16 de julho de 2008

Eu concordo com a Debbie quando ela diz, nos comentários, que não importa o tamanho que temos, mas sim a relação que temos com ele para vivermos ou não relações. Mas admito que atualmente a relação que venho mantendo com o meu tamanho não tem sido das melhores. Estou emagrecendo, paulatinamente, mas tão concretamente, que a calça que comprei pro meu aniversário - 8 de Junho - me deixou pelada, ou quase, semana passada no meio da rua e ainda não fazia um mês que ela fora adquirida. É, larga de cair. E não tem como gostar da imagem que vejo refletida embora eu me ame, me aceite e saiba que sou uma pessoa legal pra caramba, inteligente, divertida e bonita...

Pois é, essa é uma transformação interna que me emociona: finalmente consigo olhar para a minha imagem e ver que sou bonita. Falo especificamente do meu rosto. Sou bonita como nasci para ser; bonita com o direito de sê-lo. Bonita como as pessoas sempre me disseram que sou, porém que nunca pude reconhecer. Bonita do jeito que os elogios chegavam, e me causavam um mudo espanto. Uma dúvida quanto à sanidade alheia. Quanto ao seu bom gosto e capacidade de avaliação estética. E eu não consigo ainda falar sobre isso sem chorar... Mas desta vez de genuína alegria.

E saber-se bonita não te torna convencida... Te faz dona de si mesma. Faz com que você se aproprie de um dos teus valores que te escapavam e só te acrescenta enquanto ser humano.

Se a beleza fosse uma escolha e só se pudesse ter uma delas: a interna ou a externa, eu escolheria - sem titubear - a interna, por questões de bem-estar e economia emocional. Porém se posso ter ambas, se tenho ambas, porque não vivênciá-las com prazer? São minhas! Com uma eu nasci e a outra eu desenvolvi e sigo desenvolvendo a cada dia. E quero usufruí-las daqui para frente; não pro outro ou por ele, mas por mim e para mim mesma. Pelo meu direito de ser, s-i-m-p-l-e-s-m-e-n-t-e s-e-r o que sou.

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