16 de julho de 2010

Tem uma coisa que tem me incomodado muito desde que descobri que o mundo pode ser diverso e que é justamente a diversidade que demonstra a prosperidade e abundância do Universo, o quão Ele se recusa a se repetir, mesmo porque não vê nenhum sentido nisso, posto que pode criar diferentes formas ad eternum.

O que tem me incomodado é o quanto as pessoas tomam os seus gosto por certos e a serem seguidos por todos aqueles que desejam uma vida feliz. Mesmo que a vida dessas mesmas pessoas não seja um exemplo de felicidade constante, porque a de quase ninguém é.

E o Twitter acaba sendo um desfilar dessas opiniões mesquinhas. E as pessoas nem se dão conta que estão sendo mesquinhas ao quererem resumir a vida às suas preferências pessoais e pior: deduzirem caráter em função do que as pessoas gostam ou deixam de gostar. Que mal tem em alguém gostar de miojo, pagode, funk, molhar o pão com manteiga no Nescau, ou café com leite?

Eu odeio funk e não me obrigo a ouvi-lo em hipótese nenhuma, porém não acho que quem gosta seja vagabunda ou bandido. Igualmente não acredito que quem curte música clássica, bons vinhos e chocolate seja alguém de sentimentos e cultura mais refinados do quem gosta de pagode, churrasco e cerveja gelada. São apenas diferenças.

Porém aquele que pretende restringir o Universo das diferenças e possibilidades fala da própria mesquinhez porque se impede de conhecer coisas novas. Se furta de expandir os horizontes do seu mundinho e ver que a vida é mais, muito mais e vai muito além. Não só a vida, as pessoas. Eu já fui uma pessoa que odiava cebola, amarelo, alho. Hoje são coisas que ou adoro, ou aprecio moderadamente. meu paladar mudou ao longo dos anos, assim como eu. No entanto, se eu seguisse insistindo em nunca reexperimentar, jamais saberia disso.

Gosto de animais, os como e sou infinitamente menos cruel na relação com as pessoas do que muito ecovegetarianochato que leio por ai. E eu desconfio de gente que não gosta de gente, me desculpem. E isso por só poder atribuir essa aversão à própria espécie a uma absoluta falta de habilidade em lidar com diferenças, divergências e os aspectos sombrios da própria personalidade que acaba sendo projetada no outro. Ruins são os outros, eu não, mas mesmo assim sou capaz de relegá-los ao abandono e à morte, enquanto socorro animais a qualquer preço... Eu desconfio, mas não deixo de conviver com eles e de amá-los, alguns até de forma muito profunda, mesmo que sejam do time que vivem querendo convencer os demais das suas verdades. Para mim plantas têm alma e sentimento, só não têm meios de expressá-los de maneira mais direta, como nós, animais, ou seja, seguindo o raciocínio dos xiitas vegetarianos, para mim eles seriam apenas seres mais cruéis do que se consideram, por só comerem quem não pode se defender deles, seja mordendo ou fugindo.

É a mesma coisa em relação aos antitabagistas radicais. Conheço gente muito mais tóxica que a nicotina - mesmo que só em alguns momentos - mas não vejo ninguém enchendo o saco e pedindo para que elas sejam apagadas, embora pensem e desejem, dentro dessa lógica de que toda toxidade deve ser eliminada.

Eu nunca fui muito de forçar as pessoas a serem do meu jeito e a gostarem das mesmas coisas que eu. Meus namorados são testemunha disso. Os tive tão diferentes de mim e uns dos outros que mergulhar no Universo deles era sempre uma aventura e deixou boas lembranças em todos. Talvez por isso eu tenha tido mais facilidade em aceitar a divergência como positiva e prova de abundância e me irrite um tanto com as pessoas que se acham o suprassumo a ponto de ditarem os gostos pessoais alheios, e definirem caráter, baseados em seus gostos pessoais.

E engraçado que são as mesmas pessoas que pregam lutarem por um mundo mais justo para todos. Sim, desde que o "todos" seja composto pelo "eu, meu" projetado e introjetado em cada "outro".

Bora acordar meu povo? No planeta tem espaço para tudo, coisas boas e até coisas ruins, infelizmente, e a gente não precisa perder tanto tempo brigando pela uniformidade do que nasceu e vive da diversidade.

14 de julho de 2010

Oi gente, tô viva!!!

Dei férias pro grupo, tô ocupadinha com uma revisão e dei um tempo pra assimilar novos aspectos espirituais, mas logo logo retomo a rotina e as publicações no blog.

É, como qualquer pessoa preciso de um tempo para as coisas amadurecerem dentro de mim e então se tornarem outras coisas, ou a mesma coisa mais aprofundada.

Andei com vontade de mudar a foto do blog, pois meu ego sugeriu que ela não seria condizente com o conteúdo do mesmo e faria, por pré-julgamento, algumas pessoas desistirem de lê-lo, pois ao abrirem a página e se depararem com ela, logo a achariam "nada a ver" e sairiam fora. Mas vou mudar não.

Principalmente porque essa foto é, na verdade, um ótimo exemplo de que muitas vezes o que parece não é e, portanto, de que devemos evitar julgamentos baseados naquilo que vemos. Tirei essa foto num momento de muita, MUITA raiva de um cara por quem eu era apaixonada. A raiva era tanta que fui tomar um banho pra ver se acalmava, mas nada! Ai resolvi tirar a foto e mandar pra ele para que visse o estado no qual me deixara. Fiasco né? Descobri que com raiva sou sexy. Aliás, descobri que a única situação na qual sou sexy é com raiva!!!!

Foi sugestão dele que a foto fosse colocada no blog. Então, embora não pareça, essa sou eu com raiva! A falta de roupa é devido ao fato de eu ter ido tomar banho para esfiar os sentimentos e nada além disso.

Também é "engraçado" que algumas pessoas que saibam a minha idade se perguntem se sou eu mesma na foto. Uma prima que mora no Chile fez essa pergunta à mãe. Quando esta esteve em visita ao Brasil disse que iria contar à filha que realmente era eu na foto e sem nenhum retoque de Photoshop! Risos!

As aparências enganam. Tudo precisa ser observado de posse de um contexto.

Beijos!