31 de maio de 2008

Durante muitos anos eu cantarolava uma música e não sabia o nome e nem quem cantava. Quer dizer, eu achava que era a Cláudia Telles e assim revirava sites, programas de baixar música e nada. Ai, conversando com uma amiga - que também achava que a música era da Cláudia - ela acabou descobrindo quem cantava e o nome da Música. Baixei-a e agora upei-a para colocá-la aqui.

AMO essa música, o estado de paixão que ela traduz...



É, e agora que achei como colocar música nos posts, me agüentem! rs...

29 de maio de 2008

Música do dia:



Right To Be Wrong
Joss Stone




I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down too long
I've got to break free
So I can finally breath
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
Got a right to be wrong
So just leave me alone

You're entitled to your opinion
But it's really my decision
I can't turn back I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm going to faced it willingly

I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
Flesh and blood to the bone
See, I'm not made of stone
I've got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down to long
I've got to break free
So I can finally breath
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone

28 de maio de 2008

Acho que estou bem melhor já! Acordo e a primeira coisa que escuto quando tiro meus protetores auriculares? Uma discussão da minha mãe com o meu irmão.

O que fiz?

Recoloquei os protetores auriculares!

:oD

27 de maio de 2008

Faxina daquelas: quarto limpíssimo e eu cheirando a cloro de um jeito que nem banho e nem creme deram conta ainda. Logo, logo encaro o segundo banho, pois esse cheiro já, já me deixará com dor de cabeça. Amanhã... não, tem hospital; quinta... não, tem paciente nova (u-húúúúúúúú!); sexta-feira eu encaro o guarda-roupa e, finalmente, as gavetas da cômoda receberão os separadores que comprei há mais de ano e que ainda estão ali, guardados, esperando que eu os monte nelas. Tentativa de manter todas as coisa nos lugares certos. Às vezes acho que essa é a batalha da minha vida... Porém não sei se existem mesmo os tais lugares certos... Enfim... E assim mesmo arrumar/limpar/organizar me faz bem. Sensação de que vou arrumando fora e arrumando dentro ao mesmo tempo, e de que desta forma vou começar os 41 anos mais "aprumada".

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Ontem achei umas meditações bárbaras e fiz uma sequência toda delas. Me ajudaram e ficar mais calma e perceber algumas coisas sobre mim mesma, a principal delas? Ando de saco cheio da literalidade, principalmente por ser a sua maior vítima. Caracas! Como levo tudo ao pé-da-letra!!! Ando até com saudades da subjetividade, das metáforas, do simbólico...

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As pessoas mentem né? Todas elas. Todas nós. Dizemos o que não fazemos. Fazemos e não admitimos. Apregoamos o que gostaríamos de ser como se já fôssemos. Tentantiva de, ao falar, transformar o projeto em realidade? Pode ser...

Algumas pessoas me definem como alguém de quem não se escreve o que fala; ou não se grava em metal o que escrevo, pois mudo muito de opinião. E é verdade. E me prefiro assim... Eu sei, eu sei, parece incoerente que eu debata e defenda um ponto de vista de forma acirrada e apaixonada por horas e depois ainda vá pensar muito sobre o assunto, principalmente em tudo o que ouvi. E se em algum momento dessa reflexão me der conta que a outra pessoa tem razão, vou mudar de opinião sobre o que quer que for e faço isso de boa, sem grandes preocupações, uma vez que a única coisa certa na vida é a morte e, no entanto, não sabemos quando esta chegará. E também porque meu único compromisso é com a minha felicidade e se eu descobrir que não estou no caminho certo para conquistá-la, bora mudar de rumo, de crenças, de valores, o que for!

O que preciso entender é que embora muita gente não admita, também mentem sobre si mesmas e para si mesmas, principalmente quando agem como juram que não. Desde muito pequena acredito no que as pessoas falam e levo à sério qualquer coisa que digam acerca de si. Já me meti em várias encrencas por conta disso, mas não atentei para a necessidade de mudar... Enfim... Depois fico chocada e decepcionada quando agem de maneira diferente daquilo que apregoam... Não as pessoas mutantes como eu, que têm paixão, mas têm mobilidade, mas aquelas que mantém uma rigidez acerca do que são e fazem sabe? As pessoas que se conhecem e sabem tudo de si? As fodonas? Essas. E começa por ai justamente o motivo pelo qual eu deveria desconfiar delas né? Ninguém se conhece e sabe tudo de si e eu poderia usar um calhamaço de teorias e bibliografia para provar e comprovar o que digo, mas não vou. É simples assim: ninguém se conhece completamente, pois não fomos expostos a todas as possibilidades existênciais e nem seremos. Muitas das nossas ações só se definem - e nos definem - ali, no momento crucial de reagir a um fenômeno. E como nos surpreendemos conoscos mesmos nesses momentos! 90% das vezes não fazemos nada do que acreditávamos que faríamos!

Posso dizer que sei de mim, mas nem sempre. Porém confio em mim, pois sei que tenho um coração bom e que acredito no bem sobre todas as coisas. Sei que para muita gente isso é pouco, mas eu estou satisfeita.

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E agora estava aqui pensando que nas discussões e na hora da raiva tenho um discurso de fodona... Pois, encarno a própria! Mais fodona que eu impossível!!! Mas sabe porque? Minha família é repleta de mulheres assim. É uma persona que pelo visto está incrustrada nos meus ossos...

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É, e tem o tombo da quinta que me faz pensar em que estou mexendo no meu eixo, mas de repente comecei a achar que cai por, na verdade, estar querendo me fazer rígida em algumas coisas quando não o sou. Não, não estou querendo ludibriar a minha proposta de adquirir disciplina, não. Estou e seguirei trabalhando nisso. O x é que disciplina não tem nada a ver com rigidez, embora muitos as confundam. Disciplina é fazer algo, mesmo que não seja extremamente prazeiroso no momento, visando os resultados que são benéficos, logo ali na frente. Rigidez é achar que as coisas são só de um jeito, que existe apenas uma possibilidade de existir, de fazer algo, de sentir e etc.

E eu estava tentando deixar de ser mutante...

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E também tenho pensado no amor. Mais especificamente no fato das pessoas não amarem quem somos, mas aquilos que elas gostaríam que fôssemos. Porque as pessoas têm sempre de achar que a gente tem de mudar em algo para sermos melhores? E ai vai a primeira questão relevante no que tenho pensado: melhores para quem; para nós mesmo ou para elas? A resposta é óbvia...

Porque apenas não nos olham, nos percebem, se perguntam se convivem com quem somos, em paz e com alegria, e pronto: ou ficam conosco ou seguem em frente? Não, têm sempre um projeto para transformarem o que somos no que acreditam que deveríamos ser. A isso se junta o projeto que nós mesmo temos de quem deveríamos ser e o que resulta é numa zona do caramba!

Não me lembro de ter querido mudar alguém que amei... Mas lembro de todas as vezes em que quiseram me mudar. E que foi esse o motivo pelo qual me afastei. Já deixei pessoas de lado por não serem como eu precisava, mas nunca por eles serem o que são. Dá para perceber a diferença? A pessoa é o que é e sempre será um milagre por conta disso. Porém, algumas vezes o que alguém é, não atende as minhas necessidades e então a relação não me nutre. Com isso parto em busca de outras que me alimentem. O problema não é ela e nem sou eu. Simplesmente acontece e faz parte da diversividade de possibilidades que compõe o que chamamos "viver".

Sim, às vezes eu também sugiro que a pessoa deva tentar mudar isso ou aquilo em si mesma, mas não porque o que ela é me incomoda, mas por perceber que ela se incomoda ou que aquilo atrapalha a sua vida afastando-a dos seus sonhos. E só faço isso com pessoas muito queridas e muito íntimas e se a relação que mantemos tiver abertura para tanto. Tenho pessoas queridas e íntimas para as quais jamais sugeri absolutamente nada, mesmo percebendo algo, simplesmente por não sentir abertura.

Eu acredito que amor, amor mesmo, não quer que o outro mude; ama o que ele já é. Acredito também que sabedoria é ter consciência de que ninguém muda porque queremos, planejamos, isso só acontece quando a pessoa acha que deve; e ela pode passar a vida toda sem sequer aranhar essa percepção... Então sábio é quem não desperdiça o amor ou a vida numa pessoa que não é e talvez nunca seja: ela ama o que relamente existe.

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Ninguém imagina a vontade de me esbaldar tomando Coca-Cola ontem à noite, mas eu resisti bravamente!
Eu não vinha me sentindo bem comigo mesma. Estava extremamente melindrada - recebendo qualquer comentário como ataque pessoal - e quando comecei a perder o pé e ser grossa com as pessoas que amo, percebi que era o momento de fazer algo que há muitos anos não fazia: conchar. Traduzindo: isolei-me para poupar as pessoas do meu mau-humor e gênio, e aproveitei a deixa para pensar e repensar a mim mesma. Algo válido a qualquer momento, mas que me parece mais às portas de fazer aniversário.

Sei que pode ser o Inferno Astral me transformando numa velha rabugenta e ranzinza (brincadeirinha!) ou, o mais provável, a disfunção hormonal me colocando numa TPM alucinada quase que os 30 dias do mês, mas até para mim é difícil de acreditar que essas não sejam apenas justificativas para esconder outras coisas - mimo, mau gênio, obsessão*, babaquice - mesmo tendo sentido na carne o quão maluca já fiquei durante três meses por conta de hormônios enlouquecidos. Como defendo a teoria de que a TPM não cria nada, só amplia conteúdos pré-existentes, resolvi que era hora de parar e olhar para essas coisas. A minha preocupação nem era o mal que eu poderia vir a fazer a alguém, ou às minhas relações (quem ama perdôa sempre?), mas sim o fato de que eu realmente estava me sentindo muito mal: ansiosa, chorona, irritada, raivosa, angústiada, triste... E como decidi que estes estados não perdurariam em mim (é como tomar veneno e esperar que o outro morra, mesmo), fiz o que achei que era o mais acertado para o momento...

Não, não deixei de acessar a Internet durante esse meu "retiro espiritual", porém deixei de estar on-line nos comunicadores instantâneos: MSN, Skype e ICQ. Sinto saudades das pessoas e conversas, às vezes fico off-line só para curtir o povo entrando e saindo, mas não tenho vontade de falar com ninguém ainda, dá para entender? Também não pretendo ficar muitos dias longe, só até que eu me sinta menos vulnerável/louca.

Estou escrevendo algumas coisas e vou publicá-las aqui também... Quem sabe não serve para mais alguém né? Ou como diz uma amiga, minimamente para me conhecerem um pouco mais.

*Obsessão: eu obsediada por um sentimento meu.

24 de maio de 2008

Para as minhas duas leitoras: Já já eu volto a escrever e falarei sobre amor. (Quero ver se faço isso hoje, mas nem prometo...)

Vocês viram o filme: Fears of love (Banquete de amor)? Vale MUITO a pena. Falando de amor vou falar também dele.

Beijo!

18 de maio de 2008

E ai um dos assuntos de ontem era as pessoas que querem chamar a atenção sobre si mesmas, se tornarem marcantes e o fazem pelo lado negativo falando demais, tentando controlar o incontrolável e delimitar - feito cachorro demarcando com xixi os quatro cantos de um território - um espaço que na maioria das vezes, só existe na cabeça delas. E a coisa acaba sendo tão exagerada e soa tão falsa que se torna desagradável e pedante. NO entanto irei poupá-los da descrição dos fatos e levá-los direto à conclusão:

O ser humano é um ser tão bobo que não consegue perceber que a maneira mais acertada de chamar a atenção sobre si e cativar o outro é a generosidade. Quanto mais generosa uma pessoa for com a outra, mais ela cairá na graça alheia. Deixar que o outro fale, observá-lo, vê-lo e escutá-lo verdadeiramente são as únicas coisas capazes de garantirem um lugar no coração alheio. Porque não somos uma raça boa em essência. Somos egoístas e orgulhosos e só achamos legais as pessoas que abrem espaço para que existamos. Qualquer pessoa que tente ganhar à força um espaço que consideramos nosso, acaba conseguindo é nosso desprezo, mesmo que silencioso.
Dois sábados saindo fora para jantar com Neto e os garçons conseguem nos fazer desviar a atenção de nós mesmos. Sim porque sair com Neto é adentrar num universo tão particular e nosso que creiam-me, poucas pessoas conseguem interferir, mas os garçons têm conseguido essa proeza durante as refeições.

O primeiro foi o Barros, lá do Conchetta, no Bexiga. Simpatíssimo. Mas tanto e tanto que a gente quase precisava ajoelhar no chão e postar as mãos pra ele entender que não, não queríamos comer o que ele nos oferecia, nem um pedacinho só que fosse. E ai ficávamos eu e Neto em estado de alerta e com o riso preso quando ele se aproximava... No fim da noite estávamos quase tirando os pratos da mesa pra ver se dava resultado.

Ontem o restaurante era japonês: Kempô, em Santa Terezinha, e tudo corria bem enquanto era um garçom quem nos atendia. Porém, do meio pro fim da refeição chegou uma garçonete e a coisa começou a ficar o inverso do que foi com o Barros no Concheta; mais um pouco e ela iria nos tirar do restaurante e ter um ataque histérico se, por ventura, algum cliente chegasse. Serviu a sobremesa, trouxe as águas, a conta, serviu os copos incessantemente para retirar as garrafas, e veio buscar a conta antes sequer de terminarmos de comer e olharmos pra dita cuja. Nessa hora Neto, com toda a delicadeza que lhe é peculiar, disse que ela esperasse que quando terminássemos chamaríamos por ela. E a gente segurando o riso, claro. Bastava a moça se aproximar e ficávamos tensos e com vontade de rir e, óbvio, começamos a teorizar sobre o motivo de tamanha ansiedade. A minha teoria era a de um encontro marcado logo após o término do expediente e que, então, ela estava fazendo tudo para garantir que este terminaria o mais cedo possível. Teoria confirmada pelo namorado que pouco depois veio esperá-la na porta. O nome desta era Deusinha. É, a gente sempre acaba perguntando o nome, e desta vez soubemos até que ela é da Paraíba.

Nessas horas dou graças a Deus de estar com Neto que como eu, leva a maioria das coisas estranhas na esportiva. Sei que a maioria dos meus amigos não teriam essa postura e: ou passariam uma carraspana na moça, ou reclamariam para o gerente. Não que eu não ache certo, acho, mas prefiro voltar lá uma segunda vez e dar um toque pessoalmente. Se não funcionar, ai sim reclamo com quem de direito. Afinal a comida pode ser boa, mas se o atendimento não fizer jus, esta acaba por deixar gosto estranho em nós.

13 de maio de 2008

Volto a escrever para o endereço que você não abre; desta vez um e-mail aliviado...

Muito, muito, muito bom receber aquela ligação no Domingo à noite e te ouvir dizer, num certo tom de ansiedade amorosa, que sente tanta saudade de mim quanto sinto de ti. Que sente a mesma falta que sinto das nossas conversas... Bom te ouvir pedir para que eu te ligue, como quem pede para não ser esquecido. Melhor ainda, na segunda-feira, foi ouvir o riso baixinho quando confirmou que era você mesmo "dando um toque". Porque o barulho era tanto que eu não tinha certeza se você me ouvia perguntar se era mesmo você quem falava. Tive medo que fosse o meu desejo me pregando uma peça...

Saiba: tua ligação me trouxe grande alívio. É bom saber que a gente não é o único a navegar num barco mesmo que atualmente ele seja feito da saudade de um amor... Saiba também que ainda outro dia chorei a nossa separação como se fosse hoje... Me peguei dizendo que se tivesse noção do quanto seria difícil e solitário ficar distante de você, não teria optado por cumprir com a nossa missão. Às vezes chego a duvidar dessa transcendência mesmo sentindo-a na carne - mesmo tendo certeza de tudo o que vi, ouvi e senti àquela época - ainda hoje com a mesma clareza. Algumas vezes me pergunto se o final disso não será nos perdermos do nosso amor. Não, não na sua forma carnal e sim justo no que tínhamos de mais nosso e mais belo: a conversa olho-no-olho e a sinceridade irrestrita. Entre nós não havia julgamentos, apenas a busca por compreender as nossas motivações e nos aceitarmos com as nossas limitações. Nunca mais ninguém em ofereceu isso e quando ofereci, as pessoas me julgaram ingênua...

A verdade é que acho que o nosso prazo de validade distantes venceu. A gente precisa se encontrar, se pôr no colo e conversar olhando fundo nos olhos para então seguirmos em frente. Porque ainda temos de seguir em frente...

Estou esperando a sua ligação e nela vou te contar desses e-mails e então você os lerá; de uma lanhouse. Não quero confusão e nem atrapalhar a sua vida... Quero apenas que você saiba que aquele amor ainda existe e persiste.

É bom terminar esse e-mail sabendo que você não me achará maluca. Você me reconhecerá. Lembrei agora quando íamos nos reencontrar pela primeira vez e eu estava toda preocupada em você me achar no meio daquela multidão. E então você com a maior calma desse mundo me garantiu que o faria dizendo: "você pode estar misturada em um milhão de pessoas... Eu te acho". Achou.

Beijo!

7 de maio de 2008

Quero fazer uma retificação de algo que escrevi aqui e que uma amiga mencionou ontem enquanto conversávamos: o fato de eu não ser ciumenta.

EU SOU CIUMENTA.

O que eu não sou é gratuitamente ciumenta. Não tenho ciúmes se cobiçam quem amo. Não tenho ciúmes se o admiram e revelam a admiração. Não tenho ciúmes nem se dão em cima de quem amo se estamos juntos. Acho vulgar, pequeno, mas não tenho ciúmes. Porém como o calcanhar se percebo que ele tem interesse em outra mulher. Quem não tem ciúmes numa situação dessas?

6 de maio de 2008

Vááárias coisas, por isso esse será um post longo... Nada do que aqui escrevo é definitivo, são apenas início de questionamentos e percepções; se levarão a algum lugar não sei.

Estava pensando outro dia que na vida, ou você está num lugar ou está do lado oposto. Isso ocorreu-me quando me dei conta do tanto de gente que vive me pedindo favores, pequenos ou grandes não importa, mas favores. Logo para mim que raramente peço algo a qualquer pessoa e que, inclusive, tenho muita dificuldade nisso. Em pedir. A primeira vez em que fui obrigada pelas circunstâncias a pedir um favor a alguém, eu parecia um bicho enjaulado andando de um lado pra outro dentro do meu quarto, por dois dias inteiros e uma noite insone no meio. Horrível. Hoje, alguns pedidos depois, eu peço tranqüilamente pelo que necessito. Difícil é eu achar que não possa fazer o que preciso... E é claro que não entendo muito bem o universo das pessoas que vivem precisando de ajuda, da mesma forma que elas não devem entender o de quem se propõe a fazer tudo por si só.

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E se não me importo de ajudar quem precisa, tem uma coisa que me irrita profundamente em quem pede: quando você diz que ajuda, mas que a pessoa espere um pouquinho, pois você está ocupada ou indo fazer algo para o qual estão te esperando e a pessoa insiste dizendo que é rapidinho, e não é. Ai eu invariavelmente fico imaginando o que leva a pessoa a supor que as necessidades dela são mais relevantes que as minhas...

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Eu não me importo que não gostem de mim. Há muito tempo entendi e aceitei que não nasci para agradar a todos e sei que existem muitas pessoas que com razão ou sem, adorariam saber que morri. Quando escuto: "fulano não gosta de ti", minha reação é: "bem vindo ao clube"! Porém não deixo de achar engraçado quando alguém que escolhe os amigos se e apenas se estes têm a mesma visão de mundo que ele, não gosta de mim porque eu não digo o que a pessoa acha que eu deveria dizer. Fala sério, não é hilário? E então me pego novamente pensando sobre o quanto as pessoas podem ser minimamente sem noção e acreditarem piamente que sabem de si. E dos outros.

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E é tão ruim nos vermos refletidos no outro né? Principalmente quando a situação é negativa. Um amigo passou um perrengue danado esse fim de semana quando as expectativas não bateram em nada com a realidade da pessoa, interna ou externa. E eu lembrei das vezes em que isso aconteceu comigo e que também não consegui dar continuidade sequer a amizade. E ai fico pensando que essa é a mais brutal das rejeições e que me doeria demais passar por isso de alguém achar que nem para amiga eu valho o investimento. Porém é muito foda você idealizar uma pessoa e quando a encontra ela simplesmente não existe. É um corte tão brutal que parece, não dá pra reconstruir e a coisa se perde por completo mesmo. Mas também fico imaginando porque algumas pessoas promovem ilusões acerca de si mesmos? A resposta é triste né? Montam uma personagem, pois desacreditam completamente de quem sejam.. Se gastassem o tempo que gastam inventando quem não são, para aprimorarem quem são, os resultados seriam melhores para todos. E a pessoa não seria tão triste. Pois esse é um traço comum em quem não tem auto-estima: olhos profundamente tristes.

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Às vezes a gente conhece alguém bem, pode ser que muito bem. E pode ser que muito, muito, muito bem mesmo. E, no entanto, devemos evitar antecipar a pessoa, pois ao fazê-lo a precipitamos e com certeza erramos.

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Nenhuma massa de pão deve ser jogada fora antes de que se lhe dêem mais de 12 horas para que cresçam! Até os fermentos têm seu tempo interno para cumprirem a sua missão, e tenho dito!

4 de maio de 2008