30 de agosto de 2007

A vida nos traz lições. A minha atual é o desapego, especialmente o desapego de pessoas. Aquilo de as pessoas gostarem, curtirem, amarem até, mas não precisarem estar em contato constante. Não precisarem nem estar em contato de vez em quando. Eu te amo daqui, você me ama dai e tudo bem, cada um segue a sua vida.

Rapaz! Eu tenho uma dificuldade enorme com isso. Ou melhor: tinha. Como bem diz o Gui bastavam dois ou três dias de sumiço que já ia atrás de saber o que aconteceu. Entenda-se por sumiço, minimamente, eu não ver on-line, porque posso não falar, mas só de ver a pessoa ali, já deduzo que está tudo mais ou menos normal e fico sossegada.

Hoje não mais. E não é vingança não. Nem cansaço. É que tem de ser sabe? Um dia a gente tem de crescer e entender que na nossa vida a única constante somos nós mesmos. Os demais, todos os outros, são sempre transitórios e efêmeros. Alguns podem duram mais, porém todos temos uma data marcada para partir, ou para serem partidos.

Entendi que todos os amores são eternos, mas dizer "eu te amo" não.

Entendi até a efemeridade do amor virtual e como se dá o processo da separação: quem ama alguém que nunca viu e que um dia deixa de aparecer, ama como que a um software único que um dia deixou de funcionar, levando consigo todos os arquivos. Não é um programa capaz de ser recuperado, porém deixa no seu lugar um programa que jamais poderá ser desinstalado: a saudade.

A vida urge e eu preciso dizer adeus. Adeus a mim mesma. Adeus ao meu jeito apegado de amar. Hoje está sendo meu último dia. Amanhã eu acordo outra e ao mesmo tempo eu mesma, apenas com uma cicatriz a mais. Hoje com certeza dói. Amanhã talvez doa, mas é a tal dor nova que traz possibilidade de felicidade no bojo, sabe?

Tô precisada de felicidade maiores.

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