22 de outubro de 2008

A estória do Cristo que menciono num dos posts abaixo:

Alguém já se perguntou porque achou muito estranho, porque Cristo, tendo vindo à Terra dar a vida para nos salvar e consciente dessa missão, chora no Horto das Oliveiras e pede: "Pai, afasta de mim esse cálice!"? Pois, eu sempre achei estranhíssimo e muitas e muitas vezes parei mesmo pra pensar nisso e nunca, jamais, achei nada que passasse perto de fazer sentido e explicar essa situação.

Até que outro dia ouvi uma palestra do Gasparetto na qual ele falava que Deus nunca nos pune por nossa ignorância - pois ninguém pode fazer o que não sabe, mas que é rigorosíssimo se sabemos e não praticamos, seja pelo motivo que for. E que quanto maior for a nossa capacidade de agir diferente, maior será a reação do Universo a isso que passa a ser um erro.

Para ilustrar, contou que Cristo não veio à Terra para morrer não, embora tenha mesmo vindo para esclarecer uma série de Leis Universais. Só que quando este se zanga com os vendilhões no templo e sai distribuindo porrada e quebrando tudo, deixa de agir condizente com seu grau evolutivo e ai aciona as Leis do Universo contra si - aquelas mesmo que conhece tão bem e das quais sabe que ninguém escapa, a não ser que volte para o caminho adequado ao seu desenvolvimento. E isso porque Cristo conhece e exerce enorme compaixão dentro do seu grau evolutivo. Porém no templo, quando deveria ter mais compaixão com aqueles que não conseguem entender Deus e Suas Leis nem ouvindo-o pregar, nem vendo-o e nem sentindo o seu enorme poder (e quantos não somos assim ainda hoje em dia?), ele se enraivece e age completamente fora do seu melhor. E assim aciona a reação do Universo contra si mesmo. E nem no Horto das Oliveiras ele consegue ter compaixão para com aqueles que vêm prendê-lo, o que, segundo o Gasparetto, ainda dava tempo de reverter toda a história e evitar a sua morte.

Rapaz! Não pensando em quem é o Gasparetto para poder contar essa estória como verdadeira, pois ai teria que me perguntar quem são os apóstolos que escreveram a bíblia e até quem é Constantino que a modificou ao bel prazer dos seus interesses de dominação, dá o que pensar, não é mesmo? Porque se Cristo que é Cristo não conseguiu se manter no seu melhor quando aqui esteve, quem dirá a gente! E não, não é para pensar isso e desistir; é apenas para se ser mais paciente consigo mesmo, pois o caminho é trabalhoso, difícil, porém não impossível.

E o interessante dessa palestra não é nem essa estória, mas entender que o ato que cometemos hoje e que não nos traz conseqüência alguma, pois era condizente com o que podíamos oferecer, amanhã, se repetido, pode ter conseqüências funestas. Isso se você tiver aprendido coisas diferentes e se recusar a usá-las.

Eu, se estivesse acompanhando Cristo e tivesse quebrado o templo em seu lugar e expulsado todos os vendilhões, quase que certamente teria terminado minha jornada vivinha da Silva. Cristo, por ser quem era se danou: acabou tendo de morrer na cruz.

E Ele sabia né? Por isso chora, transpira sangue, prepara os apóstolos. Ele sabe a enormidade do que acionou contra si...

E a gente também é assim né? Quantas e quantas vezes repetimos atitudes e assim que acabamos de tê-las reconhecemos que fizemos merda e que aquilo num vai dar certo e batata! É que nossa alma sabe, porém temos uma mente que se impõe e nos leva ao erro.

Quantas e quantas vezes na vida repetimos atitudes esperando os mesmos resultados e quebramos a cara, simplesmente porque nos recusamos a reconhecer que aprendemos, evoluímos e que o que nos cabia ontem, hoje não faz mais sentido?

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