14 de setembro de 2007

Eu não sei mentir muito bem e não quero aprender.

Não sei dizer que tudo vai dar certo quando o caminho se desenha sombrio, mesmo que lá no fundo eu saiba que nunca, nunca fica mais escuro que a meia-noite.

Não sei dizer que não vai doer quando sei que vai, mesmo que saiba que algumas vezes para curar tem de machucar.

Acho melhor ser sincera e oferecer ombro, colo, amparo. Estar ali sempre como um apoio, pois caminhar só se pode com as próprias pernas.

Não sei não sofrer quando vejo alguém que amo sofrer... Pudesse eu e arrancaria com as próprias mãos a dor dos corações que me são caros.

Hoje choro por você Aninha, pela sua dor. A vida levou sua mãe há dois anos e hoje leva seu pai... Sei que nada te consolorá por muito e muito tempo...

Estava ali conversando com a mãe e uma coisa dissemos que há de ser sempre lembrado quando pensarmos nos teus pais: eles te amaram mais do que tudo na vida deles. Enquanto muitos passam pela vida sem conhecerem o amor, você por 25 anos recebeu deles um amor pleno. E é justamente esse amor que te dará forças pra seguir em frente no momento certo.

E eu espero poder estar presente, sempre. Física, mental e afetivamente na sua vida. Como te disse: sei que nem se compara, mas sozinha você não vai ficar.

Te amo não por que você é minha prima, mas por que você é você. E vou ao teu lado enfrentar a vida e te mostrar que sim, ainda existe felicidade possível reservada para você, mesmo que por hora seja impossível você acreditar nisso.

Que Deus guarde seus pais e que de lá eles possam iluminar o seu caminho como sempre fizeram...

Beijo!

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