11 de setembro de 2007

Foi um feriado passado entre amores. Dos mais distantes - ao telefone - aos mais próximos, pessoalmente.

E embora alguns achem que minha vida não tem lá muita cor, enganam-se. Medem minha vida pela própria necessidade de moviment(ação). Ilusão. Meu ritmo é outro uma vez que todas essas coisas eu já fiz à exaustão. Já passei muitas madrugadas na balada; já amanheci muitos e muitos dias na rua com amigos, com amores. Tanto, mas tanto que o que me retirou disso foi justamente a mesmice. Nada era novo. Nada ainda é novo quando vez por outra me aventuro novamente na noite. É o mesmo desespero fantasiado de ilusão e ânimo de que a noite traga algo ou alguém que justifique a própria existência que se faz insípida justamente por conta da busca insana de algo que se busca fora, no par, mas só se encontra quando, derrotado, conforma-se em ser só. É somente quando estamos conosco que estamos com o outro. Matemática fácil de equação difícil.

A minha cor está justamente nos meus amores. São eles as matizes da minha existência, são eles as dores que eu escolho ter. E prefiro-os nas ruas, praças e matas, nos botecos, nas casas, no MSN, ao telefone... ao invés de na balada. A música que fala e nos cala, os corpos que se esbarram, mesmo que harmonicamente, sem nunca se encontrarem. A bebida que alucina e aproximando mantém distante...

Não. Minha necessidade é verdadeira, meu encontro é de fato. Olho no olho, coração na mão. Minha escolha, minha opção. A aquarela que me enche de prazer nada abstrato, nada fugidio, mas que nem todos são, ainda, capazes de ver.

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