28 de outubro de 2008

Devo terminar de ler o livro do Eckhart Tolle essa semana, no máximo no comecinho da semana que vem. A pedido da Mírian, vamos fazer um grupo de estudo sobre o mesmo que deve começar daqui a duas semanas, talvez três. Se mais alguém estiver a fim de participar envie e-mail para: mariesermoud@gmail.com com o título: grupo de estudo Tolle.

E esquema que pensei previamente é: lemos 2 ou 3 tópicos por semana e discorremos sobre eles, por e-mail, colocando o que entendemos, as nossas dúvidas, e até as nossas discordâncias com o que o autor disse. Haverá um dia pré-determinado para enviarmos as opiniões e um para finalizarmos a discussão a cada semana.

Que acham?

26 de outubro de 2008

Diz que o ego, aquilo que te faz pensar em "eu" e "meu", aquela voz briguenta que você escuta quando se trava uma discussão entre dois pólos da sua mente: um calmo - a consciência, que é o seu SER verdadeiro - e o briguento - o ego, que fala das suas crenças - é incapaz de viver no presente. Ele é formado por acontecimentos do passado e, portanto, está sempre revivendo-o, já que dele se alimenta; ou está no futuro, projetando coisas que nunca se sabe se acontecerão.

O x da questão é que essas duas maneiras de atuação do ego nos trazem sofrimento, pois jamais nos permitem estar num estado de contentamento por tempo suficiente que nos traga paz. A realidade se torna um inimigo a maioria das vezes, e sempre, uma fonte de infelicidade. E o ego foge feito o diabo da cruz do momento presente, pois a cada vez que se concentra no aqui e agora ele é obrigado a ceder lugar pra consciência - e só ela é capaz de nos dar um contentamento permanente - deixando assim de existir. E, no entanto, o único local aonde a vida se dá de fato é no aqui e agora.

Desde muito cedo tive "brigas" com a questão de ser evoluída espiritualmente. É que a gente tem por parâmetros as vidas dos santos, monges, yogues, gurus, padres, pais de santo e etc. e, sinceramente, me desagrada profundamente pensar que para se ser evoluído espiritualmente tem de se abrir mão de tanta coisa realmente boa que existe nesse mundo. E aqui falo de comida, bebidas, música, sexo, dinheiro, arte, festas, conforto, luxo, tecnologia e pessoas já que as coisas da natureza são permitidas a todos. Porquê? Porque as coisas não podem simplesmente coexistir já que Deus as colocou nas nossas vidas ao mesmo tempo, aqui e agora? Mesmo nesse novo movimento onde as coisas ditas mundanas são aceitas e consideradas importantes para o seu desenvolvimento espiritual, confesso que torço o nariz a cada vez que escutou - ou leio - que no processo pessoas se afastarão de mim. E se entendo que isso aconteça por uma questão energética, não entendo porque falam como se não fosse necessário conviver com pessoas em graus tanto abaixo quanto acima da sua faixa de freqüência. Todos somos caminho!

Mas voltando ao motivo pelo qual quis escrever esse post, embora não tenha fugido nada do assunto: agora estava aqui lendo "Comer, rezar, amar" da Elizabeth Gilbert e ela disse algo sobre a concepção dos praticantes da Vipassana - uma técnica budista de meditação ultra-ortodoxa - sobre o desapego de Deus (... Na Vipassana sequer se faz menção a "Deus", já que a noção de Deus é considerada, por alguns budistas, o derradeiro objeto da dependência, o último cobertor da segurança, a última coisa a ser abandonada no caminho rumo ao puro desapego.), que me fez entender algo que o Eckhart Tolle diz no "Um novo mundo - o despertar de uma nova consciência: que a busca espiritual também pode ser um disfarce do ego.

E ai pensei algo que para mim fez todo o sentido e entender minha desconfiança com o povo que mencionei ali em cima: eles não vivem o presente. Faz sentido não faz? Se os religiosos vivem perseguindo o paraíso na terra, querendo viver aqui condições espirituais que são dificultadas pela vibração da matéria feita de energia mais densa, essa busca é uma atuação egóica disfarçada de evolução espiritual. Vivem em algum lugar, qualquer lugar, mas que não é o aqui e agora e o desfrute das coisas terrenas. E entendo isso como, mais uma vez, dizer a Deus que Ele errou, que fez coisas que nos são desnecessárias e prejudiciais e que então devemos evitá-las, pois Ele as fez visando a nossa perdição. Aliás, bem dizem tanto o Gasparetto quanto o Tolle que o "mal" das religiões é que elas nos fazem viver de olho na vida futura, no paraíso prometido após a morte, e com isso negligenciamos a vida que aqui temos, aquela que ganhamos de Deus e a única que podemos viver de fato. E digo mais, embora só vá explicar isso um outro dia: o sofrimento dos jejuns, dos sacrifícios e etc. está única e exclusivamente a serviço de alimentar o corpo de dor que todos temos. O prazer e alegria que essas pessoas sentem, podem não vir do contentamento do ser, mas da alegria do ego em estar conseguindo o que quer e mantendo a pessoa na mais absoluta inconsciência por muito e muito tempo.

E isso é ego, ego puro. Ego mantendo-nos em ilusões e garantindo a sua sobrevivência através do nosso incessante sofrimento.

Porém, seja lá o que for, só sei de uma coisa e essa é uma decisão de muitos anos já: quero viver todas as coisas terrenas e viver Deus através delas e nelas. Beber, comer, cantar, brincar, gozar, rir, questionar, praticar, descobrir, aprender, perdoar e amar, sobretudo AMAR, são os meus verbos de conjugação e comunhão com a Divindade.

O "Paraíso" eu deixo para o futuro.

24 de outubro de 2008

Se um dia fosse escrever um livro sobre esse meu processo atual, eu não o começaria dizendo que este se iniciou quando minha vida desceu pelo ralo, pois não é verdade. Ele começou na primeira aula de religião que tive, aonde me definiram Deus e senti com todas as forças do meu pequeno ser - tinha apenas uns 5 anos - que não, Deus não era nada daquilo.

O resto foi conseqüência.
Ontem, saindo de uma atendimento, tomei a chuva mais deliciosa de uma vida.

A paciente me emprestou um guarda-chuva, mas como em apenas atravessar a rua eu já estivesse completamente ensopada, optei apenas por tirar o sapato, pois o pé escorregava dentro dele de um modo que para alguém que cai como eu é perigoso demais, e atravessei uma passarela sobre a Anhangüera tomando toda a chuva e bendizendo minha decisão, pois as pessoas que tinham guarda-chuvas abertos os via dobrarem e quebrarem diante do vento que fazia com que a chuva viesse de todas as direções e os tornava inúteis. E eu ali rindo, sentindo as gotas baterem no corpo, em alguns momentos doloridas, é verdade, porém com a mesma intensidade de uma massagem revigorante.

Cheguei ao ponto do outro lado da rodovia e nem me importei com os olhares das pessoas, mesmo consciente que minha blusa estava transparente e colada ao corpo - sorte que o sutiã era sóbrio e cor da pele! rs...- e que devia ser estranho ver em plena São Paulo uma mulher ensopada, com os sapatos numa mão e uma sombrinha fechada na outra, rindo do fato de até dos cílios pingarem gotas grandes d'água... Eu apenas me sentia deliciosamente livre.

Essa foi a chuva que eu pedia há tempos.

22 de outubro de 2008

Eu comecei a fazer reflexoterapia. A primeira sessão foi sábado e achei doída pra cacete embora o Roberto diga que é só a primeira sessão, que depois melhora.

Achei interessante que ele vai estimulando os pontos e então vai contando aspectos da minha personalidade. Num determinado momento disse:

- Mas porque tanto medo de rejeição?

Parei de gemer e prender a respiração e obriguei o corpo a relaxar da tensão que eu aplicava sobre ele para pensar e depois de um tempo respondi:

- Tive uma relação bem complicada com meu pai e isso me deixou com muito medo de rejeição mesmo, pois eu a vivia na pele todos os dias. Porém desde o final de Julho, começo de Agosto desse ano posso dizer que me liberei disso. Não espero mais ser aprovada por ninguém. Não espero mais ser aceita. Ser rejeitada não é algo que me atinge mais.

-Ah! Então eu estou mexendo em cicatrizes, é isso.

Praticamente tudo o que ele me falou foram coisas que realmente aconteceram e estavam muito forte no primeiro semestre desse ano, mas ai fui aprendendo que as coisas e pessoas têm a importância que damos a elas e como tirar essa importância - e até os sentimentos que você deposita em alguém - e fui colocando em prática, todo dia, todo dia um pouquinho... Não é que fluiu?

Um dos exercícios mais fáceis que tem a finalidade de te fazer desapegar de sentimentos e pessoas é um que a Louise Hay faz no áudio para cura do corpo e da mente. É basicamente assim com algumas alterações feitas por mim que deram certo pra mim, mas você pode tentar:

Deite, relaxe completamente o corpo e então comece a se ver num lugar bem tranqüilo. Você pode estar deitada ou sentada nesse lugar, não importa. Olhe em volta e sinta-se muito bem por estar lá. Sinta-se seguro. Depois de um tempo veja que você tem nas mãos cordinhas que seguram balões e que esses balões tem nomes de sentimentos, ou fotografias de pessoas. Deixe sua alma determinar quais sentimentos e pessoas ela quer libertar. Os nomes e as fotografias vão se tornando claramente visíveis nos balões. Detenha-se um tempinho olhando para eles e quando sentir que está pronto, vá soltando-os um a um. Veja o balão voar para o seu azul até se tornar um ponto minúsculo e depois desaparecer. Sinta a paz e a tranqüilidade que esse gesto de desapego lhe traz e então passe pro balão seguinte. Quando todos os balões tiverem desaparecidos sinta que sensação te traz esses desapego e guardando-a, comece a retornar: veja-se saindo desse lugar e voltando para o espaço real no qual se encontra. Mexa levemente os dedos, depois o corpo, espreguice se for preciso e "desperte" em paz.

Quando estou com sentimentos negativos é um dos exercícios que uso pra me desapegar e geralmente funciona. Com a prática eu consigo até de deixar de dar importância pra algumas pessoas que não me fazem bem. Não é que deixo de amá-las. Apenas paro de permitir que elas e suas impressões me influenciem.

Tá, geralmente perco a vontade de conviver com a pessoa, mas acho que faz parte né?
A Francine minha amiga, tem as que considero as melhores definições e observações sobre mim, sempre.

Outro dia estávamos conversando no MSN e eu dizia que estranhava quando as pessoas me descreviam como alguém doce, pois não me sinto ou vejo assim. Acho-me até alguém de palavras bem duras, mesmo que isso tenha melhorado imensamente nos últimos anos. Ao que ela respondeu:

- Não, você é doce! Às vezes difícil feito rapadura; mas sempre doce.


Ontem comentando sobre meu emagrecimento foi:

- Você emagreceu mesmo! Sua bunda diminuiu pra caramba! Esqueci de comentar...
A estória do Cristo que menciono num dos posts abaixo:

Alguém já se perguntou porque achou muito estranho, porque Cristo, tendo vindo à Terra dar a vida para nos salvar e consciente dessa missão, chora no Horto das Oliveiras e pede: "Pai, afasta de mim esse cálice!"? Pois, eu sempre achei estranhíssimo e muitas e muitas vezes parei mesmo pra pensar nisso e nunca, jamais, achei nada que passasse perto de fazer sentido e explicar essa situação.

Até que outro dia ouvi uma palestra do Gasparetto na qual ele falava que Deus nunca nos pune por nossa ignorância - pois ninguém pode fazer o que não sabe, mas que é rigorosíssimo se sabemos e não praticamos, seja pelo motivo que for. E que quanto maior for a nossa capacidade de agir diferente, maior será a reação do Universo a isso que passa a ser um erro.

Para ilustrar, contou que Cristo não veio à Terra para morrer não, embora tenha mesmo vindo para esclarecer uma série de Leis Universais. Só que quando este se zanga com os vendilhões no templo e sai distribuindo porrada e quebrando tudo, deixa de agir condizente com seu grau evolutivo e ai aciona as Leis do Universo contra si - aquelas mesmo que conhece tão bem e das quais sabe que ninguém escapa, a não ser que volte para o caminho adequado ao seu desenvolvimento. E isso porque Cristo conhece e exerce enorme compaixão dentro do seu grau evolutivo. Porém no templo, quando deveria ter mais compaixão com aqueles que não conseguem entender Deus e Suas Leis nem ouvindo-o pregar, nem vendo-o e nem sentindo o seu enorme poder (e quantos não somos assim ainda hoje em dia?), ele se enraivece e age completamente fora do seu melhor. E assim aciona a reação do Universo contra si mesmo. E nem no Horto das Oliveiras ele consegue ter compaixão para com aqueles que vêm prendê-lo, o que, segundo o Gasparetto, ainda dava tempo de reverter toda a história e evitar a sua morte.

Rapaz! Não pensando em quem é o Gasparetto para poder contar essa estória como verdadeira, pois ai teria que me perguntar quem são os apóstolos que escreveram a bíblia e até quem é Constantino que a modificou ao bel prazer dos seus interesses de dominação, dá o que pensar, não é mesmo? Porque se Cristo que é Cristo não conseguiu se manter no seu melhor quando aqui esteve, quem dirá a gente! E não, não é para pensar isso e desistir; é apenas para se ser mais paciente consigo mesmo, pois o caminho é trabalhoso, difícil, porém não impossível.

E o interessante dessa palestra não é nem essa estória, mas entender que o ato que cometemos hoje e que não nos traz conseqüência alguma, pois era condizente com o que podíamos oferecer, amanhã, se repetido, pode ter conseqüências funestas. Isso se você tiver aprendido coisas diferentes e se recusar a usá-las.

Eu, se estivesse acompanhando Cristo e tivesse quebrado o templo em seu lugar e expulsado todos os vendilhões, quase que certamente teria terminado minha jornada vivinha da Silva. Cristo, por ser quem era se danou: acabou tendo de morrer na cruz.

E Ele sabia né? Por isso chora, transpira sangue, prepara os apóstolos. Ele sabe a enormidade do que acionou contra si...

E a gente também é assim né? Quantas e quantas vezes repetimos atitudes e assim que acabamos de tê-las reconhecemos que fizemos merda e que aquilo num vai dar certo e batata! É que nossa alma sabe, porém temos uma mente que se impõe e nos leva ao erro.

Quantas e quantas vezes na vida repetimos atitudes esperando os mesmos resultados e quebramos a cara, simplesmente porque nos recusamos a reconhecer que aprendemos, evoluímos e que o que nos cabia ontem, hoje não faz mais sentido?

21 de outubro de 2008

E se alguém pedisse pra que eu me definisse emocionalmente hoje, diria que estou: triste a ponto de poder sentar e chorar o dia inteiro; puta, mas MUITO puta da vida, ou com a vida, ou seja lá quem foi que veio me tirar do meu canto; em paz feito um lago e alegre a ponto de dar altas gargalhadas com bobagens.

Você não entende? Imagine eu.

Mas também né? Foda-se! Cansei de tentar entender.

Só sei que hoje eu preciso perdoar o Universo.
Tentativa de suicídio:

Acabei de comer manga e tomar leite.

Alguém me socorre?

;-D

20 de outubro de 2008

Outro dia na mesa dum bar, um amigo fez considerações sobre os Gasparetto, embora não tenha falado exatamente do Luiz Antônio Gasparetto, que é quem me interessa atualmente. Sexta passada, durante o almoço, um outro amigo que também ouviu as considerações me perguntou: "diante de tudo o que foi dito, como fica essa questão de estudar através do Gasparetto para você"? E eu respondi: "tranqüilo". Porém pensando depois vi que minha resposta ficou incompleta e complementei no dia seguinte por e-mail:

Ontem você me fez uma pergunta que hoje, pensando, vi que não respondi como queria:

Como lido com o que o Bliblibli disse sobre os Gasparetto.

O mais importante e que faltou dizer é que aprendi a não esperar perfeição dos meus mestres. Separo o que eles dizem, do que eles fazem e do que eles são, por dois motivos simples:

1) ninguém é perfeito mesmo nesse plano, tão dominados que somos pela energia circundante e nem por isso quer dizer que o que eles conseguem ver seja mentira. Eu já suspeitava disso, mas aquela estória do Cristo, mesmo que seja uma alegoria, me serviu pra ter isso claro: exigir perfeição é permanecer ancorado na ignorância, pois ao fazer isso, abrimos mão da nossa própria capacidade de perceber o UNIVERSO e suas leis. Eu os leio, os escuto e procuro manter minha mente aberta para o que me parece absurdo.

2) super relacionado ao primeiro: o que eles fazem não é o que são, pois agem no ego ainda e estão em processo de transformação, como eu. A essência está lá e eu acredito que o bem e a lucidez vem delas. O importante é aprender a distinguir não apenas as coisas que o meu ego diz, mas o que diz os egos circundantes, do que é a nossa essência.

Se eu for esperar perfeição dos meus mestres, vou sair daqui não!

;-)

Beijo cheinho de amor!

Marie

16 de outubro de 2008

É bom dar as caras por aqui e tirar um pouco do pó, não é mesmo minha gente?

Tempos de renovação, de trocar o velho pelo novo, ou pelo vácuo que logo mais à frente será preenchido por algo que ainda não sei e é bom e, finalmente, aprendi que não preciso saber. E mesmo assim sinto que encontrei o destino que quero ter, o lugar onde quero chegar, mas sem achar que devo permanecer nele ad-eternum. Parece incoerente, mas não é.

Às vezes achamos que algumas coisas são eternas em nós e um dia descobrimos que não. Tudo muda e se transforma desde que não nos agarremos a elas como se fossem âncoras a dar sentido à nossa existência. TUDO se transforma, eis a Lei mais fácil de perceber na natureza a olho nú. E mesmo assim a gente insiste e persiste numa permanência que só traz dor. Falta de fé, pura. Falta de confiança num presente bom e num futuro melhor. Como se felicidade fosse um prato servido uma única vez na vida e se você comê-lo devagarinho, bem lentamente, a fará permanecer por mais tempo. Porém até o que é capaz de nos fazer feliz se transmuta.

E o perigo só mora aonde o pensamento quer te convencer que o passado era melhor do que o presente, e que o futuro não tem possibilidades infinitamente melhores. Não, não se deixe enganar. TUDO muda, nós mudamos e a graça da vida é justo essa.

E é vero: só me arrependo do que não fiz, mas por covardia. O que não fiz porque não estava pronta não tem de me trazer arrependimento, mesmo que em alguns momentos eu queira achar que sim. Ainda resquício do hábito de ser carrasca comigo mesma. e no entanto, tornar-se consciente vai fazendo diferença e ampliando meus estados internos cada dia mais.

E eu não sei onde isso vai dar, mas sei que já estou num lugar melhor, mesmo quando dói.

10 de outubro de 2008

É "engraçada" a forma como as coisas acontecem. Ontem o programa da Oprah foi um dos mais áridos e difíceis que já vi por conta do tema: a pedofilia que anda correndo solta mundo afora. É MUITO difícil conceber que um ser humano consiga sentir prazer em penetrar um bebê que nasceu há menos de uma semana e filmar isso e veicular essas imagens para que outros tenham alguma forma de prazer vendo. Desalentador mesmo.

Porém a um dado momento do programa pensei: "Opa! Mas eu já fui vítima de abuso sexual"! Percebi nesse momento que esse não é mais um dos papéis que me definem nessa vida. Parece que tudo isso aconteceu em outra vida e o que tenho são lembranças destituídas de emoção. Flashs de uma existência que já não é mais minha.

Ai hoje o assunto em vááários lugares é esse: Carta aberta a Luisa e de novo eu levei muito tempo para lembrar que já estive nesse lugar e quando fiz isso, lá na cozinha colocando comida no meu prato, pensei que gostaria de saber que o moço que praticou tal ato, alguma vez tivesse tido consciência e noção do que fez. MUITAS vezes me perguntei isso nos momentos de revolta no passado.

Mas a questão é infinitamente mais delicada e maior do que eu né? E intrincada também.

Porém me chama muita atenção nesse momento o quanto as pessoas criam regras para absolutamente tudo, até para um pedido de perdão. TUDO tem de acontecer dentro de padrões que elas pré-estabelecem senão é invalidado. Uma chatice sem fim né? Pois. Mas dá para entender melhor quando o Eckhart Tolle fala sobre sermos egos totalmente identificados com a forma e nada com a essência, com o ser, com o sentir.

8 de outubro de 2008

No final do post anterior eu disse que a Energia Cósmica Universal só pode ser usada plenamente se estivermos afinadas com ela e acredito mesmo nisso do p-l-e-n-a-m-e-n-t-e. Porém existe uma boa parte dela que pode sim ser usada para o mal. E o é.

Lembro que dia desses estava vendo um vídeo do Mestre DeRose - mestre em yoga - sobre meditação e lá ele contava que há alguns muitos anos numa livraria do Rio de janeiro, cinco praticantes da yoga tramaram e executaram o assassinato de um sexto elemento, também yogue, através do pensamento e que ele mesmo ouviu tal conversa por "acidente".

É, tem muita gente das mais diversas correntes filosóficas que há séculos conhece e sabe usar a manipulação energética.

O interessante nessa história que o Mestre DeRose contou foram os detalhes: para conseguirem êxito na manipulação energética, essas cinco pessoas combinaram de fazerem as mentalizações às 18:00 horas - hora da Ave Maria - onde a egrégora* da mãe de Cristo está fortalecida pela prática das orações e intenções que na época, muito mais do que hoje em dia, era um hábito da população. Ou seja: uniam a energia pequena das suas intenções à energia infinitamente maior e mais poderosa da egrégora de Maria e assim conseguiram amplificar o próprio poder. Dá o que pensar não é mesmo?

E no entanto o detalhe mais significativo fala do porque eles conseguiram atingir o outro homem que queriam prejudicar. Quando ficou sabendo do que estavam fazendo contra si, o tal homem não conseguiu manter-se numa vibração mais elevada do que a dos emissores e sintonizou-se com as emissões. Babau né? Abriu a porta para que aquele mal o atingisse.

E é exatamente assim que nos protegemos de qualquer mal: não entrando na sintonia energética. No mesmo vídeo o Mestre DeRose comenta que sabia que também seria alvo dos cinco homens num futuro próximo e que não ainda sendo capaz de compreendê-los e perdoar - o que evitaria que entrasse na sintonia - passou um bom tempo pensando em como poderia defender-se daquele mal até que concluiu que brincar, tirar um sarro, faria o mesmo efeito e foi assim que agiu: com leveza, sem dar importância, divertindo-se com o ego alheio. Teve sucesso, vide que está vivo para contar a sua história.

Também é importantíssimo perceber que quatro dos cinco homens acabaram morrendo logo em seguida a esses fatos, pois toda energia retorna à sua fonte, mesmo que atinja o seu alvo. Porém se ela não consegue atingir seu destinatário, retorna ao seu emissor com toda a sua potência. Questão de sintonia e afinidade pura! O que sobreviveu dos cinco deve ter sido o único que aprendeu algo nessa história toda conseguindo mudar a qualidade da sua vibração e assim escapar de si mesmo. E aqui a questão é puramente física e fala sobre extensão de ondas.

De novo a cabeça consegue pensar em várias coisas só observando essa história e pensando sobre as coisas que vimos acontecer ao longo das nossas vidas, não acham?

*egrégora: "Egrégora é a somatória de energias mentais, criadas por grupos ou agrupamentos, que se concentram em virtude da força vibratória gerada ser harmônica". fonte: Hermanubis Martinista

6 de outubro de 2008

Feita essa pequena observação, sigamos com a nossa programação normal.

Falemos do sexo.

Porém recordemos que partimos da premissa que Deus não erra, não desperdiça as Suas ações e é absolutamente perfeito... Afff!!! Esqueci de uma outra referência importantíssima nesse assunto, principalmente para os espíritas dogmáticos: leiam o "A Gênese" de Allan Kardec! Leiam, leiam! Esclarecedor por demais principalmente quanto ao que é Deus!

Voltando, lembremos que Deus é perfeito em todas as suas ações.

Dessa maneira, porque Deus nos fez tão sensíveis ao sexo? Porque nossos corpos são dotados de muitas zonas erógenas e não somos como os animais mais primitivos que conhecem o sexo apenas para fim reprodutivo? Mais: porque somos capazes de nos excitarmos com um som, uma imagem, um pensamento, resumindo coisas que não necessitam da presença concreta do outro e que, embora sejam atributos que passam pelo corpo, provêm da alma?

E não, não me venham com a idéia de que Deus faz isso para que eduquemos nossos instintos, pois Ele não desperdiça nada lembra? Ele não nos dá livre-arbítrio para depois nos impor a Sua vontade! Ele não nos faria sensíveis ao sexo para não usufruirmos dessa sensibilidade! Não faz sentido! Então Ele tem uma finalidade nisso e uma finalidade boa!

Outro dia ouvindo o Gasparetto, ele explicou de uma forma que fez sentido, ao menos para mim. Sabe o Ectoplasma? Pois, ele mesmo. Então: diz que o ectoplasma - que é a energia capaz de transformar a energia cósmica (fluído cósmico Universal, a energia emanada de Deus) que nos circunda e constitui, em coisas materiais - só é passível de ser transformado mediante a energia resultante do orgasmo. Percebe que são diferentes qualidades de energia interagindo entre si exatamente como as substâncias químicas que conhecemos das aulas de biologia? Como a água que precisa do frio para transformar-se em gelo, e do fogo para transforma-se em vapor, mas sem deixar de ser água? Pois.

Conseguem ver que se somos capazes de manipular energia temos de ser também capazes de produzí-la? E que fazemos isso através do sexo? Quem já teve um orgasmo sabe a explosão energética que ele é, já a sentiu em todas as fibras do seu ser. Partindo dessa percepção dá para ao menos pensar na possibilidade disso ser verdade né? E dai entender porque era do interesse de alguns que muitos não soubessem que somos capazes de manipular energia em proveito próprio.

E aqui muitos vão dizer: "imaginem o que o homem não será capaz de fazer com esse conhecimento usando-o para o mal". Voltando à concepção de que Deus não desperdiça as suas ações e faz tudo perfeito, essa capacidade só é adquirida plena e verdadeiramente quando você afiniza a sua emissão energética com a energia cósmica universal. Captou? Uma coisa boa não pode ser usada para o mal simplesmente porque essas energias não conseguem se sintonizarem. São ondas energéticas que vibram em freqüências absolutamente distintas.

E o reverso dessa medalha aponta diretamente para o fato de que só poderemos fazer pleno uso dos nossos atributos espirituais quando nos tornarmos evoluídos.
A pessoa que dá nota aos meus posts (rs!) me deu 1 pelo de ontem. Ainda bem que não escrevo, ou penso, baseada na aprovação alheia, não é mesmo? Mas assim ó pessoa, adoro interlocutores inteligentes e então acho bacana você ler três coisas e pessoas distintas sobre o assunto: o primeiro é Wilhelm Richie que estudou profundamente, inclusive dentro de uma contextualização histórica, a questão do prazer sexual. Morreu por conta disso viu? Pois fez isso numa época em que as mentes eram tão herméticas que sequer concebiam a possibilidade de pensar livremente sobre algo, supor sabe? E se... ? Então;

O segundo é Albert Einstein que sabia tão profundamente de espiritualidade e da humanidade, quanto - e por conta - das suas descobertas que revolucionaram o mundo;

A terceira coisa a ser estudada é a história sobre a igreja católica, a protestante e, principalmente, a maneira como foram produzidas as bíblias - vulgatas - das quais fazemos uso hoje em dia. Preste muita atenção aos concílios, o de Constantino sobre tudo.

A internet está ai e ajuda bastante nisso viu? Basta apenas parar de querer receber tudo pronto e ir à luta.

E embora possa parecer que estou querendo a tal da aprovação, não é não. Apenas acho que ou a gente abre a mente e tira o cabestro até para criticar, mas com argumentos sólidos, ou ninguém ganha com isso; e eu estou aqui para aprender e não ensinar.

5 de outubro de 2008

Se se quer criar o caminho de uma nova consciência mais plena e possível que nos leva a uma vida mais feliz e rica, de fato, devemos começar por destruir dois pilares. Digo isso porque são os dois instrumentos de dominação que nos mantém no cabresto seja política, social, econômica ou individualmente falando. Assim sendo, enquanto você acreditar nas crenças errôneas que se propagam acerca desses dois fenômenos, não conseguirá reformular-se. São eles:

- O dinheiro é ruim, ser rico é pecado;

- Sexo é sujo, pecado.

Para começar a pensar esses conceitos da forma correta saibamos e concordemos com a premissa de que TUDO no Universo provém de Deus. TUDO, certo? Certo. Se ele é a fonte de tudo o que existe, também é a fonte do mal, do dinheiro e do sexo.

Muitos argumentam que o dinheiro e o mal são criações do homem, portanto não têm nada a ver com Deus; porém é fácil pensar que se Deus, que NUNCA faz nada errado e nem desperdiça suas ações (e para chegarmos a isso, basta que observemos a natureza), ou seja, não se contradiz, não nos faria aptos a criar tais coisas se não fosse da Sua intenção e interesse. Se somos capazes é porque Ele nos criou assim e, portanto, é Dele que eles provém.

Explicando muito superficialmente, no desenrolar da história humana alguns homens sabiam que não conseguiriam o poder que desejavam sobre os demais homens se estes seguissem tendo os prazeres que vinham tendo, pois uma alma que conhece o gozo como um atributo seu, não se submete - porque não precisa - a nada. Não é assim quando estamos plenamente conscientes daquilo que nos faz bem? Podem dizer o que for; pode ser quem for que esteja contra: pai, mãe, companheiro, filhos, amigos se estamos conscientes e convencidos do bem que algo nos faz não abrimos mão e lutamos bravamente para manter aquilo nas nossas vidas.

E quais as duas coisas capazes de darem fortes prazeres sensoriais imediatos ao homem? As coisas que o dinheiro pode comprar - boa comida, bebidas, roupas, viagens e etc. - e o sexo.

Tirando do homem a capacidade de sentir-se com direito a essas coisas e fazendo com que ele se sinta sujo e inferior ao obtê-las, cria-se um campo fértil para a dominação, que é engrandecida e finalizada com a promessa de prazeres muito superiores num futuro inexistente: o reino dos céus, ou a vida após a morte.

Foi uma dominação paulatina, mas eficaz. Com o tempo fomos deixando de sentir prazer e trocando o aqui e agora pela vida futura.

E ai se voltamos a pensar em Deus, nos colocamos de novo na questão sobre Ele desperdiçar Seus atos. Nos dá uma vida agora para sermos felizes lá na frente e ainda sob a condição de quem sabe um dia? É, porque ainda criaram a idéia do castigo eterno, o inferno.

De verdade, pare e pense sem ser pelos moldes desse mundo e das religiões que conhece: você vê algum sentido nisso, alguma sabedoria, alguma bondade num Deus assim?
Existem coisas que eu entendo, mas não entendo:

-> Brasileiros passarem dias comentando as eleições dos USA em seus blogs, sem dizerem uma só linha sobre as que acontecem aqui. Hoje inclusive;

-> Porque o dólar sobe com a crise interna dos USA. Lembro que o motivo do nosso dinheiro cair é sempre as nossas crises internas.

1 de outubro de 2008

Sabe uma coisa do começar a tratar-se através de uma boa auto-estima? Você começa naturalmente a rebater as críticas do seu ego.

Hoje fiquei insatisfeita com o meu desempenho num trabalho e o ego prontamente veio em cima de mim de garfo e faca. Ai calmamente me disse: "estou apenas começando e ainda tem muito chão para me tornar realmente boa nisso. Fulano tem muita experiência e um dia chego no nível dele, mas esse dia ainda não é hoje. Vou apenas me determinar a encontrar maneiras mais eficientes de realizar meu trabalho, de me concentrar mais e me cansar menos. Talvez fazer intervalos de tempos em tempos"...

Prontinho, passei o dia satisfeita comigo mesmo, pois cuidei de procurar maneiras e instrumentos melhores pro meu trabalho.