24 de novembro de 2006
O nosso fim
Existe limite para que nos despedacem o coração? Aliás, como pode um órgão sem qualquer osso, partir-se assim tanto e tão amiúde? E como pode ainda, partindo e partindo, doer tanto e tanto e cada vez mais? Doer a ponto de quase nos enlouquecer...
Eu tentei... Deus! Como tentei manter apto o coração para o amor e a amar-te apesar de... Porém hoje recebi o golpe de misericórdia que deu fim a essa nossa história agonizante e, já há muito, cambaleante.
Chega né? Chega.
A minha dor não se traduz em palavras... As lágrimas que derramo correm quentes pelo meu rosto e selam em meus lábios o silêncio que se apossou de mim em relação a você. Já não existe nada que possa ser dito entre nós que reverta o nosso fim. Ele chegou de fato.
Sim, eu vou sobreviver; sempre sobrevivo. Só não me peçam para amar e confiar novamente; nem como “homem” e nem como "amigo"; isso não me sinto mais capaz de fazer. Sequei.
Afetos são sinceros, mas são apenas afetos e está bom que seja assim.
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