Faxina daquelas: quarto limpíssimo e eu cheirando a cloro de um jeito que nem banho e nem creme deram conta ainda. Logo, logo encaro o segundo banho, pois esse cheiro já, já me deixará com dor de cabeça. Amanhã... não, tem hospital; quinta... não, tem paciente nova (u-húúúúúúúú!); sexta-feira eu encaro o guarda-roupa e, finalmente, as gavetas da cômoda receberão os separadores que comprei há mais de ano e que ainda estão ali, guardados, esperando que eu os monte nelas. Tentativa de manter todas as coisa nos lugares certos. Às vezes acho que essa é a batalha da minha vida... Porém não sei se existem mesmo os tais lugares certos... Enfim... E assim mesmo arrumar/limpar/organizar me faz bem. Sensação de que vou arrumando fora e arrumando dentro ao mesmo tempo, e de que desta forma vou começar os 41 anos mais "aprumada".
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Ontem achei umas meditações bárbaras e fiz uma sequência toda delas. Me ajudaram e ficar mais calma e perceber algumas coisas sobre mim mesma, a principal delas? Ando de saco cheio da literalidade, principalmente por ser a sua maior vítima. Caracas! Como levo tudo ao pé-da-letra!!! Ando até com saudades da subjetividade, das metáforas, do simbólico...
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As pessoas mentem né? Todas elas. Todas nós. Dizemos o que não fazemos. Fazemos e não admitimos. Apregoamos o que gostaríamos de ser como se já fôssemos. Tentantiva de, ao falar, transformar o projeto em realidade? Pode ser...
Algumas pessoas me definem como alguém de quem não se escreve o que fala; ou não se grava em metal o que escrevo, pois mudo muito de opinião. E é verdade. E me prefiro assim... Eu sei, eu sei, parece incoerente que eu debata e defenda um ponto de vista de forma acirrada e apaixonada por horas e depois ainda vá pensar muito sobre o assunto, principalmente em tudo o que ouvi. E se em algum momento dessa reflexão me der conta que a outra pessoa tem razão, vou mudar de opinião sobre o que quer que for e faço isso de boa, sem grandes preocupações, uma vez que a única coisa certa na vida é a morte e, no entanto, não sabemos quando esta chegará. E também porque meu único compromisso é com a minha felicidade e se eu descobrir que não estou no caminho certo para conquistá-la, bora mudar de rumo, de crenças, de valores, o que for!
O que preciso entender é que embora muita gente não admita, também mentem sobre si mesmas e para si mesmas, principalmente quando agem como juram que não. Desde muito pequena acredito no que as pessoas falam e levo à sério qualquer coisa que digam acerca de si. Já me meti em várias encrencas por conta disso, mas não atentei para a necessidade de mudar... Enfim... Depois fico chocada e decepcionada quando agem de maneira diferente daquilo que apregoam... Não as pessoas mutantes como eu, que têm paixão, mas têm mobilidade, mas aquelas que mantém uma rigidez acerca do que são e fazem sabe? As pessoas que se conhecem e sabem tudo de si? As fodonas? Essas. E começa por ai justamente o motivo pelo qual eu deveria desconfiar delas né? Ninguém se conhece e sabe tudo de si e eu poderia usar um calhamaço de teorias e bibliografia para provar e comprovar o que digo, mas não vou. É simples assim: ninguém se conhece completamente, pois não fomos expostos a todas as possibilidades existênciais e nem seremos. Muitas das nossas ações só se definem - e nos definem - ali, no momento crucial de reagir a um fenômeno. E como nos surpreendemos conoscos mesmos nesses momentos! 90% das vezes não fazemos nada do que acreditávamos que faríamos!
Posso dizer que sei de mim, mas nem sempre. Porém confio em mim, pois sei que tenho um coração bom e que acredito no bem sobre todas as coisas. Sei que para muita gente isso é pouco, mas eu estou satisfeita.
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E agora estava aqui pensando que nas discussões e na hora da raiva tenho um discurso de fodona... Pois, encarno a própria! Mais fodona que eu impossível!!! Mas sabe porque? Minha família é repleta de mulheres assim. É uma persona que pelo visto está incrustrada nos meus ossos...
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É, e tem o tombo da quinta que me faz pensar em que estou mexendo no meu eixo, mas de repente comecei a achar que cai por, na verdade, estar querendo me fazer rígida em algumas coisas quando não o sou. Não, não estou querendo ludibriar a minha proposta de adquirir disciplina, não. Estou e seguirei trabalhando nisso. O x é que disciplina não tem nada a ver com rigidez, embora muitos as confundam. Disciplina é fazer algo, mesmo que não seja extremamente prazeiroso no momento, visando os resultados que são benéficos, logo ali na frente. Rigidez é achar que as coisas são só de um jeito, que existe apenas uma possibilidade de existir, de fazer algo, de sentir e etc.
E eu estava tentando deixar de ser mutante...
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E também tenho pensado no amor. Mais especificamente no fato das pessoas não amarem quem somos, mas aquilos que elas gostaríam que fôssemos. Porque as pessoas têm sempre de achar que a gente tem de mudar em algo para sermos melhores? E ai vai a primeira questão relevante no que tenho pensado: melhores para quem; para nós mesmo ou para elas? A resposta é óbvia...
Porque apenas não nos olham, nos percebem, se perguntam se convivem com quem somos, em paz e com alegria, e pronto: ou ficam conosco ou seguem em frente? Não, têm sempre um projeto para transformarem o que somos no que acreditam que deveríamos ser. A isso se junta o projeto que nós mesmo temos de quem deveríamos ser e o que resulta é numa zona do caramba!
Não me lembro de ter querido mudar alguém que amei... Mas lembro de todas as vezes em que quiseram me mudar. E que foi esse o motivo pelo qual me afastei. Já deixei pessoas de lado por não serem como eu precisava, mas nunca por eles serem o que são. Dá para perceber a diferença? A pessoa é o que é e sempre será um milagre por conta disso. Porém, algumas vezes o que alguém é, não atende as minhas necessidades e então a relação não me nutre. Com isso parto em busca de outras que me alimentem. O problema não é ela e nem sou eu. Simplesmente acontece e faz parte da diversividade de possibilidades que compõe o que chamamos "viver".
Sim, às vezes eu também sugiro que a pessoa deva tentar mudar isso ou aquilo em si mesma, mas não porque o que ela é me incomoda, mas por perceber que ela se incomoda ou que aquilo atrapalha a sua vida afastando-a dos seus sonhos. E só faço isso com pessoas muito queridas e muito íntimas e se a relação que mantemos tiver abertura para tanto. Tenho pessoas queridas e íntimas para as quais jamais sugeri absolutamente nada, mesmo percebendo algo, simplesmente por não sentir abertura.
Eu acredito que amor, amor mesmo, não quer que o outro mude; ama o que ele já é. Acredito também que sabedoria é ter consciência de que ninguém muda porque queremos, planejamos, isso só acontece quando a pessoa acha que deve; e ela pode passar a vida toda sem sequer aranhar essa percepção... Então sábio é quem não desperdiça o amor ou a vida numa pessoa que não é e talvez nunca seja: ela ama o que relamente existe.
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Ninguém imagina a vontade de me esbaldar tomando Coca-Cola ontem à noite, mas eu resisti bravamente!
27 de maio de 2008
Eu não vinha me sentindo bem comigo mesma. Estava extremamente melindrada - recebendo qualquer comentário como ataque pessoal - e quando comecei a perder o pé e ser grossa com as pessoas que amo, percebi que era o momento de fazer algo que há muitos anos não fazia: conchar. Traduzindo: isolei-me para poupar as pessoas do meu mau-humor e gênio, e aproveitei a deixa para pensar e repensar a mim mesma. Algo válido a qualquer momento, mas que me parece mais às portas de fazer aniversário.
Sei que pode ser o Inferno Astral me transformando numa velha rabugenta e ranzinza (brincadeirinha!) ou, o mais provável, a disfunção hormonal me colocando numa TPM alucinada quase que os 30 dias do mês, mas até para mim é difícil de acreditar que essas não sejam apenas justificativas para esconder outras coisas - mimo, mau gênio, obsessão*, babaquice - mesmo tendo sentido na carne o quão maluca já fiquei durante três meses por conta de hormônios enlouquecidos. Como defendo a teoria de que a TPM não cria nada, só amplia conteúdos pré-existentes, resolvi que era hora de parar e olhar para essas coisas. A minha preocupação nem era o mal que eu poderia vir a fazer a alguém, ou às minhas relações (quem ama perdôa sempre?), mas sim o fato de que eu realmente estava me sentindo muito mal: ansiosa, chorona, irritada, raivosa, angústiada, triste... E como decidi que estes estados não perdurariam em mim (é como tomar veneno e esperar que o outro morra, mesmo), fiz o que achei que era o mais acertado para o momento...
Não, não deixei de acessar a Internet durante esse meu "retiro espiritual", porém deixei de estar on-line nos comunicadores instantâneos: MSN, Skype e ICQ. Sinto saudades das pessoas e conversas, às vezes fico off-line só para curtir o povo entrando e saindo, mas não tenho vontade de falar com ninguém ainda, dá para entender? Também não pretendo ficar muitos dias longe, só até que eu me sinta menos vulnerável/louca.
Estou escrevendo algumas coisas e vou publicá-las aqui também... Quem sabe não serve para mais alguém né? Ou como diz uma amiga, minimamente para me conhecerem um pouco mais.
*Obsessão: eu obsediada por um sentimento meu.
Sei que pode ser o Inferno Astral me transformando numa velha rabugenta e ranzinza (brincadeirinha!) ou, o mais provável, a disfunção hormonal me colocando numa TPM alucinada quase que os 30 dias do mês, mas até para mim é difícil de acreditar que essas não sejam apenas justificativas para esconder outras coisas - mimo, mau gênio, obsessão*, babaquice - mesmo tendo sentido na carne o quão maluca já fiquei durante três meses por conta de hormônios enlouquecidos. Como defendo a teoria de que a TPM não cria nada, só amplia conteúdos pré-existentes, resolvi que era hora de parar e olhar para essas coisas. A minha preocupação nem era o mal que eu poderia vir a fazer a alguém, ou às minhas relações (quem ama perdôa sempre?), mas sim o fato de que eu realmente estava me sentindo muito mal: ansiosa, chorona, irritada, raivosa, angústiada, triste... E como decidi que estes estados não perdurariam em mim (é como tomar veneno e esperar que o outro morra, mesmo), fiz o que achei que era o mais acertado para o momento...
Não, não deixei de acessar a Internet durante esse meu "retiro espiritual", porém deixei de estar on-line nos comunicadores instantâneos: MSN, Skype e ICQ. Sinto saudades das pessoas e conversas, às vezes fico off-line só para curtir o povo entrando e saindo, mas não tenho vontade de falar com ninguém ainda, dá para entender? Também não pretendo ficar muitos dias longe, só até que eu me sinta menos vulnerável/louca.
Estou escrevendo algumas coisas e vou publicá-las aqui também... Quem sabe não serve para mais alguém né? Ou como diz uma amiga, minimamente para me conhecerem um pouco mais.
*Obsessão: eu obsediada por um sentimento meu.
24 de maio de 2008
18 de maio de 2008
E ai um dos assuntos de ontem era as pessoas que querem chamar a atenção sobre si mesmas, se tornarem marcantes e o fazem pelo lado negativo falando demais, tentando controlar o incontrolável e delimitar - feito cachorro demarcando com xixi os quatro cantos de um território - um espaço que na maioria das vezes, só existe na cabeça delas. E a coisa acaba sendo tão exagerada e soa tão falsa que se torna desagradável e pedante. NO entanto irei poupá-los da descrição dos fatos e levá-los direto à conclusão:
O ser humano é um ser tão bobo que não consegue perceber que a maneira mais acertada de chamar a atenção sobre si e cativar o outro é a generosidade. Quanto mais generosa uma pessoa for com a outra, mais ela cairá na graça alheia. Deixar que o outro fale, observá-lo, vê-lo e escutá-lo verdadeiramente são as únicas coisas capazes de garantirem um lugar no coração alheio. Porque não somos uma raça boa em essência. Somos egoístas e orgulhosos e só achamos legais as pessoas que abrem espaço para que existamos. Qualquer pessoa que tente ganhar à força um espaço que consideramos nosso, acaba conseguindo é nosso desprezo, mesmo que silencioso.
O ser humano é um ser tão bobo que não consegue perceber que a maneira mais acertada de chamar a atenção sobre si e cativar o outro é a generosidade. Quanto mais generosa uma pessoa for com a outra, mais ela cairá na graça alheia. Deixar que o outro fale, observá-lo, vê-lo e escutá-lo verdadeiramente são as únicas coisas capazes de garantirem um lugar no coração alheio. Porque não somos uma raça boa em essência. Somos egoístas e orgulhosos e só achamos legais as pessoas que abrem espaço para que existamos. Qualquer pessoa que tente ganhar à força um espaço que consideramos nosso, acaba conseguindo é nosso desprezo, mesmo que silencioso.
Dois sábados saindo fora para jantar com Neto e os garçons conseguem nos fazer desviar a atenção de nós mesmos. Sim porque sair com Neto é adentrar num universo tão particular e nosso que creiam-me, poucas pessoas conseguem interferir, mas os garçons têm conseguido essa proeza durante as refeições.
O primeiro foi o Barros, lá do Conchetta, no Bexiga. Simpatíssimo. Mas tanto e tanto que a gente quase precisava ajoelhar no chão e postar as mãos pra ele entender que não, não queríamos comer o que ele nos oferecia, nem um pedacinho só que fosse. E ai ficávamos eu e Neto em estado de alerta e com o riso preso quando ele se aproximava... No fim da noite estávamos quase tirando os pratos da mesa pra ver se dava resultado.
Ontem o restaurante era japonês: Kempô, em Santa Terezinha, e tudo corria bem enquanto era um garçom quem nos atendia. Porém, do meio pro fim da refeição chegou uma garçonete e a coisa começou a ficar o inverso do que foi com o Barros no Concheta; mais um pouco e ela iria nos tirar do restaurante e ter um ataque histérico se, por ventura, algum cliente chegasse. Serviu a sobremesa, trouxe as águas, a conta, serviu os copos incessantemente para retirar as garrafas, e veio buscar a conta antes sequer de terminarmos de comer e olharmos pra dita cuja. Nessa hora Neto, com toda a delicadeza que lhe é peculiar, disse que ela esperasse que quando terminássemos chamaríamos por ela. E a gente segurando o riso, claro. Bastava a moça se aproximar e ficávamos tensos e com vontade de rir e, óbvio, começamos a teorizar sobre o motivo de tamanha ansiedade. A minha teoria era a de um encontro marcado logo após o término do expediente e que, então, ela estava fazendo tudo para garantir que este terminaria o mais cedo possível. Teoria confirmada pelo namorado que pouco depois veio esperá-la na porta. O nome desta era Deusinha. É, a gente sempre acaba perguntando o nome, e desta vez soubemos até que ela é da Paraíba.
Nessas horas dou graças a Deus de estar com Neto que como eu, leva a maioria das coisas estranhas na esportiva. Sei que a maioria dos meus amigos não teriam essa postura e: ou passariam uma carraspana na moça, ou reclamariam para o gerente. Não que eu não ache certo, acho, mas prefiro voltar lá uma segunda vez e dar um toque pessoalmente. Se não funcionar, ai sim reclamo com quem de direito. Afinal a comida pode ser boa, mas se o atendimento não fizer jus, esta acaba por deixar gosto estranho em nós.
O primeiro foi o Barros, lá do Conchetta, no Bexiga. Simpatíssimo. Mas tanto e tanto que a gente quase precisava ajoelhar no chão e postar as mãos pra ele entender que não, não queríamos comer o que ele nos oferecia, nem um pedacinho só que fosse. E ai ficávamos eu e Neto em estado de alerta e com o riso preso quando ele se aproximava... No fim da noite estávamos quase tirando os pratos da mesa pra ver se dava resultado.
Ontem o restaurante era japonês: Kempô, em Santa Terezinha, e tudo corria bem enquanto era um garçom quem nos atendia. Porém, do meio pro fim da refeição chegou uma garçonete e a coisa começou a ficar o inverso do que foi com o Barros no Concheta; mais um pouco e ela iria nos tirar do restaurante e ter um ataque histérico se, por ventura, algum cliente chegasse. Serviu a sobremesa, trouxe as águas, a conta, serviu os copos incessantemente para retirar as garrafas, e veio buscar a conta antes sequer de terminarmos de comer e olharmos pra dita cuja. Nessa hora Neto, com toda a delicadeza que lhe é peculiar, disse que ela esperasse que quando terminássemos chamaríamos por ela. E a gente segurando o riso, claro. Bastava a moça se aproximar e ficávamos tensos e com vontade de rir e, óbvio, começamos a teorizar sobre o motivo de tamanha ansiedade. A minha teoria era a de um encontro marcado logo após o término do expediente e que, então, ela estava fazendo tudo para garantir que este terminaria o mais cedo possível. Teoria confirmada pelo namorado que pouco depois veio esperá-la na porta. O nome desta era Deusinha. É, a gente sempre acaba perguntando o nome, e desta vez soubemos até que ela é da Paraíba.
Nessas horas dou graças a Deus de estar com Neto que como eu, leva a maioria das coisas estranhas na esportiva. Sei que a maioria dos meus amigos não teriam essa postura e: ou passariam uma carraspana na moça, ou reclamariam para o gerente. Não que eu não ache certo, acho, mas prefiro voltar lá uma segunda vez e dar um toque pessoalmente. Se não funcionar, ai sim reclamo com quem de direito. Afinal a comida pode ser boa, mas se o atendimento não fizer jus, esta acaba por deixar gosto estranho em nós.
13 de maio de 2008
Volto a escrever para o endereço que você não abre; desta vez um e-mail aliviado...
Muito, muito, muito bom receber aquela ligação no Domingo à noite e te ouvir dizer, num certo tom de ansiedade amorosa, que sente tanta saudade de mim quanto sinto de ti. Que sente a mesma falta que sinto das nossas conversas... Bom te ouvir pedir para que eu te ligue, como quem pede para não ser esquecido. Melhor ainda, na segunda-feira, foi ouvir o riso baixinho quando confirmou que era você mesmo "dando um toque". Porque o barulho era tanto que eu não tinha certeza se você me ouvia perguntar se era mesmo você quem falava. Tive medo que fosse o meu desejo me pregando uma peça...
Saiba: tua ligação me trouxe grande alívio. É bom saber que a gente não é o único a navegar num barco mesmo que atualmente ele seja feito da saudade de um amor... Saiba também que ainda outro dia chorei a nossa separação como se fosse hoje... Me peguei dizendo que se tivesse noção do quanto seria difícil e solitário ficar distante de você, não teria optado por cumprir com a nossa missão. Às vezes chego a duvidar dessa transcendência mesmo sentindo-a na carne - mesmo tendo certeza de tudo o que vi, ouvi e senti àquela época - ainda hoje com a mesma clareza. Algumas vezes me pergunto se o final disso não será nos perdermos do nosso amor. Não, não na sua forma carnal e sim justo no que tínhamos de mais nosso e mais belo: a conversa olho-no-olho e a sinceridade irrestrita. Entre nós não havia julgamentos, apenas a busca por compreender as nossas motivações e nos aceitarmos com as nossas limitações. Nunca mais ninguém em ofereceu isso e quando ofereci, as pessoas me julgaram ingênua...
A verdade é que acho que o nosso prazo de validade distantes venceu. A gente precisa se encontrar, se pôr no colo e conversar olhando fundo nos olhos para então seguirmos em frente. Porque ainda temos de seguir em frente...
Estou esperando a sua ligação e nela vou te contar desses e-mails e então você os lerá; de uma lanhouse. Não quero confusão e nem atrapalhar a sua vida... Quero apenas que você saiba que aquele amor ainda existe e persiste.
É bom terminar esse e-mail sabendo que você não me achará maluca. Você me reconhecerá. Lembrei agora quando íamos nos reencontrar pela primeira vez e eu estava toda preocupada em você me achar no meio daquela multidão. E então você com a maior calma desse mundo me garantiu que o faria dizendo: "você pode estar misturada em um milhão de pessoas... Eu te acho". Achou.
Beijo!
Muito, muito, muito bom receber aquela ligação no Domingo à noite e te ouvir dizer, num certo tom de ansiedade amorosa, que sente tanta saudade de mim quanto sinto de ti. Que sente a mesma falta que sinto das nossas conversas... Bom te ouvir pedir para que eu te ligue, como quem pede para não ser esquecido. Melhor ainda, na segunda-feira, foi ouvir o riso baixinho quando confirmou que era você mesmo "dando um toque". Porque o barulho era tanto que eu não tinha certeza se você me ouvia perguntar se era mesmo você quem falava. Tive medo que fosse o meu desejo me pregando uma peça...
Saiba: tua ligação me trouxe grande alívio. É bom saber que a gente não é o único a navegar num barco mesmo que atualmente ele seja feito da saudade de um amor... Saiba também que ainda outro dia chorei a nossa separação como se fosse hoje... Me peguei dizendo que se tivesse noção do quanto seria difícil e solitário ficar distante de você, não teria optado por cumprir com a nossa missão. Às vezes chego a duvidar dessa transcendência mesmo sentindo-a na carne - mesmo tendo certeza de tudo o que vi, ouvi e senti àquela época - ainda hoje com a mesma clareza. Algumas vezes me pergunto se o final disso não será nos perdermos do nosso amor. Não, não na sua forma carnal e sim justo no que tínhamos de mais nosso e mais belo: a conversa olho-no-olho e a sinceridade irrestrita. Entre nós não havia julgamentos, apenas a busca por compreender as nossas motivações e nos aceitarmos com as nossas limitações. Nunca mais ninguém em ofereceu isso e quando ofereci, as pessoas me julgaram ingênua...
A verdade é que acho que o nosso prazo de validade distantes venceu. A gente precisa se encontrar, se pôr no colo e conversar olhando fundo nos olhos para então seguirmos em frente. Porque ainda temos de seguir em frente...
Estou esperando a sua ligação e nela vou te contar desses e-mails e então você os lerá; de uma lanhouse. Não quero confusão e nem atrapalhar a sua vida... Quero apenas que você saiba que aquele amor ainda existe e persiste.
É bom terminar esse e-mail sabendo que você não me achará maluca. Você me reconhecerá. Lembrei agora quando íamos nos reencontrar pela primeira vez e eu estava toda preocupada em você me achar no meio daquela multidão. E então você com a maior calma desse mundo me garantiu que o faria dizendo: "você pode estar misturada em um milhão de pessoas... Eu te acho". Achou.
Beijo!
7 de maio de 2008
Quero fazer uma retificação de algo que escrevi aqui e que uma amiga mencionou ontem enquanto conversávamos: o fato de eu não ser ciumenta.
EU SOU CIUMENTA.
O que eu não sou é gratuitamente ciumenta. Não tenho ciúmes se cobiçam quem amo. Não tenho ciúmes se o admiram e revelam a admiração. Não tenho ciúmes nem se dão em cima de quem amo se estamos juntos. Acho vulgar, pequeno, mas não tenho ciúmes. Porém como o calcanhar se percebo que ele tem interesse em outra mulher. Quem não tem ciúmes numa situação dessas?
EU SOU CIUMENTA.
O que eu não sou é gratuitamente ciumenta. Não tenho ciúmes se cobiçam quem amo. Não tenho ciúmes se o admiram e revelam a admiração. Não tenho ciúmes nem se dão em cima de quem amo se estamos juntos. Acho vulgar, pequeno, mas não tenho ciúmes. Porém como o calcanhar se percebo que ele tem interesse em outra mulher. Quem não tem ciúmes numa situação dessas?
6 de maio de 2008
Vááárias coisas, por isso esse será um post longo... Nada do que aqui escrevo é definitivo, são apenas início de questionamentos e percepções; se levarão a algum lugar não sei.
Estava pensando outro dia que na vida, ou você está num lugar ou está do lado oposto. Isso ocorreu-me quando me dei conta do tanto de gente que vive me pedindo favores, pequenos ou grandes não importa, mas favores. Logo para mim que raramente peço algo a qualquer pessoa e que, inclusive, tenho muita dificuldade nisso. Em pedir. A primeira vez em que fui obrigada pelas circunstâncias a pedir um favor a alguém, eu parecia um bicho enjaulado andando de um lado pra outro dentro do meu quarto, por dois dias inteiros e uma noite insone no meio. Horrível. Hoje, alguns pedidos depois, eu peço tranqüilamente pelo que necessito. Difícil é eu achar que não possa fazer o que preciso... E é claro que não entendo muito bem o universo das pessoas que vivem precisando de ajuda, da mesma forma que elas não devem entender o de quem se propõe a fazer tudo por si só.
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E se não me importo de ajudar quem precisa, tem uma coisa que me irrita profundamente em quem pede: quando você diz que ajuda, mas que a pessoa espere um pouquinho, pois você está ocupada ou indo fazer algo para o qual estão te esperando e a pessoa insiste dizendo que é rapidinho, e não é. Ai eu invariavelmente fico imaginando o que leva a pessoa a supor que as necessidades dela são mais relevantes que as minhas...
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Eu não me importo que não gostem de mim. Há muito tempo entendi e aceitei que não nasci para agradar a todos e sei que existem muitas pessoas que com razão ou sem, adorariam saber que morri. Quando escuto: "fulano não gosta de ti", minha reação é: "bem vindo ao clube"! Porém não deixo de achar engraçado quando alguém que escolhe os amigos se e apenas se estes têm a mesma visão de mundo que ele, não gosta de mim porque eu não digo o que a pessoa acha que eu deveria dizer. Fala sério, não é hilário? E então me pego novamente pensando sobre o quanto as pessoas podem ser minimamente sem noção e acreditarem piamente que sabem de si. E dos outros.
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E é tão ruim nos vermos refletidos no outro né? Principalmente quando a situação é negativa. Um amigo passou um perrengue danado esse fim de semana quando as expectativas não bateram em nada com a realidade da pessoa, interna ou externa. E eu lembrei das vezes em que isso aconteceu comigo e que também não consegui dar continuidade sequer a amizade. E ai fico pensando que essa é a mais brutal das rejeições e que me doeria demais passar por isso de alguém achar que nem para amiga eu valho o investimento. Porém é muito foda você idealizar uma pessoa e quando a encontra ela simplesmente não existe. É um corte tão brutal que parece, não dá pra reconstruir e a coisa se perde por completo mesmo. Mas também fico imaginando porque algumas pessoas promovem ilusões acerca de si mesmos? A resposta é triste né? Montam uma personagem, pois desacreditam completamente de quem sejam.. Se gastassem o tempo que gastam inventando quem não são, para aprimorarem quem são, os resultados seriam melhores para todos. E a pessoa não seria tão triste. Pois esse é um traço comum em quem não tem auto-estima: olhos profundamente tristes.
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Às vezes a gente conhece alguém bem, pode ser que muito bem. E pode ser que muito, muito, muito bem mesmo. E, no entanto, devemos evitar antecipar a pessoa, pois ao fazê-lo a precipitamos e com certeza erramos.
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Nenhuma massa de pão deve ser jogada fora antes de que se lhe dêem mais de 12 horas para que cresçam! Até os fermentos têm seu tempo interno para cumprirem a sua missão, e tenho dito!
Estava pensando outro dia que na vida, ou você está num lugar ou está do lado oposto. Isso ocorreu-me quando me dei conta do tanto de gente que vive me pedindo favores, pequenos ou grandes não importa, mas favores. Logo para mim que raramente peço algo a qualquer pessoa e que, inclusive, tenho muita dificuldade nisso. Em pedir. A primeira vez em que fui obrigada pelas circunstâncias a pedir um favor a alguém, eu parecia um bicho enjaulado andando de um lado pra outro dentro do meu quarto, por dois dias inteiros e uma noite insone no meio. Horrível. Hoje, alguns pedidos depois, eu peço tranqüilamente pelo que necessito. Difícil é eu achar que não possa fazer o que preciso... E é claro que não entendo muito bem o universo das pessoas que vivem precisando de ajuda, da mesma forma que elas não devem entender o de quem se propõe a fazer tudo por si só.
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E se não me importo de ajudar quem precisa, tem uma coisa que me irrita profundamente em quem pede: quando você diz que ajuda, mas que a pessoa espere um pouquinho, pois você está ocupada ou indo fazer algo para o qual estão te esperando e a pessoa insiste dizendo que é rapidinho, e não é. Ai eu invariavelmente fico imaginando o que leva a pessoa a supor que as necessidades dela são mais relevantes que as minhas...
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Eu não me importo que não gostem de mim. Há muito tempo entendi e aceitei que não nasci para agradar a todos e sei que existem muitas pessoas que com razão ou sem, adorariam saber que morri. Quando escuto: "fulano não gosta de ti", minha reação é: "bem vindo ao clube"! Porém não deixo de achar engraçado quando alguém que escolhe os amigos se e apenas se estes têm a mesma visão de mundo que ele, não gosta de mim porque eu não digo o que a pessoa acha que eu deveria dizer. Fala sério, não é hilário? E então me pego novamente pensando sobre o quanto as pessoas podem ser minimamente sem noção e acreditarem piamente que sabem de si. E dos outros.
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E é tão ruim nos vermos refletidos no outro né? Principalmente quando a situação é negativa. Um amigo passou um perrengue danado esse fim de semana quando as expectativas não bateram em nada com a realidade da pessoa, interna ou externa. E eu lembrei das vezes em que isso aconteceu comigo e que também não consegui dar continuidade sequer a amizade. E ai fico pensando que essa é a mais brutal das rejeições e que me doeria demais passar por isso de alguém achar que nem para amiga eu valho o investimento. Porém é muito foda você idealizar uma pessoa e quando a encontra ela simplesmente não existe. É um corte tão brutal que parece, não dá pra reconstruir e a coisa se perde por completo mesmo. Mas também fico imaginando porque algumas pessoas promovem ilusões acerca de si mesmos? A resposta é triste né? Montam uma personagem, pois desacreditam completamente de quem sejam.. Se gastassem o tempo que gastam inventando quem não são, para aprimorarem quem são, os resultados seriam melhores para todos. E a pessoa não seria tão triste. Pois esse é um traço comum em quem não tem auto-estima: olhos profundamente tristes.
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Às vezes a gente conhece alguém bem, pode ser que muito bem. E pode ser que muito, muito, muito bem mesmo. E, no entanto, devemos evitar antecipar a pessoa, pois ao fazê-lo a precipitamos e com certeza erramos.
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Nenhuma massa de pão deve ser jogada fora antes de que se lhe dêem mais de 12 horas para que cresçam! Até os fermentos têm seu tempo interno para cumprirem a sua missão, e tenho dito!
29 de abril de 2008
Estava agora olhando as minhas comunidades no Orkut e pensei que algumas eu deveria nem estar, embora seja verdade o que descrevem.
Por exemplo: Sou tarada por paçoquinha. Sou, mas não lembro qual foi a última vez que comi uma. Com certeza não foi no ano de 2007 e ainda não comi nenhuma em 2008. Porque? Pela quantidade de calorias que contém!!! É um luxo ao qual não posso me dar ao desfrute...
Eu adoro Mc Donald's: Adoro, porém a única vez em que comi lá esse ano foi no dia 12 de Fevereiro. Lembro a data porque era aniversário da minha mãe e só comi lá por ter ido buscar remédio de alto custo e era a opção mais viável perto.
Pizza é outra coisa que gosto muito, mas como umas duas vezes no ano... A primeira foi há dois Sábados no reencontro da turma.
E todos pelo mesmo motivo: calorias! E ai fico pensando se eu fosse uma paulistana típica que, por exemplo, como pizza todo final de semana, com que tamanho eu estaria?
Por exemplo: Sou tarada por paçoquinha. Sou, mas não lembro qual foi a última vez que comi uma. Com certeza não foi no ano de 2007 e ainda não comi nenhuma em 2008. Porque? Pela quantidade de calorias que contém!!! É um luxo ao qual não posso me dar ao desfrute...
Eu adoro Mc Donald's: Adoro, porém a única vez em que comi lá esse ano foi no dia 12 de Fevereiro. Lembro a data porque era aniversário da minha mãe e só comi lá por ter ido buscar remédio de alto custo e era a opção mais viável perto.
Pizza é outra coisa que gosto muito, mas como umas duas vezes no ano... A primeira foi há dois Sábados no reencontro da turma.
E todos pelo mesmo motivo: calorias! E ai fico pensando se eu fosse uma paulistana típica que, por exemplo, como pizza todo final de semana, com que tamanho eu estaria?
26 de abril de 2008
Às vezes penso em escrever e-mails para essa sua conta, mesmo sabendo que você jamais a acessa. Vontade de falar todas as coisas de mim, mesmo sabendo que você não lerá; mas um dia, quem sabe?
Quando esse pensamento me vem, junto aparece uma lágrima que, furtiva, lentamente escorre pelo canto do olho...
Saudade.
Não de quem você é hoje, que na verdade desconheço, mas do homem que amei e me amou há muitos anos atrás.
Essa semana fui num lugar onde passei muitas e muitas horas sentada esperando por algo. Algo capaz de me matar de tédio, não sei se você ainda lembra... Um mar de gente à minha volta e, de repente, me pego pensando em você (sonhara contigo naquela noite) o que fez com que, imediatamente, meus olhos se enchessem de lágrimas. E eu ali, segurando para não chorar sem nem sequer saber por quê. A cena era minha mãe saindo por um elevador para a sala cirúrgica e você aparecendo pelo outro... Se fosse naquela época, ao saber que eu estava naquele castigo, você daria um jeito de vir ficar comigo. Por que você era assim. Não tinha perrengue que, na sua opinião, compartilhado, não fosse mais fácil de passar.
Como sinto falta de alguém cuidando de mim!!!
É dolorida a sensação de que se morrermos e por algum motivo ninguém for avisado, levarão dias para sentirem a nossa falta. Só quem ama dá por nossa ausência em minutos...
Não sei por que voltei a sentir a tua falta depois de Novembro. Por que voltei a sonhar contigo tão insistentemente... Por anos você foi uma lembrança esmaecida em mim. Indolor. Talvez seja porque tenha me descoberto amando novamente, porém um amor tão solitário que o inconsciente sonha para me fazer lembrar do que é ter alguém de verdade...
Às vezes penso que algumas das resoluções atuais, que silenciosamente venho pondo em prática, tencionam, na verdade, que eu me “case” ali na frente. De repente a perspectiva de envelhecer só se torna sombria. Não pela solidão em si - com essa eu lido bem mesmo porque não a tenho - mas pela ausência de ser amada. Dá pra entender? A perspectiva de envelhecer sem ter quem te queira de maneira especial, assusta mais do que as rugas que pouco a pouco vão se insinuando...
Tá, agora relendo tudo o que escrevi fiquei com a certeza de que se um dia vier a abrir esse e-mail, irá me achar maluca. Porém estou me importando não... Quem sabe você também sinta falta de voltar a ter alguém para quem você possa falar tudo sem temer as críticas?
Beijo!
Quando esse pensamento me vem, junto aparece uma lágrima que, furtiva, lentamente escorre pelo canto do olho...
Saudade.
Não de quem você é hoje, que na verdade desconheço, mas do homem que amei e me amou há muitos anos atrás.
Essa semana fui num lugar onde passei muitas e muitas horas sentada esperando por algo. Algo capaz de me matar de tédio, não sei se você ainda lembra... Um mar de gente à minha volta e, de repente, me pego pensando em você (sonhara contigo naquela noite) o que fez com que, imediatamente, meus olhos se enchessem de lágrimas. E eu ali, segurando para não chorar sem nem sequer saber por quê. A cena era minha mãe saindo por um elevador para a sala cirúrgica e você aparecendo pelo outro... Se fosse naquela época, ao saber que eu estava naquele castigo, você daria um jeito de vir ficar comigo. Por que você era assim. Não tinha perrengue que, na sua opinião, compartilhado, não fosse mais fácil de passar.
Como sinto falta de alguém cuidando de mim!!!
É dolorida a sensação de que se morrermos e por algum motivo ninguém for avisado, levarão dias para sentirem a nossa falta. Só quem ama dá por nossa ausência em minutos...
Não sei por que voltei a sentir a tua falta depois de Novembro. Por que voltei a sonhar contigo tão insistentemente... Por anos você foi uma lembrança esmaecida em mim. Indolor. Talvez seja porque tenha me descoberto amando novamente, porém um amor tão solitário que o inconsciente sonha para me fazer lembrar do que é ter alguém de verdade...
Às vezes penso que algumas das resoluções atuais, que silenciosamente venho pondo em prática, tencionam, na verdade, que eu me “case” ali na frente. De repente a perspectiva de envelhecer só se torna sombria. Não pela solidão em si - com essa eu lido bem mesmo porque não a tenho - mas pela ausência de ser amada. Dá pra entender? A perspectiva de envelhecer sem ter quem te queira de maneira especial, assusta mais do que as rugas que pouco a pouco vão se insinuando...
Tá, agora relendo tudo o que escrevi fiquei com a certeza de que se um dia vier a abrir esse e-mail, irá me achar maluca. Porém estou me importando não... Quem sabe você também sinta falta de voltar a ter alguém para quem você possa falar tudo sem temer as críticas?
Beijo!
22 de abril de 2008
Beber como uma dama ainda não foi dessa vez...
Como bem disse minha mais nova amiga de infância e copo ontem, ultimamente deve ter muito sangue na minha corrente etílica!!!
Não tô entendendo!
Rapaz, e o corôa que sentou de frente pra menina de mini-saia no metrô só pra ficar encarando a calcinha da moça que nem se apercebeu disso? E você fica ali sem saber se dá um toque. Sorte que logo ela cruzou as pernas e ele perdeu a diversão.
E a mulher que jogando vídeo game no celular fazia com a língua um movimento de sugar, como se tivesse uma chupeta invisível na boca e acabou fazendo com que meio vagão prestasse atenção nela, enquanto ela nem tchuns?
Pessoas sem percepção de si sempre me intrigam...
Como bem disse minha mais nova amiga de infância e copo ontem, ultimamente deve ter muito sangue na minha corrente etílica!!!
Não tô entendendo!
Rapaz, e o corôa que sentou de frente pra menina de mini-saia no metrô só pra ficar encarando a calcinha da moça que nem se apercebeu disso? E você fica ali sem saber se dá um toque. Sorte que logo ela cruzou as pernas e ele perdeu a diversão.
E a mulher que jogando vídeo game no celular fazia com a língua um movimento de sugar, como se tivesse uma chupeta invisível na boca e acabou fazendo com que meio vagão prestasse atenção nela, enquanto ela nem tchuns?
Pessoas sem percepção de si sempre me intrigam...
17 de abril de 2008
Hoje tô feliz comigo mesma!
O motivo para quem não tem um vício pode parecer besta, porém quem é vicíado em alguma coisa sabe o quão difícil é resistir a ele. E eu estou feliz por desde segunda-feira não tomar um gole sequer de Coca-cola ou qualquer outro refrigerante. Hoje fui ao supermercado e voltei de lá sem nenhuma garrafa, ilesa! E olha que havia lá várias garrafas de 3 litros do líquido sagrado por módicos 3 reaus!!! Mas eu olhei, encarei e disse: "Não!!! Só por hoje eu não vou beber Coca-cola ou qualquer outro refrigerante".
Pra ajudar a emagrecer, cortei também sucos e alcoólicos durante 6 dias da semana e, por incrível que pareça, percebi que fica mais fácil para fazer dieta assim. Deve ser porque morro de preguiça de comer, mas de beber? Nenhuma! Um dos meus bordões é achar que comida devia ser líquida!!! Como percebem não tirei nada da minha vida, mas coloquei um limite bem estruturado, pois também não adianta nada me matar durante a semana e no dia em que eu possa consumir, ir lá e perder todos os esforços me empanturrando. Vou aprender a beber como uma donzela, vocês verão.
Além disso voltei a caminhar cotidianamente e a fazer uma hora de ginástica com uns vídeos que baixei da internet. Rapaz! Tem curso até dança do ventre e como o que preciso é de movimento para queimar calorias, tô me mexendo à beça! rs... Porque tem isso né? Você tem de gostar da maioria dos exercícios que faz pra querer fazer todo dia.
E não estou me prometendo nada, mas torcendo muito pra que finalmente eu tenha amadurecido nesse aspecto da minha vida. Andava MUITO triste e descontente não apenas com o meu peso mas, principalmente, pelo mal que vinha fazendo a mim mesma. A mesma sensação que tive com o cigarro até largá-lo de vez...
O motivo para quem não tem um vício pode parecer besta, porém quem é vicíado em alguma coisa sabe o quão difícil é resistir a ele. E eu estou feliz por desde segunda-feira não tomar um gole sequer de Coca-cola ou qualquer outro refrigerante. Hoje fui ao supermercado e voltei de lá sem nenhuma garrafa, ilesa! E olha que havia lá várias garrafas de 3 litros do líquido sagrado por módicos 3 reaus!!! Mas eu olhei, encarei e disse: "Não!!! Só por hoje eu não vou beber Coca-cola ou qualquer outro refrigerante".
Pra ajudar a emagrecer, cortei também sucos e alcoólicos durante 6 dias da semana e, por incrível que pareça, percebi que fica mais fácil para fazer dieta assim. Deve ser porque morro de preguiça de comer, mas de beber? Nenhuma! Um dos meus bordões é achar que comida devia ser líquida!!! Como percebem não tirei nada da minha vida, mas coloquei um limite bem estruturado, pois também não adianta nada me matar durante a semana e no dia em que eu possa consumir, ir lá e perder todos os esforços me empanturrando. Vou aprender a beber como uma donzela, vocês verão.
Além disso voltei a caminhar cotidianamente e a fazer uma hora de ginástica com uns vídeos que baixei da internet. Rapaz! Tem curso até dança do ventre e como o que preciso é de movimento para queimar calorias, tô me mexendo à beça! rs... Porque tem isso né? Você tem de gostar da maioria dos exercícios que faz pra querer fazer todo dia.
E não estou me prometendo nada, mas torcendo muito pra que finalmente eu tenha amadurecido nesse aspecto da minha vida. Andava MUITO triste e descontente não apenas com o meu peso mas, principalmente, pelo mal que vinha fazendo a mim mesma. A mesma sensação que tive com o cigarro até largá-lo de vez...
Hoje te amo para sempre; amanhã não sei...
Só vivi amores platônicos na adolescência. Aos quilos. Nunca vi alguém pra se apaixonar como eu naquela época; conseguia num dia só gostar de uns 3 cabras diferentes... Mas não ficava com nenhum a maioria das vezes. Cobiçava de longe e me atrapalhava de tal forma quando chegavam perto, que eles acabavam desistindo daquela doida.
Por volta dos 21 anos desencantei e passei a ter vários relacionamentos. Namorava um, terminava e dias depois já estava namorando outro. Lembro de uma amiga que morando fora de São Paulo um dia exclamou: "Cacete mulher! Te encontrei 5 vezes nos últimos dois anos e em nenhuma dessas vezes você estava sem ou com o mesmo namorado, foi à forra é"? Pois. Mas se eu ainda era a gorda de sempre, o que havia mudado? Diria que principalmente a minha atitude antes de me apaixonar: passei a me interessar somente por homens que sinalizavam interesse em mim. Sigo assim até hoje. O interesse por mim é a coisa mais sexy e apaixonante que um homem pode ter tanto para me conquistar, quanto para me manter conquistada.
E mesmo amando, se tem uma coisa que não consigo fazer é jura de amor eterno. Todas às vezes em que ouvi um "te amo para sempre" respondi com: "hoje te amo para sempre; amanhã não sei". Se algum não gostou, não sei. Porém o tempo provou que eu não estava errada em evitar me comprometer com algo que nenhum dos dois podia cumprir.
Há alguns dias venho pensando que meu afeto é mesmo muito determinado pelo interesse que percebo que o cara tem por mim. Se ele demonstra interesse e se faz presente, eu correspondo. Se ele se desliga da relação, mesmo sem querer começo a fazer isso. Porque amor não correspondido dói né? Pra porra. Não conheço nada que doa tanto, nem dor de dente.
E embora tenham pessoas que achem que você deve amar e demonstrar amor mesmo que o outro se mantenha "impassível diante do dragão", como diria Neimar de Barros, eu não consigo. Mesmo que ame. Relações onde um dá e o outro joga migalhas achando que isso alimenta não são comigo, nunca foram. Todas as vezes em que terminei meus namoros foram porque me reconheci fazendo isso. Ninguém merece ser tratado assim.
Amor bom é amor correspondido. É amor vivido. É amor compartilhado e construído por dois. Se não for assim não vale a pena, pois logo vira ressentimento e mágoa. Porque quem ama quer ser amado. Ninguém ama por dois, ninguém se dedica sozinho, ninguém se sente bem em beijar apenas a fotografia. Quem ama também quer receber ligações e mensagens carinhosas; quer sentir que o outro sente a sua falta e tem prazer em estar junto e por conta disso abre espaço na própria vida para que o encontro possa acontecer.
Eu sei que por conta desse meu jeito, muita gente acha que me transformo em outra quando me desapaixono e se ressente comigo. Eu não me ressinto de volta, mas acho engraçado a pessoa querer ser tratada com um especialismo que não corresponde. Acho engraçado mesmo, de me rir sabe? Por dentro e pensar: "doido"!!! Mas isso não é loucura, é mimo né? Egocentrismo. É ser como um colecionador de afetos, sendo este algo que você tem, põe na estante, orgulhosamente exibe pros amigos de vez em quando, mas mantém lá, atrás do vidro; você não estabelece relação real com a coleção...
E não pensem que eu não sofra de desamor, sofro. Igual todo mundo. Só que hoje em dia esses processos são mais rápidos. Foi-se o tempo em que eu levava 5 anos pra esquecer um amor. Hoje é questão de meses.
No fim das contas o amar se resume numa coisa só:
Quem ama, corresponde.
Simples assim.
Só vivi amores platônicos na adolescência. Aos quilos. Nunca vi alguém pra se apaixonar como eu naquela época; conseguia num dia só gostar de uns 3 cabras diferentes... Mas não ficava com nenhum a maioria das vezes. Cobiçava de longe e me atrapalhava de tal forma quando chegavam perto, que eles acabavam desistindo daquela doida.
Por volta dos 21 anos desencantei e passei a ter vários relacionamentos. Namorava um, terminava e dias depois já estava namorando outro. Lembro de uma amiga que morando fora de São Paulo um dia exclamou: "Cacete mulher! Te encontrei 5 vezes nos últimos dois anos e em nenhuma dessas vezes você estava sem ou com o mesmo namorado, foi à forra é"? Pois. Mas se eu ainda era a gorda de sempre, o que havia mudado? Diria que principalmente a minha atitude antes de me apaixonar: passei a me interessar somente por homens que sinalizavam interesse em mim. Sigo assim até hoje. O interesse por mim é a coisa mais sexy e apaixonante que um homem pode ter tanto para me conquistar, quanto para me manter conquistada.
E mesmo amando, se tem uma coisa que não consigo fazer é jura de amor eterno. Todas às vezes em que ouvi um "te amo para sempre" respondi com: "hoje te amo para sempre; amanhã não sei". Se algum não gostou, não sei. Porém o tempo provou que eu não estava errada em evitar me comprometer com algo que nenhum dos dois podia cumprir.
Há alguns dias venho pensando que meu afeto é mesmo muito determinado pelo interesse que percebo que o cara tem por mim. Se ele demonstra interesse e se faz presente, eu correspondo. Se ele se desliga da relação, mesmo sem querer começo a fazer isso. Porque amor não correspondido dói né? Pra porra. Não conheço nada que doa tanto, nem dor de dente.
E embora tenham pessoas que achem que você deve amar e demonstrar amor mesmo que o outro se mantenha "impassível diante do dragão", como diria Neimar de Barros, eu não consigo. Mesmo que ame. Relações onde um dá e o outro joga migalhas achando que isso alimenta não são comigo, nunca foram. Todas as vezes em que terminei meus namoros foram porque me reconheci fazendo isso. Ninguém merece ser tratado assim.
Amor bom é amor correspondido. É amor vivido. É amor compartilhado e construído por dois. Se não for assim não vale a pena, pois logo vira ressentimento e mágoa. Porque quem ama quer ser amado. Ninguém ama por dois, ninguém se dedica sozinho, ninguém se sente bem em beijar apenas a fotografia. Quem ama também quer receber ligações e mensagens carinhosas; quer sentir que o outro sente a sua falta e tem prazer em estar junto e por conta disso abre espaço na própria vida para que o encontro possa acontecer.
Eu sei que por conta desse meu jeito, muita gente acha que me transformo em outra quando me desapaixono e se ressente comigo. Eu não me ressinto de volta, mas acho engraçado a pessoa querer ser tratada com um especialismo que não corresponde. Acho engraçado mesmo, de me rir sabe? Por dentro e pensar: "doido"!!! Mas isso não é loucura, é mimo né? Egocentrismo. É ser como um colecionador de afetos, sendo este algo que você tem, põe na estante, orgulhosamente exibe pros amigos de vez em quando, mas mantém lá, atrás do vidro; você não estabelece relação real com a coleção...
E não pensem que eu não sofra de desamor, sofro. Igual todo mundo. Só que hoje em dia esses processos são mais rápidos. Foi-se o tempo em que eu levava 5 anos pra esquecer um amor. Hoje é questão de meses.
No fim das contas o amar se resume numa coisa só:
Quem ama, corresponde.
Simples assim.
16 de abril de 2008
Dando continuidade à série "me falta paciência para": blogs cuja temática é 90% voltada a reclamar de alguma coisa: de si, dos outros, do país, do trabalho, do tempo, de Deus...
Alguns que eu lia diariamente sairam dos meus favoritos por conta disso.
Ops! E não é que se eu seguir com essa temática, meu blog se transformará num desses? rs...
Oi Gui!
;-)
Alguns que eu lia diariamente sairam dos meus favoritos por conta disso.
Ops! E não é que se eu seguir com essa temática, meu blog se transformará num desses? rs...
Oi Gui!
;-)
14 de abril de 2008
Sou espiritualista não pelas coisas que li, mas por conta das coisas que vivi na própria pele. Em tese era para eu passar longe de toda as questões de vida após a morte e da convivência estreita destes com os que cá estão, muitas vezes influenciando as suas existências, assim como com o que comumente se chama de carma - mas não é. Devia ter me mantido ao largo de tudo isso uma vez que passei 13 anos estudando em colégio de freiras e morria de medo de espíritos ou qualquer coisa que se assemelhasse a eles, pelo simples fato de que ainda muito pequena - 4 anos - tinha sonhos muito ruins com seres invisíveis que vinham me buscar para brincarmos. Até ai normal né? Só que num determinado momento dos sonhos aqueles seres judiavam de mim, invariavelmente me deixando apavorada. Então eu acordava chorando e meu pai vinha ficar sentado aos pés da minha cama até que eu voltasse a dormir, o que só acontecia quando eu via o dia clareando. Durante meses isso aconteceu todos os dias e só cessou depois que minha mãe foi a um centro espírita e lá mandaram fazer uma reza e colocar uma flor branca embaixo do meu travesseiro. Só soube disso muitos anos depois.
Outro fator que me defenderia de acreditar nessas coisas seria a característica de São Thomé: a teoria pode ser linda e lógica, mas quero sempre comprovações práticas ou, minimamente, fortes indícios de que a coisa acontece de verdade, caso contrário "nem a pau juvenal"!
Isso posto, quero contar aqui a primeira experiência que tive nesse sentido, porém ainda preciso contextualizá-la: eu devia ter 17/18 anos e há algum tempo estudava o espiritismo, cuja filosofia tomei contato por conta da morte do meu pai.
Outra informação necessária é a de que nos primeiros anos da minha puberdade eu sofria com cólicas terríveis que me faziam cair de cama e tomar tanto analgésico, um por cima do outro, a ponto de não saber como nunca tive uma orvedose, já que numa só vez. num intervalo de duas horas, tomei 8 (oito) analgésicos diferentes. Isso foi até que um dia um médico compadeceu-se de mim e receitou um analgésico cirúrgico para que eu tivesse alguma vida no meu período menstrual. Foi o que me salvou, mas fez meu dentista ficar muito assustado.
Agora vamos ao que interessa: numa madrugada acordo sentindo tanta, mas tanta cólica que quando tive noção de que estava desperta, também me dei conta de que estava no meio de um Pai Nosso e pedindo socorro à qualquer equipe médica do espaço que estivesse por perto. Eu sentia tanta dor, mas tanta dor que não conseguia sequer chamar minha irmã na cama ao lado para me dar remédio. A única coisa na qual pensava é que eu ia morrer. Eu me sentia morrendo. E ai pensava que o faria a um metro de distância dela e que ela não ia nem ver. Voltei a rezar já que era só o que consegui fazer e, de repente, apaguei.
Essa foi a primeira e única vez em que me desdobrei fisicamente, ou seja, na qual meu espírito saiu do corpo e eu segui tendo consciência de tudo o que acontecia comigo e à minha volta. Era como se estivesse sentada na cama e vendo meu corpo ali deitado no escuro. Com um pouco de tempo percebi que havia duas pessoas em pé do lado esquerdo da minha cama e que tendo os braços estendidos em direção ao meu corpo com as mãos posta sobre o meu abdome - mas sem tocá-lo - emanavam uma energia muito sutil que entrava em mim. Quando me fixei para tentar ver o que era aquela coisa de cor clara e um tantinho brilhante que ia para a minha barriga, percebi que do outro lado havia algo muito escuro e gosmento também entrando lá. Fui acompanhando aquela coisa com o olhar e me deparei com uma criatura horrível e disforme, mais parecendo um monte de geleca, que tinha a mão e parte do braço dentro de mim e dizia algo que eu não conseguia entender a princípio. Concentrei-me muito para escutar o que era dito num tom baixo e cheio de ódio, até que entendi: "vou matá-la. Ela me paga! Vou matá-la. Hoje ela não me escapa". Fiquei tão assustada e tão apavorada que nem sei como é possível, mas o fato é que desmaiei mesmo estando desdobrada.
Quando acordei a manhã já ia avançada e eu não sentia nenhuma dor. Nada. Beslicava meu abdome e era como se ele estivesse anestesiado, dormente. Lembrei-me da criatura e comecei a chorar, pois imediatamente me veio a consciência de que eu havia prejudicado muito aquela pessoa e, principalmente, que havia feito isso quando ela nutria por mim um amor profundo, pois só odeia naquela intensidade quem um dia amou da mesma forma.
Eu não via nada, ninguém, mas sentia que todos ainda estavam ali. Foi então que em voz alta pedi perdão pelo mal que, sabia, havia lhe feito, embora não me recordasse qual fora. Pedi que me desse uma oportunidade de provar-lhe que não era mais aquela pessoa que um dia o magoara tão terrivelmente, embora ainda fosse alguém cheia de defeitos. Por fim me comprometi a que, se Deus permitisse, tê-lo por filho para tentar reparar o mal que até então eu havia feito. No entanto fiz ver que ele precisava partir para tratamento, pois se voltasse com aquele quanto de energia negativa grudada ao perispírito (corpo espiritual), iria ter um vida cheia de problemas de saúde. Ainda estava chorando emocionada quando fiz uma oração agradecendo a Deus a oportunidade que Ele me concedia de ter tomado consciência do meu erro, e pela chance de começar a reconstruir aquilo que um dia destrui. Foi então que senti o ambiente serenar e soube: a pessoa havia aceito meu compromisso e partira para o plano espiritual.
O que senti naquele dia mais tarde não foi cólica - sim, eu segui tendo cólica, porém elas nunca mais foram naquela intensidade e passam até hoje com Dipirona - mas um vazio como se tivessem tirado de mim um pedaço que doia, não no corpo, mas na alma. Passei dias sentindo falta...
Outro fator que me defenderia de acreditar nessas coisas seria a característica de São Thomé: a teoria pode ser linda e lógica, mas quero sempre comprovações práticas ou, minimamente, fortes indícios de que a coisa acontece de verdade, caso contrário "nem a pau juvenal"!
Isso posto, quero contar aqui a primeira experiência que tive nesse sentido, porém ainda preciso contextualizá-la: eu devia ter 17/18 anos e há algum tempo estudava o espiritismo, cuja filosofia tomei contato por conta da morte do meu pai.
Outra informação necessária é a de que nos primeiros anos da minha puberdade eu sofria com cólicas terríveis que me faziam cair de cama e tomar tanto analgésico, um por cima do outro, a ponto de não saber como nunca tive uma orvedose, já que numa só vez. num intervalo de duas horas, tomei 8 (oito) analgésicos diferentes. Isso foi até que um dia um médico compadeceu-se de mim e receitou um analgésico cirúrgico para que eu tivesse alguma vida no meu período menstrual. Foi o que me salvou, mas fez meu dentista ficar muito assustado.
Agora vamos ao que interessa: numa madrugada acordo sentindo tanta, mas tanta cólica que quando tive noção de que estava desperta, também me dei conta de que estava no meio de um Pai Nosso e pedindo socorro à qualquer equipe médica do espaço que estivesse por perto. Eu sentia tanta dor, mas tanta dor que não conseguia sequer chamar minha irmã na cama ao lado para me dar remédio. A única coisa na qual pensava é que eu ia morrer. Eu me sentia morrendo. E ai pensava que o faria a um metro de distância dela e que ela não ia nem ver. Voltei a rezar já que era só o que consegui fazer e, de repente, apaguei.
Essa foi a primeira e única vez em que me desdobrei fisicamente, ou seja, na qual meu espírito saiu do corpo e eu segui tendo consciência de tudo o que acontecia comigo e à minha volta. Era como se estivesse sentada na cama e vendo meu corpo ali deitado no escuro. Com um pouco de tempo percebi que havia duas pessoas em pé do lado esquerdo da minha cama e que tendo os braços estendidos em direção ao meu corpo com as mãos posta sobre o meu abdome - mas sem tocá-lo - emanavam uma energia muito sutil que entrava em mim. Quando me fixei para tentar ver o que era aquela coisa de cor clara e um tantinho brilhante que ia para a minha barriga, percebi que do outro lado havia algo muito escuro e gosmento também entrando lá. Fui acompanhando aquela coisa com o olhar e me deparei com uma criatura horrível e disforme, mais parecendo um monte de geleca, que tinha a mão e parte do braço dentro de mim e dizia algo que eu não conseguia entender a princípio. Concentrei-me muito para escutar o que era dito num tom baixo e cheio de ódio, até que entendi: "vou matá-la. Ela me paga! Vou matá-la. Hoje ela não me escapa". Fiquei tão assustada e tão apavorada que nem sei como é possível, mas o fato é que desmaiei mesmo estando desdobrada.
Quando acordei a manhã já ia avançada e eu não sentia nenhuma dor. Nada. Beslicava meu abdome e era como se ele estivesse anestesiado, dormente. Lembrei-me da criatura e comecei a chorar, pois imediatamente me veio a consciência de que eu havia prejudicado muito aquela pessoa e, principalmente, que havia feito isso quando ela nutria por mim um amor profundo, pois só odeia naquela intensidade quem um dia amou da mesma forma.
Eu não via nada, ninguém, mas sentia que todos ainda estavam ali. Foi então que em voz alta pedi perdão pelo mal que, sabia, havia lhe feito, embora não me recordasse qual fora. Pedi que me desse uma oportunidade de provar-lhe que não era mais aquela pessoa que um dia o magoara tão terrivelmente, embora ainda fosse alguém cheia de defeitos. Por fim me comprometi a que, se Deus permitisse, tê-lo por filho para tentar reparar o mal que até então eu havia feito. No entanto fiz ver que ele precisava partir para tratamento, pois se voltasse com aquele quanto de energia negativa grudada ao perispírito (corpo espiritual), iria ter um vida cheia de problemas de saúde. Ainda estava chorando emocionada quando fiz uma oração agradecendo a Deus a oportunidade que Ele me concedia de ter tomado consciência do meu erro, e pela chance de começar a reconstruir aquilo que um dia destrui. Foi então que senti o ambiente serenar e soube: a pessoa havia aceito meu compromisso e partira para o plano espiritual.
O que senti naquele dia mais tarde não foi cólica - sim, eu segui tendo cólica, porém elas nunca mais foram naquela intensidade e passam até hoje com Dipirona - mas um vazio como se tivessem tirado de mim um pedaço que doia, não no corpo, mas na alma. Passei dias sentindo falta...
13 de abril de 2008
Se tem uma coisa que me irrita nos usuários do MSN são aqueles que ficam off-line. E irrita não pelo ato em si, mas pela contradição de princípios que a ação encerra.
Se você pergunta à pessoa porque está nesse status, 99% das vezes respondem que estão fugindo de alguém - mesmo que para tanto seja mais fácil simplesmente bloquear - e é ai que se dá a contradição: pois se elas dão-se ao privilégio de escolher com quem falam, o negam aos demais em relação a si mesmos, pois você querendo ou não, quando menos espera a pessoa está na tela com você.
Como se chato no mundo só fossem os outros, captou?
Se você pergunta à pessoa porque está nesse status, 99% das vezes respondem que estão fugindo de alguém - mesmo que para tanto seja mais fácil simplesmente bloquear - e é ai que se dá a contradição: pois se elas dão-se ao privilégio de escolher com quem falam, o negam aos demais em relação a si mesmos, pois você querendo ou não, quando menos espera a pessoa está na tela com você.
Como se chato no mundo só fossem os outros, captou?
9 de abril de 2008
Segunda-feira foi um dia tão, tão, tão estressante que só me recuperei dele na noite de hoje.
Pense ai que o dia começou com um curto-circuito que quase botou fogo na casa, seguido por um pau no meu micro que me obrigou a levá-lo para a assistência técnica, o que NUNCA é um processo fácil, vide o risinho divertido que o moço deu após todas as recomendações de como tratar a minha HD temperamental e o olhar que lancei a ela na hora da nossa separação. Então foi a vez do celular, que já não anda lá essas coisas e precisa duma bateria nova U-R-G-E-N-T-E, ficar sem serviços quando mais eu precisava dele. Liguei na TIM e o sinal que sempre leva 15 minutos pra ser restaurado levou 3 horas. E isso sem dizer que era dia de banco, compras normais e compras pro preparo da minha mãe para o Holter, que é um aparelho que monitora o coração por 24 horas seguidas. E ainda teve uma outra atividade no meio disso tudo que gerou um estresse alto de domnigo até terça. Pois. Sabem aqueles dias em que acabam o mês mas o dia não? Foi segunda.
Mas uma hora acaba, sempre acaba, mesmo.
E no fim tudo deu certo. O curto-foi solucionado. O celular voltou a funcionar assim como o micro. Sorte que não precisou formatá-lo, mas precisou trocar a fonte. E sim, o Rootkit que estava aqui foi retirado porque o Erick é bom, tanto quanto quem o colocou. Confesso que isso tem me feito ficar pensativa, pois li em diversos fóruns que para se instalá-lo, ele precisa ser clicado e tenho certeza que não cliquei em nada que me foi enviado, pois também nada me foi enviado pela pessoa em questão... Assim como tenho certeza que tudo foi feito muito antes de eu dar qualquer motivo... Mas enfim...
Deixemos de coisa e cuidemos da vida.
Pense ai que o dia começou com um curto-circuito que quase botou fogo na casa, seguido por um pau no meu micro que me obrigou a levá-lo para a assistência técnica, o que NUNCA é um processo fácil, vide o risinho divertido que o moço deu após todas as recomendações de como tratar a minha HD temperamental e o olhar que lancei a ela na hora da nossa separação. Então foi a vez do celular, que já não anda lá essas coisas e precisa duma bateria nova U-R-G-E-N-T-E, ficar sem serviços quando mais eu precisava dele. Liguei na TIM e o sinal que sempre leva 15 minutos pra ser restaurado levou 3 horas. E isso sem dizer que era dia de banco, compras normais e compras pro preparo da minha mãe para o Holter, que é um aparelho que monitora o coração por 24 horas seguidas. E ainda teve uma outra atividade no meio disso tudo que gerou um estresse alto de domnigo até terça. Pois. Sabem aqueles dias em que acabam o mês mas o dia não? Foi segunda.
Mas uma hora acaba, sempre acaba, mesmo.
E no fim tudo deu certo. O curto-foi solucionado. O celular voltou a funcionar assim como o micro. Sorte que não precisou formatá-lo, mas precisou trocar a fonte. E sim, o Rootkit que estava aqui foi retirado porque o Erick é bom, tanto quanto quem o colocou. Confesso que isso tem me feito ficar pensativa, pois li em diversos fóruns que para se instalá-lo, ele precisa ser clicado e tenho certeza que não cliquei em nada que me foi enviado, pois também nada me foi enviado pela pessoa em questão... Assim como tenho certeza que tudo foi feito muito antes de eu dar qualquer motivo... Mas enfim...
Deixemos de coisa e cuidemos da vida.
5 de abril de 2008
E hoje é aniversário do Brunno.
O Brunno é alguém que amo de um jeito que nem sei.
Na verdade, amo-o de tantos e tantos jeitos que é difícil especificar um.
O Brunno me ensina coisas sobre mim mesma.
Ao longo desses anos o meu maior aprendizado com ele foi o de ampliar limites e derrubar barreiras.
Principalmente as do meu preconceito.
Ultimamente aprendi que ele precisa ser protegido dele mesmo.
Amar o Brunno é fácil, embora não seja.
Ser amada pelo Brunno não é fácil, embora seja.
Ele amplia a minha capacidade de amar.
Às vezes o Brunno dói.
Muito.
Outras vezes ele faz cócegas e a gente ri feito criança.
Por horas.
Noutras vezes ainda ele é como fogueira e nos incedeia...
Já errei com o Brunno.
Já o machuquei;
Bem recentemente ele errou e sofreu muito (ainda sofre) e tudo por minha culpa.
E nem assim ele deixa de me amar.
Eu também já acertei com o Brunno;
E já o ajudei a sair de enrascadas.
Mas não é por isso que ele me ama.
Na verdade nem sei porque ele me ama.
Mas sei que ama.
Algumas vezes sinto ciúmes dele.
Porque ele é "amado" demais! rs*****
Se você quer exclusividade, esqueça o Brunno.
Mesmo ele agindo como se só existisse você no universo, não existe só você; e ele enxerga longe.
Já conversei com o Brunno quando ele estava completamente "alegre".
Já ouvi segredos.
Já chorei com ele.
Ele já gritou comigo.
O Brunno já mentiu pra mim.
Eu já menti pro Brunno.
E ele também já me deu presentes incríveis.
O Brunno tem reclamado que mudei.
Que já não converso mais como conversava antes.
O que é verdade.
E não é.
Não pelos motivos que ele imagina.
Mudamos os dois.
Ele por que não precisa mais me convencer.
Eu por que estou plenamente convencida.
Já passei muito tempo acreditando que não ia ter mais o Brunno na minha vida.
Já chorei dias por ele.
Meses.
Brigas.
Foram boas para descobrir que nunca mais o quero longe de mim.
A vida é triste sem ele.
Prefiro sorrir e chorar, mas com ele por perto.
Esse ano quis fazer um presente diferente para ele e então fiz uma oração.
Cantada.
A capela.
Oração para Brunno
Letra: Marie Jeanne Sermoud
Hoje aos céus ergo uma prece
Pequena, singela... Mas em tua intenção
Rogo a Deus que os caminhos te elevem
E para os perigos teus peço proteção.
Que Ele o conduza por entre as batalhas
Travadas no coração silente
Durante madrugadas caladas
Nas quais os olhos espelham a mente.
Que Ele o ampare nas quedas
E o fortaleça diante das tuas fraquezas
Que a raiva do amor não faça pedras
E de perdoar não mais te esqueças.
Recebe Senhor esta sincera oração
Feita de todo o meu coração
Acolhe do Brunno a humanidade
Transmutando-o por sua bondade.
O Brunno é alguém que amo de um jeito que nem sei.
Na verdade, amo-o de tantos e tantos jeitos que é difícil especificar um.
O Brunno me ensina coisas sobre mim mesma.
Ao longo desses anos o meu maior aprendizado com ele foi o de ampliar limites e derrubar barreiras.
Principalmente as do meu preconceito.
Ultimamente aprendi que ele precisa ser protegido dele mesmo.
Amar o Brunno é fácil, embora não seja.
Ser amada pelo Brunno não é fácil, embora seja.
Ele amplia a minha capacidade de amar.
Às vezes o Brunno dói.
Muito.
Outras vezes ele faz cócegas e a gente ri feito criança.
Por horas.
Noutras vezes ainda ele é como fogueira e nos incedeia...
Já errei com o Brunno.
Já o machuquei;
Bem recentemente ele errou e sofreu muito (ainda sofre) e tudo por minha culpa.
E nem assim ele deixa de me amar.
Eu também já acertei com o Brunno;
E já o ajudei a sair de enrascadas.
Mas não é por isso que ele me ama.
Na verdade nem sei porque ele me ama.
Mas sei que ama.
Algumas vezes sinto ciúmes dele.
Porque ele é "amado" demais! rs*****
Se você quer exclusividade, esqueça o Brunno.
Mesmo ele agindo como se só existisse você no universo, não existe só você; e ele enxerga longe.
Já conversei com o Brunno quando ele estava completamente "alegre".
Já ouvi segredos.
Já chorei com ele.
Ele já gritou comigo.
O Brunno já mentiu pra mim.
Eu já menti pro Brunno.
E ele também já me deu presentes incríveis.
O Brunno tem reclamado que mudei.
Que já não converso mais como conversava antes.
O que é verdade.
E não é.
Não pelos motivos que ele imagina.
Mudamos os dois.
Ele por que não precisa mais me convencer.
Eu por que estou plenamente convencida.
Já passei muito tempo acreditando que não ia ter mais o Brunno na minha vida.
Já chorei dias por ele.
Meses.
Brigas.
Foram boas para descobrir que nunca mais o quero longe de mim.
A vida é triste sem ele.
Prefiro sorrir e chorar, mas com ele por perto.
Esse ano quis fazer um presente diferente para ele e então fiz uma oração.
Cantada.
A capela.
Oração para Brunno
Letra: Marie Jeanne Sermoud
Hoje aos céus ergo uma prece
Pequena, singela... Mas em tua intenção
Rogo a Deus que os caminhos te elevem
E para os perigos teus peço proteção.
Que Ele o conduza por entre as batalhas
Travadas no coração silente
Durante madrugadas caladas
Nas quais os olhos espelham a mente.
Que Ele o ampare nas quedas
E o fortaleça diante das tuas fraquezas
Que a raiva do amor não faça pedras
E de perdoar não mais te esqueças.
Recebe Senhor esta sincera oração
Feita de todo o meu coração
Acolhe do Brunno a humanidade
Transmutando-o por sua bondade.
Ando com uma preguiça danada de escrever no blog. Ando. E tem assunto viu? Vááááários.
Como por exemplo o fato de que estarmos aceitando doações de televisores de 21 polegadas, ou mais, depois que o capeta do meu sobrinho de 3 anos tacou a TV da sala no chão e a esbugalhou inteira. Pois. Nessa quinta-feira. Bastou meu irmão ir à cozinha fazer a mamoca dele. Eu estava aqui no meu quarto e minha mãe no quarto dela, eram umas 17 horas quando escutamos um estrondo e meu irmão gritar: "Meu Deus do céu, meu Deus! Eu não acredito!" Desci as escadas que nem sei como e me deparo com meu irmão em pânico, mãos na cabeça, olhando pra TV partida em mil pedaços, os dois peixes betas pulando no tapete, aparelhos da SKY e de DVD cada um para um lado e o moleque sentado no sofá como se não fosse com ele; mas molhado feito um pinto. Os aquários desabaram em cima dele. E é um milagre ele não ter sofrido nenhum arranhão sequer. eu sei. Agora, pensando, sei também que a cena é engraçada, porém ainda não consegui rir disso. Meu irmão também não. Inclusive, fiquei com uma pena danada do meu irmão. Coisa rara de acontecer, mas dessa vez eu fiquei. A cada vez que penso no ocorrido fico com pena dele. O futuro dele não será fácil com esse menino. Não estou rogando praga, no entanto é fácil perceber que a personalidade do Victor é a mais difícil de todos os cinco irmãos. Teimoso, desobediente, respondão e esperto: quando me viu saiu correndo do sofá chorando o medo das palmadas do pai, que eu deixaria dar com a mais absoluta certeza, porém tive de trazê-lo para cima uma vez que minha mãe já estava passando mal de desespero achando que ele estava machucado. E não é que ela quis adular o menino depois de tudo isso? Levou bronca minha para se tocar. Muito da culpa do moleque estar impossível é dela que se tornou o estilo de avó que não educa e não deixa educar, sabe como é? Já rolaram algumas discussões nossas por conta disso e eu já decidi que se por ventura vier a engravidar por acidente, não crio meu filho na casa dela não. Deus me livre de vê-la fazer isso com um filho meu! Vó é bom, mas decididamente tem de ser visita!
+
Cheguei da caminhada hoje e meu irmão contou que os pais da madrasta da Isabella, a menina assasinada, era o seu vizinho de porta em Guarulhos que conheci e para os quais, inclusive, paguei um mico e os peitos enquanto conversávamos no aniversário de um ano da Luíza, minha sobrinha. Quem lê esse blog desde o Bolsa de Mulher deve lembrar dessa história. São pessoas bacanas. Incrível né?
Como por exemplo o fato de que estarmos aceitando doações de televisores de 21 polegadas, ou mais, depois que o capeta do meu sobrinho de 3 anos tacou a TV da sala no chão e a esbugalhou inteira. Pois. Nessa quinta-feira. Bastou meu irmão ir à cozinha fazer a mamoca dele. Eu estava aqui no meu quarto e minha mãe no quarto dela, eram umas 17 horas quando escutamos um estrondo e meu irmão gritar: "Meu Deus do céu, meu Deus! Eu não acredito!" Desci as escadas que nem sei como e me deparo com meu irmão em pânico, mãos na cabeça, olhando pra TV partida em mil pedaços, os dois peixes betas pulando no tapete, aparelhos da SKY e de DVD cada um para um lado e o moleque sentado no sofá como se não fosse com ele; mas molhado feito um pinto. Os aquários desabaram em cima dele. E é um milagre ele não ter sofrido nenhum arranhão sequer. eu sei. Agora, pensando, sei também que a cena é engraçada, porém ainda não consegui rir disso. Meu irmão também não. Inclusive, fiquei com uma pena danada do meu irmão. Coisa rara de acontecer, mas dessa vez eu fiquei. A cada vez que penso no ocorrido fico com pena dele. O futuro dele não será fácil com esse menino. Não estou rogando praga, no entanto é fácil perceber que a personalidade do Victor é a mais difícil de todos os cinco irmãos. Teimoso, desobediente, respondão e esperto: quando me viu saiu correndo do sofá chorando o medo das palmadas do pai, que eu deixaria dar com a mais absoluta certeza, porém tive de trazê-lo para cima uma vez que minha mãe já estava passando mal de desespero achando que ele estava machucado. E não é que ela quis adular o menino depois de tudo isso? Levou bronca minha para se tocar. Muito da culpa do moleque estar impossível é dela que se tornou o estilo de avó que não educa e não deixa educar, sabe como é? Já rolaram algumas discussões nossas por conta disso e eu já decidi que se por ventura vier a engravidar por acidente, não crio meu filho na casa dela não. Deus me livre de vê-la fazer isso com um filho meu! Vó é bom, mas decididamente tem de ser visita!
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Cheguei da caminhada hoje e meu irmão contou que os pais da madrasta da Isabella, a menina assasinada, era o seu vizinho de porta em Guarulhos que conheci e para os quais, inclusive, paguei um mico e os peitos enquanto conversávamos no aniversário de um ano da Luíza, minha sobrinha. Quem lê esse blog desde o Bolsa de Mulher deve lembrar dessa história. São pessoas bacanas. Incrível né?
3 de abril de 2008
1 de abril de 2008

Estava esperando alguma das fotografias tiradas durante o encontro para ilustrar o post sobre o reencontro com a turma do primeiro grau e, embora as meninas sejam lentas e o fotógrafo do bar para onde fomos depois, também, ele postou uma foto mais cedo e eu, claro, roubei! Na foto não estão todos, pois foi tirada assim que chegamos ao Taberna - medida tomada para que a anfitriã não fosse expulsa do prédio - e nem todos haviam chegado lá ainda.
Foi uma verdadeira e maravilhosa loucura esse reencontro! Uma energia tão boa, uma alegria tão doida por estarmos novamente juntos depois de quase 26 anos, que se traduziram numa falação maluca, em brindes e mais brindes, em danças, piadas, "tiração" de sarro e alguns "pegas"... rs... Era como se, de repente, um bando de quarentões voltasse a ser adolescente. Porém, ao contrário daquele grupo que estudava e viva reprimido pelo colégio católico rigorosíssimo, dessa vez aquelas eram pessoas liberadas e de bem consigo mesmos e com a vida.
É claro que todas as pessoas ali passaram perrengues e revertérios ao longo dos anos. Todos experimentaram o gosto do fracasso, seja na vida profissional, financeira, familiar ou afetiva, porém todos sobreviveram e seguiram em frente. Nem todo mundo está "bem" hoje, alguns estão em processo de separação, outros mudando de profissão, mas ninguém me pareceu derrotado, mesmo que dolorido.
Para muita gente, talvez a maioria, a sensação era de estar reencontrado parte da familia já que noventa e nove por cento de nós estudou junto desde o primeiro ano, muitos desde o pré-primário. Então, além da escola a gente convivia muito fora de lá e o amor entre nós era forte e verdadeiro. Foi a faculdade quem acabou por separar a maioria. Sábado constatamos na pele que nada foi capaz de matar o amor que sentimos, ele estava todo ali, apenas adormecido, esperando ser retomado. A conversa fluiu fácil; coisas que geralmente temos receio de contar foram ditas, perguntadas e respondidas de pronto, como quem fala a um irmão que não vê há muito tempo, mas em quem nunca se deixou de confiar.
Para mim as coisas mais marcantes foram:
1) Reconhecer os olhares cúmplices que se buscavam como quando em sala de aula, fazendo e rindo das mesmas piadas;
2) A metamorfose de uma das meninas, a Márcia - na foto com a peruca vermelha. Ela era a mais tímida garota que já existiu na face da terra e chegou lá um MULHERÃO que ri sem ficar vermelha, fala bobagem, tira sarro dos outros e de si mesma dizendo que antes era "tapada", paga mico e não tá nem ai! Todos ficamos deliciados com tamanha transformação!
3) Me sentir MULHER de novo. Não, a pegação não foi comigo... Mas deixemos de coisa e pulemos essa parte... rs...
4) Ver como o povo estava melhor e mais bonito do que na adolescência! Sem mentira nenhuma! Todos, até eu, apesar de infinitamente mais gorda hoje do que na época. Todo mundo muito bem cuidados, pele boa, perfume gostoso... Mas acredito que o ingrediente perfeito de beleza no grupo era a alegria mesmo.
Se todos tiveram a mesma opinião que eu sobre o encontro? Certeza que sim! Desde ontem a minha caixa de e-mails não pára de dar alertas.. rs... E para além das inúmeras declarações de amor trocadas, já estão na agenda da turma várias programações, inclusive viagens!
P.s.1: a única coisa que "não gostei" foi rever as fotos da primeira série e constatar como eu já era GIGANTE. Caracas! Eu era mais alta até que todos os meninos da minha sala!!! Tem noção? E hoje isso não mudou não... rs... Ao menos dos que foram... rs... Só empatei com o Jefferson, e mesmo assim não tenho certeza... rs...
P.s.2: essas fotos serão scaneadas e depois publicadas aqui só para voc~es verem de onde veio a minha noção de ser imensa!
30 de março de 2008
Passarinho voou
Quando a empresa faliu minha mãe começou a fazer salgado para fora. Uma das nossas gerentes arranjou para fornecermos as lanchonetes da Telefônica e com o tempo, os pedidos foram aumentando, graças a Deus, o que permitia que tivéssemos dinheiro para pagar a água, a luz e o gás, para comprar matéria-prima e comida, embora, muitas vezes, comêssemos apenas o que sobrava do preparo dos salgados, pois era o que tinha. Foi uma época difícil.
Um dia, enquanto empanava as coxinhas, fiquei observando minha mãe trabalhando e comecei a pensar no quanto aquele era um trabalho pesado mesmo para ela, talhada no ofício, pois embora me dispusesse a ajudar em tudo, era um serviço muito especializado e minha pouca prática acabava por sobrecarregá-la. Naquele dia fiz o que ainda não tinha feito até então: acabei por me revoltar com Deus. Mas revoltar mesmo. Quando fui para o banho, já debaixo d’água, tive aquela que até hoje foi a minha maior briga com Ele. Xinguei, esbravejei, tripudiei, ironizei, satirizei, chorei... A coisa foi dum tal jeito que juro, caso Ele se materializasse à minha frente naquele momento eu tinha partido pra porrada sem nem pensar duas vezes.
Quando finalmente estava em condições de sair do quarto – claro que minha mãe não aceitava que eu tratasse Deus daquela forma e eu não queria atritar-me com ela, já nos bastava os problemas que tínhamos - qual não foi minha surpresa ao chegar à cozinha e dar com a Dona Maria Ozana sentada à mesa, com minha mãe e a Fátima, a mulher com quem ela vivia há anos. Dona Maria era a resposta de Deus ao meu desespero.
Ela trabalhou durante muitos anos para os meus pais só deixando de fazê-lo quando comprou um bar. O bar com o tempo não deu certo e ela estava desempregada quando, um dia antes, encontrou algum ex-funcionário nosso e ficou sabendo do que acontecera com a minha mãe. Como se recordava vagamente de onde morávamos, “catou” a Fátima e veio andando, atravessando os bairros a pé, até chegar à nossa casa, empreitada na qual gastou seis horas de caminhada. Posta a par da situação, determinou que a partir daquele dia viria todos os dias ajudar minha mãe, e nem a nossa argumentação de que não tínhamos - e nem teríamos tão cedo - dinheiro para pagar-lhe qualquer salário fez com que ela se demovesse do seu objetivo. Respondeu apenas que tinha uma dívida de gratidão para com meus pais e que aquele era o momento de pagá-la e ela o faria. Trabalhou durante seis meses só recebendo a condução e a comida que comia conosco. Quando minha mãe arranjou emprego fixo, ela foi-se levando equipamentos o suficiente para montar um novo negócio para ela. De lá para cá nunca mais perdemos contato.
Dona Maria ousou assumir sua homossexualidade numa época em que isso não era absolutamente aceito. Sofreu toda sorte de discriminação e embora fosse uma excelente cozinheira, não havia, por conta disso, quem lhe desse emprego ou respeito. Meus pais fizeram isso. Mas não foi mérito deles apenas, foi principalmente mérito dela, pois sempre foi a mais correta das pessoas indo contra o estereótipo que incidia sobre os homossexuais na época. Como minha mãe mesmo disse hoje, em anos de labuta nunca sequer ouviu da boca da Dona Maria um “merda” dito num momento de sufoco e olha que estes foram muitos. Ela gostava da sua pinguinha e do cigarro, mas nada era capaz de fazê-la ser menos bondosa ou amável.
Foi com a Dona Maria que aprendi que não é o que as pessoas fazem na cama que determina o seu caráter. Foi ela o primeiro homossexual que conheci e amei incondicionalmente.
Há um ano dona Maria vinha mal de saúde: a diabetes e a cirrose maltratavam-na e hoje a Fátima ligou avisando que os céus retomaram a nossa guerreira. Eu entendo. Deus estava precisando de alguém para trabalhar ombro-a-ombro com Ele, seja lá qual for o trabalho a ser feito.
Leal, corajosa, companheira e divertida, são adjetivos que a exemplificam muito bem.
Nós não vamos ao velório e nem ao enterro. Já foi difícil dar a notícia para minha mãe e a pressão dela subiu muito, mesmo que medicada. Mas isso não é o mais importante, pois ela sabe que quem tem uma divida de gratidão para com ela somos nós.
MUITO obrigado por ter compartilhado a sua existência conosco.
Beijo grande e até qualquer dia companheira!
Com amor,
Jeannine
Quando a empresa faliu minha mãe começou a fazer salgado para fora. Uma das nossas gerentes arranjou para fornecermos as lanchonetes da Telefônica e com o tempo, os pedidos foram aumentando, graças a Deus, o que permitia que tivéssemos dinheiro para pagar a água, a luz e o gás, para comprar matéria-prima e comida, embora, muitas vezes, comêssemos apenas o que sobrava do preparo dos salgados, pois era o que tinha. Foi uma época difícil.
Um dia, enquanto empanava as coxinhas, fiquei observando minha mãe trabalhando e comecei a pensar no quanto aquele era um trabalho pesado mesmo para ela, talhada no ofício, pois embora me dispusesse a ajudar em tudo, era um serviço muito especializado e minha pouca prática acabava por sobrecarregá-la. Naquele dia fiz o que ainda não tinha feito até então: acabei por me revoltar com Deus. Mas revoltar mesmo. Quando fui para o banho, já debaixo d’água, tive aquela que até hoje foi a minha maior briga com Ele. Xinguei, esbravejei, tripudiei, ironizei, satirizei, chorei... A coisa foi dum tal jeito que juro, caso Ele se materializasse à minha frente naquele momento eu tinha partido pra porrada sem nem pensar duas vezes.
Quando finalmente estava em condições de sair do quarto – claro que minha mãe não aceitava que eu tratasse Deus daquela forma e eu não queria atritar-me com ela, já nos bastava os problemas que tínhamos - qual não foi minha surpresa ao chegar à cozinha e dar com a Dona Maria Ozana sentada à mesa, com minha mãe e a Fátima, a mulher com quem ela vivia há anos. Dona Maria era a resposta de Deus ao meu desespero.
Ela trabalhou durante muitos anos para os meus pais só deixando de fazê-lo quando comprou um bar. O bar com o tempo não deu certo e ela estava desempregada quando, um dia antes, encontrou algum ex-funcionário nosso e ficou sabendo do que acontecera com a minha mãe. Como se recordava vagamente de onde morávamos, “catou” a Fátima e veio andando, atravessando os bairros a pé, até chegar à nossa casa, empreitada na qual gastou seis horas de caminhada. Posta a par da situação, determinou que a partir daquele dia viria todos os dias ajudar minha mãe, e nem a nossa argumentação de que não tínhamos - e nem teríamos tão cedo - dinheiro para pagar-lhe qualquer salário fez com que ela se demovesse do seu objetivo. Respondeu apenas que tinha uma dívida de gratidão para com meus pais e que aquele era o momento de pagá-la e ela o faria. Trabalhou durante seis meses só recebendo a condução e a comida que comia conosco. Quando minha mãe arranjou emprego fixo, ela foi-se levando equipamentos o suficiente para montar um novo negócio para ela. De lá para cá nunca mais perdemos contato.
Dona Maria ousou assumir sua homossexualidade numa época em que isso não era absolutamente aceito. Sofreu toda sorte de discriminação e embora fosse uma excelente cozinheira, não havia, por conta disso, quem lhe desse emprego ou respeito. Meus pais fizeram isso. Mas não foi mérito deles apenas, foi principalmente mérito dela, pois sempre foi a mais correta das pessoas indo contra o estereótipo que incidia sobre os homossexuais na época. Como minha mãe mesmo disse hoje, em anos de labuta nunca sequer ouviu da boca da Dona Maria um “merda” dito num momento de sufoco e olha que estes foram muitos. Ela gostava da sua pinguinha e do cigarro, mas nada era capaz de fazê-la ser menos bondosa ou amável.
Foi com a Dona Maria que aprendi que não é o que as pessoas fazem na cama que determina o seu caráter. Foi ela o primeiro homossexual que conheci e amei incondicionalmente.
Há um ano dona Maria vinha mal de saúde: a diabetes e a cirrose maltratavam-na e hoje a Fátima ligou avisando que os céus retomaram a nossa guerreira. Eu entendo. Deus estava precisando de alguém para trabalhar ombro-a-ombro com Ele, seja lá qual for o trabalho a ser feito.
Leal, corajosa, companheira e divertida, são adjetivos que a exemplificam muito bem.
Nós não vamos ao velório e nem ao enterro. Já foi difícil dar a notícia para minha mãe e a pressão dela subiu muito, mesmo que medicada. Mas isso não é o mais importante, pois ela sabe que quem tem uma divida de gratidão para com ela somos nós.
MUITO obrigado por ter compartilhado a sua existência conosco.
Beijo grande e até qualquer dia companheira!
Com amor,
Jeannine
28 de março de 2008
A minha mais nova moda é sentir dor no peito quando sou contrariada. Ser contrariada é um termo amplo, muito amplo eu sei. Porém resume bem o motivo do meu peito doer: quando as coisas não saem como eu queria; quando as pessoas agem diferente do que eu esperava delas; quando me dizem algo que eu não procurei saber e não procurei porque não queria ouvir. Me contrario, geralmente com as pessoas, e me vem essa dor bem no meio do peito. Não é uma dor aguda, é crônica, como um machucado que abriu novamente e voltou a sangrar lentamente... E mesmo que eu tome algo - e às vezes recorro a calmante natural - ela só vai passar a hora que quiser, geralmente depois de dias.
Hoje fiquei bem uns vinte minutos inerte na frente do micro, olhar perdido, ensimesmada, pensando que isso começou quando decidi que não ia mais falar com ninguém sobre as coisas que sinto. Não falo, estou gostando de ser assim, mas meu peito dói. Acho que estou caçando um ataque cardíaco, mas isso eu faço há anos com o meu peso...
Hoje fiquei bem uns vinte minutos inerte na frente do micro, olhar perdido, ensimesmada, pensando que isso começou quando decidi que não ia mais falar com ninguém sobre as coisas que sinto. Não falo, estou gostando de ser assim, mas meu peito dói. Acho que estou caçando um ataque cardíaco, mas isso eu faço há anos com o meu peso...
E estou ansiosa: amanhã tem o primeiro reencontro de turma do colégio que estudei da primeira à oitava série!
Tem noção? 99% das pessoas que encontrarei amanhã, vi pela última vez no dia do baile de formatura, há 26 anos atrás?
Muitos da turma mantiveram contato casual por morarem na mesma região, mas eu mudei de lá pra uma região distante na sexta série e acabei perdendo contato geral com todo mundo.
Já conversei com algums via Skype, outros por MSN, outros encontrei pessoalmente, mas amanhã conseguimos reunir muito mais gente do que supúnhamos à princípio e estou muito feliz porque vou rever cinco dos meus melhores amigos da época!
Não fosse o Orkut esse encontro jamais teria acontecido e é exatamente por isso que mantenho meu perfil lá.
Essas coisas valem uma vida!
Tem noção? 99% das pessoas que encontrarei amanhã, vi pela última vez no dia do baile de formatura, há 26 anos atrás?
Muitos da turma mantiveram contato casual por morarem na mesma região, mas eu mudei de lá pra uma região distante na sexta série e acabei perdendo contato geral com todo mundo.
Já conversei com algums via Skype, outros por MSN, outros encontrei pessoalmente, mas amanhã conseguimos reunir muito mais gente do que supúnhamos à princípio e estou muito feliz porque vou rever cinco dos meus melhores amigos da época!
Não fosse o Orkut esse encontro jamais teria acontecido e é exatamente por isso que mantenho meu perfil lá.
Essas coisas valem uma vida!
Porque as mulheres deviam ser mais leais umas com as outras

Tem um texto atribuído (não achei em nenhum site das crônicas dele, mas também não encontrei nada dizendo que não seja mesmo dele) ao Arnaldo Jabor criando polêmica entre as mulheres na Internet. E essa polêmica me fez lembrar em muito uma teoria - mesmo, pois na prática têm coisas interessantes a serem levadas em consideração - que defendo há anos e que resume-se a: se os homens forem fiéis, muita mulher vai morrer sem conhecer sexo. Com isso defendo que as mulheres deveriam ser mais solidárias umas com as outras e compartilharem o homem que tem.
Vamos às vacas frias: imagine que o mundo é essa bolinha ai em cima. Nela podemos observar algumas verdades estatísticas do nosso planeta, são elas:
Conclusão 1: Tem mulher solteira e carente saindo pelo ladrão do planeta!!!!
Conclusão 2: Se os homens forem fiéis, danou-se!!! Mesmo!!!
Conclusão 3: Se as mulheres comprometidas não compartilharem os seus homens, muita mulher vai morrer sem conseguir sequer ver um homem nú que não seja na TV, num site, ou na revista.
Isso é justo? Claro que não! Por isso proponho que as mulheres devem ser solidárias com a espécie e dividirem "o pão" com as mais necessitadas!!! E se resta alguma dúvida do quanto isso será benéfico para o seu próprio casamento, releia o texto do "Jabor" e constate que um marido desestressado vale por dois!!!
Obs.:Essa é uma teoria que defendo na brincadeira, mas que pode levar a uma séries de reflexões mais sérias sobre a questão, uma delas é: é interessante perceber que por mais que seja real e verdadeira a desigualdade entre a quantidade de homens e mulheres no planeta, toda mulher encontra homens solteiros com os quais pode se relacionar ao longo da vida.

Tem um texto atribuído (não achei em nenhum site das crônicas dele, mas também não encontrei nada dizendo que não seja mesmo dele) ao Arnaldo Jabor criando polêmica entre as mulheres na Internet. E essa polêmica me fez lembrar em muito uma teoria - mesmo, pois na prática têm coisas interessantes a serem levadas em consideração - que defendo há anos e que resume-se a: se os homens forem fiéis, muita mulher vai morrer sem conhecer sexo. Com isso defendo que as mulheres deveriam ser mais solidárias umas com as outras e compartilharem o homem que tem.
Vamos às vacas frias: imagine que o mundo é essa bolinha ai em cima. Nela podemos observar algumas verdades estatísticas do nosso planeta, são elas:
- Nascem menos homens do que mulheres (é, o troço é torto de propósito e não por falta de noção de proporção da minha parte!);
- Morrem mais homens do que mulheres, tanto na adolescência, em decorrência de acidentes, quanto na velhice, por doenças;
- Dos que sobreviveram à adolescência, um tanto está namorando, noivando e casou-se;
- Dos solteiros viáveis estética e intelectualmente, minimamente a metade "embichou";
- Já as mulheres não lesbicaram na mesma proporção.
Conclusão 1: Tem mulher solteira e carente saindo pelo ladrão do planeta!!!!
Conclusão 2: Se os homens forem fiéis, danou-se!!! Mesmo!!!
Conclusão 3: Se as mulheres comprometidas não compartilharem os seus homens, muita mulher vai morrer sem conseguir sequer ver um homem nú que não seja na TV, num site, ou na revista.
Isso é justo? Claro que não! Por isso proponho que as mulheres devem ser solidárias com a espécie e dividirem "o pão" com as mais necessitadas!!! E se resta alguma dúvida do quanto isso será benéfico para o seu próprio casamento, releia o texto do "Jabor" e constate que um marido desestressado vale por dois!!!
Obs.:Essa é uma teoria que defendo na brincadeira, mas que pode levar a uma séries de reflexões mais sérias sobre a questão, uma delas é: é interessante perceber que por mais que seja real e verdadeira a desigualdade entre a quantidade de homens e mulheres no planeta, toda mulher encontra homens solteiros com os quais pode se relacionar ao longo da vida.
27 de março de 2008
Nada como ser citada por uma amiga, Clara, para você se motivar a escrever um texto que já deveria ter escrito há muito tempo.
A estória é mais ou menos a seguinte: antigamente as pessoas tinham várias fontes de prazer: família, vida social, vida política, a religião, o trabalho, a vida acadêmica e o a vida amorosa. Todos eram peças dum quebra-cabeça que bem composto resultava numa vida cheia de prazeres. Certo? Certo.
Muito mais antigamente ainda, as pessoas sequer se casavam por amor. Os casamentos eram arranjados segundo interesses, principalmente financeiros e sociais. E foi justamente o interesse financeiro que deu início à cultura do amor romântico vivenciada hoje em dia, pois para evitar que a herança passasse a um filho ilegítimo, criou-se a noção de fidelidade feminina e o ideal romântico do “príncipe encantado” que rege as relações atualmente. Então a gente começa a entender que não foi o amor que fez surgir a fidelidade, mas sim que foi a necessidade de manter a mulher fiel que levou à concepção do amor romântico. Claro que a mulher com o passar do tempo passou a exigir isso do seu parceiro e também a ensinar aos filhos que esse era a forma de amar ideal, já que culturada, passou a acreditar piamente nisso.
Os séculos correram e chegamos aos dias atuais onde, embora tenham ocorrido várias mudanças culturais, ainda resiste e insiste essa idealização do amor que mais do que dar prazer, infelicita profundamente a existência das pessoas. Por quê? Porque o amor virou nosso Deus; pede-se ao amor o que antes se pedia a Deus. Ele se tornou nossa única e absoluta fonte de prazer. E é ao redor dele que gravita a nossa existência de tal forma, que chegamos ao absurdo de medir o nosso valor pessoal pelo sucesso ou fracasso em obter e manter relacionamentos. Nada adianta você ser inteligente, bonito, bem sucedido profissionalmente, ter um carrão, morar numa casa de sonhos, viver rodeado de amigos e familiares, viajar duas vezes por ano para qualquer lugar do mundo e ter um saldo bancário de fazer inveja se você não tiver uma relação afetiva; qualquer uma. Os outros te verão como inferior, mas principalmente, você se sentirá inferior até diante daqueles que mal conseguem ter o que comer a cada dia, mas mantêm uma relação estável com alguém.
Esperamos que a pessoa amada faça da nossa existência um evento irremediavelmente feliz, ao mesmo tempo em que tomamos a incumbência de fazer o mesmo por ela. Claro que não dá certo. E não dá certo porque começamos a tratar a vida alheia como se fosse nossa e a nossa vida passa a ser do outro. Mil atitudes são tomadas em nome do que achamos que fará o outro feliz – e geralmente são as coisas que nos fariam felizes – e quando o outro não se sente contente, alegre e saltitante como acreditamos que deveria, nosso mundo desaba.
“Como não se sente feliz depois de tudo o que fiz em nome dessa relação? Depois de eu ter aberto mão da minha existência pensando na sua felicidade! Deixei meus amigos, abri mão do futebol, não fiz mestrado, recusei aquela oportunidade de emprego no exterior só pra poder estar ao seu lado e você não está contente comigo e nem com a vida que levamos”?
Usei uma personagem masculina, mas quem não reconhece esse tipo de queixume? Quem não ouviu algo semelhante a isso em algum momento da própria existência? Quem não pensou isso em algum momento da relação?
Mais certo daríamos no amor, se voltássemos a cultivar os vários aspectos da nossa vida, pois aí estaríamos recuperando as nossas várias fontes de felicidade e tirando das nossas, e das costas alheias, esse compromisso absurdo de cuidar do que não nos compete: a vida alheia. Dessa forma o amor passaria a ser algo possível e plausível, alcançável em cada esquina, pois será apenas e simplesmente um sentimento a ser compartilhado com o outro.
Obs: Este texto e suas idéias tomaram forma e tiveram seu princípio no Grupo "Conversas e Memórias". Muitas destas idéias foram propostas pelo Gonçalo Melo que é o coordenador do projeto.
A estória é mais ou menos a seguinte: antigamente as pessoas tinham várias fontes de prazer: família, vida social, vida política, a religião, o trabalho, a vida acadêmica e o a vida amorosa. Todos eram peças dum quebra-cabeça que bem composto resultava numa vida cheia de prazeres. Certo? Certo.
Muito mais antigamente ainda, as pessoas sequer se casavam por amor. Os casamentos eram arranjados segundo interesses, principalmente financeiros e sociais. E foi justamente o interesse financeiro que deu início à cultura do amor romântico vivenciada hoje em dia, pois para evitar que a herança passasse a um filho ilegítimo, criou-se a noção de fidelidade feminina e o ideal romântico do “príncipe encantado” que rege as relações atualmente. Então a gente começa a entender que não foi o amor que fez surgir a fidelidade, mas sim que foi a necessidade de manter a mulher fiel que levou à concepção do amor romântico. Claro que a mulher com o passar do tempo passou a exigir isso do seu parceiro e também a ensinar aos filhos que esse era a forma de amar ideal, já que culturada, passou a acreditar piamente nisso.
Os séculos correram e chegamos aos dias atuais onde, embora tenham ocorrido várias mudanças culturais, ainda resiste e insiste essa idealização do amor que mais do que dar prazer, infelicita profundamente a existência das pessoas. Por quê? Porque o amor virou nosso Deus; pede-se ao amor o que antes se pedia a Deus. Ele se tornou nossa única e absoluta fonte de prazer. E é ao redor dele que gravita a nossa existência de tal forma, que chegamos ao absurdo de medir o nosso valor pessoal pelo sucesso ou fracasso em obter e manter relacionamentos. Nada adianta você ser inteligente, bonito, bem sucedido profissionalmente, ter um carrão, morar numa casa de sonhos, viver rodeado de amigos e familiares, viajar duas vezes por ano para qualquer lugar do mundo e ter um saldo bancário de fazer inveja se você não tiver uma relação afetiva; qualquer uma. Os outros te verão como inferior, mas principalmente, você se sentirá inferior até diante daqueles que mal conseguem ter o que comer a cada dia, mas mantêm uma relação estável com alguém.
Esperamos que a pessoa amada faça da nossa existência um evento irremediavelmente feliz, ao mesmo tempo em que tomamos a incumbência de fazer o mesmo por ela. Claro que não dá certo. E não dá certo porque começamos a tratar a vida alheia como se fosse nossa e a nossa vida passa a ser do outro. Mil atitudes são tomadas em nome do que achamos que fará o outro feliz – e geralmente são as coisas que nos fariam felizes – e quando o outro não se sente contente, alegre e saltitante como acreditamos que deveria, nosso mundo desaba.
“Como não se sente feliz depois de tudo o que fiz em nome dessa relação? Depois de eu ter aberto mão da minha existência pensando na sua felicidade! Deixei meus amigos, abri mão do futebol, não fiz mestrado, recusei aquela oportunidade de emprego no exterior só pra poder estar ao seu lado e você não está contente comigo e nem com a vida que levamos”?
Usei uma personagem masculina, mas quem não reconhece esse tipo de queixume? Quem não ouviu algo semelhante a isso em algum momento da própria existência? Quem não pensou isso em algum momento da relação?
Mais certo daríamos no amor, se voltássemos a cultivar os vários aspectos da nossa vida, pois aí estaríamos recuperando as nossas várias fontes de felicidade e tirando das nossas, e das costas alheias, esse compromisso absurdo de cuidar do que não nos compete: a vida alheia. Dessa forma o amor passaria a ser algo possível e plausível, alcançável em cada esquina, pois será apenas e simplesmente um sentimento a ser compartilhado com o outro.
Obs: Este texto e suas idéias tomaram forma e tiveram seu princípio no Grupo "Conversas e Memórias". Muitas destas idéias foram propostas pelo Gonçalo Melo que é o coordenador do projeto.
24 de março de 2008
Paris, Je T'aime; Tour Eiffel (Sylvie Chomet)
Nem achei que fosse gostar tanto assim desse filme, mas e não é que gostei demais? Paris je t'aime!
21 de março de 2008
Essa coisa de perder alguém e se sobreviver a isso... A vida se recompõe e é esse o seu grande milagre.
A gente volta a sorrir, a rir, a cantar, a ter esperança, a não doer, mesmo que acredite que nunca mais. Volta.
Mas ai um dia, numa cena de filme aonde um filho barbeia um pai, o som de barbeador - que é daqueles antigos em que se atarrachava a gilete (e exatamente o mesmo que seu pai usava) - escanhoando a pele, te faz voltar a ser criança; ali, em pé, ao lado da pia vendo-o fazer a barba. E as lágrimas brotam de uma saudade que você nem mais sabia.
É isso sobreviver à perda: esquecer que perdeu e quando lembrar chorar e doer como se fosse ontem, para então novamente esquecer.
A gente volta a sorrir, a rir, a cantar, a ter esperança, a não doer, mesmo que acredite que nunca mais. Volta.
Mas ai um dia, numa cena de filme aonde um filho barbeia um pai, o som de barbeador - que é daqueles antigos em que se atarrachava a gilete (e exatamente o mesmo que seu pai usava) - escanhoando a pele, te faz voltar a ser criança; ali, em pé, ao lado da pia vendo-o fazer a barba. E as lágrimas brotam de uma saudade que você nem mais sabia.
É isso sobreviver à perda: esquecer que perdeu e quando lembrar chorar e doer como se fosse ontem, para então novamente esquecer.
20 de março de 2008
Não conheci Fatoca profundamente, nem sequer bem. Nosso único contato foi na sua última visita a São Paulo, num bar, na comemoração conjunta do aniversário de Lula e Teca. Agosto de 2007(?). Vendo seu sorriso a gente via de quem o filho herdou o dele... É, Fatoca é mãe de Lemu a quem eu amo profundamente. Fatoca morreu ontem.
E mesmo sem conhecê-la choro a cada vez que lembro e lembro sempre. Choro pela dor que meu amigo está sentindo e por saber que ela sequer começou a doer, ainda. Choro também por saber que essa mesma dor provavelmente um dia sentirei. Choro por ele ser tão guerreiro e forte e sê-lo, principalmente, através da sua fragilidade. Por agora ele ser apenas fragilidade. Pela distância que impede o olhar, o abraço, o colo, pois as palavras, essas falham e morrem na garganta...
Mas sei - e ele também sabe - do amor que lhe dedicamos, pois a mim hoje se une uma legião de amigos, e que em nossos corações todas as orações e intenções são voltadas para ele...
18 de março de 2008
Canção das mulheres
Lya Luft
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silencio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco mais – em lugar de voltar logo à sua vida, indo porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.
Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo “Olha que estou tendo muita paciência com você!”
Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!”
Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: “Pôxa, mais um?”
Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro – filho, amigo, amante, marido – não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – uma mulher.
Lya Luft
Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silencio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco mais – em lugar de voltar logo à sua vida, indo porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.
Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo “Olha que estou tendo muita paciência com você!”
Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!”
Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: “Pôxa, mais um?”
Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro – filho, amigo, amante, marido – não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa – uma mulher.
17 de março de 2008
16 de março de 2008
Dez da noite, toca o telefone.
Eu: Alô?
Ele: A-há! Achei você!
Eu: Quem tá falando?
Ele: Esqueceu de mim mesmo né? Nem por telefone me reconhece mais.
Eu: É bliblibli.
Ele: Está vendo como não largo do teu pé? Que vivo à sua caça? Não tem como você fugir de mim!
Eu: Já percebi.
Ele: Isso é bom ou é ruim?
Eu: Bom, claro...
Ele: Você estava dormindo? Tá com uma vozinha de quem estava descansando...
Eu: Não, é cedo ainda.
Ele: Te mandei um e-mail malcriado. Mando muitos e-mails pro seu endereço do Terra...
Eu: Meu micro tá dando defeito...
Ele: ...e nada de você responder, ai de repente me chega um e-mail do Gmail, pensei "Ah! Safada! Fez outro e-mail e nem me avisou"?!?
Eu: Isso só porque tu é louco né? Tenho o e-mail do Gmail desde que ele foi lançado, ou seja, há anos, e sempre mando mensagens por ele. Você é quem nunca reparou.
Ele: Tenho de falar rápido, porque estou no celular. Me socorre?
Eu: Diga.
Ele: Tô precisando beijar na boca. Não quero trepar, não quero relacionamento, mas quero beijar na boca.
Eu: Ô criatura, tu tem noção que estou em São Paulo e não conheço ninguém ai em Brasília para quem possa ligar e dizer: vai beijar na boca do bliblibli por que ele tá precisando?
Ele: Eu quero é você. Te vira! Toma um ônibus, um avião, pula de pára-quedas, mas chega aqui pra eu te beijar. E urgente!
Eu: O.o
Ele: Só toma cuidado para ver aonde vai pousar com o pára-quedas pra não se machucar né? rs...
Eu: Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha... Tu é um brincalhão "mermo"!!!
Ele: Agora que tu já sabe o que quero, vou desligar. Aproveita seu fim de domingo. Termina de ver o Fantástico, depois tem BBB. Tô indo para casa. Beijo.
Eu: Beijo.
TumTumTumTum...
Depois eu falo e os outros acham que invento...
Eu: Alô?
Ele: A-há! Achei você!
Eu: Quem tá falando?
Ele: Esqueceu de mim mesmo né? Nem por telefone me reconhece mais.
Eu: É bliblibli.
Ele: Está vendo como não largo do teu pé? Que vivo à sua caça? Não tem como você fugir de mim!
Eu: Já percebi.
Ele: Isso é bom ou é ruim?
Eu: Bom, claro...
Ele: Você estava dormindo? Tá com uma vozinha de quem estava descansando...
Eu: Não, é cedo ainda.
Ele: Te mandei um e-mail malcriado. Mando muitos e-mails pro seu endereço do Terra...
Eu: Meu micro tá dando defeito...
Ele: ...e nada de você responder, ai de repente me chega um e-mail do Gmail, pensei "Ah! Safada! Fez outro e-mail e nem me avisou"?!?
Eu: Isso só porque tu é louco né? Tenho o e-mail do Gmail desde que ele foi lançado, ou seja, há anos, e sempre mando mensagens por ele. Você é quem nunca reparou.
Ele: Tenho de falar rápido, porque estou no celular. Me socorre?
Eu: Diga.
Ele: Tô precisando beijar na boca. Não quero trepar, não quero relacionamento, mas quero beijar na boca.
Eu: Ô criatura, tu tem noção que estou em São Paulo e não conheço ninguém ai em Brasília para quem possa ligar e dizer: vai beijar na boca do bliblibli por que ele tá precisando?
Ele: Eu quero é você. Te vira! Toma um ônibus, um avião, pula de pára-quedas, mas chega aqui pra eu te beijar. E urgente!
Eu: O.o
Ele: Só toma cuidado para ver aonde vai pousar com o pára-quedas pra não se machucar né? rs...
Eu: Hahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahaha... Tu é um brincalhão "mermo"!!!
Ele: Agora que tu já sabe o que quero, vou desligar. Aproveita seu fim de domingo. Termina de ver o Fantástico, depois tem BBB. Tô indo para casa. Beijo.
Eu: Beijo.
TumTumTumTum...
Depois eu falo e os outros acham que invento...
A gente tende a achar que tudo o que vivemos e sentimos é inédito. Que nossas dores e amores são descobertas da humanidade e dilemas exclusivos.
Ledo engano.
Tudo nesse mundo já foi visto, vivido, sentidfo, sofrido.
Ledo engano.
Tudo nesse mundo já foi visto, vivido, sentidfo, sofrido.
12 de março de 2008
O ciúme: a formiguinha que vira elefante.
Só um ciumento sabe a tortura que o ciúme causa. Sim, o ciumento faz sofrer, porém é ele a maior vítima desse mal.
O ciumento é como o alcoolista em recuperação: há de evitar o "primeiro gole" sempre. E no entanto, há de se convir que o tratamento do ciúmes é mais difícil do que o do alcoolismo, pois muitas vezes bebe-se o tal gole sem ao menos se dar conta de que o estamos fazendo.
Ciúmes fala de insegurança. De medo. Medo de que alguém tome o lugar que se quer ter no outro. Absoluto. Eterno.
Mas o que é eterno nessa vida?
Também fala de tormento. De pensamento compulsivo causando dor tão intensa que leva à destruição, se não concreta, simbólica: quer se extirpar algo que possa nos ferir tanto. Geralmente faz-se isso fazendo doer no outro igual sangramento...
Fala ainda da consciência de que amor se sobrepõe. Sabemos que podemos ser amados e que, mesmo assim, um outro alguém passa a sê-lo ao mesmo tempo e numa intensidade de "querer" superior ao que em mim já é costume...
O ciúmes delata a certeza de sermos descartáveis e substituíveis e o desejo de não ser. A necessidade de sermos marcantes e da percepção de que somos apenas e tão somente comuns...
O ciumento anseia pela eternidade do amor na mesma medida em desacredita dela. E ele nunca tem certeza do amor que lhe dedicam, justo por conta disso. Não adianta que o outro fale, exemplifique cotidianamente: é perene nele a certeza de que um dia isso muda. E muda porque nele mesmo mudou e tantas e tantas vezes. Só não muda essa nunca sentir-se suficiente...
Ciúmes não é prova de amor. É atestado de ausência de "eu". Pois tudo se sabe, e no entanto, nada se sente que possa amenizar aquela doideira. É um desejo de consumir e ser consumido. De justificar a própria existência pelo outro que nos sente e ama, apesar de nós mesmos. É querer ser vivido para o outro e pelo outro. É a certeza de que um dia este descobrirá a farsa que somos e nos dará as costas.
Por fim (ao menos por hora), é o sentimento mais burro que existe, pois intenta controlar aquilo do que não se pode sequer ter notícias: o que o outro sente.
Só um ciumento sabe a tortura que o ciúme causa. Sim, o ciumento faz sofrer, porém é ele a maior vítima desse mal.
O ciumento é como o alcoolista em recuperação: há de evitar o "primeiro gole" sempre. E no entanto, há de se convir que o tratamento do ciúmes é mais difícil do que o do alcoolismo, pois muitas vezes bebe-se o tal gole sem ao menos se dar conta de que o estamos fazendo.
Ciúmes fala de insegurança. De medo. Medo de que alguém tome o lugar que se quer ter no outro. Absoluto. Eterno.
Mas o que é eterno nessa vida?
Também fala de tormento. De pensamento compulsivo causando dor tão intensa que leva à destruição, se não concreta, simbólica: quer se extirpar algo que possa nos ferir tanto. Geralmente faz-se isso fazendo doer no outro igual sangramento...
Fala ainda da consciência de que amor se sobrepõe. Sabemos que podemos ser amados e que, mesmo assim, um outro alguém passa a sê-lo ao mesmo tempo e numa intensidade de "querer" superior ao que em mim já é costume...
O ciúmes delata a certeza de sermos descartáveis e substituíveis e o desejo de não ser. A necessidade de sermos marcantes e da percepção de que somos apenas e tão somente comuns...
O ciumento anseia pela eternidade do amor na mesma medida em desacredita dela. E ele nunca tem certeza do amor que lhe dedicam, justo por conta disso. Não adianta que o outro fale, exemplifique cotidianamente: é perene nele a certeza de que um dia isso muda. E muda porque nele mesmo mudou e tantas e tantas vezes. Só não muda essa nunca sentir-se suficiente...
Ciúmes não é prova de amor. É atestado de ausência de "eu". Pois tudo se sabe, e no entanto, nada se sente que possa amenizar aquela doideira. É um desejo de consumir e ser consumido. De justificar a própria existência pelo outro que nos sente e ama, apesar de nós mesmos. É querer ser vivido para o outro e pelo outro. É a certeza de que um dia este descobrirá a farsa que somos e nos dará as costas.
Por fim (ao menos por hora), é o sentimento mais burro que existe, pois intenta controlar aquilo do que não se pode sequer ter notícias: o que o outro sente.
10 de março de 2008
Ao telefone:
Ela: Menina, não se passa um dia sequer sem que eu lembre de você!
Eu: É, porque?
Ela: Quando me separei, ia na sua casa e dizia que tinha perdido meu marido. Você então me alertava: "não diga que perdeu, pois quem perde, acha". Hoje olho para ele e penso: "bem que ela me avisou, num é que achei mesmo o empiastro de novo?".
Ela: Menina, não se passa um dia sequer sem que eu lembre de você!
Eu: É, porque?
Ela: Quando me separei, ia na sua casa e dizia que tinha perdido meu marido. Você então me alertava: "não diga que perdeu, pois quem perde, acha". Hoje olho para ele e penso: "bem que ela me avisou, num é que achei mesmo o empiastro de novo?".
9 de março de 2008

Neto, ontem, rindo - e sem-graça demais - na cantina italiana com aquele bando de paulistanos que param de comer para cantar e bater palmas, enquanto o proprietário bate as tampas das panelas, todos acompanhando Volare e as tarantelas...

O cantor simpatíssimo!!!

Todos olhando para as tampas de panelas sendo batidas e jogadas no chão! rs..
4 de março de 2008
E nem contei né? Mas estou virando atriz.
Fui convidada para encenar uma peça infantil. Teatro profissional e topei o desafio. Estou aprendendo a interpretar e não é mole não. Mas tenho tenho um diretor bacanérrimo e literalmente estou suando a camisa para a coisa ficar redonda. A gente deve estrear em Meados me Abril, começo de Maio.
Lembram quando, há alguns meses, eu disse aqui que estava sentindo o vento da mudança soprar?
Era disso que eu estava falando. E esse é apenas o começo!
Fui convidada para encenar uma peça infantil. Teatro profissional e topei o desafio. Estou aprendendo a interpretar e não é mole não. Mas tenho tenho um diretor bacanérrimo e literalmente estou suando a camisa para a coisa ficar redonda. A gente deve estrear em Meados me Abril, começo de Maio.
Lembram quando, há alguns meses, eu disse aqui que estava sentindo o vento da mudança soprar?
Era disso que eu estava falando. E esse é apenas o começo!
3 de março de 2008
Todo mundo gosta de comer algumas coisas meio trash não é? Eu também!
Uma das coisas que "adouro" é sardinha em lata. Rapaz! MUITO bom né? Mas tem de ser em óleo comestível, porém preferencialmente em água ou com limão! Hum... Pura delícia! E se misturar no macarrão então? Ontem foi meu jantar!
E enquanto comia fiquei pensando se caso fosse obrigada a passar muito tempo comendo apenas aquilo na vida - tipo me perder na ilha de Lost e nas caixas só ter macarrão e sardinha em lata - se seria algo do qual enjoaria... Porque é tipo pão com manteiga né? A gente passa a vida comendo, mas não enjôa.
Uma das coisas que "adouro" é sardinha em lata. Rapaz! MUITO bom né? Mas tem de ser em óleo comestível, porém preferencialmente em água ou com limão! Hum... Pura delícia! E se misturar no macarrão então? Ontem foi meu jantar!
E enquanto comia fiquei pensando se caso fosse obrigada a passar muito tempo comendo apenas aquilo na vida - tipo me perder na ilha de Lost e nas caixas só ter macarrão e sardinha em lata - se seria algo do qual enjoaria... Porque é tipo pão com manteiga né? A gente passa a vida comendo, mas não enjôa.
2 de março de 2008
Acordo, vou ao banheiro, escovo os dentes, vou tomar meu café da manhã. Venho para a frente do micro, ligo-o e ele trava antes mesmo de sair da hibernação. Dou um boot.
Depois disso foram quatro horas de briga para ele aceitar um ponto de restauração, pois até levá-lo para a execução no modo de segurança era um Trabalho de Hércules.
Agora a cabeça e costas doem de tanta tensão, mas ele está aqui funcionando direitinho.
Viva!
Mas o cérebro está lesado. Recebo um e-mail do "staff do Terra" dizendo que após uma manutenção do sistema tenho de ir lá para validar minha conta e o que faço? Clico no link! Sorte que depois do breve lapso, me toquei na hora que era link para vírus e fechei a tela.
Rapaz! Põe fé?
Depois disso foram quatro horas de briga para ele aceitar um ponto de restauração, pois até levá-lo para a execução no modo de segurança era um Trabalho de Hércules.
Agora a cabeça e costas doem de tanta tensão, mas ele está aqui funcionando direitinho.
Viva!
Mas o cérebro está lesado. Recebo um e-mail do "staff do Terra" dizendo que após uma manutenção do sistema tenho de ir lá para validar minha conta e o que faço? Clico no link! Sorte que depois do breve lapso, me toquei na hora que era link para vírus e fechei a tela.
Rapaz! Põe fé?
1 de março de 2008
Há dias venho aqui e abro a tela aonde escrever. Penso; penso; digito algumas linhas; leio e releio. Digo: "nhé!", apago tudo e vou-me embora.
Não que não tenha nada acontecendo na minha vida ou em mim. Tem. MUITA coisa. Mas de verdade: a quem isso interessa?
Talvez seja ainda o efeito das palavras da amiga que ecoam em mim ao longo dos dias: "não havemos de dizer o que sentimos à ninguém" e a isso somasse a percepção de que demonstrar também não. Nada de ser transparente e deixar as pessoas te lerem nas entrelinhas. Ou nos olhos. Ou pelas pontas dos dedos.
O universo é feito de segredos. Eu sou parte do universo. Agora completamente integrada.
Ser sincera é uma das coisas mais doloridas da vida, porque inútil. As pessoas metem deliberadamente acerca de si. E dos outros. Se não mentem, omitem. O que, no fim das contas, dá no mesmo, já que impede que se veja, se conheça. Todo mundo é um holograma de si mesmo. Ninguém está aonde diz estar. Ninguém é o que se vê. Nem eu.
Estou aprendendo o cinismo; o ver e fingir que não vi. Ler e ouvir idem. Descaradamente deixo de responder a perguntas; mudo de assunto, ou simplesmente me calo até que o desconforto passe. Ou a raiva. Ou a tristeza.
A consciência é algo que não se perde. Uma vez que você sabe, você sabe. Nada muda isso. Nem o falar e nem o calar.
Com tudo isso, não existe mais na minha vida aquela pessoa para quem se quer correr e contar todas as coisas que te acontecem. Nem de quem ouvir tudo de bom ou de ruim que se tenha a dizer. Tem amigos, bons amigos, amigos maravilhosos. Mas aos quais também não se diz tudo...
O bom disso tudo é que não tem mais surto, reclamações, "choro e ranger de dentes" Nenhuma ligação onde acabo em lágrimas; nenhuma necessidade de consolo. Sempre está tudo bem, e eu alegre e saltitante.
Bom não é? Pois. Eu também acho ótimo!
Não que não tenha nada acontecendo na minha vida ou em mim. Tem. MUITA coisa. Mas de verdade: a quem isso interessa?
Talvez seja ainda o efeito das palavras da amiga que ecoam em mim ao longo dos dias: "não havemos de dizer o que sentimos à ninguém" e a isso somasse a percepção de que demonstrar também não. Nada de ser transparente e deixar as pessoas te lerem nas entrelinhas. Ou nos olhos. Ou pelas pontas dos dedos.
O universo é feito de segredos. Eu sou parte do universo. Agora completamente integrada.
Ser sincera é uma das coisas mais doloridas da vida, porque inútil. As pessoas metem deliberadamente acerca de si. E dos outros. Se não mentem, omitem. O que, no fim das contas, dá no mesmo, já que impede que se veja, se conheça. Todo mundo é um holograma de si mesmo. Ninguém está aonde diz estar. Ninguém é o que se vê. Nem eu.
Estou aprendendo o cinismo; o ver e fingir que não vi. Ler e ouvir idem. Descaradamente deixo de responder a perguntas; mudo de assunto, ou simplesmente me calo até que o desconforto passe. Ou a raiva. Ou a tristeza.
A consciência é algo que não se perde. Uma vez que você sabe, você sabe. Nada muda isso. Nem o falar e nem o calar.
Com tudo isso, não existe mais na minha vida aquela pessoa para quem se quer correr e contar todas as coisas que te acontecem. Nem de quem ouvir tudo de bom ou de ruim que se tenha a dizer. Tem amigos, bons amigos, amigos maravilhosos. Mas aos quais também não se diz tudo...
O bom disso tudo é que não tem mais surto, reclamações, "choro e ranger de dentes" Nenhuma ligação onde acabo em lágrimas; nenhuma necessidade de consolo. Sempre está tudo bem, e eu alegre e saltitante.
Bom não é? Pois. Eu também acho ótimo!
24 de fevereiro de 2008
A primeira certeza que tenho na vida é a de que vou morrer. Essa é uma certeza de todos.
A segunda é que ao longo da minha vida vou errar muito, vou errar cotidianamente, vou errar até mesmo quando estiver ferrenhamente tentando acertar. Porque viver é aprender e quem precisa aprender é porque não sabe, e quem não sabe, geralmente descobre que não sabe justamente quando erra.
A terceira certeza que trago é conseqüência direta da segunda: necessitarei durante minha existência tanto perdoar quanto ser perdoada.
Deve ser muito bom viver acreditando que nunca se vai precisar do perdão alheio, que jamais se cometerá erros tão graves quanto os dos outros. Bom, mas mentiroso. Não tem quem não erre e feio nessa vida, minimamente uma vez e se for só uma vez, já se está no lucro. quer dizer: tem quem não erre, os expoentes da humanidade como Ghandi, Madre Tereza de Calcutá. Porém sejamos realistas e admitamos que não estamos nem perto da sombra do que eles foram. E, no entanto, tem quem ache que seus erros nunca necessitarão de perdão e por isso julgam os outros com toda severidade. Uma coisa é colocar limites, outra é castigar, punir as pessoas como se se fosse isento das mesmas falhas. Arrogância pura. Mas tudo bem, a vida ensina à todos.
A segunda é que ao longo da minha vida vou errar muito, vou errar cotidianamente, vou errar até mesmo quando estiver ferrenhamente tentando acertar. Porque viver é aprender e quem precisa aprender é porque não sabe, e quem não sabe, geralmente descobre que não sabe justamente quando erra.
A terceira certeza que trago é conseqüência direta da segunda: necessitarei durante minha existência tanto perdoar quanto ser perdoada.
Deve ser muito bom viver acreditando que nunca se vai precisar do perdão alheio, que jamais se cometerá erros tão graves quanto os dos outros. Bom, mas mentiroso. Não tem quem não erre e feio nessa vida, minimamente uma vez e se for só uma vez, já se está no lucro. quer dizer: tem quem não erre, os expoentes da humanidade como Ghandi, Madre Tereza de Calcutá. Porém sejamos realistas e admitamos que não estamos nem perto da sombra do que eles foram. E, no entanto, tem quem ache que seus erros nunca necessitarão de perdão e por isso julgam os outros com toda severidade. Uma coisa é colocar limites, outra é castigar, punir as pessoas como se se fosse isento das mesmas falhas. Arrogância pura. Mas tudo bem, a vida ensina à todos.
23 de fevereiro de 2008
Pessoas que machucam sem bater
Martha Medeiros
É fácil deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos. É só mirar no peito e atirar com palavras.
Um dos maiores dramas femininos é a violência dentro de casa. Milhares de mulheres apanham do marido e do namorado. Não importa se são pobres ou ricas, analfabetas ou cultas: apanham uma, duas, três vezes e, em vez e fazerem a malinha e darem um novo rumo às suas vidas, mantêm-se onde estão, roxas e orgulhosas.
A maioria suporta a situação porque não tem como se sustentar, não tem para onde levar os filhos, elas estão nesse mundo sem pai nem mãe. Mas há outro motivo curioso: muitas mulheres encaram a surra como um contato íntimo. Na falta de um beijo, aceita-se um tapa. Dói, mas ninguém pode dizer que não existe uma relação a dois. É uma maneira masoquista de se fazer notar, de não se sentir ignorada pelo companheiro. Apanho, logo
existo.
Que é medieval, nem se discute. Mas a humanidade convive há séculos com essas armadilhas, com essas cenas em que cada um interpreta como lhe convém. Podemos nos apiedar de quem sofre maus tratos em nome desse amor fora dos padrões, mas a verdade é que apanhamos todas, todos. Diga aí quem nunca machucou, quem nunca foi machucado, mesmo sem trazer marcas visíveis.
Algumas pessoas são experts em não deixar cicatrizar velhas feridas, em fazer dor no ponto frágil. Insinuações doem, acusações injustas doem, desapego dói, indiferença, então. É justamente dentro das relações mais íntimas que se obtêm as melhores armas. A vulnerabilidade é terreno fértil para surras psicológicas. Sabemos como reage nosso cônjuge, o que costuma ferir nosso irmão, onde nossos amigos fraquejam. Basta uma frase, uma ironia, e o abatemos. Deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos não é passível de condenação. Não é crime, não deixa marcas de sangue no tapete. Mira-se no peito, atira-se com palavras, e os estilhaços caem para dentro.
A violência física não tem essa premeditação. Ela caracteriza-se pela falta absoluta de controle. No momento em que se agride alguém com socos e pontapés, atravessa-se a fronteira do racional: vigora a degradação, a selvageria, o fim da civilidade. Por isso, preferimos a agressão verbal, que, apesar de também machucar, ao menos mantém a ordem. O ideal, no entanto, seria escaparmos ilesos de qualquer brutalidade e convivermos apenas com abraços, sorrisos e palavras gentis, coisa que acontece apenas entre quem mal se conhece. A ternura full time só é comum entre pessoas cujas vidas não se misturam, não trazem conseqüências uma para a outra. Já a intimidade permite que a mágoa brote, transformando rancor em munição. Mike Tyson ao menos ganhava bem para bater e levar. Fora do ringue, todo mundo perde.
Martha Medeiros
É fácil deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos. É só mirar no peito e atirar com palavras.
Um dos maiores dramas femininos é a violência dentro de casa. Milhares de mulheres apanham do marido e do namorado. Não importa se são pobres ou ricas, analfabetas ou cultas: apanham uma, duas, três vezes e, em vez e fazerem a malinha e darem um novo rumo às suas vidas, mantêm-se onde estão, roxas e orgulhosas.
A maioria suporta a situação porque não tem como se sustentar, não tem para onde levar os filhos, elas estão nesse mundo sem pai nem mãe. Mas há outro motivo curioso: muitas mulheres encaram a surra como um contato íntimo. Na falta de um beijo, aceita-se um tapa. Dói, mas ninguém pode dizer que não existe uma relação a dois. É uma maneira masoquista de se fazer notar, de não se sentir ignorada pelo companheiro. Apanho, logo
existo.
Que é medieval, nem se discute. Mas a humanidade convive há séculos com essas armadilhas, com essas cenas em que cada um interpreta como lhe convém. Podemos nos apiedar de quem sofre maus tratos em nome desse amor fora dos padrões, mas a verdade é que apanhamos todas, todos. Diga aí quem nunca machucou, quem nunca foi machucado, mesmo sem trazer marcas visíveis.
Algumas pessoas são experts em não deixar cicatrizar velhas feridas, em fazer dor no ponto frágil. Insinuações doem, acusações injustas doem, desapego dói, indiferença, então. É justamente dentro das relações mais íntimas que se obtêm as melhores armas. A vulnerabilidade é terreno fértil para surras psicológicas. Sabemos como reage nosso cônjuge, o que costuma ferir nosso irmão, onde nossos amigos fraquejam. Basta uma frase, uma ironia, e o abatemos. Deixar uma pessoa emocionalmente em frangalhos não é passível de condenação. Não é crime, não deixa marcas de sangue no tapete. Mira-se no peito, atira-se com palavras, e os estilhaços caem para dentro.
A violência física não tem essa premeditação. Ela caracteriza-se pela falta absoluta de controle. No momento em que se agride alguém com socos e pontapés, atravessa-se a fronteira do racional: vigora a degradação, a selvageria, o fim da civilidade. Por isso, preferimos a agressão verbal, que, apesar de também machucar, ao menos mantém a ordem. O ideal, no entanto, seria escaparmos ilesos de qualquer brutalidade e convivermos apenas com abraços, sorrisos e palavras gentis, coisa que acontece apenas entre quem mal se conhece. A ternura full time só é comum entre pessoas cujas vidas não se misturam, não trazem conseqüências uma para a outra. Já a intimidade permite que a mágoa brote, transformando rancor em munição. Mike Tyson ao menos ganhava bem para bater e levar. Fora do ringue, todo mundo perde.
19 de fevereiro de 2008
Quem "inventou" o mito de matar dragões, quimeras e monstros, sabia o que é lutar para mudar o que se sente...
E não existe nada mais eficaz para isso do que olhar a realidade e as pessoas exatamente como elas são.
O que engrandece as coisas são as fantasias que mesmo inconscientemente depositamos sobre elas.
E não existe nada mais eficaz para isso do que olhar a realidade e as pessoas exatamente como elas são.
O que engrandece as coisas são as fantasias que mesmo inconscientemente depositamos sobre elas.
18 de fevereiro de 2008
Um dia quero que alguém me dê de presente o manual da maturidade afetiva pelo qual algumas pessoas parecem viver. É, quero. Mas suspeito fortemente que o que as pessoas chamam de maturidade é apenas fingimento e omissão de sentimento. Fingir que não está sentindo nada quando na verdade se está desabando por dentro... Como se isso protegesse de algo. Como se o outro não saber te colocasse a salvo do que está acontecendo dentro de você...
E uma das poucas coisas que sei nessa vida acerca das relações humanas, é que o que a gente nunca deve fazer é diminuir o que o outro está sentindo. Até entendo que o objetivo é ajudar, que a fantasia é de que tratando a coisa como algo menor, a razão se aposse da emoção, tome controle da situação e as coisas tomem outro rumo. Porém se a pessoa está dizendo que está doendo muito, é porque está doendo muito e menosprezar esse sentimento é tiro saído pela culatra. Fere muito mais do que cura.
E uma das poucas coisas que sei nessa vida acerca das relações humanas, é que o que a gente nunca deve fazer é diminuir o que o outro está sentindo. Até entendo que o objetivo é ajudar, que a fantasia é de que tratando a coisa como algo menor, a razão se aposse da emoção, tome controle da situação e as coisas tomem outro rumo. Porém se a pessoa está dizendo que está doendo muito, é porque está doendo muito e menosprezar esse sentimento é tiro saído pela culatra. Fere muito mais do que cura.
17 de fevereiro de 2008
Faz parte de ser adolescente ter certezas absolutas sobre tudo e qualquer coisa. O adolescente simplesmente sabe e julga o mundo e as pessoas em cima do que sabe. É sim ou não, branco no preto, certo ou errado.
Conforme você vai amadurecendo, perde essas certezas todas sobre tudo e todos, pois com o tempo vai se dando conta que não existe nenhuma regra ou exceção que explique o homem e sua humanidade. Inversamente ao que pensamos quando mais novos, a maturidade não cessa os questionamentos; acentua-os, e lhes altera a qualidade.
Talvez isso aconteça por nos vermos errando ao longo da vida. Cometendo os mesmo erros, e uns completamente novos. Talvez porque aprendermos que saber e sentir são coisas que não necessariamente acontecem em concordância. E que somos tantos ao longo de uma vida, mas tantas e tão diversas partículas que é bobagem tentar definir o que somos ou podemos ser a cada instante... Fato é que nada nessa vida se define.
Às vezes sinto vontade de voltar a ter as certezas de um adolescente. De ter a sensação de segurança que na minha idade se perde, na exata medida em que se vai ganhando, cada vez mais, consciência da vastidão da condição humana, e que na vida não existem nem bandidos e nem mocinhos.
Conforme você vai amadurecendo, perde essas certezas todas sobre tudo e todos, pois com o tempo vai se dando conta que não existe nenhuma regra ou exceção que explique o homem e sua humanidade. Inversamente ao que pensamos quando mais novos, a maturidade não cessa os questionamentos; acentua-os, e lhes altera a qualidade.
Talvez isso aconteça por nos vermos errando ao longo da vida. Cometendo os mesmo erros, e uns completamente novos. Talvez porque aprendermos que saber e sentir são coisas que não necessariamente acontecem em concordância. E que somos tantos ao longo de uma vida, mas tantas e tão diversas partículas que é bobagem tentar definir o que somos ou podemos ser a cada instante... Fato é que nada nessa vida se define.
Às vezes sinto vontade de voltar a ter as certezas de um adolescente. De ter a sensação de segurança que na minha idade se perde, na exata medida em que se vai ganhando, cada vez mais, consciência da vastidão da condição humana, e que na vida não existem nem bandidos e nem mocinhos.
11 de fevereiro de 2008
A improvável arte de ser mulher
Xxxxxx diz (21:13):
A Zzzzzz DISSE QUE QUER CONVERSAR COM VC NO FINAL DE SEMANA... RS
Xxxxxx diz (21:13):
SOBRE JOGOS DE SIMULAÇAO, QUE EU DISSE QUE VC TB GOSTA
Marie diz (21:14):
rs.. então tá né? diga a ela que conversaremos sim, fico esperando!
Marie diz (21:14):
mas eu num tenho nenhum, contei?
Xxxxxx diz (21:14):
não... entao pede prela te explicar o the sims
Marie diz (21:15):
eu num consegui instalar, frustração!
Marie diz (21:15):
sim, eu converso com ela sim! vou adorar!
Xxxxxx diz (21:15):
aki tb ta de rosca... consegui só 1 ou 2...
Marie diz (21:15):
que será né?
Marie diz (21:16):
tem o tal do seconde life on-line, mas nunca me aventurei...
Xxxxxx diz (21:16):
é pobrema de configurção... no micro da menina no 3º andar, que é mais véi que esse, roda tudo
Xxxxxx diz (21:17):
assim que sobrar uma grana, vou chamar o Julio para vir aki ver... to com os mails do fabricante do jogo mas não me atrevi a mexer nas configurações... aí qq coisa te passo
Marie diz (21:18):
tá
Xxxxxx diz (21:19):
qdo entrar no mail vou procurar e te passar o que eles me passaram
Marie diz (21:21):
tá
Xxxxxx diz (21:21):
tá abrindo... me passa o seu mail
Marie diz (21:23):
mariesermoud@terra.com.br
Marie diz (21:39):
chegou, depois tento reinstalar aqui...
Xxxxxx diz (21:39):
acho que tem outro... não lembro... vou ver
Xxxxxx diz (21:46):
se liga no que tá indo agora...
Xxxxxx diz (21:48):
nesse segundo, além de dizer que minha placa novinha é desatualizada, tenho que fazer facul de ciência da computação...
Xxxxxx diz (21:48):
por isso não mexi
Marie diz (21:49):
nem eu me atrevo a mexer em drivres...
Xxxxxx diz (21:49):
nesse segundo o problema é que ao rodar, as imagens saíam em blocos..
Xxxxxx diz (21:49):
pois é... uma bosta esses jogos
Xxxxxx diz (21:49):
mas leia esse segundo
Marie diz (21:50):
tô lendo
Xxxxxx diz (21:50):
eles são tão meigos...
Marie diz (21:51):
eles tão ensinando vc a limpar tudo
Marie diz (21:51):
pq no 98 isso pode atrapalhar mesmo
Marie diz (21:51):
mas tu num tá com um XP agora?
Xxxxxx diz (21:51):
sim
Xxxxxx diz (21:51):
acho que sim
Xxxxxx diz (21:53):
nem me atrevo a mexer nisso tudo... tenho que chamar o tecnico ou mandar esses mails e ver se isso eh viável...
Marie diz (21:53):
rsrsrs como assim: Acho que sim?
Marie diz (21:53):
os procedimentos são corretos Xxx...
Marie diz (21:53):
mas vc tem de saber qual é o seu windowns.. rs
Xxxxxx diz (21:54):
tenho?
Xxxxxx diz (21:54):
acho que é o xp sim...
Marie diz (21:54):
teeeeeeeeeem! juro que tem! rs... até pra reclamar no técnico!
Marie diz (21:55):
vai em iniciar, executar e na telinha que abrir escreve cmd e dá ok
Marie diz (21:55):
vai abrir uma tela preta e ai vc diz o que tá escrito lá: xp ou 98
Xxxxxx diz (21:55):
(carinha de choro)
Marie diz (21:56):
posso colar esse diálogo no blog ocultando seu nome? isso é incrível!!! rs..
Marie diz (21:56):
tô rindo muito aqui!
Xxxxxx diz (21:56):
XP 5.1.2600
Xxxxxx diz (21:56):
pode por o nome
Marie diz (21:56):
viu? sua versão do windowns é XP! então o que tá escrito nesse e-mail num serve procê.. rs
Xxxxxx diz (21:56):
(carinha de choro)
Xxxxxx diz (21:57):
(carinha tímida)
Xxxxxx diz (21:57):
então tenho que mandar outro mail
Marie diz (21:57):
viu como uma simples informação resolve um problema e economiza até o tempo do técnico?
Xxxxxx diz (21:58):
(carinha de envergonhada)
Marie diz (21:58):
sim! dizendo que teu windowns é XP e que não tá instalando! que mandem soluções pro XP e não pro 98!
Xxxxxx diz (21:58):
vou fazser o seguinte: vou mandar esses 2 mails pro tecnico e ele manda de lá um mail pra assistencia pra conve arem de igual pra igual...
Marie diz (21:59):
antes de mandarem vc mexer e atualizar drives, aliás num micro novo né? foi o que pensei quando li: mas o micro dela é novo!
Marie diz (21:59):
vc quem sabe.. rs.. eu acho que vc economizava ter de pagar o técnico depois né? mas............... rs** como riria um amigo meu!
Xxxxxx diz (21:13):
A Zzzzzz DISSE QUE QUER CONVERSAR COM VC NO FINAL DE SEMANA... RS
Xxxxxx diz (21:13):
SOBRE JOGOS DE SIMULAÇAO, QUE EU DISSE QUE VC TB GOSTA
Marie diz (21:14):
rs.. então tá né? diga a ela que conversaremos sim, fico esperando!
Marie diz (21:14):
mas eu num tenho nenhum, contei?
Xxxxxx diz (21:14):
não... entao pede prela te explicar o the sims
Marie diz (21:15):
eu num consegui instalar, frustração!
Marie diz (21:15):
sim, eu converso com ela sim! vou adorar!
Xxxxxx diz (21:15):
aki tb ta de rosca... consegui só 1 ou 2...
Marie diz (21:15):
que será né?
Marie diz (21:16):
tem o tal do seconde life on-line, mas nunca me aventurei...
Xxxxxx diz (21:16):
é pobrema de configurção... no micro da menina no 3º andar, que é mais véi que esse, roda tudo
Xxxxxx diz (21:17):
assim que sobrar uma grana, vou chamar o Julio para vir aki ver... to com os mails do fabricante do jogo mas não me atrevi a mexer nas configurações... aí qq coisa te passo
Marie diz (21:18):
tá
Xxxxxx diz (21:19):
qdo entrar no mail vou procurar e te passar o que eles me passaram
Marie diz (21:21):
tá
Xxxxxx diz (21:21):
tá abrindo... me passa o seu mail
Marie diz (21:23):
mariesermoud@terra.com.br
Marie diz (21:39):
chegou, depois tento reinstalar aqui...
Xxxxxx diz (21:39):
acho que tem outro... não lembro... vou ver
Xxxxxx diz (21:46):
se liga no que tá indo agora...
Xxxxxx diz (21:48):
nesse segundo, além de dizer que minha placa novinha é desatualizada, tenho que fazer facul de ciência da computação...
Xxxxxx diz (21:48):
por isso não mexi
Marie diz (21:49):
nem eu me atrevo a mexer em drivres...
Xxxxxx diz (21:49):
nesse segundo o problema é que ao rodar, as imagens saíam em blocos..
Xxxxxx diz (21:49):
pois é... uma bosta esses jogos
Xxxxxx diz (21:49):
mas leia esse segundo
Marie diz (21:50):
tô lendo
Xxxxxx diz (21:50):
eles são tão meigos...
Marie diz (21:51):
eles tão ensinando vc a limpar tudo
Marie diz (21:51):
pq no 98 isso pode atrapalhar mesmo
Marie diz (21:51):
mas tu num tá com um XP agora?
Xxxxxx diz (21:51):
sim
Xxxxxx diz (21:51):
acho que sim
Xxxxxx diz (21:53):
nem me atrevo a mexer nisso tudo... tenho que chamar o tecnico ou mandar esses mails e ver se isso eh viável...
Marie diz (21:53):
rsrsrs como assim: Acho que sim?
Marie diz (21:53):
os procedimentos são corretos Xxx...
Marie diz (21:53):
mas vc tem de saber qual é o seu windowns.. rs
Xxxxxx diz (21:54):
tenho?
Xxxxxx diz (21:54):
acho que é o xp sim...
Marie diz (21:54):
teeeeeeeeeem! juro que tem! rs... até pra reclamar no técnico!
Marie diz (21:55):
vai em iniciar, executar e na telinha que abrir escreve cmd e dá ok
Marie diz (21:55):
vai abrir uma tela preta e ai vc diz o que tá escrito lá: xp ou 98
Xxxxxx diz (21:55):
(carinha de choro)
Marie diz (21:56):
posso colar esse diálogo no blog ocultando seu nome? isso é incrível!!! rs..
Marie diz (21:56):
tô rindo muito aqui!
Xxxxxx diz (21:56):
XP 5.1.2600
Xxxxxx diz (21:56):
pode por o nome
Marie diz (21:56):
viu? sua versão do windowns é XP! então o que tá escrito nesse e-mail num serve procê.. rs
Xxxxxx diz (21:56):
(carinha de choro)
Xxxxxx diz (21:57):
(carinha tímida)
Xxxxxx diz (21:57):
então tenho que mandar outro mail
Marie diz (21:57):
viu como uma simples informação resolve um problema e economiza até o tempo do técnico?
Xxxxxx diz (21:58):
(carinha de envergonhada)
Marie diz (21:58):
sim! dizendo que teu windowns é XP e que não tá instalando! que mandem soluções pro XP e não pro 98!
Xxxxxx diz (21:58):
vou fazser o seguinte: vou mandar esses 2 mails pro tecnico e ele manda de lá um mail pra assistencia pra conve arem de igual pra igual...
Marie diz (21:59):
antes de mandarem vc mexer e atualizar drives, aliás num micro novo né? foi o que pensei quando li: mas o micro dela é novo!
Marie diz (21:59):
vc quem sabe.. rs.. eu acho que vc economizava ter de pagar o técnico depois né? mas............... rs** como riria um amigo meu!
9 de fevereiro de 2008
8 de fevereiro de 2008
Dei uma primeira reorganizada no blog. Tirei os links inativos (e aqui entenda-se por "inativos" aqueles que não me interessam mais por vááários motivos) e adicionei as boas descobertas dos últimos meses.
Tem muita coisa boa ai do lado.
MUITA.
Opiniões que valem a pena se levar em conta para se ter uma visão de mundo mais adequada, e literatura de primeira qualidade à disposição de todos.
Tem muita coisa boa ai do lado.
MUITA.
Opiniões que valem a pena se levar em conta para se ter uma visão de mundo mais adequada, e literatura de primeira qualidade à disposição de todos.
6 de fevereiro de 2008
Eu gostava mais quando apenas sonhava te amar.
Nos meus sonhos éramos perfeitos.
Você era perfeito; eu era perfeita.
Ou apenas eram nossos defeitos a se complementarem com perfeição.
A gente insistiu em transgredir o sonho e tornamo-nos realidade.
E toda a onírica perfeição se transformou em concreta solidão.
Isso me traz alívio.
Nos meus sonhos éramos perfeitos.
Você era perfeito; eu era perfeita.
Ou apenas eram nossos defeitos a se complementarem com perfeição.
A gente insistiu em transgredir o sonho e tornamo-nos realidade.
E toda a onírica perfeição se transformou em concreta solidão.
Isso me traz alívio.
4 de fevereiro de 2008
Das pequenas coisas "incompreensíveis" na humanidade:
(Ainda do Churrasco)
O tema, claro, era baile de Carnaval. A aniversariante comprou máscaras purpurinadas e boás (echarpes de penas) com as quais enfeitou as paredes. Estava lindo. Lá pelas tantas começa o "baile" e ela sai distribuindo máscaras e boás para as pessoas que quis. Eu ganhei um boá laranja. As duas meninas pequenas presentes na festa não ganharam.
Uma das convidadas cedeu o dela - rosa - para a sobrinha da aniversariante que emburrou na hora. Bem mais tarde chega a mãe da outra menina sem e me pede:
- Você me empresta o seu? Só pra ela brincar um pouquinho, pois está de bico.
Emprestei e fiquei pensando que a hora que fosse para devolver, a menina ficaria novamente de bico, e que então aquele boá já era, mesmo sempre tendo sonhado em ter um, coisa de Drag Queen enrrustida. Porém como a mãe usou o termo emprestar, quis ver até aonde aquilo ia.
Foi até o ponto de irem colocar o boá no carro e ninguém falar nada sobre devolver na hora de ir embora. Aliás, nem vi irem embora.
(Ainda do Churrasco)
O tema, claro, era baile de Carnaval. A aniversariante comprou máscaras purpurinadas e boás (echarpes de penas) com as quais enfeitou as paredes. Estava lindo. Lá pelas tantas começa o "baile" e ela sai distribuindo máscaras e boás para as pessoas que quis. Eu ganhei um boá laranja. As duas meninas pequenas presentes na festa não ganharam.
Uma das convidadas cedeu o dela - rosa - para a sobrinha da aniversariante que emburrou na hora. Bem mais tarde chega a mãe da outra menina sem e me pede:
- Você me empresta o seu? Só pra ela brincar um pouquinho, pois está de bico.
Emprestei e fiquei pensando que a hora que fosse para devolver, a menina ficaria novamente de bico, e que então aquele boá já era, mesmo sempre tendo sonhado em ter um, coisa de Drag Queen enrrustida. Porém como a mãe usou o termo emprestar, quis ver até aonde aquilo ia.
Foi até o ponto de irem colocar o boá no carro e ninguém falar nada sobre devolver na hora de ir embora. Aliás, nem vi irem embora.
Ontem conheci um marroquino. Mamo. Cantor. Canta que é uma belezura. Fim de festa, pouca gente e finalmente pudemos trocar impressões culturais, algo que gosto muito. Lá pelas tantas, ele me pergunta se sou casada e quando digo que não, responde prontamente:
- Eu te desejo muita boa sorte.
E aquilo, senti, era uma espécie de oração.
- Pra quê? Respondi de olhos arregalados.
- No meu país, quando encontramos uma mulher que ainda não casou, desejamos que ela tenha boa sorte para encontrar um marido, pois toda mulher quer e precisa de um homem para cuidá-la.
E você via no jeito dele que não era a coisa do machismo que atribuímos tão facilmente a essa fala. A sensação era mais como se a mulher fosse uma planta rara que precisa de um guardião para que possa desenvolver-se plenamente...
Não vou discutir aqui aspectos filosóficos ou culturais; o que quero dar nota é da sinceridade e espontaneidade do Mamo quando disse isso.
Aqui no Brasil quando acham que você já deveria ter casado, criticam, cobram ou gozam...
- Eu te desejo muita boa sorte.
E aquilo, senti, era uma espécie de oração.
- Pra quê? Respondi de olhos arregalados.
- No meu país, quando encontramos uma mulher que ainda não casou, desejamos que ela tenha boa sorte para encontrar um marido, pois toda mulher quer e precisa de um homem para cuidá-la.
E você via no jeito dele que não era a coisa do machismo que atribuímos tão facilmente a essa fala. A sensação era mais como se a mulher fosse uma planta rara que precisa de um guardião para que possa desenvolver-se plenamente...
Não vou discutir aqui aspectos filosóficos ou culturais; o que quero dar nota é da sinceridade e espontaneidade do Mamo quando disse isso.
Aqui no Brasil quando acham que você já deveria ter casado, criticam, cobram ou gozam...
Quinta-feira tomei o maior porre da minha vida, de vinho chileno. Nunca dantes fiquei tão bêbada, o que não implica em muita coisa não, já que não sou de dar vexame nesse estado, só sóbria... rs... Dormi sentada, mandei uns recados estranhos... Ficou no ar apenas a dúvida se a partir dum determinado grau, eu não sofro mesmo de amnésia etílica...
Ontem bebi infinitamente mais do que quinta e fiquei sã. Foi saquê, cachaça(!!!), wisky(!!!!!) e cerveja e ai era de se esperar que pela mistura, eu ficasse bem ruim e com uma ressaca da porra hoje né? Nada! Tô até sem dor de cabeça. Vai entender!
Agora resta saber o que será de amanhã, pois a bebedeira já está tratada. Eita Carnaval etílico esse!
Hoje? Hoje não! Hoje eu "trabaio"... rs..
Ontem bebi infinitamente mais do que quinta e fiquei sã. Foi saquê, cachaça(!!!), wisky(!!!!!) e cerveja e ai era de se esperar que pela mistura, eu ficasse bem ruim e com uma ressaca da porra hoje né? Nada! Tô até sem dor de cabeça. Vai entender!
Agora resta saber o que será de amanhã, pois a bebedeira já está tratada. Eita Carnaval etílico esse!
Hoje? Hoje não! Hoje eu "trabaio"... rs..
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