7 de maio de 2009


Érico José Mingoni - 20/12/1974 à 06/05/2009



Érico, por ele mesmo:


"E quando se quer gritar bem alto, bem alto mesmo, como é que se faz?
Pra apaziguar as feras, pra espantar os fantasmas, pra dissipar o nevoeiro".

---000---

"Que tudo gire em torno da alegria, da vontade de viver. Por mais turbulência que apareça. Porque viver vale a pena. Mesmo que um minuto. Imagine então uma vida inteira?

É isso aí".

---000---

"Ter os pés no chão o tempo todo me entendia. Gosto de ter a cabeça nas nuvens"...

---000---

"Podem ser metáforas, parábolas, contos-de-fadas, histórias fabulosas ou o que quer que seja. Gosto da vida com temperos, com fantasias: pra que simplificar se o floreado salta aos olhos e aguça os ouvidos? Amores possíveis, grandes aventuras, detalhes saboreados, apesar de algumas vicissitudes da vida... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida." Clarice Lispector, sabe?!

Tento botar pra fora o turbilhão de coisas que está na cabeça e tentar externar o que o interior vê, querer que o outro me veja como eu o vejo, querer que as pessoas entendam o que e como eu entendo; talvez seja muito o querer, muitas as expectativas. A fantasia me (co)move. E acho difícil mudar, mesmo porque o rio ainda está longe e eu talvez seja mesmo um tolo, que não quer deixar de ser assim".

---000---

"... Mas quem perde tem a possibilidade de achar. E acho que não quero achar nada do que ficou pra trás. O horizonte à minha frente me interessa.
Go west, rapaz"!

---000---

"E o teu céu, que cor ele tem"?

---000---

"...Porque sou meio assim, tenho pressa.
Eu não soube sequer esperar pra nascer"...

---000---

"Muitas vezes, o final da história nem é tão feliz assim.
Queria saber onde foi que eu me apeguei aos finais felizes. A depender deles pra história ser completa.
Felizmente (ou infelizmente), nem todos os finais se encaixam.
O mocinho pode não ficar com a mocinha do filme. De repente, eles nem nasceram um pro outro. Podem aparecer no próximo filme com seus novos parceiros, com a casa nova, com o cachorro novo. Em outra cidade, em outro país. Em outro mundo talvez. Ou nem mostrem isso no próximo filme. Se houver a continuação.
Ou então, vão usar os mesmos atores em outra história, em outro contexto, em outra galáxia. Mexe um pouco o cabelo aqui, muda as roupas ali e pronto. Com um toque de mágica (não se encaixa falar sobre a fada madrinha da Cinderella aqui), são novos personagens. De velhas histórias. De novos mundos.
Porque as coisas nem sempre têm que fazer sentido. Como este post.
Enquanto isso, nossos filmes são rodados.
Estão gravando agora? Ou isso vai pro Vídeo Show"?

---000---

"Não, eu não gosto de despedidas.
Nunca gostei. Desde pequeno soube que não lidaria bem com perdas.
Levo quem vai, busco quem chega. Mas bate a tristeza com quem vai - o choro torce a boca e mareja os olhos... Não, não importa o tempo lá. Importa que não está mais aqui".

---000---

"E agora, que eu tenho "cara de nuvem"?
Com que cara fico eu?
Devo ir chover noutra freguesia"?

---000---

"...É engraçado como a memória da gente guarda TUDO, só precisa ser acionada. Deu pra lembrar os cheiros, os sabores, os gostos.
E as coisas caminham. A vida tem seus caminhos tortuosos (ainda bem, que linhas retas me dão sono), suas serras, suas paisagens... E a gente, ali, no meio disso tudo, naquela ansiedade toda pra ver onde a estrada atual vai levar, onde é a próxima encruzilhada pra se escolher o novo caminho.
Você pode só ficar sentado e ver as coisas passando pela sua janela. Ou arriscar. Sabe no que vai dar? Pois é. Nem eu. Mas quero ver.
Porque acho que tudo é assim. Feito de escolhas".

---000---

"...Nesses quase trinta anos de existência, posso dizer que muita gente me cercou. Alguns que se cercam ainda, outros que foram fincar suas raízes em outros terrenos, outros que foram como a brisa, que veio, refrescou o dia, suavizou as folhas das árvores e foi-se embora.
Brisa, tormenta, ventania ou as folhas que se projetam ao chão, em planos quase verticais, pela falta do que as embale quando caem. Acho que meus amigos são assim, como o vento, em suas tantas vontades, e que não pedem, se achegam, e deixam suas lembranças num caderno imaginário que volta e meia folheio.
E bate uma baita vontade de ter desenhado suas silhuetas, de ter colado nossas fotos, de ter escrito tudo num livro: pra nos reunirmos de novo, darmos boas risadas, rever nesse tempo todo tudo o que aconteceu. Ei, povo!!! Cadê vocês, hein??? Por onde têm andado?
E tem os novos, que se achegam de todas as procedências.
E ter vocês por perto é força. Nem sempre as escolhas que fazemos nos deixam ter a segurança que tentamos passar, mas que só os nossos abraços e sorrisos trocados valem todo o existir.
Quanto a você, meu chuchu®, alguém mais que amigo, que presencia cada coisa (!!!): te deixo aqui beijos e abraços muito apertados (daqueles, bem balunianos, só nossos)...
Ô pessoas, que bem vocês fazem!!!!!!

Acho que hoje tô meio nostálgico... (será?)

.............

Trilha sonora: Maria Bethânia - Brincar de viver (é, realmente, hoje a nostalgia me possui...)

---000---

"Refletir, transgredir, ouvir de novo a própria história quando contada pra alguém.
Verdades absolutas são muito irreais pra serem verdades.
Confiança, humildade, habilidade para aguentar o tranco, cair de pé no fim da queda"...


2 comentários:

Regina de Oliveira disse...

olá... eu conheço o erico... há anos não o via e sempre procuro por ele, sem encontra-lo...eu não entendi (ou de repente não quero entender) as datas abaixo da foto dele
Nós estudamos juntos (eu fiz jornalismo e ele Arquitetura) em Mogi..ha 16 anos... pegávamos o mesmo fretadoo pra lá... enfim... gostaria de notícias dele...
obrigada
abs

Regina de Oliveira disse...

gostei muito da sua postagem