24 de janeiro de 2008

Pelas mensagens que vim recebendo ao longo da semana, de pessoas muito queridas que se preocuparam comigo, eu já havia constatado o que o Pádua disse no comentário do post abaixo: não posso simplesmente deixar de escrever nessa bodega não!

Então aqui vai uma explicação: entrei numa crise existencial, da qual ainda não sai, porém na qual já me sinto melhor, mais senhora da situação. Perdi um tanto da referência de quem sou, pois me percebi não sendo em diversos setores da minha vida e então me senti como uma fraude. Ainda não sei se não sou. Fato é que estou me ajustando no sentido de passar a parecer mais comigo mesma, sendo mais sincera com minhas aspirações, potencialidades, capacidades e limitações.

Num primeiro momento doeu muito, chorei durante dois dias. No terceiro dia entorpeci e no quarto elaborei o que deu. A partir do quinto dia comecei a me sentir e descobri que algumas coisas são bem reais em mim e que é a partir delas que eu poderei me transformar. Mas o mais interessante desse processo é que cada vez mais me liberto de ter "uma velha opinião formada sobre tudo" e que tudo o que você acha que jamais fará ou farão, faz e fazem. "Não sei" passou a ser meu eixo.

Ter certezas nessa vida se torna, a cada dia, mais burrice.

Nenhum comentário: