico. É eu não entender mesmo como algumas a-m-i-z-a-d-e-s se dão com um intervalo de tempo suficiente pra vida do outro virar do avesso e a gente não ficar sabendo e nem participar. Com colegas, que muitas vezes chamamos de amigos para dar a ilusão de serem mais íntimos do que realmente são, eu entendo que role isso. Mas AMIZADES, amizades mesmo? Não. Não entendo.
(...)
Mais desnuda que isso impossível! Sim, eu tenho problemas com falta de intimidade.
Eu não disse que meu sentimento mudou, nem o seu; disse que perdemos intimidade e que essa é uma dificuldade minha. Sempre foi assim.(...)
Eu só consigo encontrar a sós pra ficar muito tempo pessoas com quem tenha intimidade, ou esteja muito afim de ter... rs... Sim, eu sei que sou doida. Veja, eu encontro bleblebleblé e bloblobló sozinhos, mas porque temos uma conversa infinda, mesmo que não falemos todos os dias; às vezes nem nos falamos na semana, mas sei lá... Eu sei que eles estão à distância de um click, uma ligação. Que existe toda uma disponibilidade. Se minha mãe passa mal, eu deixo recado no MSN deles antes de sair pro hospital e eles quando vêm me ligam pra saber como ela está, como eu estou. E isso mesmo tendo uma festa na casa deles, eles estando com a namorada que veio de fora... Eu sou "amiga" de todas as demais pessoas(...), mas já com eles não tenho intimidade e então evito encontrar a sós... Só se for algo muito importante e pessoal a ser dito e tiver de ser assim. Até hoje aconteceu uma única vez e com blibliblibli. A outra vez que nos encontramos só os dois foi pra ver xyzxyzxyz e ai estávamos cercados de uma multidão... Onírica e concreta.
Sim, se eu encontro alguém na rua eu abraço, troco palavrinhas, até posso seguir caminhando com a pessoa por duas horas, mas com certeza não falo de mim. Escuto o que ela diz, emito opiniões sobre o que ela diz, mas da minha parte a resposta ao: "e você"? É sempre tudo bem e dou um jeito de devolver o foco da conversa pra pessoa mesmo. O que não é difícil, pois 99% das pessoas adoram falar de si... A vez mais próxima que isso aconteceu foi semana passada que na caminhada encontrei o blublublu... Falamos por duas horas de artes cênicas! Um papo ótimo de verdade!
O flaflaflá mesmo. Todas as vezes que sonho encontrá-lo, fantasio mesmo, os encontros nunca são à sós, mesmo a gente tendo uma puta intimidade "virtual" e eu tendo quase certeza de que ela seja mesmo real. Se depender de mim o encontrarei com, no mínimo, mais uma pessoa ao lado... Que poderá até se transformar num empecilho depois, quando eu ver que "Opa! Rolou! E agora quero ficar sozinha com ele pra gente falar de todas as coisas que não quer falar na frente dos outros".
E com você já não era mais assim... Eu já falava de mim, dos meus sentimentos, da minha percepção das coisas. Com você eu me abria com naturalidade, diria que até maior do que faço com o bliblibli e blobloblo, pois você é uma pessoa, por incrível que pareça, isento de critica quando a coisa é o outro ser humano e seu universo interior. E provavelmente eu não serei mais assim, mesmo que você não perceba. Na verdade acho que só eu percebo que faço isso com as pessoas... E só quis ser honesta com você. Opa! Acho que acabei sendo íntima também né? Progresso! rsrsrs...
E a questão nem é você ser arcaico. É eu não entender mesmo como algumas a-m-i-z-a-d-e-s se dão com um intervalo de tempo suficiente pra vida do outro virar do avesso e a gente não ficar sabendo e nem participar. Com colegas, que muitas vezes chamamos de amigos para dar a ilusão de serem mais íntimos do que realmente são, eu entendo que role isso. Mas AMIZADES, amizades mesmo? Não. Não entendo.
(...)
Mais desnuda que isso impossível! Sim, eu tenho problemas com falta de intimidade.
3 de setembro de 2007
Acordei antes das 07:00 hrs porque mamãe tinha médico e eu precisava olhar o sobrinho, já que meu irmão estava no aeroporto chegando de viagem. Tomei café da manhã, coloquei meu edredon na máquina para lavar e dei colo pro menino. Tentei por horas marcar a fisioterapia por telefone, sem sucesso; vigiei a máquina, o menino, o telhado do vizinho - que em reformas despenca pedaços no meu quintal -, a televisão e o telefone nesse meio tempo. Fiz almoço enquanto atendia ligações e acolhi o irmão que chegou nervoso da viagem, pois algumas coisas não saíram como deviam. Fiquei ansiosa porque minha mãe não chegava e já era mais de meio dia. Lavei e temperei salada ao mesmo tempo em que deixei a sobrinha - que é tão alucinada quanto eu - preocupada com o sumiço da avó. Ligou a mãe; liguei pro taxista e para sobrinha. Coloquei mesa, dei almoço para o sobrinho e nada da mãe aparecer. Ligo pro taxista: estão no posto buscando remédios. Almocei. Mãe chega e conta: "coração tá inchado". A médica tirou da dieta por completo: sal, e todo e qualquer produto industrializado e com conservantes. Agora danou-se! Tirei a roupa do varal, pois vai chover,e quando ia subir pra dar uma relaxadinha, todos, inclusive a irmã que veio almoçar em casa, me pedem pra trazer algo.
Eu: "Não é porque eu estou numa segunda-feira de dita que vocês vão se acostumar não. Meu expediente é limitado e acabou de acabar"!
Todo mundo riu.
E pensar que esse é o dia-a-dia de inúmeras mulheres...
Eu: "Não é porque eu estou numa segunda-feira de dita que vocês vão se acostumar não. Meu expediente é limitado e acabou de acabar"!
Todo mundo riu.
E pensar que esse é o dia-a-dia de inúmeras mulheres...
1 de setembro de 2007
Sobre livros, literatura, escritores e leitores...
Trecho de uma discussão com um amigo:
Entendo seu ponto de vista. Porém, para mim um escritor de qualidade tem de alcançar a maior parte das pessoas com a sua obra, o resto é blábláblá de quem escreve direitinho, mas sem abrangência.
A arte tem a função de traduzir e transcender o universo humano e, na minha opinião, a escrita é o que o faz com maior propriedade.
Mesmo que você se referencie num universo particular - o seu - num mundo de bilhões de pessoas, certamente você estará "conversando" com milhares, se não milhões, de almas que se identificam com a sua... Só isso faria do seu livro um tremendo sucesso!
Ai vamos entrar na eterna discussão sobre a qualidade do leitor... rs... Mas ai eu acho, apenas acho, do verbo bem achado, que é o escritor quem verdadeiramente educa um povo. Eu aprendi a escrever lendo e não na escola. Você idem né? Somos crias dos livros.
E não acho ruim não que a mídia desloque o foco pra lugares nunca antes navegados. Através dos livros a gente descobre universos e realidades que nos escapam em documentários. Acho pobre que a coisa fique apenas no eixo ocidental, porém também acho pobre que o motivo deste deslocamento de eixo sejam as guerras e o terrorismo.
Não li nenhum dos livros do Orhan Pamuk então não posso criticá-lo. No entanto, sobre "O caçador de pipas" - que eu, com essa minha característica de não guardar nomes, pra variar, transformei em "o empinador" rsrsrs... - o que fez dele um grande livro para mim, foi me deixar sentir o que provavelmente aquelas pessoas sentiram em algum momento da história daquele país. Eu me transformei naqueles personagens, assim como me transformei nos “da menina que roubava livros” essa semana... Um livro bom, um texto bom, é aquele que me faz sair de mim mesma e me transformar em outra. Que invade minha percepção sensorial subjetiva e, conseqüentemente, transforma minha visão de mundo.
Chorei de soluçar com esse livro, porque mesmo sem ter nascido, vivi a Segunda Guerra Mundial essa semana sob os olhos da morte; uma mãe ríspida feito fel e com um coração de mel; um pai adotivo que tinha prata nos olhos e ouro no coração; um judeu foragido que tinha o dom de esmurrar os outros com socos e palavras - essas às vezes suaves; um garoto que queria ser negro e veloz numa Alemanha nazista e sonhava com um beijo; e de uma menina que tinha pesadelos, coragem e roubava livros. E entendi ainda mais profundamente que a guerra, a pior delas, é a que travamos conosco mesmos quando nos obrigam, ou querem nos obrigar, a sermos alguém que não somos. No meu caso entendi que é preferível morrer a viver vendo quem eu amo morrer sem fazer nada, sem ao menos lutar...
Me diz: um livro que faça isso não merece ser um best seller? Não é um grande livro? Ao mesmo tempo: não é essa uma das grandes questões da atualidade? O que somos versus o que determinam que sejamos? Como a mídia, se for feita com honestidade, pode deixar de lado um livro assim? Acho que, no fundo, temos de ter cuidado para ao se ser do contra, deixarmos passar coisas bacanas.
E não fale mal de “O meu pé de Laranja Lima!” O primeiro livro que li e amei! rsrsrs Foi ele quem me ensinou a amar livros; ele quem começou a me moldar no que sou. Tô explicada né? [:p] Matamos a charada da minha existência dramática!
Mas ai, agora fiquei com uma curiosidade Tavinho: o que é um grande livro para você? Um livro que merece honras e ser lido por todos... Não, não quero citações, quero descrições...
Beijo!
E você, o que faz um livro ser considerado um grande livro pra você?
Trecho de uma discussão com um amigo:
Entendo seu ponto de vista. Porém, para mim um escritor de qualidade tem de alcançar a maior parte das pessoas com a sua obra, o resto é blábláblá de quem escreve direitinho, mas sem abrangência.
A arte tem a função de traduzir e transcender o universo humano e, na minha opinião, a escrita é o que o faz com maior propriedade.
Mesmo que você se referencie num universo particular - o seu - num mundo de bilhões de pessoas, certamente você estará "conversando" com milhares, se não milhões, de almas que se identificam com a sua... Só isso faria do seu livro um tremendo sucesso!
Ai vamos entrar na eterna discussão sobre a qualidade do leitor... rs... Mas ai eu acho, apenas acho, do verbo bem achado, que é o escritor quem verdadeiramente educa um povo. Eu aprendi a escrever lendo e não na escola. Você idem né? Somos crias dos livros.
E não acho ruim não que a mídia desloque o foco pra lugares nunca antes navegados. Através dos livros a gente descobre universos e realidades que nos escapam em documentários. Acho pobre que a coisa fique apenas no eixo ocidental, porém também acho pobre que o motivo deste deslocamento de eixo sejam as guerras e o terrorismo.
Não li nenhum dos livros do Orhan Pamuk então não posso criticá-lo. No entanto, sobre "O caçador de pipas" - que eu, com essa minha característica de não guardar nomes, pra variar, transformei em "o empinador" rsrsrs... - o que fez dele um grande livro para mim, foi me deixar sentir o que provavelmente aquelas pessoas sentiram em algum momento da história daquele país. Eu me transformei naqueles personagens, assim como me transformei nos “da menina que roubava livros” essa semana... Um livro bom, um texto bom, é aquele que me faz sair de mim mesma e me transformar em outra. Que invade minha percepção sensorial subjetiva e, conseqüentemente, transforma minha visão de mundo.
Chorei de soluçar com esse livro, porque mesmo sem ter nascido, vivi a Segunda Guerra Mundial essa semana sob os olhos da morte; uma mãe ríspida feito fel e com um coração de mel; um pai adotivo que tinha prata nos olhos e ouro no coração; um judeu foragido que tinha o dom de esmurrar os outros com socos e palavras - essas às vezes suaves; um garoto que queria ser negro e veloz numa Alemanha nazista e sonhava com um beijo; e de uma menina que tinha pesadelos, coragem e roubava livros. E entendi ainda mais profundamente que a guerra, a pior delas, é a que travamos conosco mesmos quando nos obrigam, ou querem nos obrigar, a sermos alguém que não somos. No meu caso entendi que é preferível morrer a viver vendo quem eu amo morrer sem fazer nada, sem ao menos lutar...
Me diz: um livro que faça isso não merece ser um best seller? Não é um grande livro? Ao mesmo tempo: não é essa uma das grandes questões da atualidade? O que somos versus o que determinam que sejamos? Como a mídia, se for feita com honestidade, pode deixar de lado um livro assim? Acho que, no fundo, temos de ter cuidado para ao se ser do contra, deixarmos passar coisas bacanas.
E não fale mal de “O meu pé de Laranja Lima!” O primeiro livro que li e amei! rsrsrs Foi ele quem me ensinou a amar livros; ele quem começou a me moldar no que sou. Tô explicada né? [:p] Matamos a charada da minha existência dramática!
Mas ai, agora fiquei com uma curiosidade Tavinho: o que é um grande livro para você? Um livro que merece honras e ser lido por todos... Não, não quero citações, quero descrições...
Beijo!
E você, o que faz um livro ser considerado um grande livro pra você?
31 de agosto de 2007
Preciso mudar pra Suécia, lá meu relógio biológico começa a ser respeitado! Eu sou uma pessoa do tipo B.
Ontem lendo O diário da Lulu me deparei com uma questão interessante que fala sobre os livros serem na maioria tristes. É que os alunos dela reclamaram que o estudo da literatura é chato e deprimente, pois lêem um livro depressivo atrás do outro.
É verdade.
O tom da imensa maioria dos livros é mesmo triste né? O que interessa a maior parte das pessoas é o amor ou o drama. Ai me ocorreu um motivo: é que a tristeza, ao contrário da alegria, é um veneno que precisa ser posto para fora nem que seja sob a forma de palavras. Se fica em nós nos envenena; com o tempo mata.
Já a alegria nos cura e sai de nós naturalmente, pois irradia. Não é preciso nenhum ato nesse sentido.
Conheço muita gente que quando está absolutamente feliz não consegue nem escrever no blog, mas nas tristezas é o primeiro recurso que lhe ocorre para começar a elaborá-la...
E por falar em livro triste terminei de ler "A menina que roubava livros" ontem e chorei de soluçar por muitos e muitos minutos... Lindo, lindo, lindo, mas triste...
E tão sincrônico...
É verdade.
O tom da imensa maioria dos livros é mesmo triste né? O que interessa a maior parte das pessoas é o amor ou o drama. Ai me ocorreu um motivo: é que a tristeza, ao contrário da alegria, é um veneno que precisa ser posto para fora nem que seja sob a forma de palavras. Se fica em nós nos envenena; com o tempo mata.
Já a alegria nos cura e sai de nós naturalmente, pois irradia. Não é preciso nenhum ato nesse sentido.
Conheço muita gente que quando está absolutamente feliz não consegue nem escrever no blog, mas nas tristezas é o primeiro recurso que lhe ocorre para começar a elaborá-la...
E por falar em livro triste terminei de ler "A menina que roubava livros" ontem e chorei de soluçar por muitos e muitos minutos... Lindo, lindo, lindo, mas triste...
E tão sincrônico...
30 de agosto de 2007
A vida nos traz lições. A minha atual é o desapego, especialmente o desapego de pessoas. Aquilo de as pessoas gostarem, curtirem, amarem até, mas não precisarem estar em contato constante. Não precisarem nem estar em contato de vez em quando. Eu te amo daqui, você me ama dai e tudo bem, cada um segue a sua vida.
Rapaz! Eu tenho uma dificuldade enorme com isso. Ou melhor: tinha. Como bem diz o Gui bastavam dois ou três dias de sumiço que já ia atrás de saber o que aconteceu. Entenda-se por sumiço, minimamente, eu não ver on-line, porque posso não falar, mas só de ver a pessoa ali, já deduzo que está tudo mais ou menos normal e fico sossegada.
Hoje não mais. E não é vingança não. Nem cansaço. É que tem de ser sabe? Um dia a gente tem de crescer e entender que na nossa vida a única constante somos nós mesmos. Os demais, todos os outros, são sempre transitórios e efêmeros. Alguns podem duram mais, porém todos temos uma data marcada para partir, ou para serem partidos.
Entendi que todos os amores são eternos, mas dizer "eu te amo" não.
Entendi até a efemeridade do amor virtual e como se dá o processo da separação: quem ama alguém que nunca viu e que um dia deixa de aparecer, ama como que a um software único que um dia deixou de funcionar, levando consigo todos os arquivos. Não é um programa capaz de ser recuperado, porém deixa no seu lugar um programa que jamais poderá ser desinstalado: a saudade.
A vida urge e eu preciso dizer adeus. Adeus a mim mesma. Adeus ao meu jeito apegado de amar. Hoje está sendo meu último dia. Amanhã eu acordo outra e ao mesmo tempo eu mesma, apenas com uma cicatriz a mais. Hoje com certeza dói. Amanhã talvez doa, mas é a tal dor nova que traz possibilidade de felicidade no bojo, sabe?
Tô precisada de felicidade maiores.
Rapaz! Eu tenho uma dificuldade enorme com isso. Ou melhor: tinha. Como bem diz o Gui bastavam dois ou três dias de sumiço que já ia atrás de saber o que aconteceu. Entenda-se por sumiço, minimamente, eu não ver on-line, porque posso não falar, mas só de ver a pessoa ali, já deduzo que está tudo mais ou menos normal e fico sossegada.
Hoje não mais. E não é vingança não. Nem cansaço. É que tem de ser sabe? Um dia a gente tem de crescer e entender que na nossa vida a única constante somos nós mesmos. Os demais, todos os outros, são sempre transitórios e efêmeros. Alguns podem duram mais, porém todos temos uma data marcada para partir, ou para serem partidos.
Entendi que todos os amores são eternos, mas dizer "eu te amo" não.
Entendi até a efemeridade do amor virtual e como se dá o processo da separação: quem ama alguém que nunca viu e que um dia deixa de aparecer, ama como que a um software único que um dia deixou de funcionar, levando consigo todos os arquivos. Não é um programa capaz de ser recuperado, porém deixa no seu lugar um programa que jamais poderá ser desinstalado: a saudade.
A vida urge e eu preciso dizer adeus. Adeus a mim mesma. Adeus ao meu jeito apegado de amar. Hoje está sendo meu último dia. Amanhã eu acordo outra e ao mesmo tempo eu mesma, apenas com uma cicatriz a mais. Hoje com certeza dói. Amanhã talvez doa, mas é a tal dor nova que traz possibilidade de felicidade no bojo, sabe?
Tô precisada de felicidade maiores.
29 de agosto de 2007
Amor partido tem cura?
Alguém disse que é impossível recuperar um amor que se estilhaçou. Foi um choque ouvir isso. Ainda é um choque pensar que realmente seja impossível recuperar um amor que quebrou o pé no meio dos seus tropeços. Desconheço amor que não tropece, embora nem todo tropeço acabe em fratura...
Alguém disse que é impossível recuperar um amor que se estilhaçou. Foi um choque ouvir isso. Ainda é um choque pensar que realmente seja impossível recuperar um amor que quebrou o pé no meio dos seus tropeços. Desconheço amor que não tropece, embora nem todo tropeço acabe em fratura...
28 de agosto de 2007
Algumas percepções acerca do fim de semana:
Na festa perfeita, uma das convidadas não tomou vinho porque o garçom não passou por ela. “Ela deve ter passado a festa inteira no banheiro então”, disse eu quando a aniversariante me contou, pois o serviço foi impecável e a comida e bebida absolutamente fartos. Depois pensando sobre o assunto me ocorreu que é pior né? A pessoa consegue ver o garçom ali, a alguns passos de onde está, e simplesmente não ir atrás do que deseja. Comodismo e fazer-se de vítima, geralmente se traduzem em ações simples assim.
&
No P.S., mais precisamente no setor da radiografia, enquanto todos aguardavam, um fulano reclamava incessantemente da demora (que nem era tanta assim) utilizando-se, inclusive, de palavrões, na frente de crianças pequena. Precisei rezar uma hora para não o mandar calar a boca, pois é incrível como as pessoas se acham no direito de usarem o espaço comum para serem desagradáveis. Quando chamaram para entregar-lhe a radiografia, ele foi tirando aquele sarro desagradável e recebeu foi ordem de entrar novamente na sala e ficar quieto na hora de baterem a mesma, pois a sua radiografia não saiu. Há! Adivinha se ele não ficou quietinho esperando dessa vez.
&
Não existe nada mais triste do que ver que alguém se tornou amargurada. Cheguei em casa e antes de dormir, rezei pedindo que Deus me permita passar pelos desabores da vida sem jamais perder a consciência de que o milagre faz parte dela. Que do mesmo jeito que tudo se desarruma de uma hora pra outra, também volta ao lugar do mesmo jeito.
&
Tem gente que passa pela vida levando, sem aprender as lições necessárias, mesmo que a vida bata insistentemente na mesma tecla, de várias formas.
&
A cada dia mais me convenço de que você determina a forma como a vida se mostra a você através da maneira como você se mostra a ela.
&
Cadeiras estofadas para um P.S. não é algo legal, embora seja confortável. Voltei para casa cheia de sangue na roupa e não faço idéia de onde ele veio. Dedução lógica: das cadeiras que azul marinho da sala de espera do P.S. do Hospital do Mandaqui. Mas isso é um perigo: imagina se eu estou com alguma ferida aberta, ou mesmo com um corte e esperando socorro sento na cadeira que alguém também ferido sentou-se antes, mas que seja portador de alguma doença infecto-contagiosa... Sacou? Amanhã mesmo vou falar com a minha coordenadora para que ela fale com o pessoal do hospital de cima.
Na festa perfeita, uma das convidadas não tomou vinho porque o garçom não passou por ela. “Ela deve ter passado a festa inteira no banheiro então”, disse eu quando a aniversariante me contou, pois o serviço foi impecável e a comida e bebida absolutamente fartos. Depois pensando sobre o assunto me ocorreu que é pior né? A pessoa consegue ver o garçom ali, a alguns passos de onde está, e simplesmente não ir atrás do que deseja. Comodismo e fazer-se de vítima, geralmente se traduzem em ações simples assim.
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No P.S., mais precisamente no setor da radiografia, enquanto todos aguardavam, um fulano reclamava incessantemente da demora (que nem era tanta assim) utilizando-se, inclusive, de palavrões, na frente de crianças pequena. Precisei rezar uma hora para não o mandar calar a boca, pois é incrível como as pessoas se acham no direito de usarem o espaço comum para serem desagradáveis. Quando chamaram para entregar-lhe a radiografia, ele foi tirando aquele sarro desagradável e recebeu foi ordem de entrar novamente na sala e ficar quieto na hora de baterem a mesma, pois a sua radiografia não saiu. Há! Adivinha se ele não ficou quietinho esperando dessa vez.
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Não existe nada mais triste do que ver que alguém se tornou amargurada. Cheguei em casa e antes de dormir, rezei pedindo que Deus me permita passar pelos desabores da vida sem jamais perder a consciência de que o milagre faz parte dela. Que do mesmo jeito que tudo se desarruma de uma hora pra outra, também volta ao lugar do mesmo jeito.
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Tem gente que passa pela vida levando, sem aprender as lições necessárias, mesmo que a vida bata insistentemente na mesma tecla, de várias formas.
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A cada dia mais me convenço de que você determina a forma como a vida se mostra a você através da maneira como você se mostra a ela.
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Cadeiras estofadas para um P.S. não é algo legal, embora seja confortável. Voltei para casa cheia de sangue na roupa e não faço idéia de onde ele veio. Dedução lógica: das cadeiras que azul marinho da sala de espera do P.S. do Hospital do Mandaqui. Mas isso é um perigo: imagina se eu estou com alguma ferida aberta, ou mesmo com um corte e esperando socorro sento na cadeira que alguém também ferido sentou-se antes, mas que seja portador de alguma doença infecto-contagiosa... Sacou? Amanhã mesmo vou falar com a minha coordenadora para que ela fale com o pessoal do hospital de cima.
25 de agosto de 2007
Acho que o meu se antecipou, mas... Vejam que interessante:
Sol na casa 2, lua na casa 7
25/08 (hoje) às 13h01 a 28/08 às 3h52
Eis que a Lua torna-se quase cheia, transitando pela sétima casa do seu mapa astrológico, entre os dias 25/08 (hoje) às 13h01 e 28/08 às 3h52. Estes serão dias em que você, Marie, perceberá que suas questões práticas, sejam elas financeiras ou que envolvam a materialização de objetivos, dependerão mais dos outros. A Lua na sétima casa sugere que você estará emocionalmente dependente da ajuda de terceiros, que poderão facilitar as coisas para você. Ou dificultar, se você deixar que orgulhos tolos lhe impeçam de aceitar ajuda. Como o Sol e a Lua estão quase formando uma oposição, o ajuste necessário envolverá o dilema "o que eu quero e estabeleço enquanto prioridade" versus "o que o outro deseja e necessita neste momento".
Sol na casa 2, lua na casa 7
25/08 (hoje) às 13h01 a 28/08 às 3h52
Eis que a Lua torna-se quase cheia, transitando pela sétima casa do seu mapa astrológico, entre os dias 25/08 (hoje) às 13h01 e 28/08 às 3h52. Estes serão dias em que você, Marie, perceberá que suas questões práticas, sejam elas financeiras ou que envolvam a materialização de objetivos, dependerão mais dos outros. A Lua na sétima casa sugere que você estará emocionalmente dependente da ajuda de terceiros, que poderão facilitar as coisas para você. Ou dificultar, se você deixar que orgulhos tolos lhe impeçam de aceitar ajuda. Como o Sol e a Lua estão quase formando uma oposição, o ajuste necessário envolverá o dilema "o que eu quero e estabeleço enquanto prioridade" versus "o que o outro deseja e necessita neste momento".
24 de agosto de 2007
Um dia que nasceu pra dar errado, mas não deu...
Acordo e não consigo abrir completamente o olho direito. Penso: "danou-se!" Corro pro espelho e vejo lá que o rosto que tinha começado a desinchar ontem com a medicação anti-inflamatória dobrou de tamanho. Ligo para a dentista e ela pede pra eu estar lá na hora do almoço dela.
Preciso antes passar no banco para sacar uma grana, pois dei todos os meus trocados para a minha irmã ontem. Um amigo do meu irmão que aqui estava me deixa lá evitando que eu ande embaixo do sol forte. No caixa descubro que nenhum dos dois depósitos que deveriam ter entrado ontem na conta, foram feitos. Meu saldo não dá nem pra sacar R$10,00. Saio de lá e vou até o ponto de táxi do qual sempre me sirvo e peço a um dos motoristas que me ajude fazendo a gentileza de me levar até o dentista, mas permitindo que eu pague a corrida na semana que vem. Freguesa freqüente e antiga, ele topa.
No consultório, a menina que brinca no chão da recepção quando chego e sento na sala de espera, não consegue desgrudar os olhos do meu rosto. É, sei que estou meio impressionante.
Logo é minha vez e eu já sento na cadeira chorando. Estresse. A dentista avalia a situação, chama a assistente para que lhe prepare duas injeções e pede para que ela a ajude com o sugador. Eu penso: "Lá vem chumbo grosso"! Sinto a picada da anestesia ao mesmo tempo em que vou me dizendo: "fica calma, fica calma, você confia e acredita plenamente nela como profissional". Mas quando sinto a lancetada na bochecha qualquer possibilidade de auto-controle se esvai. Enquanto sinto apertarem a minha face, ao mesmo tempo que ouço o sugador fazendo um ruído semelhante ao de quem chupa o fundo de um copo de milkshake, as lágrimas correm aos grotões e minha respiração começa a acelerar. Sinal irrefutável que ela chegou: uma crise de ansiedade como há muito eu não fazia.
Começo a fazer sinal de que preciso sentar para respirar, mas ninguém consegue me entender até que começo a escorregar para baixo na cadeira fugindo de tudo. Elas param e eu sento-me. Minha respiração está a milhão, eu sei que vou hiper-ventilar, mas não consigo simplesmente respirar mais calmamente. Minha dentista me faz perguntas que me escuto respondendo claramente, mas nem ela e nem a assistente conseguem entender o que digo. Meu rosto começa a formigar e sei que se não conseguir parar de respirar o próximo ato vai ser desmaiar ali mesmo. Sinto a mão da minha dentista no meu ombro em movimentos circulares e escuto a sua voz dizendo: "calma, fica calma". Vejo a cara de espanto da assistente. Preciso parar com aquela hiper-ventilação a tempo e é então que tampo o nariz e a boca com as duas mãos e fico assim até que respirar se torne imperativo novamente.
Pronto. Consegui debelar a crise. Ainda choro, recebo um copo de água com açúcar, me recosto na cadeira e começo a pedir desculpas para a dentista que me explica que tinha de fazer isso, pois caso contrário eu faria um cisto que acabaria drenando pelo lado de fora, o do rosto. Eu sei, não é a primeira vez que me acontece isso tratando um dente, mas o pânico de dentista está sempre ali me sondando. "É a loucura da pessoa; é porque eu sou louca que faço isso, não por falta de confiança. E eu não quero fazer, eu tento não fazer, mas eu faço sabe? Loucura pura!" São as únicas coisas que consigo repetir. Volto a deitar para ela continuar drenando minha bochecha, mas agora as coisas correm mais tranqüilas. Depois dessa descarga adrenérgica sempre fico meio abobada...
Terminamos e ela me trás em casa, pois não confia que eu consiga sequer chamar o táxi. Eu agradeço.
Passei a tarde terminando de drenar meu rosto, com bochecho de Malvona e apertando mesmo e agora sei que saiu tudo e então vou começar a melhorar.
Mas eu agradeço sabe? Do fundo do meu coração agradeço que esse dia que tinha tudo pra dar errado tenha dado certo e eu esteja aqui em recuperação. Agradeço ao amigo do meu irmão que me deu carona; ao taxista que foi tão generoso; à minha dentista e a sua assistente pela competência e generosidade. À minha irmã que comprou meu remédio, à minha mãe que fez sopinha para me esperar e a Deus, porque tudo poderia ter dado errado, mas não deu. Agradeço também às duas pessoas que não cumpriram o que combinaram comigo, pois assim pude ter uma prova concreta que nesse mundo, o que mais vale é a generosidade.
Acordo e não consigo abrir completamente o olho direito. Penso: "danou-se!" Corro pro espelho e vejo lá que o rosto que tinha começado a desinchar ontem com a medicação anti-inflamatória dobrou de tamanho. Ligo para a dentista e ela pede pra eu estar lá na hora do almoço dela.
Preciso antes passar no banco para sacar uma grana, pois dei todos os meus trocados para a minha irmã ontem. Um amigo do meu irmão que aqui estava me deixa lá evitando que eu ande embaixo do sol forte. No caixa descubro que nenhum dos dois depósitos que deveriam ter entrado ontem na conta, foram feitos. Meu saldo não dá nem pra sacar R$10,00. Saio de lá e vou até o ponto de táxi do qual sempre me sirvo e peço a um dos motoristas que me ajude fazendo a gentileza de me levar até o dentista, mas permitindo que eu pague a corrida na semana que vem. Freguesa freqüente e antiga, ele topa.
No consultório, a menina que brinca no chão da recepção quando chego e sento na sala de espera, não consegue desgrudar os olhos do meu rosto. É, sei que estou meio impressionante.
Logo é minha vez e eu já sento na cadeira chorando. Estresse. A dentista avalia a situação, chama a assistente para que lhe prepare duas injeções e pede para que ela a ajude com o sugador. Eu penso: "Lá vem chumbo grosso"! Sinto a picada da anestesia ao mesmo tempo em que vou me dizendo: "fica calma, fica calma, você confia e acredita plenamente nela como profissional". Mas quando sinto a lancetada na bochecha qualquer possibilidade de auto-controle se esvai. Enquanto sinto apertarem a minha face, ao mesmo tempo que ouço o sugador fazendo um ruído semelhante ao de quem chupa o fundo de um copo de milkshake, as lágrimas correm aos grotões e minha respiração começa a acelerar. Sinal irrefutável que ela chegou: uma crise de ansiedade como há muito eu não fazia.
Começo a fazer sinal de que preciso sentar para respirar, mas ninguém consegue me entender até que começo a escorregar para baixo na cadeira fugindo de tudo. Elas param e eu sento-me. Minha respiração está a milhão, eu sei que vou hiper-ventilar, mas não consigo simplesmente respirar mais calmamente. Minha dentista me faz perguntas que me escuto respondendo claramente, mas nem ela e nem a assistente conseguem entender o que digo. Meu rosto começa a formigar e sei que se não conseguir parar de respirar o próximo ato vai ser desmaiar ali mesmo. Sinto a mão da minha dentista no meu ombro em movimentos circulares e escuto a sua voz dizendo: "calma, fica calma". Vejo a cara de espanto da assistente. Preciso parar com aquela hiper-ventilação a tempo e é então que tampo o nariz e a boca com as duas mãos e fico assim até que respirar se torne imperativo novamente.
Pronto. Consegui debelar a crise. Ainda choro, recebo um copo de água com açúcar, me recosto na cadeira e começo a pedir desculpas para a dentista que me explica que tinha de fazer isso, pois caso contrário eu faria um cisto que acabaria drenando pelo lado de fora, o do rosto. Eu sei, não é a primeira vez que me acontece isso tratando um dente, mas o pânico de dentista está sempre ali me sondando. "É a loucura da pessoa; é porque eu sou louca que faço isso, não por falta de confiança. E eu não quero fazer, eu tento não fazer, mas eu faço sabe? Loucura pura!" São as únicas coisas que consigo repetir. Volto a deitar para ela continuar drenando minha bochecha, mas agora as coisas correm mais tranqüilas. Depois dessa descarga adrenérgica sempre fico meio abobada...
Terminamos e ela me trás em casa, pois não confia que eu consiga sequer chamar o táxi. Eu agradeço.
Passei a tarde terminando de drenar meu rosto, com bochecho de Malvona e apertando mesmo e agora sei que saiu tudo e então vou começar a melhorar.
Mas eu agradeço sabe? Do fundo do meu coração agradeço que esse dia que tinha tudo pra dar errado tenha dado certo e eu esteja aqui em recuperação. Agradeço ao amigo do meu irmão que me deu carona; ao taxista que foi tão generoso; à minha dentista e a sua assistente pela competência e generosidade. À minha irmã que comprou meu remédio, à minha mãe que fez sopinha para me esperar e a Deus, porque tudo poderia ter dado errado, mas não deu. Agradeço também às duas pessoas que não cumpriram o que combinaram comigo, pois assim pude ter uma prova concreta que nesse mundo, o que mais vale é a generosidade.
23 de agosto de 2007
Acabei de ler um post sobre salões de beleza cheio de mulheres fofocantes, barulhentas e pensei: "mas que diacho é isso? Todo salão de mulher parece clichê? O meu é tão silencioso"...
Ai parei para buscar na memória e me toquei que não, os dois a que vou: um mais longe pra cortar e uma mais perto pra uma escova basicazinha em dia de festa, são mesmo uma muvuca de mulheres e etc... Mas eu e minha capacidade de me isolar da realidade circundante quando me convém nos mantemos imbatíveis!
Ou seja, só registro o que me interessa.
Ai parei para buscar na memória e me toquei que não, os dois a que vou: um mais longe pra cortar e uma mais perto pra uma escova basicazinha em dia de festa, são mesmo uma muvuca de mulheres e etc... Mas eu e minha capacidade de me isolar da realidade circundante quando me convém nos mantemos imbatíveis!
Ou seja, só registro o que me interessa.
22 de agosto de 2007
Passada a minha náusea, posso me explicar. Rapaz, quando leio as críticas ao movimento "cansei" fico tão embasbacada que nem sei. Porque não consigo deixar de ouvir aquela premissa antiqüíssima da igreja nas entrelinhas que diz: "os ricos nunca vão para o céu, pois os ricos são maus, os ricos sempre exploram os pobres".
E a coisa é tão arraigada que mesmo quem não tem religião, vai professando essas máximas de um jeito ou de outro. Mesmo quem tem a vida boa e garantida por trabalhar num empresa de rico que paga seus salários direitinho, dá uma série de benefícios e o trata com decência você vê agindo assim.
Mas a coisa é pior né? Porque é um preconceito engessante, que impede o crescimento, o aprimoramento moral, mas ninguém se toca disso. Qualquer tentativa de mudança é rechaçada. Rico não pode reclamar quando a água chega-lhe ao nariz, uma vez que vive num mundo de privilégios. Numa tomada de consciência, o Rico não pode nunca se doer porque a água chega nos narizes alheios também, pois quem tem privilégios não pode incomodar-se simplesmente, com nada! Tem de sempre ver a miséria e torcer o nariz, no máximo fazer doações ou, na sublimação suprema, ser politicamente correto e fazer trabalho voluntário. Ir pra ruas fazer passeata em seus carrões, celulares e roupas de marca? Não! Jamais! Vira piada.
Rico não tem consciência política, social e moral e nem chances de desenvolvê-la se depender do pobre. Simplesmente por que não. Ou porque o pobre não terá mais a quem culpar pela própria miséria, não terá de quem se sentir expropriado. Mesmo que ainda reste a classe dos políticos, no caso do Brasil...
Marx morreu; o comunismo naufragou no mundo; o socialismo resiste em alguns poucos países, e no entanto o pequeno comuna dentro de nós continua impávido agitando a bandeira da intolerância e preconceito. Rico para ter respeito tem de travestir-se de pobre, mesmo o pobre querendo ter tudo o que o rico tem... Não é hipocrisia demais?
Afff... Como me cansa isso de gente que cospe discurso sem nunca parar pra pensar nas coisas de verdade, ali com seus próprios botões até conseguir ver que está sendo tão vaquinha de presépio atendendo ao sistema, quanto aqueles que faz questão de criticar.
Se a elite não sabe se manifestar, porque não ensinar? Porque não fazer uso da força de indignação deles - e porque não dos recursos que eles podem disponibilizar - que ainda não está entorpecida como a dos demais e num impulso unir forças e chegarmos mais longe? Não, é simplesmente mais cômodo rir e criticar, assim a gente inconscientemente garante que tudo continue como está.
E a coisa é tão arraigada que mesmo quem não tem religião, vai professando essas máximas de um jeito ou de outro. Mesmo quem tem a vida boa e garantida por trabalhar num empresa de rico que paga seus salários direitinho, dá uma série de benefícios e o trata com decência você vê agindo assim.
Mas a coisa é pior né? Porque é um preconceito engessante, que impede o crescimento, o aprimoramento moral, mas ninguém se toca disso. Qualquer tentativa de mudança é rechaçada. Rico não pode reclamar quando a água chega-lhe ao nariz, uma vez que vive num mundo de privilégios. Numa tomada de consciência, o Rico não pode nunca se doer porque a água chega nos narizes alheios também, pois quem tem privilégios não pode incomodar-se simplesmente, com nada! Tem de sempre ver a miséria e torcer o nariz, no máximo fazer doações ou, na sublimação suprema, ser politicamente correto e fazer trabalho voluntário. Ir pra ruas fazer passeata em seus carrões, celulares e roupas de marca? Não! Jamais! Vira piada.
Rico não tem consciência política, social e moral e nem chances de desenvolvê-la se depender do pobre. Simplesmente por que não. Ou porque o pobre não terá mais a quem culpar pela própria miséria, não terá de quem se sentir expropriado. Mesmo que ainda reste a classe dos políticos, no caso do Brasil...
Marx morreu; o comunismo naufragou no mundo; o socialismo resiste em alguns poucos países, e no entanto o pequeno comuna dentro de nós continua impávido agitando a bandeira da intolerância e preconceito. Rico para ter respeito tem de travestir-se de pobre, mesmo o pobre querendo ter tudo o que o rico tem... Não é hipocrisia demais?
Afff... Como me cansa isso de gente que cospe discurso sem nunca parar pra pensar nas coisas de verdade, ali com seus próprios botões até conseguir ver que está sendo tão vaquinha de presépio atendendo ao sistema, quanto aqueles que faz questão de criticar.
Se a elite não sabe se manifestar, porque não ensinar? Porque não fazer uso da força de indignação deles - e porque não dos recursos que eles podem disponibilizar - que ainda não está entorpecida como a dos demais e num impulso unir forças e chegarmos mais longe? Não, é simplesmente mais cômodo rir e criticar, assim a gente inconscientemente garante que tudo continue como está.
21 de agosto de 2007
O que dana esse mundo são os "rótulos". Impressionante ver como o mundo andou o que andou, mas que as pessoas ainda se prendem a rotular coisas, situações e indivíduos só validando fatos se estes atendem a condições pré-concebidas... Impressiona mais porque você vê pessoas que se consideram e se vendem como cultas, modernas e à favor da diversidade pregando a mesmice e o preconceito de uma forma tão sutil que me dá até náuseas ao ler...
"O pior cego é aquele que não quer ver"; a si mesmo principalmente, completaria eu...
"O pior cego é aquele que não quer ver"; a si mesmo principalmente, completaria eu...
20 de agosto de 2007
Eu aumentei o tempo da minha caminhada. Ao invés de andar uma hora por dia, passei a andar duas e isso porque percebi que andar onde ando sem aproveitar as maravilhas do lugar para respirar, alongar, energizar-se é uma bobagem.
E ai hoje encontrei uma das minhas "borboletas" por lá e ela andou comigo um tempo, mas com tanto medo dos freqüentadores - sim, rola uns maconheiros por lá e um pequeno tráfico - que acabou me deixando pensativa sobre se ela aproveita realmente o lugar e o estar ali, mesmo que diga que sim.
Depois que nos separamos comecei a prestar mais atenção nos freqüentadores e acabei concluindo que, ao menos dos que vi, as pessoas andam e correm por ali indiferentes à natureza a sua volta. Geralmente estão com expressão de quem está perdido em si mesmo e querendo aperfeiçoar o corpo. Porém a verdade não é que é só lá que as pessoas têm essa expressão, é em qualquer lugar. Apesar de andarem, de se moverem, acho que muito pouca gente é capaz de dizer se no seu trajeto tem uma casa com jardim e ainda se nesse jardim tem uma roseira dando flores.
Foi assim que a expressão passar pela vida ganhou um significado concreto hoje. E então reafirmei uma coisa que já decidi há um tempo atrás: eu quero viver, estar realmente em contato comigo e com o universo a minha volta. Prestar atenção nas coisas, pessoas, ver as sensações que elas me trazem... Não quero passar pela vida apenas; isso é muito triste.
E é um aprendizado. Eu até me assusto com algumas coisas. Por exemplo: hoje estava lá caminhando e agradecendo pelo meu corpo, por ele ser perfeito, mesmo tendo sobre-peso e por me possibilitar tanto. Lembro que estava especificamente agradecendo pelas minhas mãos e o que elas produzem de bom para mim e para os outros, que estava mexendo numa com a outra. Porém não faço idéia de como estava a minha expressão, embora soubesse que estava sorrindo, uma vez que estava me sentindo muitíssimo bem. Foi ai que cruzei com um homem que ao olhar pra minha cara estancou e sorriu, mas de um jeito diferente sabe? Como se aquilo que eu estivesse sentido tivesse atingido em cheio o seu campo energético o obrigando a parar. Pareceu que ele ia falar comigo, mas como demonstrei que me assustei, ele nada disse e eu segui em frente.
E isso me fez pensar no quão poderosa é a energia da gratidão. É claro que ainda vou precisar experimentar isso de outras formas, mas o primeiro capítulo da lição ficou registrado...
E ai hoje encontrei uma das minhas "borboletas" por lá e ela andou comigo um tempo, mas com tanto medo dos freqüentadores - sim, rola uns maconheiros por lá e um pequeno tráfico - que acabou me deixando pensativa sobre se ela aproveita realmente o lugar e o estar ali, mesmo que diga que sim.
Depois que nos separamos comecei a prestar mais atenção nos freqüentadores e acabei concluindo que, ao menos dos que vi, as pessoas andam e correm por ali indiferentes à natureza a sua volta. Geralmente estão com expressão de quem está perdido em si mesmo e querendo aperfeiçoar o corpo. Porém a verdade não é que é só lá que as pessoas têm essa expressão, é em qualquer lugar. Apesar de andarem, de se moverem, acho que muito pouca gente é capaz de dizer se no seu trajeto tem uma casa com jardim e ainda se nesse jardim tem uma roseira dando flores.
Foi assim que a expressão passar pela vida ganhou um significado concreto hoje. E então reafirmei uma coisa que já decidi há um tempo atrás: eu quero viver, estar realmente em contato comigo e com o universo a minha volta. Prestar atenção nas coisas, pessoas, ver as sensações que elas me trazem... Não quero passar pela vida apenas; isso é muito triste.
E é um aprendizado. Eu até me assusto com algumas coisas. Por exemplo: hoje estava lá caminhando e agradecendo pelo meu corpo, por ele ser perfeito, mesmo tendo sobre-peso e por me possibilitar tanto. Lembro que estava especificamente agradecendo pelas minhas mãos e o que elas produzem de bom para mim e para os outros, que estava mexendo numa com a outra. Porém não faço idéia de como estava a minha expressão, embora soubesse que estava sorrindo, uma vez que estava me sentindo muitíssimo bem. Foi ai que cruzei com um homem que ao olhar pra minha cara estancou e sorriu, mas de um jeito diferente sabe? Como se aquilo que eu estivesse sentido tivesse atingido em cheio o seu campo energético o obrigando a parar. Pareceu que ele ia falar comigo, mas como demonstrei que me assustei, ele nada disse e eu segui em frente.
E isso me fez pensar no quão poderosa é a energia da gratidão. É claro que ainda vou precisar experimentar isso de outras formas, mas o primeiro capítulo da lição ficou registrado...
19 de agosto de 2007
Alguém disse ao meu primo Caio de 9, quase 10, anos que ele não deveria mentir para as mulheres. Foi assim que ele decidiu ser sincero para com todas as mulheres da sua vida e chegou à conclusão que a sinceridade é dolorida.
Chegou para a namorada e disse que ela era feia. Levou um tapa na cara.
Chegou para a primeira amante e disse que tinha outra. Levou outro tapa na cara.
Chegou para a seguinte e também disse que tinha outra. Levou mais um tapa na cara.
Chegou para a quarta e mais uma vez confessou ter outra. Adivinha se mais um vez não levou um tapaço.. Na cara é claro!
Mas ele estava determinado a seguir sendo sincero e pela quinta vez confessou ter outra. Batata! levou o quinto tapa na cara.
Era a vez da sexta e última da lista. Abriu a caixinha da sinceridade de novo e confessou ter outra. Só que dessa vez não levou nenhum tapa na cara! Disse que finalmente ficou esperto e agachou na hora H.
Hahahahahahahahahahahahahaha...
Só podia ser um homem da minha família!!!
Chegou para a namorada e disse que ela era feia. Levou um tapa na cara.
Chegou para a primeira amante e disse que tinha outra. Levou outro tapa na cara.
Chegou para a seguinte e também disse que tinha outra. Levou mais um tapa na cara.
Chegou para a quarta e mais uma vez confessou ter outra. Adivinha se mais um vez não levou um tapaço.. Na cara é claro!
Mas ele estava determinado a seguir sendo sincero e pela quinta vez confessou ter outra. Batata! levou o quinto tapa na cara.
Era a vez da sexta e última da lista. Abriu a caixinha da sinceridade de novo e confessou ter outra. Só que dessa vez não levou nenhum tapa na cara! Disse que finalmente ficou esperto e agachou na hora H.
Hahahahahahahahahahahahahaha...
Só podia ser um homem da minha família!!!
Porque uma coisa é fato: você cresce aprendendo o que é "certo" e "errado" e muitas vezes toma decisões baseados nesses conceitos morais que ouviu desde sempre e acha que está fazendo a coisa certa. Mas será que o certo é certo mesmo, mesmo quando as conseqüências daquela decisão é boa pros outros, mas não para você?
Me questiono sobre isso por que não me parece que o certo devesse causar conseqüências negativas na sua vida. Não, não dá pra viver pensando que tudo poderia ser pior, que talvez aquela decisão tenha amenizado as coisas pro seu lado num nível mais cósmico, digamos.
No fim das contas vai-se criando um certo ressentimento e você chega à conclusão que é sempre errado evitar que alguém cometa uma burrada, mesmo que a pessoa te peça ajuda. Mas sei que na verdade o que falta é colocar limite na ajuda que se está oferecendo. Por que tem gente que simplesmente não tem parâmetros. Não sabe o que é uso e o que é abuso.
O ruim é que eu sou meio radical nessas coisas e dificilmente me vejo caindo noutra dessas sabe? Mais fácil me ver fazer ouvidos de mercador se houver uma próxima vez (toc,toc,toc, batendo na madeira três vezes!!!), simplesmente por que acredito que tem coisas ligadas à boa educação e noção temporo-espacial que as pessoas deveriam saber e ponto.
Me questiono sobre isso por que não me parece que o certo devesse causar conseqüências negativas na sua vida. Não, não dá pra viver pensando que tudo poderia ser pior, que talvez aquela decisão tenha amenizado as coisas pro seu lado num nível mais cósmico, digamos.
No fim das contas vai-se criando um certo ressentimento e você chega à conclusão que é sempre errado evitar que alguém cometa uma burrada, mesmo que a pessoa te peça ajuda. Mas sei que na verdade o que falta é colocar limite na ajuda que se está oferecendo. Por que tem gente que simplesmente não tem parâmetros. Não sabe o que é uso e o que é abuso.
O ruim é que eu sou meio radical nessas coisas e dificilmente me vejo caindo noutra dessas sabe? Mais fácil me ver fazer ouvidos de mercador se houver uma próxima vez (toc,toc,toc, batendo na madeira três vezes!!!), simplesmente por que acredito que tem coisas ligadas à boa educação e noção temporo-espacial que as pessoas deveriam saber e ponto.
Às vezes não é fácil. Às vezes é até mesmo muito difícil e tenho de usar MUITO auto-controle para não fazer um barraco homérico. Daqueles que poucas vezes fiz na vida, mas quando fiz ficou gravado na memória de quem viu. Então, mesmo quando o ar está escasso, o peito arfante por conta da respiração ofegante, eu consigo respirar bem fundo e dar um sorriso plácido.
Tudo na vida tem um fim. Tudo. E esse não pode estar muito longe agora, mesmo que as pessoas ajam como se as situações fossem eternas.
Tudo na vida tem um fim. Tudo. E esse não pode estar muito longe agora, mesmo que as pessoas ajam como se as situações fossem eternas.
17 de agosto de 2007
Paul Potts singing Opera
E eu queria tanto ver essa versão do American idol britânico, será que a Sony já passou?
Pra quem não entende inglês: esse é um candidato na seletiva que vai para cantar ópera e que por conta da aparência é um tanto desacreditado pelos juízes, mas quando abre a boca e canta...
Ele foi o vencedor do programa!
16 de agosto de 2007
Eu sou uma pessoa privilegiada, sou.
Sei que sou.
E sou por que posso me estressar no meio da tarde e decidir ir dar uma volta no Horto Florestal para sair da vibração negativa e lá dar muito abraço em árvores e descobrir que no inverno algumas florescem, e que as flores são de tudo delicadas.
E mais: encontrar um amigo querido que por sorte teve uma vaga não programada na agenda e resolveu dar uma escapidinha para se purificar na fonte que tem lá, e terminamos a tarde caminhando por entre árvores e batendo um papo delicioso.
É eu sou grata por esses momentos inesperados e maravilhosos da minha vida!
Sei que sou.
E sou por que posso me estressar no meio da tarde e decidir ir dar uma volta no Horto Florestal para sair da vibração negativa e lá dar muito abraço em árvores e descobrir que no inverno algumas florescem, e que as flores são de tudo delicadas.
E mais: encontrar um amigo querido que por sorte teve uma vaga não programada na agenda e resolveu dar uma escapidinha para se purificar na fonte que tem lá, e terminamos a tarde caminhando por entre árvores e batendo um papo delicioso.
É eu sou grata por esses momentos inesperados e maravilhosos da minha vida!
Porque é uma das coisas que escrevi e adoro:
"Eles passarão. Eu passarinho..."
(Mário Quintana)
Há alguns dias no saguão do Teatro dos Arcos em São Paulo, enquanto esperava um amigo que faz parte do elenco da peça “Aroma do Tempo” - excelente por sinal, fica aqui a dica cultural - que acabara de ver para poder abraçá-lo e beijá-lo pelo excelente trabalho que está realizando, ouvi alguém mencionar essa fala do Mário Quintana. Ele a usou em cada uma das três vezes em que foi “recusado” pela Academia Brasileira de Letras.
De lá para cá, essa frase não me sai da cabeça. A cada dificuldade, a cada contrariedade, a cada revés que sobre mim se abate me pego repetindo mesmo que em silêncio: “eles passarão, eu passarinho.”
Quem me vê, ou comigo fala, geralmente não imagina os vulcões que me habitam. Não têm noção das erupções que assolam minha alma e que a coisa que menos tenho nessa vida é tranqüilidade. E não sou falsa na minha aparência zen; também tenho em mim serenidade uma vez que convivo pacificamente com as minhas erupções sem permitir que minhas larvas atinjam outras pessoas. Se não falo sobre eles a quase ninguém é apenas por ter consciência de que vulcões são extremamente íntimos e difíceis de serem compartilhados. Não vou sair por ai enchendo a paciência alheia com os meus questionamentos, pois entre as coisas que aprendi na vida está saber que a maioria das pessoas prefere viver comodamente, o que implica em se manter num grau bom de ignorância em relação à quase tudo e, principalmente, a si mesmo.
Sou de natureza inquieta, revolucionária e contestadora. Porém odeio revoluções burras e odeio ainda mais fazer muito barulho por nada. Tem gente que vive alardeando todos os pareceres que têm sobre o mundo e todo mundo. Têm opinião formada sobre absolutamente tudo e as saem contando mesmo quando ninguém perguntou nada sobre aquilo. Muitas delas têm blog ou sites na Internet e fazem bem a linha: penso, logo publico. Opiniões e mais opiniões que num primeiro momento até parecem fruto de alguma reflexão, mas não são. São apenas discursos que têm a função primeira e única de fazer de conta, para si e para o mundo, de que estão fazendo um esforço tremendo e evoluindo.
Isso por que se tornou corrente hoje em dia acreditarem, piamente, que ser revolucionário e contestador, um subversivo “de ponta”, é ser triste, melancólico, depressivo e critico, desde que se entenda crítica como falar mal de tudo e de todos. Nada presta, nada funciona, a humanidade podia, e vai, explodir o planeta e implodir-se junto. E eu, leitora voraz até de bula de remédio, vou transitando entre esses universos observando e me questionando.
Que revolução existe em ser melancólico e triste, num mundo onde as doenças predominantes e desencadeantes de outros males, inclusive físicos, são a depressão e a síndrome do pânico? Que diferença faz no mundo a sua opinião se você é apenas mais um entre bilhões a criticarem eternamente o que está sendo feito, porém sem nunca tentar fazer a sua parte de uma forma diferente da que te ensinaram - e para os outros também - e que leva o nosso planeta para um mesmo destino catastrófico? Olhe à sua volta cara pálida! De quantas dessas pessoas que você passa o dia criticando você pode realmente se dizer diferente?? Mas quero aquela análise que você faz e não tem coragem de publicar; aquela que até na terapia é difícil de contar. E não precisa me dizer qual é não, a mim basta que você reconheça sua verdade.
Eu reconheci a minha há algum tempo. Não posso dizer que bebi de todas as dores do mundo, mas já bebi de quase todas. De sofrimentos eu entendo e de superar dificuldades também. Entendo de ter fé e de levar tanta lambada no couro que até se deixa de crer... E mesmo assim seguir adiante. A coisa foi tão brutal que ser alguém correta e voltada para o bem não passa mais por uma questão de religiosidade, embora hoje eu acredite novamente em Deus e me alie a Ele nos momentos difíceis que tenho, e ainda terei, na vida. Sou do bem porque sei que a tranqüilidade de deitar a cabeça no travesseiro e dormir, sem culpas ou remorsos, é o maior bem que podemos ter nessa vida. Errei, sim, errei muito. E erro. Feri, sim, feri muito e ainda firo. Mas hoje sei que enganos são pertinentes à ignorância e que esta é parte de se ser um humano em evolução. Aprendi a me perdoar e a aceitar minha falibilidade e quando fiz isso, aprendi a me amar. E em me amando aprendi a perdoar e a amar ao próximo como a mim mesma. Nem sempre é fácil. Escorrego, mas levanto e sigo em frente. Sempre.
E é atendendo à minha essência revolucionária e contestadora que decidi ousar fazer diferente daqui pra frente. Vou ser feliz. Vou tratar bem as pessoas, vou ajudá-las nem que seja apenas dando-lhes um sorriso sincero. Não vou dar voz à minha raiva, à minha sombra e nem à amargura, porque disso o mundo está cheio e vejam só no que deu. Não vou fazer o que acham que me faria feliz por que foi exatamente assim que o mundo chegou onde está: com as pessoas outorgando a terceiros as escolhas que deveriam ser delas. Vou acreditar em todos os sonhos que guardei no baú porque alguém um dia os rotulou de "difíceis" ou "impossíveis" e eu, burramente, acreditei.
Minha vida não vai ser um mar de rosas, por que dificuldades e sofrimentos fazem parte; vou conquistar e vou perder, vou amar e vou perder pessoas que amo, nem que seja para a morte. Problemas todo mundo tem, acontecem comigo, com você e com o João da esquina também. Ninguém é especial a ponto de não os ter nesse mundo. Fazem parte da vida e chorar de tristeza todo mundo vai. Mas rir também. E se eu posso escolher o que ter em maior quantidade na minha vida - e eu posso - escolho então que seja alegria, prosperidade, amor e fraternidade. Quero o riso e quero o gozo no sentido mais amplo que eles possam ter, e só porque essa é a verdadeira contestação que leva à única revolução da qual o mundo está precisando.
Ser triste e deprimido e morrer de medo de tudo e de todos, todo mundo pode e consegue. Quero ver é as pessoas terem peito de serem felizes, pois isso sim é ser verdadeiramente diferente nos tempos atuais. O resto é só ser mais do mesmo.
E é por isso, e só por isso, que plagiando mais uma vez o poeta digo:
“Eles passarão. Eu passarinho.”
"Eles passarão. Eu passarinho..."
(Mário Quintana)
Há alguns dias no saguão do Teatro dos Arcos em São Paulo, enquanto esperava um amigo que faz parte do elenco da peça “Aroma do Tempo” - excelente por sinal, fica aqui a dica cultural - que acabara de ver para poder abraçá-lo e beijá-lo pelo excelente trabalho que está realizando, ouvi alguém mencionar essa fala do Mário Quintana. Ele a usou em cada uma das três vezes em que foi “recusado” pela Academia Brasileira de Letras.
De lá para cá, essa frase não me sai da cabeça. A cada dificuldade, a cada contrariedade, a cada revés que sobre mim se abate me pego repetindo mesmo que em silêncio: “eles passarão, eu passarinho.”
Quem me vê, ou comigo fala, geralmente não imagina os vulcões que me habitam. Não têm noção das erupções que assolam minha alma e que a coisa que menos tenho nessa vida é tranqüilidade. E não sou falsa na minha aparência zen; também tenho em mim serenidade uma vez que convivo pacificamente com as minhas erupções sem permitir que minhas larvas atinjam outras pessoas. Se não falo sobre eles a quase ninguém é apenas por ter consciência de que vulcões são extremamente íntimos e difíceis de serem compartilhados. Não vou sair por ai enchendo a paciência alheia com os meus questionamentos, pois entre as coisas que aprendi na vida está saber que a maioria das pessoas prefere viver comodamente, o que implica em se manter num grau bom de ignorância em relação à quase tudo e, principalmente, a si mesmo.
Sou de natureza inquieta, revolucionária e contestadora. Porém odeio revoluções burras e odeio ainda mais fazer muito barulho por nada. Tem gente que vive alardeando todos os pareceres que têm sobre o mundo e todo mundo. Têm opinião formada sobre absolutamente tudo e as saem contando mesmo quando ninguém perguntou nada sobre aquilo. Muitas delas têm blog ou sites na Internet e fazem bem a linha: penso, logo publico. Opiniões e mais opiniões que num primeiro momento até parecem fruto de alguma reflexão, mas não são. São apenas discursos que têm a função primeira e única de fazer de conta, para si e para o mundo, de que estão fazendo um esforço tremendo e evoluindo.
Isso por que se tornou corrente hoje em dia acreditarem, piamente, que ser revolucionário e contestador, um subversivo “de ponta”, é ser triste, melancólico, depressivo e critico, desde que se entenda crítica como falar mal de tudo e de todos. Nada presta, nada funciona, a humanidade podia, e vai, explodir o planeta e implodir-se junto. E eu, leitora voraz até de bula de remédio, vou transitando entre esses universos observando e me questionando.
Que revolução existe em ser melancólico e triste, num mundo onde as doenças predominantes e desencadeantes de outros males, inclusive físicos, são a depressão e a síndrome do pânico? Que diferença faz no mundo a sua opinião se você é apenas mais um entre bilhões a criticarem eternamente o que está sendo feito, porém sem nunca tentar fazer a sua parte de uma forma diferente da que te ensinaram - e para os outros também - e que leva o nosso planeta para um mesmo destino catastrófico? Olhe à sua volta cara pálida! De quantas dessas pessoas que você passa o dia criticando você pode realmente se dizer diferente?? Mas quero aquela análise que você faz e não tem coragem de publicar; aquela que até na terapia é difícil de contar. E não precisa me dizer qual é não, a mim basta que você reconheça sua verdade.
Eu reconheci a minha há algum tempo. Não posso dizer que bebi de todas as dores do mundo, mas já bebi de quase todas. De sofrimentos eu entendo e de superar dificuldades também. Entendo de ter fé e de levar tanta lambada no couro que até se deixa de crer... E mesmo assim seguir adiante. A coisa foi tão brutal que ser alguém correta e voltada para o bem não passa mais por uma questão de religiosidade, embora hoje eu acredite novamente em Deus e me alie a Ele nos momentos difíceis que tenho, e ainda terei, na vida. Sou do bem porque sei que a tranqüilidade de deitar a cabeça no travesseiro e dormir, sem culpas ou remorsos, é o maior bem que podemos ter nessa vida. Errei, sim, errei muito. E erro. Feri, sim, feri muito e ainda firo. Mas hoje sei que enganos são pertinentes à ignorância e que esta é parte de se ser um humano em evolução. Aprendi a me perdoar e a aceitar minha falibilidade e quando fiz isso, aprendi a me amar. E em me amando aprendi a perdoar e a amar ao próximo como a mim mesma. Nem sempre é fácil. Escorrego, mas levanto e sigo em frente. Sempre.
E é atendendo à minha essência revolucionária e contestadora que decidi ousar fazer diferente daqui pra frente. Vou ser feliz. Vou tratar bem as pessoas, vou ajudá-las nem que seja apenas dando-lhes um sorriso sincero. Não vou dar voz à minha raiva, à minha sombra e nem à amargura, porque disso o mundo está cheio e vejam só no que deu. Não vou fazer o que acham que me faria feliz por que foi exatamente assim que o mundo chegou onde está: com as pessoas outorgando a terceiros as escolhas que deveriam ser delas. Vou acreditar em todos os sonhos que guardei no baú porque alguém um dia os rotulou de "difíceis" ou "impossíveis" e eu, burramente, acreditei.
Minha vida não vai ser um mar de rosas, por que dificuldades e sofrimentos fazem parte; vou conquistar e vou perder, vou amar e vou perder pessoas que amo, nem que seja para a morte. Problemas todo mundo tem, acontecem comigo, com você e com o João da esquina também. Ninguém é especial a ponto de não os ter nesse mundo. Fazem parte da vida e chorar de tristeza todo mundo vai. Mas rir também. E se eu posso escolher o que ter em maior quantidade na minha vida - e eu posso - escolho então que seja alegria, prosperidade, amor e fraternidade. Quero o riso e quero o gozo no sentido mais amplo que eles possam ter, e só porque essa é a verdadeira contestação que leva à única revolução da qual o mundo está precisando.
Ser triste e deprimido e morrer de medo de tudo e de todos, todo mundo pode e consegue. Quero ver é as pessoas terem peito de serem felizes, pois isso sim é ser verdadeiramente diferente nos tempos atuais. O resto é só ser mais do mesmo.
E é por isso, e só por isso, que plagiando mais uma vez o poeta digo:
“Eles passarão. Eu passarinho.”
15 de agosto de 2007
E a família já tem a primeira CDF inata.
Estou conversando com a Luíza (sobrinha de 6 anos) para "secar-lhe" as lágrimas causadas pelos "absurdos que o Gustavo me falou" - um puxão de orelhas verbal e sensato do irmão mais velho - e pergunto como está a escola, se ela tem muitos amigos lá e ela responde que não. Nesse momento o Gustavo entra na cozinha e cochicha no meu ouvido que ela não tem amigos, pois está com dificuldade de relacionamento e simplesmente não consegue fazer amigos.
Estranho. A Luíza é absolutamente comunicativa e encanta qualquer um em minutos...
Começo então pesquisar o que está acontecendo e descubro a verdade: ela até tem uma amiguinha, mas que vai muito pouco à escola; a verdade é que ela, Luíza, não quer fazer amigos não, pois quem tem amigos lá se distrai na aula, leva bronca da professora e aprende menos e ela quer muito aprender bastante coisa na escola. Por isso prefere não fazer amigos. A ela bastam os que já tem fora de lá.
Então tá então. A Família já tem sua primeira CDF por excelência!
Estou conversando com a Luíza (sobrinha de 6 anos) para "secar-lhe" as lágrimas causadas pelos "absurdos que o Gustavo me falou" - um puxão de orelhas verbal e sensato do irmão mais velho - e pergunto como está a escola, se ela tem muitos amigos lá e ela responde que não. Nesse momento o Gustavo entra na cozinha e cochicha no meu ouvido que ela não tem amigos, pois está com dificuldade de relacionamento e simplesmente não consegue fazer amigos.
Estranho. A Luíza é absolutamente comunicativa e encanta qualquer um em minutos...
Começo então pesquisar o que está acontecendo e descubro a verdade: ela até tem uma amiguinha, mas que vai muito pouco à escola; a verdade é que ela, Luíza, não quer fazer amigos não, pois quem tem amigos lá se distrai na aula, leva bronca da professora e aprende menos e ela quer muito aprender bastante coisa na escola. Por isso prefere não fazer amigos. A ela bastam os que já tem fora de lá.
Então tá então. A Família já tem sua primeira CDF por excelência!
13 de agosto de 2007
Pelo Brasil, vamos fazer um minuto de silêncio
Acho que descobri o problema do brasileiro. Descobri quando, antes mesmo de ver a Campanha “Cansei”, vi a reação de algumas pessoas a ela. Claro que a maioria negativa. Aí fiquei matutando, querendo entender porque nenhuma campanha, nenhuma manifestação nesse país, desde os caras-pintadas no impeachment do Presidente Collor, emplacou novamente, mesmo que o que se tenha feito depois dele tenha sido pior e mais sério. Fiquei relembrando as pessoas nas ruas, aquela movimentação toda que ganhou espaço absoluto nas mídias do Brasil e do mundo e foi então que se fez a luz.
A culpa é da “turma do deixa disso”. Daquele grupinho de pessoas que nunca quer confusão, mesmo que a confusão seja em benefício próprio. Por que essa turma só acha que vale a pena se mover se for pra ser notícia. E se resultar em fotografias pra se colar num álbum, ou aparições na telinha que depois possam vir a ser mostradas e comentadas com amigos e parentes, melhor. Para eles só vale se envolverem se a coisa for um verdadeiro espetáculo. Caso contrário – e se ainda por cima for um minuto de silêncio - é melhor que tudo aconteça à sua revelia e, de preferência, se algo realmente acontecer, que eles possam ver pela TV.
Quando essa turma vê algo como a Campanha “Cansei”, imediatamente começa a se dizer: “isso não vai dar em nada, não vai levar a nada, melhor nem pagar o mico”. Começam também a dizerem isso para as pessoas à sua volta e como brasileiro odeia pagar mico – pois depõe contra a sua auto-imagem de “esperto” - se existia uma vontadezinha de participar, ela acabou de escorrer pelo ralo.
É a mania de grandeza que estraga o brasileiro. Essa vontade quase inata de ser o melhor em tudo e que, por não ser, acaba se traduzindo geralmente nuns exageros descabidos ou nessa apatia mórbida de quem não consegue ver que são os pequenos gestos cotidianos que mudam a nossa realidade...
Para os céticos de plantão eu digo: concordo! Parar um minuto na sexta-feira, dia 17, às 13 horas não vai fazer com que políticos ou cidadãos criem caráter e passem a tratar com respeito e dignidade os interesses dessa nação, fazendo deste um país mais justo e melhor. Não! Realmente não vai! E não vai porque inexiste mágica. Não existe “show” ou impeachment capazes de tal façanha. Porém, quando você olhar pro lado e ver que, como você, outros brasileiros também estão dispostos a realizar pequenas, mas efetivas ações visando à transformação da história futura desse país; quando vir o olho do outro refletindo o seu na crença de que merecemos mais e melhor, talvez isso comece a fazer toda a diferença.
Porque talvez, e apenas talvez, seja esse o gesto simples capaz de recriar em nós uma identidade há muito perdida. Talvez, e apenas talvez, depois desse um minuto voltemos a perceber que não devemos esperar nada dos outros, do governo e tomemos plena ciência de que quem constrói o nosso país somos nós. E que o fazemos justamente através de pequenas ações que levam muitas vezes apenas um minuto para serem efetuadas, porém cujos efeitos podem durar por muito tempo.
Então, programe seu despertador, seja no relógio ou no celular, para tocar às 12:59 h. do dia 17 de Agosto e desperte você. Vamos nesse um minuto nos comprometer conosco mesmos a levarmos adiante aquilo que nasceu antes desse minuto, quando você decidiu participar e mais: incentivou outras pessoas a fazerem o mesmo.
Vamos parar, mas que isso seja para que efetivamente voltemos a caminhar.
Marie Jeanne Sermoud
http://blog.cansei.com.br
8 de Agosto de 2007
Roteiro:
Pelo Brasil, vamos fazer 1 minuto de silêncio.
Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros - um movimento a favor do Brasil!
DIA 17 DE AGOSTO ÀS 13:00.
São Paulo: Catedral da Sé, Praça da Sé - Centro
Porto Alegre: Aeroporto Salgado Filho
Veja aqui o Roteiro dos atos cívicos
12:00 - Chegada
12:30 - Ato ecumênico
13:00 - Minuto de silêncio
13:01 - Hino Nacional e encerramento
Acho que descobri o problema do brasileiro. Descobri quando, antes mesmo de ver a Campanha “Cansei”, vi a reação de algumas pessoas a ela. Claro que a maioria negativa. Aí fiquei matutando, querendo entender porque nenhuma campanha, nenhuma manifestação nesse país, desde os caras-pintadas no impeachment do Presidente Collor, emplacou novamente, mesmo que o que se tenha feito depois dele tenha sido pior e mais sério. Fiquei relembrando as pessoas nas ruas, aquela movimentação toda que ganhou espaço absoluto nas mídias do Brasil e do mundo e foi então que se fez a luz.
A culpa é da “turma do deixa disso”. Daquele grupinho de pessoas que nunca quer confusão, mesmo que a confusão seja em benefício próprio. Por que essa turma só acha que vale a pena se mover se for pra ser notícia. E se resultar em fotografias pra se colar num álbum, ou aparições na telinha que depois possam vir a ser mostradas e comentadas com amigos e parentes, melhor. Para eles só vale se envolverem se a coisa for um verdadeiro espetáculo. Caso contrário – e se ainda por cima for um minuto de silêncio - é melhor que tudo aconteça à sua revelia e, de preferência, se algo realmente acontecer, que eles possam ver pela TV.
Quando essa turma vê algo como a Campanha “Cansei”, imediatamente começa a se dizer: “isso não vai dar em nada, não vai levar a nada, melhor nem pagar o mico”. Começam também a dizerem isso para as pessoas à sua volta e como brasileiro odeia pagar mico – pois depõe contra a sua auto-imagem de “esperto” - se existia uma vontadezinha de participar, ela acabou de escorrer pelo ralo.
É a mania de grandeza que estraga o brasileiro. Essa vontade quase inata de ser o melhor em tudo e que, por não ser, acaba se traduzindo geralmente nuns exageros descabidos ou nessa apatia mórbida de quem não consegue ver que são os pequenos gestos cotidianos que mudam a nossa realidade...
Para os céticos de plantão eu digo: concordo! Parar um minuto na sexta-feira, dia 17, às 13 horas não vai fazer com que políticos ou cidadãos criem caráter e passem a tratar com respeito e dignidade os interesses dessa nação, fazendo deste um país mais justo e melhor. Não! Realmente não vai! E não vai porque inexiste mágica. Não existe “show” ou impeachment capazes de tal façanha. Porém, quando você olhar pro lado e ver que, como você, outros brasileiros também estão dispostos a realizar pequenas, mas efetivas ações visando à transformação da história futura desse país; quando vir o olho do outro refletindo o seu na crença de que merecemos mais e melhor, talvez isso comece a fazer toda a diferença.
Porque talvez, e apenas talvez, seja esse o gesto simples capaz de recriar em nós uma identidade há muito perdida. Talvez, e apenas talvez, depois desse um minuto voltemos a perceber que não devemos esperar nada dos outros, do governo e tomemos plena ciência de que quem constrói o nosso país somos nós. E que o fazemos justamente através de pequenas ações que levam muitas vezes apenas um minuto para serem efetuadas, porém cujos efeitos podem durar por muito tempo.
Então, programe seu despertador, seja no relógio ou no celular, para tocar às 12:59 h. do dia 17 de Agosto e desperte você. Vamos nesse um minuto nos comprometer conosco mesmos a levarmos adiante aquilo que nasceu antes desse minuto, quando você decidiu participar e mais: incentivou outras pessoas a fazerem o mesmo.
Vamos parar, mas que isso seja para que efetivamente voltemos a caminhar.
Marie Jeanne Sermoud
http://blog.cansei.com.br
8 de Agosto de 2007
Roteiro:
Pelo Brasil, vamos fazer 1 minuto de silêncio.
Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros - um movimento a favor do Brasil!
DIA 17 DE AGOSTO ÀS 13:00.
São Paulo: Catedral da Sé, Praça da Sé - Centro
Porto Alegre: Aeroporto Salgado Filho
Veja aqui o Roteiro dos atos cívicos
12:00 - Chegada
12:30 - Ato ecumênico
13:00 - Minuto de silêncio
13:01 - Hino Nacional e encerramento
12 de agosto de 2007
Eu gostaria de ter capacidade de me fixar em coisas positivas do mesmo jeito que tenho para fazê-lo em coisas negativas, ou em auto-exigências. É impressionante como minha cabeça não pára um segundo - nem dormindo - quando acho que fiz algo que prejudicou alguém. Ontem foi assim.
Acabei metida numa discussão chatinha aqui em casa por algo que escrevi e apesar de ter dito algumas coisas, passei longe de dizer o que queria. Logo em seguida alguém veio me encher o saco na internet e não fosse uma amiga on-line (obrigada Yva!)eu teria explodido com uma pessoa o que queria ter explodido com a outra. O x é que só consegui ir dormir às 04:00 da manhã por conta de ficar pensando obsessivamente na primeira situação. E mesmo dormindo, ela ainda me perseguiu por horas durante os sonhos...
E por ai a gente vê o quão é difícil mudar padrões habituais de pensamentos. Sempre fui extremamente crítica comigo mesma, exigente. Eu usei n argumentações comigo mesma, analisei, pensei, repensei, e consegui pegar no sono com elas, mas bastou o ego relaxar e o superego veio à tona de chicotinho na mão.
Acabei metida numa discussão chatinha aqui em casa por algo que escrevi e apesar de ter dito algumas coisas, passei longe de dizer o que queria. Logo em seguida alguém veio me encher o saco na internet e não fosse uma amiga on-line (obrigada Yva!)eu teria explodido com uma pessoa o que queria ter explodido com a outra. O x é que só consegui ir dormir às 04:00 da manhã por conta de ficar pensando obsessivamente na primeira situação. E mesmo dormindo, ela ainda me perseguiu por horas durante os sonhos...
E por ai a gente vê o quão é difícil mudar padrões habituais de pensamentos. Sempre fui extremamente crítica comigo mesma, exigente. Eu usei n argumentações comigo mesma, analisei, pensei, repensei, e consegui pegar no sono com elas, mas bastou o ego relaxar e o superego veio à tona de chicotinho na mão.
8 de agosto de 2007
E em épocas de não conseguir ler nada blogspot.com vãoa qui algumas dicas de blogs que encontrei e achei bárbaros:
Taxitramas: Um taxista de Prto Alegre conta as aventuras e desventuras ocorridas a bordo do seu Taxi. Já virou livro é é crônica semanal do jornal Zero Hora.
A Lei da Atração: A Patrícia me indicou no blog dela por conta do pequeno texto que fiz sobre o assunto. Fui lá e adorei tudo o que li. Se você está a fim de se aprofundar mais no assunto não perca a chance de conhecer os pontos de vista dela. Tem dicas valiosas!
Fiapo de Jaca: texto bons escritos pelo Tuca Hernandes que também dá excelentes dicas de leitura de outros blogs.
Papelpop.com: A visão divertida e ácida do Phelipe Cruz sobre o mundo dos artistas e celebridades mundiais.
Taxitramas: Um taxista de Prto Alegre conta as aventuras e desventuras ocorridas a bordo do seu Taxi. Já virou livro é é crônica semanal do jornal Zero Hora.
A Lei da Atração: A Patrícia me indicou no blog dela por conta do pequeno texto que fiz sobre o assunto. Fui lá e adorei tudo o que li. Se você está a fim de se aprofundar mais no assunto não perca a chance de conhecer os pontos de vista dela. Tem dicas valiosas!
Fiapo de Jaca: texto bons escritos pelo Tuca Hernandes que também dá excelentes dicas de leitura de outros blogs.
Papelpop.com: A visão divertida e ácida do Phelipe Cruz sobre o mundo dos artistas e celebridades mundiais.
Tem um texto rolando na net, atribuído ao Arnaldo Jabor, que diz que a culpa do Brasil estar como está é do brasileiro médio e mediano que, ao invés de querer e fazer por onde consertar o país, ainda pensa em levar vantagem em tudo. E eu que já estava conivente com o tal texto hoje tive uma prova cabal do quão verdadeiro ele ainda é...
Vejam só: estou hoje na fila de um caixa no supermercado que sempre frequento e que é ultramegahiperblaster movimentado. Estou em um caixa com um carrinho cheio; ao meu lado está, no outro caixa, um rapaz com uns 4 ou 5 itens; atrás dele tem uma mulher também com 3 itens e na frente de ambos um homem com carrinho monstro já sendo descarregado. O caixa imediatamente ao lado deles está fechado. Eu olhei e pensei que quando o carrinho na frente do meu passasse, caso o caixa deles ainda estivesse ocupado, cederia a vez para ambos, afinal, alguns minutos a mais na fila não iam me prejudicar em nada.
Passados alguns minutos no qual atrás deles parou uma mulher com um carrinho pequeno mas relativamente cheio, o caixa que estava fechado começa a abrir e então o rapaz se encaminha para ele. Lá atrás vem uma mulher com uma adolescente e uma menina, empurrando carrinhos pequenos e bem cheios. Quando o moço se dirigiu ao outro caixa, a moça que estava atrás dele também ia, mas como havia posto uma caixa de cervejas em lata no chão, abaixou-se para pegá-lo. Foi ai que a louca da mulher que lá vinha com os carrinhos, aproveitou-se para sair correndo literalmente e roubou o lugar da outra na fila.
Rapaz! Eu fiquei de boca aberta vendo aquela cena deprimente. A mulher usurpada olhou para mim completamente sem jeito e a de trás dela também me olhou tão espantada quanto eu. Ai não deu pra segurar né? Diante da cara de vitoriosa da fulana fui obrigada a dizer: "Pior é que a pessoa não tem a menor noção da sua falta de educação e acha que é o máximo, que é esperta né? Nem sente a menor envergonha de ser tão pequena". Ambas sorriram amarelo; talvez com tanta vergonha alheia quanto eu sentia. Porém a doidivanas mesmo não deu sinal de ter me ouvido. Uma pena!
Mas bacana mesmo foi ver a justiça ser feita espontâneamente. O mocinho que estava atento ao caixa em processo de abertura, não viu nada; porém quando voltou-se para ver a moça atrás de si e adivinhou a situação - acho que pela cara de contente da louca e a nossa completamente envergonhada - fez questão de passar a mulher na frente das suas próprias compras. Quase que eu aplaudo!!! A outra nem foi louca de reclamar, acho que disfarçadamente atenta às nossas caras alertas.
Não é de foder que as pessoas ainda tenham esse tipo de atitude? Me digam o que aquela imbecil achou que estava ganhando em roubar o lugar da outra na fila? Que vantagem existe em ser "esperta" quando é em detrimento do bem alheio? E para finalizar, me digam se não é exatamente esse tipo de esperteza que move 99% dos nossos políticos hoje em dia?
E eu aqui fico pensando em qual seria uma solução efetiva para esse país mudar. Algo que nos fizesse antes acordar, pois hoje desacredito piamente que seja a educação. Não, esperar as crianças serem educadas para crescerem e mudarem o país não dá, principalmente com a educação das nossas crianças sendo feito como está sendo feita, tanto em casa quanto nas escolas... Algo tem de acontecer e rápido para esse bando inerte, que é o povo brasileiro, cair em si quanto a babaquice que nos assola, como bem disse o Jabor!
Mas o quê?
Vejam só: estou hoje na fila de um caixa no supermercado que sempre frequento e que é ultramegahiperblaster movimentado. Estou em um caixa com um carrinho cheio; ao meu lado está, no outro caixa, um rapaz com uns 4 ou 5 itens; atrás dele tem uma mulher também com 3 itens e na frente de ambos um homem com carrinho monstro já sendo descarregado. O caixa imediatamente ao lado deles está fechado. Eu olhei e pensei que quando o carrinho na frente do meu passasse, caso o caixa deles ainda estivesse ocupado, cederia a vez para ambos, afinal, alguns minutos a mais na fila não iam me prejudicar em nada.
Passados alguns minutos no qual atrás deles parou uma mulher com um carrinho pequeno mas relativamente cheio, o caixa que estava fechado começa a abrir e então o rapaz se encaminha para ele. Lá atrás vem uma mulher com uma adolescente e uma menina, empurrando carrinhos pequenos e bem cheios. Quando o moço se dirigiu ao outro caixa, a moça que estava atrás dele também ia, mas como havia posto uma caixa de cervejas em lata no chão, abaixou-se para pegá-lo. Foi ai que a louca da mulher que lá vinha com os carrinhos, aproveitou-se para sair correndo literalmente e roubou o lugar da outra na fila.
Rapaz! Eu fiquei de boca aberta vendo aquela cena deprimente. A mulher usurpada olhou para mim completamente sem jeito e a de trás dela também me olhou tão espantada quanto eu. Ai não deu pra segurar né? Diante da cara de vitoriosa da fulana fui obrigada a dizer: "Pior é que a pessoa não tem a menor noção da sua falta de educação e acha que é o máximo, que é esperta né? Nem sente a menor envergonha de ser tão pequena". Ambas sorriram amarelo; talvez com tanta vergonha alheia quanto eu sentia. Porém a doidivanas mesmo não deu sinal de ter me ouvido. Uma pena!
Mas bacana mesmo foi ver a justiça ser feita espontâneamente. O mocinho que estava atento ao caixa em processo de abertura, não viu nada; porém quando voltou-se para ver a moça atrás de si e adivinhou a situação - acho que pela cara de contente da louca e a nossa completamente envergonhada - fez questão de passar a mulher na frente das suas próprias compras. Quase que eu aplaudo!!! A outra nem foi louca de reclamar, acho que disfarçadamente atenta às nossas caras alertas.
Não é de foder que as pessoas ainda tenham esse tipo de atitude? Me digam o que aquela imbecil achou que estava ganhando em roubar o lugar da outra na fila? Que vantagem existe em ser "esperta" quando é em detrimento do bem alheio? E para finalizar, me digam se não é exatamente esse tipo de esperteza que move 99% dos nossos políticos hoje em dia?
E eu aqui fico pensando em qual seria uma solução efetiva para esse país mudar. Algo que nos fizesse antes acordar, pois hoje desacredito piamente que seja a educação. Não, esperar as crianças serem educadas para crescerem e mudarem o país não dá, principalmente com a educação das nossas crianças sendo feito como está sendo feita, tanto em casa quanto nas escolas... Algo tem de acontecer e rápido para esse bando inerte, que é o povo brasileiro, cair em si quanto a babaquice que nos assola, como bem disse o Jabor!
Mas o quê?
6 de agosto de 2007
Continuo sem poder visualizar nenhum endereço blogspot.com, porém isso não significa que eu não consiga escrever aqui. E até leio os comentários, acessando-os diretamente no Haloscan.
Então toquemos esse barco que um dia essa coisa se resolve, não é mesmo? Já até escrevi pro Blogger, mas até agora não recebi nenhuma resposta. E como é difícil achar um e-mail no qual você possa relatar seu problema! Você precisa revirar o site até achar algo que sirva e que na maioria das vezes não é bem o que você estava precisando. Embora saiba que eles evitam por ter muita gente que usa de maneira incorreta, não acho que dificultar o "fale conosco" seja a solução. Quem quer manter um serviço tem de arcar com o quantun de ônus que este acarreta...
Então toquemos esse barco que um dia essa coisa se resolve, não é mesmo? Já até escrevi pro Blogger, mas até agora não recebi nenhuma resposta. E como é difícil achar um e-mail no qual você possa relatar seu problema! Você precisa revirar o site até achar algo que sirva e que na maioria das vezes não é bem o que você estava precisando. Embora saiba que eles evitam por ter muita gente que usa de maneira incorreta, não acho que dificultar o "fale conosco" seja a solução. Quem quer manter um serviço tem de arcar com o quantun de ônus que este acarreta...
1 de agosto de 2007
29 de julho de 2007
Voltando à infância
Lembra das bonecas de papel que a gente comprava na banca, recortava e brincava de vestir? Como eu amava aquilo!!!
Esse é um site no mesmo princípio, mas o "melhor" é que as bonecas são celebridades e artistas ( tanto homens quanto mulheres) e os guarda-roupas baseados no jeito que estes costumam se vestir, ou em personagens que interpretaram.
Star Doll
Divirtam-se!
Lembra das bonecas de papel que a gente comprava na banca, recortava e brincava de vestir? Como eu amava aquilo!!!
Esse é um site no mesmo princípio, mas o "melhor" é que as bonecas são celebridades e artistas ( tanto homens quanto mulheres) e os guarda-roupas baseados no jeito que estes costumam se vestir, ou em personagens que interpretaram.
Star Doll
Divirtam-se!
22 de julho de 2007
Rapaz! E eu esqueci de contar aqui que lá no CRI demos mais um passo pra entender porque a coisa anda tão caótica para as mulheres. E nem fui eu quem introduzi o assunto, mas não deixei de dar corda quando fiquei pasma ao saber que as mulheres de mais de 60 anos andam se pegando à tapa para garantirem os poucos machos vigentes.
E àquela minha estatística que prova que existe muito pouco homem disponível para o bando de mulher disponível existente (ainda tenho de fazer um gráfico para representar isso), soma-se mais um dado a nosso "desfavor": já não bastasse os homens nascerem em menor número, eles morrem mais cedo. Isso mesmo! Morrem em considerável maior número quando jovens e morrem igualmente mais do que as mulheres quando mais velhos... Não é de foder???
E discutindo isso lá no grupo, consegui ter um insigth significativo quanto ao motivo da qualidade masculina andar tão baixa. Com tanta mulher disponível eles não precisam mais investir em aprimoramento pessoal. Se você não o quer do jeito que ele é, literalmente - nessa proporção que deve andar por aqui de mais ou menos umas 60 mulheres para cada homem - tem quem queira!!! Sacou? Você se preocuparia em ser alguém melhor nessas condições de mercado? Dificilmente. Só se fosse uma pessoa ligada a essas questões, o que quase nenhum homem é...
Mas também ouvi uma coisa que já ouvi muitas vezes ditas por mulheres como justificativa para não se casarem atualmente e que me acendeu uma luzinha de alerta interno: o fato dos homens quererem saber da condição financeira da mulher antes de estabelecer laços, tem sido apontado como motivo para muitas mulheres não casarem-se. Muitas mulheres, num primeiro momento, interpretam isso como o cara querendo saber se vai poder soltar o corpo e usufruir do trabalho da companheira. E ela quando quer saber e baseia suas escolhas na capacidade do cara de ganhar dinheiro, está pensando em quê? Mas ela é mulher né? Culturalmente ela pode. E isso me dá uma gastura...
Porque será que os homens querem essa informação hoje em dia apenas de olho no golpe? Ou será que o cara está querendo saber se a fulana vai depená-lo caso o casamento venha a não dar certo? Por que sejamos sinceras: e ainda muitooooooooooooo comum mulheres que só pensam em pensão e divisão de bens favorável a elas na hora da separação. Acho justo, muito justo que os caras queiram defender o patrimônio que construíram, não achando que têm de pagar "multa" pelo insucesso da relação, uma vez que o fracasso da mesma também foi realizado, geralmente, a quatro mãos. E não venham me dizer que não existe uma enorme vingança feminina nessa hora, porque seria a mais pura hipocrisia. As mulheres querem que o cara "pague" pelo fracasso da relação como se elas não tivessem participado da mesma.
Não estou querendo dizer que não existam caras pilantras. Existem! E hoje em dia em maior número que antigamente. Mas as mulheres ainda são maioria esmagadora quando se trata de depenar cônjuges.
E àquela minha estatística que prova que existe muito pouco homem disponível para o bando de mulher disponível existente (ainda tenho de fazer um gráfico para representar isso), soma-se mais um dado a nosso "desfavor": já não bastasse os homens nascerem em menor número, eles morrem mais cedo. Isso mesmo! Morrem em considerável maior número quando jovens e morrem igualmente mais do que as mulheres quando mais velhos... Não é de foder???
E discutindo isso lá no grupo, consegui ter um insigth significativo quanto ao motivo da qualidade masculina andar tão baixa. Com tanta mulher disponível eles não precisam mais investir em aprimoramento pessoal. Se você não o quer do jeito que ele é, literalmente - nessa proporção que deve andar por aqui de mais ou menos umas 60 mulheres para cada homem - tem quem queira!!! Sacou? Você se preocuparia em ser alguém melhor nessas condições de mercado? Dificilmente. Só se fosse uma pessoa ligada a essas questões, o que quase nenhum homem é...
Mas também ouvi uma coisa que já ouvi muitas vezes ditas por mulheres como justificativa para não se casarem atualmente e que me acendeu uma luzinha de alerta interno: o fato dos homens quererem saber da condição financeira da mulher antes de estabelecer laços, tem sido apontado como motivo para muitas mulheres não casarem-se. Muitas mulheres, num primeiro momento, interpretam isso como o cara querendo saber se vai poder soltar o corpo e usufruir do trabalho da companheira. E ela quando quer saber e baseia suas escolhas na capacidade do cara de ganhar dinheiro, está pensando em quê? Mas ela é mulher né? Culturalmente ela pode. E isso me dá uma gastura...
Porque será que os homens querem essa informação hoje em dia apenas de olho no golpe? Ou será que o cara está querendo saber se a fulana vai depená-lo caso o casamento venha a não dar certo? Por que sejamos sinceras: e ainda muitooooooooooooo comum mulheres que só pensam em pensão e divisão de bens favorável a elas na hora da separação. Acho justo, muito justo que os caras queiram defender o patrimônio que construíram, não achando que têm de pagar "multa" pelo insucesso da relação, uma vez que o fracasso da mesma também foi realizado, geralmente, a quatro mãos. E não venham me dizer que não existe uma enorme vingança feminina nessa hora, porque seria a mais pura hipocrisia. As mulheres querem que o cara "pague" pelo fracasso da relação como se elas não tivessem participado da mesma.
Não estou querendo dizer que não existam caras pilantras. Existem! E hoje em dia em maior número que antigamente. Mas as mulheres ainda são maioria esmagadora quando se trata de depenar cônjuges.
Vou falar um pouquinho sobre a "Lei da Atração" sobre a qual fala "O Segredo", pois é impressionante como as pessoas parecem fazerem questão de não entender algumas coisas.
Como bem disse a Giorgia: pensar positivo e atrair as coisas que você deseja não é um ato de 5 minutos. Para que se torne uma energia capaz de atrair realidades é preciso que você crie uma freqüência energética e só se faz isso criando uma freqüência de pensamento e sentimentos. Afirmar e pensar várias vezes ao dia aquela coisa; imaginá-la de forma que a sinta concretamente na sua vida é um trabalho a ser feito conscientemente até que pensar positivo se torne um hábito tão comum quanto é pensar negativo para maioria de nós.
Já por ai vê-se que acionar a "Lei da Atração" não é sentar e esperar ou querer que tudo caia do céu sem nenhum empenho. Existe um trabalho árduo a ser feito, talvez o mais árduo deles, pois refere-se a entrar em contato profundo consigo mesmo para conseguir alterar padrões de pensamentos que muitas vezes nem sabemos que temos. É ver vir a tona sentimentos de não merecer, de culpa, de pecado, de inadequação e toda sorte de "entulho" psíquico e emocional que carregamos e, geralmente, nem sabemos por quê.
Implica também que você se mova para as coisas acontecerem seja lá o que for que você deseje. Por exemplo: talvez você deseje ganhar uma bolada na loteria, então é óbvio que precisará sair de casa e fazer seus jogos até que isso aconteça, Se não sair de casa, minimamente terá de acessar um site para isso e fornecer o número do seu cartão de crédito; além de afirmar diariamente que ganhará, estabelecer um valor e visualizá-lo. Ou seja, nós somos os instrumentos que possibilitam a manifestação do Universo, sem a nossa colaboração Ele pode achar outros meios, mas ai, de que adianta?
E mais: quem está atuando na "Lei da Atração" passa por problemas igual a qualquer outra pessoa. A diferença é que acostumada a olhar tudo por um prisma positivo, se abala menos e consegue mais rapidamente sair deles, uma vez que não fica se lamentando ou achando que seu sofrimento é eterno.
Percebem? Atuar dentro d'o Segredo" é levar uma chave que já temos acionada e funcionando num determinado pólo, para o pólo oposto. E isso implica em trabalho, muito trabalho.
Algumas dicas para quem está afim de tentar seriamente empreender esse caminho:
- dois livros da Louise Hay: Você pode curar a sua vida e Ame-se e cure a sua vida. Sim, é auto-ajuda e não, eu não surtei. Ambos os livros fazem perguntas que pra quem está a fim de ser super honesto consigo mesmo vão ajudar a perceber quais são os vetores internos que regem a nossa vida. ambos podem ser feitos com uma pessoa em quem se confie e que poderá nos ajudar a ver além do que vemos.
- escreva suas afirmações em um caderno todos os dias até que você consiga que elas sejam a primeira coisa nas quais você pensa quando não tem mais nada pra pensar.
- faça quadros com as coisas que quer conquistar e olhe para eles todos os dias. Recorte de revistas as coisas que quer possuir e coloque-as em suas mãos; imagine que aquilo não é apenas uma imagem, mas verdadeiramente o que você deseja. Assim fica mais fácil visualizar e fazer surgir o sentimento de possuir aquilo. Isso também facilita você perceber que aquilo não é exatamente o que estava querendo quando consegue entrar na "cena". Uma economia enorme de "desejo".
- livre-se da vergonha de desejar o que quer que seja. Se a coisa não for adequada para você o Universo se encarregará de mostrar-lhe isso. Todo pensamento de recriminação traz por detrás um sentimento de não merecimento...
Como diz n'"O Segredo" o seu trabalho é o de desejar o do Universo é saber como e quando atender os teus desejos.
E se você não acredita e não está disposto a tentar, por favor, fique na sua - de boca f-e-c-h-a-d-a - e não tente contaminar com o seu pessimismo quem está tentando, mais do que conquistar coisas, viver melhor consigo mesmo. Por que uma coisa é inegável: nesse processo a primeira coisa a mudar é a nossa auto-estima!
Ah! E para os espíritas de plantão: Kardek e André Luiz mais de uma vez mencionaram em suas obras que a humanidade passaria por uma profunda transformação quando os homens passassem a entender e atuarem dentro da "lei da atração". Kardek mesmo dá as bases de como ela se realiza fisicamente e porquê em "A Gênese", quando fala do Fluído Cósmico Universal. Está lá; não com as mesmas palavras, não com a mesma facilidade de compreensão, mas está lá.
Como bem disse a Giorgia: pensar positivo e atrair as coisas que você deseja não é um ato de 5 minutos. Para que se torne uma energia capaz de atrair realidades é preciso que você crie uma freqüência energética e só se faz isso criando uma freqüência de pensamento e sentimentos. Afirmar e pensar várias vezes ao dia aquela coisa; imaginá-la de forma que a sinta concretamente na sua vida é um trabalho a ser feito conscientemente até que pensar positivo se torne um hábito tão comum quanto é pensar negativo para maioria de nós.
Já por ai vê-se que acionar a "Lei da Atração" não é sentar e esperar ou querer que tudo caia do céu sem nenhum empenho. Existe um trabalho árduo a ser feito, talvez o mais árduo deles, pois refere-se a entrar em contato profundo consigo mesmo para conseguir alterar padrões de pensamentos que muitas vezes nem sabemos que temos. É ver vir a tona sentimentos de não merecer, de culpa, de pecado, de inadequação e toda sorte de "entulho" psíquico e emocional que carregamos e, geralmente, nem sabemos por quê.
Implica também que você se mova para as coisas acontecerem seja lá o que for que você deseje. Por exemplo: talvez você deseje ganhar uma bolada na loteria, então é óbvio que precisará sair de casa e fazer seus jogos até que isso aconteça, Se não sair de casa, minimamente terá de acessar um site para isso e fornecer o número do seu cartão de crédito; além de afirmar diariamente que ganhará, estabelecer um valor e visualizá-lo. Ou seja, nós somos os instrumentos que possibilitam a manifestação do Universo, sem a nossa colaboração Ele pode achar outros meios, mas ai, de que adianta?
E mais: quem está atuando na "Lei da Atração" passa por problemas igual a qualquer outra pessoa. A diferença é que acostumada a olhar tudo por um prisma positivo, se abala menos e consegue mais rapidamente sair deles, uma vez que não fica se lamentando ou achando que seu sofrimento é eterno.
Percebem? Atuar dentro d'o Segredo" é levar uma chave que já temos acionada e funcionando num determinado pólo, para o pólo oposto. E isso implica em trabalho, muito trabalho.
Algumas dicas para quem está afim de tentar seriamente empreender esse caminho:
- dois livros da Louise Hay: Você pode curar a sua vida e Ame-se e cure a sua vida. Sim, é auto-ajuda e não, eu não surtei. Ambos os livros fazem perguntas que pra quem está a fim de ser super honesto consigo mesmo vão ajudar a perceber quais são os vetores internos que regem a nossa vida. ambos podem ser feitos com uma pessoa em quem se confie e que poderá nos ajudar a ver além do que vemos.
- escreva suas afirmações em um caderno todos os dias até que você consiga que elas sejam a primeira coisa nas quais você pensa quando não tem mais nada pra pensar.
- faça quadros com as coisas que quer conquistar e olhe para eles todos os dias. Recorte de revistas as coisas que quer possuir e coloque-as em suas mãos; imagine que aquilo não é apenas uma imagem, mas verdadeiramente o que você deseja. Assim fica mais fácil visualizar e fazer surgir o sentimento de possuir aquilo. Isso também facilita você perceber que aquilo não é exatamente o que estava querendo quando consegue entrar na "cena". Uma economia enorme de "desejo".
- livre-se da vergonha de desejar o que quer que seja. Se a coisa não for adequada para você o Universo se encarregará de mostrar-lhe isso. Todo pensamento de recriminação traz por detrás um sentimento de não merecimento...
Como diz n'"O Segredo" o seu trabalho é o de desejar o do Universo é saber como e quando atender os teus desejos.
E se você não acredita e não está disposto a tentar, por favor, fique na sua - de boca f-e-c-h-a-d-a - e não tente contaminar com o seu pessimismo quem está tentando, mais do que conquistar coisas, viver melhor consigo mesmo. Por que uma coisa é inegável: nesse processo a primeira coisa a mudar é a nossa auto-estima!
Ah! E para os espíritas de plantão: Kardek e André Luiz mais de uma vez mencionaram em suas obras que a humanidade passaria por uma profunda transformação quando os homens passassem a entender e atuarem dentro da "lei da atração". Kardek mesmo dá as bases de como ela se realiza fisicamente e porquê em "A Gênese", quando fala do Fluído Cósmico Universal. Está lá; não com as mesmas palavras, não com a mesma facilidade de compreensão, mas está lá.
21 de julho de 2007
20 de julho de 2007
falando de política, lembrei de comentar que minha mãe é a pessoa mais... Mais... Mais... Mais... "Há governo? Sou a favor"!!! que existe.
Passei a vida inteira ouvindo que se o Lula fosse eleito íamos mudar para a Suíça. Porém precisa vê-la defendendo o Lula inflamadamente por conta das vaias! E a discussão que tivemos porque não se deve fazer isso com o mandatário de uma nação... Mesmo que ele seja o Lula!
Passei a vida inteira ouvindo que se o Lula fosse eleito íamos mudar para a Suíça. Porém precisa vê-la defendendo o Lula inflamadamente por conta das vaias! E a discussão que tivemos porque não se deve fazer isso com o mandatário de uma nação... Mesmo que ele seja o Lula!
Foi uma tragédia.
Anunciada.
E outras haverão enquanto não se tomar providências reais.
Congonhas foi construído para uma São Paulo que há muito deixou de existir... É igual a ter um presídio do Carandirú plantado no coração da cidade: uma bomba que vez por outra vai explodir. Se tirou o Carandirú, já é hora de remover Congonhas. E diante do ministério público que decide pelo fechamento do aeroporto escuto, atônita, os repórteres globais perguntarem sobre o impacto econômico que isso terá sobre a vida dos brasileiros...
E não lamento pelos que foram, lamento pelos familiares e amigos que ficaram no vácuo de um afastamento indesejado e por nós que restamos ainda nesse mundo caótico de valores completamente invertidos. Não, não quero morrer; mas seria bom viver sem ter de ouvir determinadas bobagens.
Anunciada.
E outras haverão enquanto não se tomar providências reais.
Congonhas foi construído para uma São Paulo que há muito deixou de existir... É igual a ter um presídio do Carandirú plantado no coração da cidade: uma bomba que vez por outra vai explodir. Se tirou o Carandirú, já é hora de remover Congonhas. E diante do ministério público que decide pelo fechamento do aeroporto escuto, atônita, os repórteres globais perguntarem sobre o impacto econômico que isso terá sobre a vida dos brasileiros...
E não lamento pelos que foram, lamento pelos familiares e amigos que ficaram no vácuo de um afastamento indesejado e por nós que restamos ainda nesse mundo caótico de valores completamente invertidos. Não, não quero morrer; mas seria bom viver sem ter de ouvir determinadas bobagens.
16 de julho de 2007
Por que sou assim né? Passada a raiva fico apenas com a tristeza da constatação do que não é, e a dúvida quanto a se um dia foi de verdade...
E eu que nunca entendi essas coisas de ex-namorados se tratarem como estranhos agora vivo isso. Aquele cara que namorei por mais de um ano e que me comeu durante uns oito, hoje encontro e finjo que mal conheço... Logo eu que não sabia namorar ninguém de quem não pudesse ser amiga; de quem não fosse amiga antes justo para não passar por essa situação depois...
*suspiro*
E eu que nunca entendi essas coisas de ex-namorados se tratarem como estranhos agora vivo isso. Aquele cara que namorei por mais de um ano e que me comeu durante uns oito, hoje encontro e finjo que mal conheço... Logo eu que não sabia namorar ninguém de quem não pudesse ser amiga; de quem não fosse amiga antes justo para não passar por essa situação depois...
*suspiro*
15 de julho de 2007
Não sei porque hoje acordei fazendo uma lista mental das mulheres que conheço e que estão avulsas: Eu, minha irmã, Sandra, Adriana, Sandra, Clara, Flávia, Cristiane, Ana Maria, Daniela, Simone, Francine, Aline, Ana Lúcia, Cléria, Mariana, Mírian, Eliana, Sandra, Lilian, Thaiz, Rossana, Giu, Cristina, Mariana, Fernanda, Rosana, Simone... Bete? Kalu? Não sei se ainda estão, mas enfim...
Essa pequena lista tem mulheres pra todos os tipos e gostos, tanto físico quanto psiquico. São mulheres de todas as raças, idades, cores, tamanhos, personalidades, temperamentos, mas todas têm um traço em comum: são mulheres que moram em São Paulo, que batalham suas vidas, trabalham, são divertidas - dentro do limite que uma mulher consegue ser divertida, é claro... rs... - e no entanto não encontram um par, a maior parte do tempo estão sozinhas...
Talvez eu esteja inconscientemente me dizendo que amar é uma questão de sorte, pois se fosse questão de possuir atributos capazes de conquistar, esse minha lista seria reduzidíssima...
Talvez esteja querendo me convencer que a qualidade dos homens anda baixa - o que é verdade - e que estas mulheres estejam sozinhas por que optaram pelo "antes só do que mal acompanhada"... Alguns podem achar que a questão é física, de peso, de beleza, mas nesse minha listinha ai tem mulheres lindíssimas e que namoraram muito menos que eu nessa vida. Mulheres magras, gostosas, tudo o que os hoemns costumam dizer que querem e curtem. Outros dirão que são mulheres exigentes, mas isso é papo de homem né? Homem é quem costuma achar que qualquer exemplar da espécime masculina sempre vale a pena e sempre merece o investimento. Já perceberam como tem homem que acha que homem é sensato, ponderado e maduro sempre? Incrível como homem consegue ser sem noção da própria raça!!!
O que é eu não sei, mas é fato que esse bando de mulher estar solteira é sinal de alguma coisa muito significativa... Dei uma passada de olhos pelo meu perfil no Orkut e a lista de homens sozinhos é de exatamente: nenhum! Podem até não estar namorando, mas todos, absolutamente todos estão de rolo com alguém, (menos os homossexuais, ai sim tem uns sozinhos e sem rolo).
É, cá com os meus botões acho que o problema é mesmo demográfico: tem pouco homem hetero e solteiro em SP autalmente...
E ai, vamos começar a importar homens ou a exportar mulheres?
Essa pequena lista tem mulheres pra todos os tipos e gostos, tanto físico quanto psiquico. São mulheres de todas as raças, idades, cores, tamanhos, personalidades, temperamentos, mas todas têm um traço em comum: são mulheres que moram em São Paulo, que batalham suas vidas, trabalham, são divertidas - dentro do limite que uma mulher consegue ser divertida, é claro... rs... - e no entanto não encontram um par, a maior parte do tempo estão sozinhas...
Talvez eu esteja inconscientemente me dizendo que amar é uma questão de sorte, pois se fosse questão de possuir atributos capazes de conquistar, esse minha lista seria reduzidíssima...
Talvez esteja querendo me convencer que a qualidade dos homens anda baixa - o que é verdade - e que estas mulheres estejam sozinhas por que optaram pelo "antes só do que mal acompanhada"... Alguns podem achar que a questão é física, de peso, de beleza, mas nesse minha listinha ai tem mulheres lindíssimas e que namoraram muito menos que eu nessa vida. Mulheres magras, gostosas, tudo o que os hoemns costumam dizer que querem e curtem. Outros dirão que são mulheres exigentes, mas isso é papo de homem né? Homem é quem costuma achar que qualquer exemplar da espécime masculina sempre vale a pena e sempre merece o investimento. Já perceberam como tem homem que acha que homem é sensato, ponderado e maduro sempre? Incrível como homem consegue ser sem noção da própria raça!!!
O que é eu não sei, mas é fato que esse bando de mulher estar solteira é sinal de alguma coisa muito significativa... Dei uma passada de olhos pelo meu perfil no Orkut e a lista de homens sozinhos é de exatamente: nenhum! Podem até não estar namorando, mas todos, absolutamente todos estão de rolo com alguém, (menos os homossexuais, ai sim tem uns sozinhos e sem rolo).
É, cá com os meus botões acho que o problema é mesmo demográfico: tem pouco homem hetero e solteiro em SP autalmente...
E ai, vamos começar a importar homens ou a exportar mulheres?
13 de julho de 2007
9 de julho de 2007
Hoje o dia não foi fácil. Acordei com uma TPM assassina, mas só fui me dar conta disso quando precisei me conter para não arrumar uma briga por bobagem com a minha mãe. Logo em seguida tive de sair corrida do MSN para evitar discutir feio com um amigo e resolvi voltar pra cama mesmo sendo duas e meia da tarde... Quem sabe se eu tirasse um cochilo e começasse o dia novamente as coisas mudariam de figura. Mudaram. No entanto, acho que mais por conta de um amigo que ligou e acabou me dando o colo e a distração das quais eu estava tão precisada.
O engraçado é como eu consigo ignorar a pressão no cérebro e a tensão nos ombros que são enormes - creiam-me! - quando acordo de TPM. Ou, e é mais provável, a verdade é que não quero admitir pra mim mesma que sou tão suscetível à minha alteração hormonal; e alguma mulher quer? Desconheço.
É estranho tornar-se um ser mais guiado pelas reações emocionais do que pela razão. Perceber que você está sendo incoerente, exagerada, mas não conseguir parar de ser...
Saber que aquela raiva assassina é infundada e mesmo assim precisar controlar-se fortemente para não sair sacudindo os outros ou arremeçando coisas...
É doloroso também, ao menos pra mim...
É doloroso, pois consigo me dar conta de toda a minha fragilidade de um jeito que não sei explicar...
As lágrimas aliviam, porém não resolvem nem a pressão física e nem a emocional...
E sinto raiva, pois sou um ser sem direito a fragilidade. Tenho uma vida a construir! Mesmo não sabendo se quero seguir o modelo de pessoa bem sucedida que vejo por ai pra poder ter algum valor reconhecido e acolhimento. Às vezes quero, mas sei que é em nome de um pouco de paz, mesmo que uma paz com um preço tão alto.
E, sim, minha crítica é social: se esse modelão fosse mesmo bom e eficaz, o mundo não estava a merda que está. As pessoas seriam felizes de verdade e a depressão não seria o mal do nosso século, seguida de perto pela Síndrome do Pânico. E interessante é notar que ambas são doenças que decorrem do sufocamento e aniquilamento da essência e da autenticidade de se existir segundo o que se é...
Mas a verdade é uma só: se você não trabalha das oito às seis, não ganha seu salário, não compra sua casa, não tem lá seu carrinho, não casa e não tem filhos uma grande parcela das pessoas vai olhar e apontar o dedo pra você como se você fosse um perdedor; alguém que "desperdiça" a vida, mesmo que geralmente sejam os que vivem com esses objetivos os que não têm muito tempo para olhar para o outro de verdade, sejam estes cônjuges, filhos, parentes ou amigos...
Na minha turma, aquela de rua onde passamos a infância e a adolescência, somos 5 os que não casaram: três homens e duas mulheres. Sou de uma geração onde homens e mulheres não casam e não tem nenhum problema nisso, não somos menos e nem menos bem sucedidos por isso.
Casamento não é meio de vida e nem solução. Deve ser um encontro e se este não acontecer, porque forçar? Só pra me tornar ao olho alheio alguém com atributos capazes de manter um pinto na beirada da minha cama? Não! Conheço muita mulher que faz isso a um preço alto demais. Se um dia esse encontro acontecer comigo, me casarei. Não sou contra o casamento! Só não acho que ele é a chave absoluta para a felicidade; nem minha e nem de ninguém.
E escolhi uma profissão não convencional onde, se não se atende criança e adolescente, geralmente, começa-se a trabalhar no horário no qual os demais estão parando. E ganho, atendendo dois ou três pacientes, muito mais do que a maioria da população brasileira ganha trabalhando 4o horas semanais. Se atender 10 pacientes, ganho quase que o mesmo que um executivo trabalhando apenas 10 horas semanais... Percebe? E recebo encaminhamento de pacientes que pra mim é, indiscutívelmente, a maior prova da minha capacidade profissional.
Escrevo bem e ganho dinheiro fazendo-o. Sou inquieta e estou sempre procurando novas coisas e novos modos de aumentar a minha renda... Às vezes tenho grana, às vezes passo aperto, mas não é assim na vida de quase todo mundo, mesmo do que têm emprego com carteira assinada? Porque o fato de ter mais tempo disponível para estar em casa me inferioriza, faz de mim uma "vagabunda"?
Não, ainda não comprei minha casa, mas estou na metade da minha vida e ainda tenho tempo disso, ou não. Desde que eu consiga pagar um lugar pra morar decentemente quando precisar fazê-lo, não é assim que vive a maior parte da população mundial? Porque isso tem de ser errado e um desperdício de dinheiro? Quem determinou isso? Muita gente trabalha feito um condenado pra comprar a casa própria e morre assim que consegue. Não, não estou dizendo que ter um lar é errado, estou apenas dizendo que não há garantias. Da mesma forma que não há fórmulas, não existe receita para se ser feliz.
Posso ser feliz sem nada disso e posso não ser. Posso ser feliz com isso tudo e posso não ser. Mas se eu não estou feliz hoje, não precisa ser necessariamente por ser solteira e não ter um saldo bancário de muitos reais, por não ter casa, carro, ou filhos. Tenho problemas e direito à tristeza, a dias ruins e a reclamar da vida tanto quanto qualquer pessoa. Não é o fato de viver de forma diferente que me revoga isso...
Até mesmo na questão sexual: se hoje estou sem ter quem me coma, sei que muitas mulheres têm um marido dormindo ao lado delas na cama e estão há muito mais tempo do que eu sem trepar! Eu só não sei se não tenho quem me coma, ou se não estou me colocando como comível pros outros... Vê? Nada é garantia de nada!
A única garantia que temos de ser feliz na vida é estarmos conectados a nós mesmos e nos trabalhando constantemente, mas sem fazer disso uma obsessão também. Até o psiquismo precisa de folgas para respirar. A gente pode não ter vindo a esse mundo a passeio, mas os tours estão previstos no processo!
Eu tenho defeitos e como disse hoje um amigo, "defeitos cabeludos", como qualquer pessoa. O problema é que pra "defeitos cabeludos" não existe cabeleireiro! É você quem tem de domar a sua juba - que mais se parece com uma medusa - diariamente e no "muque". Faço isso todos os dias; tomo tombos, consigo acertos e me conheço sempre mais. E me conhecendo mais, cada vez me torno mais ciente que sou um saco sem fundo... Tento entender porque me saboto e muito mais do que queria; em função disso me questiono sobre o quanto me amo verdadeiramente e não há um só dia no qual não esteja disposta a me tornar alguém melhor, mesmo que o que seja ser "melhor" pra mim seja diferente do que geralmente é ser "melhor" pros outros... Mesmo que eu não fale, não implica que nada esteja acontecendo ou que eu esteja passiva ou fugindo de mim mesma...
Concordo que ando me deixando incomodar mais do que devia por uma situação doméstica, porém é pra hoje começar a trabalhar em ignorar isso - já que não cabe a mim a solução - e voltar a concentrar-me totalmente apenas nas coisas que me dizem respeito...
Mas é como eu disse lááááááá em cima: hoje eu só precisava mesmo é de um pouco de colo....
O engraçado é como eu consigo ignorar a pressão no cérebro e a tensão nos ombros que são enormes - creiam-me! - quando acordo de TPM. Ou, e é mais provável, a verdade é que não quero admitir pra mim mesma que sou tão suscetível à minha alteração hormonal; e alguma mulher quer? Desconheço.
É estranho tornar-se um ser mais guiado pelas reações emocionais do que pela razão. Perceber que você está sendo incoerente, exagerada, mas não conseguir parar de ser...
Saber que aquela raiva assassina é infundada e mesmo assim precisar controlar-se fortemente para não sair sacudindo os outros ou arremeçando coisas...
É doloroso também, ao menos pra mim...
É doloroso, pois consigo me dar conta de toda a minha fragilidade de um jeito que não sei explicar...
As lágrimas aliviam, porém não resolvem nem a pressão física e nem a emocional...
E sinto raiva, pois sou um ser sem direito a fragilidade. Tenho uma vida a construir! Mesmo não sabendo se quero seguir o modelo de pessoa bem sucedida que vejo por ai pra poder ter algum valor reconhecido e acolhimento. Às vezes quero, mas sei que é em nome de um pouco de paz, mesmo que uma paz com um preço tão alto.
E, sim, minha crítica é social: se esse modelão fosse mesmo bom e eficaz, o mundo não estava a merda que está. As pessoas seriam felizes de verdade e a depressão não seria o mal do nosso século, seguida de perto pela Síndrome do Pânico. E interessante é notar que ambas são doenças que decorrem do sufocamento e aniquilamento da essência e da autenticidade de se existir segundo o que se é...
Mas a verdade é uma só: se você não trabalha das oito às seis, não ganha seu salário, não compra sua casa, não tem lá seu carrinho, não casa e não tem filhos uma grande parcela das pessoas vai olhar e apontar o dedo pra você como se você fosse um perdedor; alguém que "desperdiça" a vida, mesmo que geralmente sejam os que vivem com esses objetivos os que não têm muito tempo para olhar para o outro de verdade, sejam estes cônjuges, filhos, parentes ou amigos...
Na minha turma, aquela de rua onde passamos a infância e a adolescência, somos 5 os que não casaram: três homens e duas mulheres. Sou de uma geração onde homens e mulheres não casam e não tem nenhum problema nisso, não somos menos e nem menos bem sucedidos por isso.
Casamento não é meio de vida e nem solução. Deve ser um encontro e se este não acontecer, porque forçar? Só pra me tornar ao olho alheio alguém com atributos capazes de manter um pinto na beirada da minha cama? Não! Conheço muita mulher que faz isso a um preço alto demais. Se um dia esse encontro acontecer comigo, me casarei. Não sou contra o casamento! Só não acho que ele é a chave absoluta para a felicidade; nem minha e nem de ninguém.
E escolhi uma profissão não convencional onde, se não se atende criança e adolescente, geralmente, começa-se a trabalhar no horário no qual os demais estão parando. E ganho, atendendo dois ou três pacientes, muito mais do que a maioria da população brasileira ganha trabalhando 4o horas semanais. Se atender 10 pacientes, ganho quase que o mesmo que um executivo trabalhando apenas 10 horas semanais... Percebe? E recebo encaminhamento de pacientes que pra mim é, indiscutívelmente, a maior prova da minha capacidade profissional.
Escrevo bem e ganho dinheiro fazendo-o. Sou inquieta e estou sempre procurando novas coisas e novos modos de aumentar a minha renda... Às vezes tenho grana, às vezes passo aperto, mas não é assim na vida de quase todo mundo, mesmo do que têm emprego com carteira assinada? Porque o fato de ter mais tempo disponível para estar em casa me inferioriza, faz de mim uma "vagabunda"?
Não, ainda não comprei minha casa, mas estou na metade da minha vida e ainda tenho tempo disso, ou não. Desde que eu consiga pagar um lugar pra morar decentemente quando precisar fazê-lo, não é assim que vive a maior parte da população mundial? Porque isso tem de ser errado e um desperdício de dinheiro? Quem determinou isso? Muita gente trabalha feito um condenado pra comprar a casa própria e morre assim que consegue. Não, não estou dizendo que ter um lar é errado, estou apenas dizendo que não há garantias. Da mesma forma que não há fórmulas, não existe receita para se ser feliz.
Posso ser feliz sem nada disso e posso não ser. Posso ser feliz com isso tudo e posso não ser. Mas se eu não estou feliz hoje, não precisa ser necessariamente por ser solteira e não ter um saldo bancário de muitos reais, por não ter casa, carro, ou filhos. Tenho problemas e direito à tristeza, a dias ruins e a reclamar da vida tanto quanto qualquer pessoa. Não é o fato de viver de forma diferente que me revoga isso...
Até mesmo na questão sexual: se hoje estou sem ter quem me coma, sei que muitas mulheres têm um marido dormindo ao lado delas na cama e estão há muito mais tempo do que eu sem trepar! Eu só não sei se não tenho quem me coma, ou se não estou me colocando como comível pros outros... Vê? Nada é garantia de nada!
A única garantia que temos de ser feliz na vida é estarmos conectados a nós mesmos e nos trabalhando constantemente, mas sem fazer disso uma obsessão também. Até o psiquismo precisa de folgas para respirar. A gente pode não ter vindo a esse mundo a passeio, mas os tours estão previstos no processo!
Eu tenho defeitos e como disse hoje um amigo, "defeitos cabeludos", como qualquer pessoa. O problema é que pra "defeitos cabeludos" não existe cabeleireiro! É você quem tem de domar a sua juba - que mais se parece com uma medusa - diariamente e no "muque". Faço isso todos os dias; tomo tombos, consigo acertos e me conheço sempre mais. E me conhecendo mais, cada vez me torno mais ciente que sou um saco sem fundo... Tento entender porque me saboto e muito mais do que queria; em função disso me questiono sobre o quanto me amo verdadeiramente e não há um só dia no qual não esteja disposta a me tornar alguém melhor, mesmo que o que seja ser "melhor" pra mim seja diferente do que geralmente é ser "melhor" pros outros... Mesmo que eu não fale, não implica que nada esteja acontecendo ou que eu esteja passiva ou fugindo de mim mesma...
Concordo que ando me deixando incomodar mais do que devia por uma situação doméstica, porém é pra hoje começar a trabalhar em ignorar isso - já que não cabe a mim a solução - e voltar a concentrar-me totalmente apenas nas coisas que me dizem respeito...
Mas é como eu disse lááááááá em cima: hoje eu só precisava mesmo é de um pouco de colo....
A casa onde fui fica num condomínio, porém fica absolutamente isolada, cercada de mato por todos os lados. Acho que a casa mais próxima fica a cerda de uns 500 metros ou mais... Enfim, o mato cresce e cresce e cresce por lá, tanto e tanto que algumas ruas deixaram de existir tomadas pela mata.
Por incrível que pareça, esse buraco, por onde um amigo surgiria em breve diante dos meus olhos e da objetiva da máquina, é uma rua que foi completamente tomada pela mata a ponto de ter árvores altas no meio dela. Totalmente incrível a força da natureza. Só descobrimos a rua porque estávamos brincando de seguir as guias.
Reparem no pontinho branco, é o boné do meu amigo dentro da mata fechada...
Há umas três semanas fui passear na Serra da Cantareira, na casa de um amigo. Batendo perna lá, demos de cara com o meu amigo "quilinho", que foi o apelido que esse esquilo ganhou depois desse dia. O interessante foi perceber que ele fugiu de nós num primeiro momento, mas tão curioso a nosso respeito quanto nós ao seu, ele acabou retornando pro nosso campo de visão e a fazer um jogo de aparece esconde que durou alguns bons minutos...
Agora que consegui voltar a postar imagens... Esses são alguns dos enfeites que estão pendurados por toda a Liberdade no Festival das Estrelas.
Eu bem queria trazer um desses pra minha casa e colocar no meu quarto, mas Gui perguntou se meu quarto tinha um pé direito de cinco metros... :o(
Às vezes acho que sou uma gênia infantil t-o-t-a-l-m-e-n-t-e incompreendida!!!
8 de julho de 2007
E eu acho que deveria fazer uma sessão para comentar os filmes que tenho visto neste blog, mas como não tenho aptidão nenhuma pra crítica de cinema... Porém vou contar aqui algumas das minha aventuras cinematográficas dos últimos tempos.
Resolvi preencher uma lacuna cultural minha e ver, ou rever, alguns clássicos. Cidadão Kane - que foi considerado o melhor filme de todos os tempo - eu vi, assim como Casablanca, pela primeira vez. Embora tenha entendido a inovação de linguagem narrativa em Cidadão Kane, principalmente para a época em que ele foi filmado, não me parece razão suficiente para que seja considerado o melhor filme já que a história em si nada tem demais, uma história tão banal, tão comunzinha, sem grandes cargas dramáticas ou interpretações memoráveis, embora possua algumas cenas fortes... Mas vai ver que só vejo dessa forma porque não entendo de cinema né? Sei lá...
Já de Casablanca eu gostei bem mais. É um filme que conversa com você mesmo depois de terminado. Mexe com as suas emoções, mesmo não sendo um filme de falas sensacionais. Acho que o maior trunfo do filme é versar sobre emoções que conhecemos tão bem. Sentimentos que nascem de se levar um fora sem se saber o motivo; a vontade de vingar-se; a descoberta de que ainda se ama mesmo depois de tantos anos, da incapacidade de atingir o outro sem ferir a si mesmo e a capacidade de sacrificar-se em nome do amor... É um filme que merece uma segunda visita; tanto que deixei-o guardadinho aqui para uma noite dessas rever.
Revi Dançando na Chuva e adorei, é claro! Já contei que uma das minhas maiores decepções infantis foi quando me dei conta que a vida não era um musical? Que as pessoas não saiam por ai cantando e dançando quando coisas boas, ou não, lhes aconteciam? Juro que isso é verdade, que chorei quando me dei conta que o que acontecia na tela não era reflexo da vida real. Eu queria MUITO, mas MUITO que fosse... Até hoje gosto bastante de musicais; mas também não é qualquer musical já alguns são só pretexto pra espetáculos de dança... Ou seja: fica fácil de deduzir o quanto me diverti revendo "Dançado na chuva" e lembrando que quando eu era pequena cantava assim a música tema do filme:
A sim liriruei
Just sim liriruei
be for liriruei
nã nã nã liriruie...
"Segredos da Noite é um suspense que também merece a visita não apenas pela história em si, mas também pelas boas interpretações de Hobin Willians e Toni Collete que dão a medida certa desse trilher psicológico que se apóia na dualidade entre mentira e verdade para acontecer.
Vi também Os Infiltrados e, apesar de ser um filme violentíssimo, adorei. Sei que muitos vão arrancar os cabelos frente essa tela, porém sigo afirmando que DiCaprio transformou-se num ator de verdade; e que quem não concorda... rs... deveria se despir de pré-conceitos e ver os trabalhos mais recentes dele como se este fosse uma ator recém-lançado no mercado. Nos dois últimos filmes que vi dele fiquei plenamente convencida dos seus personagens.
E Jack Nicholson? Apesar de amá-lo, me digam que aquelas caretas que ele sempre faz nos seus filmes são uma espécie de piadinha interna dele, please? Como uma marca registrada que imprime a todos os seus personagens... Porque a coisa começou a ficar assim, meio que sem sentido, já repararam? Tá lá a maior cena; você quase sentada na mesa com ele e o DiCaprio achando que ele vai dizer que sabe que o moço é um dos infiltrados e o cara lasca umas duas ou três caretas no meio do diálogo que te arremessam novamente ao seu mundo e te fazem lembrar que aquilo é apenas um filme. Desnecessário...
Do Matt Damon nada tenho a falar; interpretação impecável embora ele não seja um ator que me impacte, não sei o porquê. Vi Gênio Indomável com ele e gostei bastante, mas ele não é um ator que me sugira bons filmes quando vejo seu nome no elenco...
E pra terminar Totalmente Apaixonados só valeu ser visto pela cena onde Toby e Elaine, casal de namorados relativamente recém-separado, discutem no quarto durante o jantar oferecido na casa da irmã dele e melhor amiga dela, ao qual ela compareceu acompanhada do namorado - um daqueles intelectualóides metidos a besta que acham que palavras difíceis postas numa frase que ninguém entende são sinal de cultura e inteligência - e ele "descasca" o cara para ela enquanto todos na mesa de jantar escutam... Fazia tempo que não via uma crítica feita com um humor tão no ponto certo e com gostinho de catarse: algo que você sempre quis que alguém metido à besta que você conhece escutasse e se mancasse... O resto do filme é totalmente descartável, pois quem fez o roteiro desprezou, absolutamente, os bons argumentos e atores que tinha em mãos pra discutir de maneira inteligente e divertida a relação homem x mulher. Pena!
Resolvi preencher uma lacuna cultural minha e ver, ou rever, alguns clássicos. Cidadão Kane - que foi considerado o melhor filme de todos os tempo - eu vi, assim como Casablanca, pela primeira vez. Embora tenha entendido a inovação de linguagem narrativa em Cidadão Kane, principalmente para a época em que ele foi filmado, não me parece razão suficiente para que seja considerado o melhor filme já que a história em si nada tem demais, uma história tão banal, tão comunzinha, sem grandes cargas dramáticas ou interpretações memoráveis, embora possua algumas cenas fortes... Mas vai ver que só vejo dessa forma porque não entendo de cinema né? Sei lá...
Já de Casablanca eu gostei bem mais. É um filme que conversa com você mesmo depois de terminado. Mexe com as suas emoções, mesmo não sendo um filme de falas sensacionais. Acho que o maior trunfo do filme é versar sobre emoções que conhecemos tão bem. Sentimentos que nascem de se levar um fora sem se saber o motivo; a vontade de vingar-se; a descoberta de que ainda se ama mesmo depois de tantos anos, da incapacidade de atingir o outro sem ferir a si mesmo e a capacidade de sacrificar-se em nome do amor... É um filme que merece uma segunda visita; tanto que deixei-o guardadinho aqui para uma noite dessas rever.
Revi Dançando na Chuva e adorei, é claro! Já contei que uma das minhas maiores decepções infantis foi quando me dei conta que a vida não era um musical? Que as pessoas não saiam por ai cantando e dançando quando coisas boas, ou não, lhes aconteciam? Juro que isso é verdade, que chorei quando me dei conta que o que acontecia na tela não era reflexo da vida real. Eu queria MUITO, mas MUITO que fosse... Até hoje gosto bastante de musicais; mas também não é qualquer musical já alguns são só pretexto pra espetáculos de dança... Ou seja: fica fácil de deduzir o quanto me diverti revendo "Dançado na chuva" e lembrando que quando eu era pequena cantava assim a música tema do filme:
A sim liriruei
Just sim liriruei
be for liriruei
nã nã nã liriruie...
"Segredos da Noite é um suspense que também merece a visita não apenas pela história em si, mas também pelas boas interpretações de Hobin Willians e Toni Collete que dão a medida certa desse trilher psicológico que se apóia na dualidade entre mentira e verdade para acontecer.
Vi também Os Infiltrados e, apesar de ser um filme violentíssimo, adorei. Sei que muitos vão arrancar os cabelos frente essa tela, porém sigo afirmando que DiCaprio transformou-se num ator de verdade; e que quem não concorda... rs... deveria se despir de pré-conceitos e ver os trabalhos mais recentes dele como se este fosse uma ator recém-lançado no mercado. Nos dois últimos filmes que vi dele fiquei plenamente convencida dos seus personagens.
E Jack Nicholson? Apesar de amá-lo, me digam que aquelas caretas que ele sempre faz nos seus filmes são uma espécie de piadinha interna dele, please? Como uma marca registrada que imprime a todos os seus personagens... Porque a coisa começou a ficar assim, meio que sem sentido, já repararam? Tá lá a maior cena; você quase sentada na mesa com ele e o DiCaprio achando que ele vai dizer que sabe que o moço é um dos infiltrados e o cara lasca umas duas ou três caretas no meio do diálogo que te arremessam novamente ao seu mundo e te fazem lembrar que aquilo é apenas um filme. Desnecessário...
Do Matt Damon nada tenho a falar; interpretação impecável embora ele não seja um ator que me impacte, não sei o porquê. Vi Gênio Indomável com ele e gostei bastante, mas ele não é um ator que me sugira bons filmes quando vejo seu nome no elenco...
E pra terminar Totalmente Apaixonados só valeu ser visto pela cena onde Toby e Elaine, casal de namorados relativamente recém-separado, discutem no quarto durante o jantar oferecido na casa da irmã dele e melhor amiga dela, ao qual ela compareceu acompanhada do namorado - um daqueles intelectualóides metidos a besta que acham que palavras difíceis postas numa frase que ninguém entende são sinal de cultura e inteligência - e ele "descasca" o cara para ela enquanto todos na mesa de jantar escutam... Fazia tempo que não via uma crítica feita com um humor tão no ponto certo e com gostinho de catarse: algo que você sempre quis que alguém metido à besta que você conhece escutasse e se mancasse... O resto do filme é totalmente descartável, pois quem fez o roteiro desprezou, absolutamente, os bons argumentos e atores que tinha em mãos pra discutir de maneira inteligente e divertida a relação homem x mulher. Pena!
E eu até queria postar mais fotos, mas o blogger está de putaria nesse exato momento, quem sabe mais tarde...
Ontem também encontrei-me com a minha irmão Fá, que não via há um ano. Foi bom, mas foi estranho. Vou esperar ela me mandar as fotos para falar sobre... Tem coisas que só vendo junto pra se ter uma noção exata...
Ontem também encontrei-me com a minha irmão Fá, que não via há um ano. Foi bom, mas foi estranho. Vou esperar ela me mandar as fotos para falar sobre... Tem coisas que só vendo junto pra se ter uma noção exata...

Festival das estrelas
"TANABATA MATSURI"
Há cerca de 4.000 anos, as estrelas Vega e Altair foram a fonte de inspiração para o surgimento de uma estória na China.
Uma certa princesa Orihime e o seu amado, o pastor Kengyu, assim conhecido pelos japoneses, ao se conhecerem dedicaram-se apenas às paixões, esquecendo-se completamente das suas obrigações. Por esse motivo, foram transformados em duas estrelas e separados pela Via Láctea, mas foi permitido a ambos, um encontro anual, no mês de Julho. Ansiosos por este dia, eles passaram a se dedicar ao trabalho com mais afinco do que antes.
Baseado nessa lenda, surgiu o Festival das Estrelas que foi introduzido no Japão há aproximadamente 1.300 anos e em São Paulo desde 1979. Nos dias de TANABATA MATSURI, as pessoas costumam escrever os seus desejos em pequenos papéis chamados TANZAKU e pendurá-los em ramos de bambus enfeitados (SASSA DAKE). Segundo a crença, os pedidos feitos aos deuses do fundo do coração, serão atendidos como forma de gratidão pela dádiva recebida."
Ai estão os meus pedidos, só por garantia fotografados, pra que depois ninguém venha me dizer que "extraviaram-se"!
3 de julho de 2007
O Projeto “Conversas e Memórias” – que é um grupo de conversação formado por mais de 45 idosos, acima de 60 anos - é uma das melhores coisas que acontece na minha vida, atualmente. E isso porque lá paramos para pensar na vida de uma forma que muitas vezes não fazemos aqui fora e chegamos a umas conclusões bem interessantes...
Hoje foi dia de projeto e o grupo quis conversar sobre o caso dos adolescentes que bateram na empregada doméstica no Rio de Janeiro. Não quis com eles (e não quero aqui) repetir o absurdo todo dessa situação e nem as causas macro-cósmicas – sociais – que acabam incidindo sobre o indivíduo e fazendo com que fatos dessa estirpe acabem acontecendo com mais freqüência do que seria aceitável, uma vez que acho meio que inevitável que coisas como essas aconteçam em agrupamentos humanos, devido à plasticidade da condição humana. O ser humano não é naturalmente bom. Ele é bom e é ruim, ali tudo junto, agrupadinho na mesma pessoa...
O que quis discutir com eles é o micro-cosmo – família – que acontece antes do social e que me parece ser a primeira grande causadora dessa inversão de valores que resulta nessa enorme bagunça que hoje observamos acontecendo mais amiúde na nossa sociedade.
Algumas questões interessantes foram levantadas e transponho-as aqui, não para encerrar o assunto, mas para que olhemos para o que acontece com outros olhos, pois o que aconteceu no Rio é, muitas vezes, reflexo do que está acontecendo nas nossas casas, porém não queremos ver.
A primeira grande conclusão que chegamos lá é que muito hoje é permitido em nome de que os pais se sintam amados pelos filhos. Muita bronca é evitada em nome dessa necessidade de sentir-se amado; desse amor que tem de acontecer a qualquer custo e ser completamente isento daquelas raivas tão saudáveis que a gente sempre tem de quem põe limites na nossa liberdade afim de que esta não se transforme em libertinagem.
Parece que não se diz “não” ao filho, por que não se agüenta sequer pensar que ele possa sentir raiva dos pais. E isso vem associado, ao meu ver, ao mito da felicidade que só é felicidade se isenta de problemas, conflitos e enfrentamentos. Hoje vivemos numa cultura que tem baixíssima tolerância a essas coisas e muito menos tolerância ainda à tristeza delas decorrente. Basta se manter em um estado mais melancólico e/ou depressivo por mais de 5 dias, mesmo que o mundo tenha desabado sobre a sua cabeça e você logo escuta de alguém: “vá ao psiquiatra e tome um remédio”.
Mas não é só essa a causa. Também parece que estas coisas vêm acontecendo por que a mulher saiu de casa para trabalhar e não tem mais tempo de olhar por esses filhos como antigamente. Verdade? Nem sempre. A mulher, mesmo quando ficava em casa, vivia tão absorvida por cuidar da casa - limpar, cozinhar, lavar, passar, compras - cuidar dos filhos: dar banho, trocar, dar comida, acompanhar tarefas escolares, levar a médicos – e cuidar do marido: receber seus amigos, acompanhá-lo em eventos sociais, manter uma “família de comercial de margarina” pra que ele pudesse se orgulhar - que poucas vezes também tinha tempo para dedicar-se verdadeiramente aos filhos. O diálogo era quase tão inexistente quanto é hoje.
Porém hoje, a maioria das mulheres que trabalha fora se culpa por não “estar junto” – como se isso resolvesse alguma coisa - e acaba querendo suprir a sua ausência com uma permissividade e um dar coisas – “veja, é por isso que mamãe precisa sair de casa todos os dias” - que provavelmente se voltará contra ela no futuro.
Por seu lado a maioria dos homens quer comodamente seguir na sua posição de provedor sem ter de envolver-se profundamente com o processo de educar os filhos.
Todo mundo quer e precisa de tempo para cuidar de si e das suas próprias necessidades e ambições. Filhos implicam em disponibilidade de tempo e investimento emocional, relações também. E ninguém anda muito afim disso, há tanto a se fazer e a se aprender ainda...
No fundo acho que se espera que também exista algum remedinho que vá transformar as más tendências das nossas crianças em virtudes. Que a educação que me nego a dar hoje seja corrigida magicamente amanhã. Mas como alguém precisa realizar a tarefa de olhar pela criança, se paga por isso. Babás são contratadas com esse objetivo; empregadas; escolas também.
Como bem concluiu o José Carlos Gulielmino hoje lá no grupo: “numa cultura onde tudo é terceirizado, terceirizou-se também a relação com os filhos”.
Só que esse fenômeno tem dois preços: um que você paga em dinheiro no ato em que transfere o cuidado a terceiros e um outro, afetivo, que você começa a pagar nesse momento, porém cuja noção da extensão da conta só terá mais tarde, quando descobrir que seu filho é um completo estranho para você.
Não, nem quando criamos um filho aquele em quem ele se torna é alguém que conheçamos profundamente. É incrível como as vivências são capazes de diferenciar as pessoas ao longo dos anos, e muitas vezes na convivência diária, nos damos conta de que aquela pessoa que cresceu sob nossas vistas se transformou em alguém absolutamente diversa do que imaginamos um dia.
Só aprende a ter consideração para com o outro quem um dia sentiu que houve consideração para consigo mesmo, e isso é o que as nossas crianças e os nossos adolescentes menos sentem, uma vez que são tratados como um fardo a ser transferido, um problema a ser solucionado, já que impedem o pleno desenvolvimento pessoal e profissional.
Com isso dá pra começar a perceber que o único caminho de transformação possível é aquele nos quais as pessoas começam a se comprometerem verdadeiramente nas relações, a se permitirem o trabalho que elas dão, pois se são trabalhosas são também prazerosas, principalmente quando são pautadas em amor e respeito verdadeiros.
Hoje foi dia de projeto e o grupo quis conversar sobre o caso dos adolescentes que bateram na empregada doméstica no Rio de Janeiro. Não quis com eles (e não quero aqui) repetir o absurdo todo dessa situação e nem as causas macro-cósmicas – sociais – que acabam incidindo sobre o indivíduo e fazendo com que fatos dessa estirpe acabem acontecendo com mais freqüência do que seria aceitável, uma vez que acho meio que inevitável que coisas como essas aconteçam em agrupamentos humanos, devido à plasticidade da condição humana. O ser humano não é naturalmente bom. Ele é bom e é ruim, ali tudo junto, agrupadinho na mesma pessoa...
O que quis discutir com eles é o micro-cosmo – família – que acontece antes do social e que me parece ser a primeira grande causadora dessa inversão de valores que resulta nessa enorme bagunça que hoje observamos acontecendo mais amiúde na nossa sociedade.
Algumas questões interessantes foram levantadas e transponho-as aqui, não para encerrar o assunto, mas para que olhemos para o que acontece com outros olhos, pois o que aconteceu no Rio é, muitas vezes, reflexo do que está acontecendo nas nossas casas, porém não queremos ver.
A primeira grande conclusão que chegamos lá é que muito hoje é permitido em nome de que os pais se sintam amados pelos filhos. Muita bronca é evitada em nome dessa necessidade de sentir-se amado; desse amor que tem de acontecer a qualquer custo e ser completamente isento daquelas raivas tão saudáveis que a gente sempre tem de quem põe limites na nossa liberdade afim de que esta não se transforme em libertinagem.
Parece que não se diz “não” ao filho, por que não se agüenta sequer pensar que ele possa sentir raiva dos pais. E isso vem associado, ao meu ver, ao mito da felicidade que só é felicidade se isenta de problemas, conflitos e enfrentamentos. Hoje vivemos numa cultura que tem baixíssima tolerância a essas coisas e muito menos tolerância ainda à tristeza delas decorrente. Basta se manter em um estado mais melancólico e/ou depressivo por mais de 5 dias, mesmo que o mundo tenha desabado sobre a sua cabeça e você logo escuta de alguém: “vá ao psiquiatra e tome um remédio”.
Mas não é só essa a causa. Também parece que estas coisas vêm acontecendo por que a mulher saiu de casa para trabalhar e não tem mais tempo de olhar por esses filhos como antigamente. Verdade? Nem sempre. A mulher, mesmo quando ficava em casa, vivia tão absorvida por cuidar da casa - limpar, cozinhar, lavar, passar, compras - cuidar dos filhos: dar banho, trocar, dar comida, acompanhar tarefas escolares, levar a médicos – e cuidar do marido: receber seus amigos, acompanhá-lo em eventos sociais, manter uma “família de comercial de margarina” pra que ele pudesse se orgulhar - que poucas vezes também tinha tempo para dedicar-se verdadeiramente aos filhos. O diálogo era quase tão inexistente quanto é hoje.
Porém hoje, a maioria das mulheres que trabalha fora se culpa por não “estar junto” – como se isso resolvesse alguma coisa - e acaba querendo suprir a sua ausência com uma permissividade e um dar coisas – “veja, é por isso que mamãe precisa sair de casa todos os dias” - que provavelmente se voltará contra ela no futuro.
Por seu lado a maioria dos homens quer comodamente seguir na sua posição de provedor sem ter de envolver-se profundamente com o processo de educar os filhos.
Todo mundo quer e precisa de tempo para cuidar de si e das suas próprias necessidades e ambições. Filhos implicam em disponibilidade de tempo e investimento emocional, relações também. E ninguém anda muito afim disso, há tanto a se fazer e a se aprender ainda...
No fundo acho que se espera que também exista algum remedinho que vá transformar as más tendências das nossas crianças em virtudes. Que a educação que me nego a dar hoje seja corrigida magicamente amanhã. Mas como alguém precisa realizar a tarefa de olhar pela criança, se paga por isso. Babás são contratadas com esse objetivo; empregadas; escolas também.
Como bem concluiu o José Carlos Gulielmino hoje lá no grupo: “numa cultura onde tudo é terceirizado, terceirizou-se também a relação com os filhos”.
Só que esse fenômeno tem dois preços: um que você paga em dinheiro no ato em que transfere o cuidado a terceiros e um outro, afetivo, que você começa a pagar nesse momento, porém cuja noção da extensão da conta só terá mais tarde, quando descobrir que seu filho é um completo estranho para você.
Não, nem quando criamos um filho aquele em quem ele se torna é alguém que conheçamos profundamente. É incrível como as vivências são capazes de diferenciar as pessoas ao longo dos anos, e muitas vezes na convivência diária, nos damos conta de que aquela pessoa que cresceu sob nossas vistas se transformou em alguém absolutamente diversa do que imaginamos um dia.
Só aprende a ter consideração para com o outro quem um dia sentiu que houve consideração para consigo mesmo, e isso é o que as nossas crianças e os nossos adolescentes menos sentem, uma vez que são tratados como um fardo a ser transferido, um problema a ser solucionado, já que impedem o pleno desenvolvimento pessoal e profissional.
Com isso dá pra começar a perceber que o único caminho de transformação possível é aquele nos quais as pessoas começam a se comprometerem verdadeiramente nas relações, a se permitirem o trabalho que elas dão, pois se são trabalhosas são também prazerosas, principalmente quando são pautadas em amor e respeito verdadeiros.
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