27 de janeiro de 2008

Estava pensando nas coisas que quero e espero num homem depois que uma amiga me perguntou no MSN:

1)sinceridade: sim, eu aprendi e sei que existem algumas coisas que a gente não fala para o parceiro porque destruiriam a relação. Não preciso saber que ele acha alguém muito interessante do ponto de vista sexual ou que deu uma pulada de cerca, mas preciso saber que se interessou além da conta por outra pessoa se isso acontecer... Muito bonito quem tem e pratica a relação aberta. De verdade. Mas comigo não rola. Então a sinceridade da qual falo é a crucial: aquela que me prioriza e me põe a par dos riscos que corro;

2) cumplicidade: quero que o homem que me ama me deixe conhecê-lo verdadeiramente. Que ele compartilhe-se comigo para além das histórias cotidianas. Sonhos, anseios, medos, angústias, dificuldades, vícios. Que a gente possa conversar de verdade um com o outro sobre as coisas das nossas vidas. Se um homem quer o meu amor ele precisa se oferecer a mim a partir de algum momento, pois, caso contrário, vou perder o interesse nele;

3)revele-se: preciso que "meu homem" saiba me fazer sentir amada em pequenos gestos e em palavras, porque só amar não basta. Como qualquer pessoa preciso me sentir segura na relação e isso nada tem a ver com medo de rejeição. Preciso sentir que ele me quer, que tenta me conquistar. Que me valoriza a esse ponto...

4) motivador: é, no meu caso em específico, preciso de um homem que me incentive, me dê forças. Mas carinhosamente. Suspeito fortemente que funciono melhor sob carinho do que sob mão firme e pressão que é o que eu geralmente recebo.

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Outro amigo vive dizendo que não faço sexo por sexo, que preciso dum romance no meio. Não é verdade: se for para só trepar com alguém, eu trepo. Porém não é isso que ando procurando mesmo, e há muito tempo, na minha vida. Quando decidi parar de ter sexo casual foi justamente porque era só isso que vinha acontecendo e estava muito vazia. Sei lá, o sexo casual é bom, mas parece que tira algo da nossa alma quando se é mulher.... Então sim, eu quero um amor e, principalmente, ser amada. Relação mais do que trepar por trepar.

25 de janeiro de 2008

Uma vez ele ligou completamente alterado dizendo que ia se separar, pois não aguentava mais. Que tinha feito a maior burrada da vida casando e que estava voltando pro lugar que nunca deveria ter deixado, e para a pessoa de quem nunca deveria ter aceito um não como resposta definitiva.

E eu na maior calma desse mundo disse que não, que não fizesse aquilo. Claro que ele perguntou se não o amava mais, e a resposta foi: "Amo. Você sabe que amo". "Então por que não"? insistiu ele. "Porque você tem um filho, um bebê ainda, e eu te conheço. Sei que você vem e não vai levar muito tempo, vai começar a sentir falta dele, a se culpar pela sua ausência e isso vai dividir seu coração, vai te fazer sofrer e querer voltar. E você vai voltar. E ai eu vou te perder pela segunda vez. E esta é uma coisa à qual eu não sobreviveria. Não de novo".

Ele nunca voltou.

24 de janeiro de 2008

Pelas mensagens que vim recebendo ao longo da semana, de pessoas muito queridas que se preocuparam comigo, eu já havia constatado o que o Pádua disse no comentário do post abaixo: não posso simplesmente deixar de escrever nessa bodega não!

Então aqui vai uma explicação: entrei numa crise existencial, da qual ainda não sai, porém na qual já me sinto melhor, mais senhora da situação. Perdi um tanto da referência de quem sou, pois me percebi não sendo em diversos setores da minha vida e então me senti como uma fraude. Ainda não sei se não sou. Fato é que estou me ajustando no sentido de passar a parecer mais comigo mesma, sendo mais sincera com minhas aspirações, potencialidades, capacidades e limitações.

Num primeiro momento doeu muito, chorei durante dois dias. No terceiro dia entorpeci e no quarto elaborei o que deu. A partir do quinto dia comecei a me sentir e descobri que algumas coisas são bem reais em mim e que é a partir delas que eu poderei me transformar. Mas o mais interessante desse processo é que cada vez mais me liberto de ter "uma velha opinião formada sobre tudo" e que tudo o que você acha que jamais fará ou farão, faz e fazem. "Não sei" passou a ser meu eixo.

Ter certezas nessa vida se torna, a cada dia, mais burrice.

18 de janeiro de 2008


Eu acho, apenas acho, que esse blog entrou num período de silêncio profundo... Porque todas as palavras morreram em mim ontem.

16 de janeiro de 2008

Ela escrevia o "Balde de gelo" com o Marco Aurélio, blog que virou livro. Hoje ela escreve o Enzimas Virtuais, onde conta a sua batalha contra o câncer de mama.

Daniela Macedo é sempre uma leitura cativante porque ela tem humor até diante da catástrofe que se abateu sobre a sua vida. E esse seu blog é uma leitura necessária, mesmo para quem não tem o problema.
Baixei Cd's com músicas de festivais e dentre elas estava Purpurina!

Amo!

Purpurina

Composição: Jerônimo Jardim

Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Pode ser, mas eu sou feito purpurina
Se uma luz não ilumina
Não há jeito de brilhar

Se você só chega por chegar
Nem uma lanterna no olhar
Nosso show não pode acontecer
Sem o palco se acender
Eu não vou representar

Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Pode ser, pois eu sou feito bailarina
Se a ribalta se ilumina
Fico roxa pra dançar

Se você pensa que vai me seduzir
Se você pensa que vai me arrepiar
Pode ser, mas eu sou feito purpurina
Se uma luz não ilumina
Não há jeito de brilhar

Pode ser, pois eu sou feito bailarina
Se a ribalta se ilumina
Fico roxa pra dançar
Ontem num seriado: "Tem algo interessante sobre o amor: é o único jogo que você só perde se não jogar".

15 de janeiro de 2008

Pádua! Impossível ver isso aqui e não lembrar de tu!!! rs..

Kamasutra tecnológico!

Aliás, fica aqui a dica: excelente blog tecnológico!
Eu canso. É, eu canso. Canso de algumas coisas de um jeito que nem sei explicar. Canso sabe? Assim de pegar gastura e não querer mais? Como quem comeu tanto de um determinado tipo de coisa que depois pode nem ouvir falar que tem ânsia? Pois. É bem assim que algumas coisas me cansam.

Não, e não tenho aviso de que estou cansando. Me dou conta ali, no momento em que a coisa está acontecendo de novo pela milionésima vez e então percebo de modo irreversível que não, nada vai mudar. Não adianta nem que eu mude, as coisas seguirão sempre da mesma forma.

Está sendo assim com falar. Sim, sei que uma psicóloga dizer que cansou de comunicar-se é, no mínimo, psicótico, mas cansei. Porque falar se ninguém vai te ouvir de verdade? Se causa tantas confusões desnecessárias? Enquanto tenho, e expresso, um milhão de dúvidas e incertezas, as pessoas têm o mesmo milhão de certezas absolutas e estapafúrdias, mesmo que não seja sobre a própria vida...

E isto tem me cansado sobretudo na internet. É, nunca pensei que fosse dar o braço a torcer, mas estou dando: tem algo na comunicação virtual que nunca se equipara à real. É como se o fato de conhecer a pessoa - mesmo que a tenha visto infinitamente menos do outros falaram - dá um aval que nunca tê-la visto retira. É uma barreira que tentei de todas as formas romper e não consegui. Estou jogando a toalha. Vou guardar minhas palavras para quem pode olhar no meu olho e saber quem sou de verdade.

Volto a não me interessar pela vida alheia, nem na medida do dito “saudável”. É; um dos motivos de eu não fazer perguntas é justo esse: a vida de ninguém me interessa profundamente. Lembro de alguém que certa vez ligou e perguntou: “quer saber aonde está a minha esposa para eu poder te ligar a uma hora dessas?” e que se magoou com a minha sincera e impensada resposta: ”não me interessa”. “Ah, então tá explicado porque você nunca pergunta nada: eu não te interesso”. “Não. VOCÊ me interessa. O que não me interessa é o porquê de você poder me ligar. Você está comigo ao telefone agora; só isso me basta” foi minha resposta tentando consertar a impressão errada que causei e causo com a minha ausência de perguntas. Porque é claro: eu não perguntar é que é estranho, e não o fato das pessoas se acharem no direito de devastar a vida alheia como se fosse a própria através destas...

As pessoas me interessam verdadeira e genuinamente. Estou aberta para o que elas queiram me dar de si, mas não sou garimpeira para ficar de marreta em mão tentando arrancar o que muitos tratam como tesouros ocultos e na grande maioria das vezes é apenas lixo... E nem me venham com a conversinha de que a pessoa não é espontaneamente o que é se você deixá-la livre. As pessoas são em função de com quem se relacionam. Cada pessoa traz à tona aspectos nossos e é na interação do que sou com o que a pessoa é, que me dou. E se você está ai batendo no peito e dizendo que é a mesma pessoa com todas, saiba que isso só acontece porque você não tem a menor capacidade de percepção alheia. E isso não é qualidade. E se, ao contrário, você vive escondendo dos outros quem você realmente é por conveniência, me diga: o que de real existe na relação que você estabelece com o outro? Eu mesma respondo: N-A-D-A para além da sua necessidade absurda e fantasiosa de controle.

Eu tentei, juro que tentei ser um pouco do que esperavam de mim, um pouco mais parecida com a massa, mas ah! Deu não hein? Deu não!

Quanto a falar de mim... Sempre haverá o blog!
Bye Bye Tristeza

Sandra de Sá

Ninguém aqui é puro, anjo ou demônio
Nem sabe a receita de viver feliz
Não dá prá separar o que é real do sonho
E nem eu de você
E nem você de mim.

Eu não tô aqui pra sofrer
Vou sentir saudade pra que?
Quero ser feliz, bye! Bye! Tristeza! Não precisa voltar...

Já sei errar sozinha sem pedir conselhos
Se eu sofrer quem é que vai chorar por mim?
Já sei olhar pra mim sem precisar de espelhos.
Não me diga que não
E nem me diga sim,

Eu não tô aqui pra sofrer
Vou sentir saudade pra que?
Quero ser feliz, bye! Bye! Tristeza! Não precisa voltar...

13 de janeiro de 2008

Ando pensando no excesso ultimamente... Comecei com o meu excesso de peso e dai divaguei para um monte de outros excessos: de informação, de exposição, de contato, de capacidade para amar, de gente ocupando um mesmo coração...

E a questão que tem me tomado é: quando há várias vertentes convergindo sobre vários pontos do "eu", sentimos tudo com a intensidade devida, ou privilegiamos alguns em detrimento de outros? Pior: deixamos de sentir como deveríamos alguns, pois outros se sobressaem naturalmente? Exemplifico: sei que temos a possibilidade de amar várias pessoas da mesma forma e ao mesmo tempo, porém ao fazê-lo e termos reciprocidade, desfrutamos verdadeiramente da vivência desse amor?

Acho que não. Alguns se sobressaem e acabam levando com eles a nossa atenção e dedicação... E deve ser dai - do reconhecimento da nossa própria incapacidade de viver de maneira igual vários amores concomitantes - que vem a nossa necessidade de sermos exclusivos, escolhidos... Nossa ânsia de fidelidade. Porque se assim não for, que importa sermos únicos se todos receberão seu quinhão?

11 de janeiro de 2008

IMPORTANTE

Guillermo Vargas Habacuc é um costarriquenho que diz ser "artista". Em agosto de 2007 ele participou de uma exposição em uma galeria em Manágua (Nicarágua). Capturou um cão adoentado e abandonado que estava pela rua da cidade, prendeu o pobre animal em uma das paredes da galeria com uma corda curta e atada ao pescoço, sem comida e sem água, deixando o animal em sofrimento até a morte.... Segundo o "artista", o ato de covardia e de sadismo praticado por ele, significa "arte"! O assassino foi convidado a participar da prestigiosa BIENAL CENTRO AMERICANA DE HONDURAS 2008.

Existe uma campanha internacional solicitando assinaturas de todas as pessoas revoltadas com esse crime para que a presença do assassino "artista" seja vetada na BIENAL.Participe dessa campanha junto com a SUIPA e divulgue a todos os seus amigos.

O link para assinar a petição é www.petitiononline.com/13031953

up-date Então, tentei arrumar o link e embora ele esteja correto na postagem, não está correto na hora de carregar, porém como é uma causa muito importante, peço que copiem-no no navegador e assinem a petição.
Mamãe tem um ditado que diz: "homem bom é o que está na barriga da mãe".

Cada dia eu ponho mais fé nisso.

10 de janeiro de 2008

estou numa fase de muitos filmes... Muitos.

O amor não tira férias é uma comédia romântica que me fez sorrir o tempo todo. Gostosinha, bem sessão da tarde e que não levanta nenhuma questão existencial, mas a gente fica com aquela sensação de que a vida dá certo, sabe?

Um verão para toda a vida é um filme que faz pensar na amizade em todos os sentidos: quando somos honestos e quando não somos querendo levar vantagem, mesmo que o amor pelo amigo seja real. E também para quem quiser ver o Daniel Radcliffe - o Harry Potter - em outra atuação.

E Morte no funeral é uma comédia inglesa sobre as confusões que uma família é capaz de protagonizar no funeral do patriarca. Boa, muito boa porque conta com um roteiro engenhoso que trabalha de forma inédita algo como quando a outra aparece para reivindicar seus direitos...

Vão por mim: são boas dicas de filmes pra quem tá querendo ficar de pernas pro alto!

9 de janeiro de 2008

Uma das coisas que acho mais engraçada é a pessoa manter um blog pessoal e falar mal dos participantes do Big Brother!

Rá!

A capacidade do ser humano em ser ironicamente obtuso - mesmo que porte lá seus 25 diplomas de graduação e afins - e de não conseguir ver que é tal e qual a quem se põe a criticar. No sense? Não, falta de noção absoluta! E o que tem de bloqgueiro metendo o pau no BBB. E eu só queria entender o que as leva a pensar que eles se exporem na Internet os torna diferentes de quem se expõe na TV...
Psicólogos são uma racinha defendida, decididamente.

Fiquei pensando que muito do meu jeito de lidar com as pessoas está contaminado pela minha profissão. Como se fosse um vício sabe? Porque só um psi para contar algo e achar que o interlocutor não tem de perguntar ou falar nada sobre, assim como só um psi acha que as pessoas falarão sobre tudo espontâneamente se você der espaço, ou respeitarão o fato de que, mesmo sendo evidente, você não quererá falar sobre algum aspecto pessoal da sua vida...

8 de janeiro de 2008

Semana passada vendo a Ophra descobri que a incidência de alcoolismo nas pessoas que fazem a cirurgia bariátrica, ou gastroplastia, é imensa. Parece que além de embebedar mais depressa depois da cirurgia, as pessoas trocam o hábito de comer pelo de beber...


Porque ninguém fala sobre essas coisas?

7 de janeiro de 2008

É bom, muito bom, quando o primeiro compromisso da primeira segunda-feira do ano é um atendimento.

Amém!
Em 2007 dois filmes nacionais tiveram como títulos, respectivamente, os seguintes nomes: "Saneamento básico" e "O cheiro do ralo", pode? Pôde! E eu queria saber se eles combinam essas coisas...

Achei o primeiro filme engraçado. Me arrancou boas risadas, coisa difícil de acontecer em filmes; já o segundo... Nem consegui terminar de ver!

Porque no cinema nacional o que me deixa puta da vida logo de cara é a adoração por pobreza. Rapaz! Que coisa mais chata! E eu já começo vendo o filme me perguntando de quem é aquele Brasil ali retratado, porque meu não é. E nem daquelas pessoas que vão ao cinema. Muito menos da maioria que não vai. A mulher que faz a faxina aqui em casa tem uma televisão de 29 polegadas e tá de olho numa de plasma. Põe na tela umas locações feias, umas coisas velhas, uns ambientes decrépitos... Meu Deus num país fanático por novidades tecnológicas, os cineastas insistem em retratar as velharias... Depois ninguém sabe porque lá fora acham que somos um país caindo aos pedaços e sem a menor noção do que seja tecnologia.

E sim, eu entendi que tudo no "o cheiro do ralo" era a analogia ao fato do cara ser um grande m***** - até o marrom insistente de todos os cenários - mas não, nem assim teve graça.

5 de janeiro de 2008

Pensando no quanto nos armamos armadilhas, estava lembrando da ligação do ex que, ano passado, me pegou desarmada e carente dando início ao que poderia ter sido a maior burrada da minha vida, não fosse o cabra bundão. Tá, desta vez abençoadamente bundão, é verdade.

Quando o ouvi declarando um amor que persistia a 8 anos de esparsos contatos – já ai comprovando irrefutavelmente a ilusão que é – comecei a me perguntar se teria na vida outra pessoa que acreditaria me amar como ele. Foi exatamente ai que comecei a tecer a armadilha na qual cairia minutos depois. Em seguida me perguntei se não seria burrice minha deixar passar aquela que poderia ser a minha última oportunidade de ser feliz no amor! Imagine ai que prestes a fazer 40 anos, naquele dia me arremessei no declínio existencial. E isso quando, no mínimo, ainda me sobram tantos outros 40 anos de vida... Enfim, enquanto ouvia as coisas todas que ele dizia, também deu tempo de pensar que eu não desgostava dele, terminei porque ele tornara-se muito implicante e então a relação tinha virado um eterno “discutir”. Depois de tudo isso ainda me perguntei sobre se haveria mal em tentarmos novamente, desde que em bases mais sólidas, ou seja: conversando desde o princípio sobre as coisas que sabíamos, já de ante-mão, que não funcionavam com a gente. Quando me respondi não foi que disse sim a ele.

Graças a Deus a coisa não seguiu muito adiante, porém tive a oportunidade de perguntar - quando meses depois mais uma vez ele ligou na madrugada motivado pela bebida - o porquê dele não bancar sóbrio o que dizia alcoolizado. A resposta não podia ser mais esclarecedora: ”Tenho medo de você. Sei que você vai me fazer sofrer muito mais do que já fez”. É a pura verdade. Gosto dele, tenho até tesão, mas não é amor. Nunca foi. E ele sabe disso tanto quanto eu. E, no entanto, num momento de insegurança e de carência quase faço uma daquelas bobagens das quais temos muito tempo para nos arrepender depois. Sim, porque caso ele tivesse levado adiante o que propunha, eu iria me empenhar em tornar realidade o que até então era apenas fantasia e assim iria passar um bom período da minha vida investindo no que não tem chances de dar certo.

E agora, escrevendo, comecei a pensar no porque insistimos em querer das pessoas aquilo que, caso elas se disponham a nos dar, não bancaremos. Porque querer ser amado por alguém se você não vai poder usufruir dessa vivência? Porque querer sinceridade se você não dá conta de ouvir a opinião alheia? Porque querer receber carinho se você não consegue retribuí-lo? Porque queremos ter – como quem coleciona itens expostos numa estante – coisas que necessitam ser nutridas para manterem-se, mesmo que não consigamos determinar como elas nascem em nós? Por vaidade, egoísmo? Talvez.

Mas acho que é principalmente por carência que eu vacilei, não só afetiva, mas de algo de relevante acontecendo na vida. Por que querer estas coisas todos queremos. Só que alguns têm certo pudor em pedir aquilo que sabem não vão utilizar, enquanto outros acham absolutamente natural fazê-lo. Talvez porque não conseguem dar-se conta de que não vão corresponder à altura; que o grau de reciprocidade que conseguem alcançar beira á inanição. Quem já passou por isso sabe que é horrível doar-se e só receber de volta o vazio. E mesmo sabendo, mesmo conhecendo os dois lados dessa moeda, estive prestes a deslizar novamente e fazer sofrer alguém que jurei nunca mais machucar.

É, a carência é mesmo capaz de nos levar a arrependimentos profundos. E isso me faz pensar que o tal do lance de pedir em namoro e ter tempo pra pensar no que se quer fazer pode ser, no fundo, uma grande sacada...

4 de janeiro de 2008

Ontem senti saudade...

Por um segundo ou dois estive novamente dentro daquele carro tendo teu rosto diante do meu. Nossos olhos, já tão acostumados uns com os outros, ora mergulhavam-se, ora brincavam de fixar ainda mais o contornos dos rostos que as pontas dos dedos suavemente percorriam. Nenhuma palavra era dita, pois sabíamos... Sabíamos do amor que sentíamos e de que este seria infindo.

E então chorei. Depois de 15 anos mais uma vez eu chorei.

2 de janeiro de 2008

Nunca fiz uma lista de resoluções. Sei lá porque; deve ser a tal da indisciplina... Fato é que nunca fiz uma lista para ter objetivos e metas no ano. E, no entanto, este ano estou tentada. Há dias que penso nisso. Porém vejo as listas das pessoas e penso: "não, não é isso que eu quero"... Porque o que preciso vem de me transformar dentro.

Então em 2008 eu quero:

  • Ser mais doce e carinhosa;
  • Ser mais compreensiva;
  • Evitar julgamentos baseados nas minhas deduções;
  • Ser menos impulsiva;
  • Ser mais amplamente determinada;
  • Ser persistente;
  • Procrastinar menos;
  • Lidar melhor com a possibilidade de rejeição;
  • Ter mais fé racional;
  • Ser verdadeira e constantemente positiva;
  • Tratar as pessoas de forma mais igualitária;
  • Me interessar mais pelas pessoas;
  • Meditar;
  • Ponderar;
  • Conquistar disciplina, disciplina e disciplina;
  • Acreditar menos nas pessoas. Muito menos.
  • Amar!

1 de janeiro de 2008

E aqui a churrasqueira segue funcionando, mesmo depois do carvão ter acabado há duas horas... Não me perguntem como, pois também não faço idéia e temo ir lá descobrir.

E gosto demais da risada, da música, da conversa, das piadas e brincadeiras, das frutas, dos drinks inventados de última hora e até mesmo do karaokê que resistiu bravamente a funcionar - mesmo com três microfones, sendo dois novos - e do que povo se manteve lá: lendo as letras das músicas e cantando em coro. Minha família!