5 de outubro de 2008

Se se quer criar o caminho de uma nova consciência mais plena e possível que nos leva a uma vida mais feliz e rica, de fato, devemos começar por destruir dois pilares. Digo isso porque são os dois instrumentos de dominação que nos mantém no cabresto seja política, social, econômica ou individualmente falando. Assim sendo, enquanto você acreditar nas crenças errôneas que se propagam acerca desses dois fenômenos, não conseguirá reformular-se. São eles:

- O dinheiro é ruim, ser rico é pecado;

- Sexo é sujo, pecado.

Para começar a pensar esses conceitos da forma correta saibamos e concordemos com a premissa de que TUDO no Universo provém de Deus. TUDO, certo? Certo. Se ele é a fonte de tudo o que existe, também é a fonte do mal, do dinheiro e do sexo.

Muitos argumentam que o dinheiro e o mal são criações do homem, portanto não têm nada a ver com Deus; porém é fácil pensar que se Deus, que NUNCA faz nada errado e nem desperdiça suas ações (e para chegarmos a isso, basta que observemos a natureza), ou seja, não se contradiz, não nos faria aptos a criar tais coisas se não fosse da Sua intenção e interesse. Se somos capazes é porque Ele nos criou assim e, portanto, é Dele que eles provém.

Explicando muito superficialmente, no desenrolar da história humana alguns homens sabiam que não conseguiriam o poder que desejavam sobre os demais homens se estes seguissem tendo os prazeres que vinham tendo, pois uma alma que conhece o gozo como um atributo seu, não se submete - porque não precisa - a nada. Não é assim quando estamos plenamente conscientes daquilo que nos faz bem? Podem dizer o que for; pode ser quem for que esteja contra: pai, mãe, companheiro, filhos, amigos se estamos conscientes e convencidos do bem que algo nos faz não abrimos mão e lutamos bravamente para manter aquilo nas nossas vidas.

E quais as duas coisas capazes de darem fortes prazeres sensoriais imediatos ao homem? As coisas que o dinheiro pode comprar - boa comida, bebidas, roupas, viagens e etc. - e o sexo.

Tirando do homem a capacidade de sentir-se com direito a essas coisas e fazendo com que ele se sinta sujo e inferior ao obtê-las, cria-se um campo fértil para a dominação, que é engrandecida e finalizada com a promessa de prazeres muito superiores num futuro inexistente: o reino dos céus, ou a vida após a morte.

Foi uma dominação paulatina, mas eficaz. Com o tempo fomos deixando de sentir prazer e trocando o aqui e agora pela vida futura.

E ai se voltamos a pensar em Deus, nos colocamos de novo na questão sobre Ele desperdiçar Seus atos. Nos dá uma vida agora para sermos felizes lá na frente e ainda sob a condição de quem sabe um dia? É, porque ainda criaram a idéia do castigo eterno, o inferno.

De verdade, pare e pense sem ser pelos moldes desse mundo e das religiões que conhece: você vê algum sentido nisso, alguma sabedoria, alguma bondade num Deus assim?

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