18 de fevereiro de 2008

Um dia quero que alguém me dê de presente o manual da maturidade afetiva pelo qual algumas pessoas parecem viver. É, quero. Mas suspeito fortemente que o que as pessoas chamam de maturidade é apenas fingimento e omissão de sentimento. Fingir que não está sentindo nada quando na verdade se está desabando por dentro... Como se isso protegesse de algo. Como se o outro não saber te colocasse a salvo do que está acontecendo dentro de você...

E uma das poucas coisas que sei nessa vida acerca das relações humanas, é que o que a gente nunca deve fazer é diminuir o que o outro está sentindo. Até entendo que o objetivo é ajudar, que a fantasia é de que tratando a coisa como algo menor, a razão se aposse da emoção, tome controle da situação e as coisas tomem outro rumo. Porém se a pessoa está dizendo que está doendo muito, é porque está doendo muito e menosprezar esse sentimento é tiro saído pela culatra. Fere muito mais do que cura.

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