16 de outubro de 2008

É bom dar as caras por aqui e tirar um pouco do pó, não é mesmo minha gente?

Tempos de renovação, de trocar o velho pelo novo, ou pelo vácuo que logo mais à frente será preenchido por algo que ainda não sei e é bom e, finalmente, aprendi que não preciso saber. E mesmo assim sinto que encontrei o destino que quero ter, o lugar onde quero chegar, mas sem achar que devo permanecer nele ad-eternum. Parece incoerente, mas não é.

Às vezes achamos que algumas coisas são eternas em nós e um dia descobrimos que não. Tudo muda e se transforma desde que não nos agarremos a elas como se fossem âncoras a dar sentido à nossa existência. TUDO se transforma, eis a Lei mais fácil de perceber na natureza a olho nú. E mesmo assim a gente insiste e persiste numa permanência que só traz dor. Falta de fé, pura. Falta de confiança num presente bom e num futuro melhor. Como se felicidade fosse um prato servido uma única vez na vida e se você comê-lo devagarinho, bem lentamente, a fará permanecer por mais tempo. Porém até o que é capaz de nos fazer feliz se transmuta.

E o perigo só mora aonde o pensamento quer te convencer que o passado era melhor do que o presente, e que o futuro não tem possibilidades infinitamente melhores. Não, não se deixe enganar. TUDO muda, nós mudamos e a graça da vida é justo essa.

E é vero: só me arrependo do que não fiz, mas por covardia. O que não fiz porque não estava pronta não tem de me trazer arrependimento, mesmo que em alguns momentos eu queira achar que sim. Ainda resquício do hábito de ser carrasca comigo mesma. e no entanto, tornar-se consciente vai fazendo diferença e ampliando meus estados internos cada dia mais.

E eu não sei onde isso vai dar, mas sei que já estou num lugar melhor, mesmo quando dói.

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