13 de maio de 2008

Volto a escrever para o endereço que você não abre; desta vez um e-mail aliviado...

Muito, muito, muito bom receber aquela ligação no Domingo à noite e te ouvir dizer, num certo tom de ansiedade amorosa, que sente tanta saudade de mim quanto sinto de ti. Que sente a mesma falta que sinto das nossas conversas... Bom te ouvir pedir para que eu te ligue, como quem pede para não ser esquecido. Melhor ainda, na segunda-feira, foi ouvir o riso baixinho quando confirmou que era você mesmo "dando um toque". Porque o barulho era tanto que eu não tinha certeza se você me ouvia perguntar se era mesmo você quem falava. Tive medo que fosse o meu desejo me pregando uma peça...

Saiba: tua ligação me trouxe grande alívio. É bom saber que a gente não é o único a navegar num barco mesmo que atualmente ele seja feito da saudade de um amor... Saiba também que ainda outro dia chorei a nossa separação como se fosse hoje... Me peguei dizendo que se tivesse noção do quanto seria difícil e solitário ficar distante de você, não teria optado por cumprir com a nossa missão. Às vezes chego a duvidar dessa transcendência mesmo sentindo-a na carne - mesmo tendo certeza de tudo o que vi, ouvi e senti àquela época - ainda hoje com a mesma clareza. Algumas vezes me pergunto se o final disso não será nos perdermos do nosso amor. Não, não na sua forma carnal e sim justo no que tínhamos de mais nosso e mais belo: a conversa olho-no-olho e a sinceridade irrestrita. Entre nós não havia julgamentos, apenas a busca por compreender as nossas motivações e nos aceitarmos com as nossas limitações. Nunca mais ninguém em ofereceu isso e quando ofereci, as pessoas me julgaram ingênua...

A verdade é que acho que o nosso prazo de validade distantes venceu. A gente precisa se encontrar, se pôr no colo e conversar olhando fundo nos olhos para então seguirmos em frente. Porque ainda temos de seguir em frente...

Estou esperando a sua ligação e nela vou te contar desses e-mails e então você os lerá; de uma lanhouse. Não quero confusão e nem atrapalhar a sua vida... Quero apenas que você saiba que aquele amor ainda existe e persiste.

É bom terminar esse e-mail sabendo que você não me achará maluca. Você me reconhecerá. Lembrei agora quando íamos nos reencontrar pela primeira vez e eu estava toda preocupada em você me achar no meio daquela multidão. E então você com a maior calma desse mundo me garantiu que o faria dizendo: "você pode estar misturada em um milhão de pessoas... Eu te acho". Achou.

Beijo!

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