9 de maio de 2009

- E as novidades?
- Tem nenhuma não. Tá tudo bem. E eu sabia que tinha dado a mesma resposta na nossa última conversa.
- Nada?
- Assim: as coisas muito significativas que estão acontecendo, estão acontecendo dentro de mim. E ai são muito longas para serem contadas assim num interurbano que tem de ser relativamente breve.

É, eu ando meio sem assunto, pois ando muito atenta a mim mesma. E embora sofra do mesmo mimetismo da humanidade, não consigo agir como a maioria das pessoas que acha normal e super bacana falar o tempo todo de si e apenas de si, não importando se o outro está interessado ou não.

Eu sempre me pergunto: o que isso sobre mim vai interessar a alguém?. Por isso o blog acaba sendo o lugar onde falo mais de mim. Aqui as pessoas veem por escolha e se não estão a fim de saber aquilo sobre mim, clicam no x e ponto.

Porém sei que nas relações essa minha característica acaba atrapalhando um pouco, ou muito. É que as pessoas não conseguem entender que, geralmente, não estou tão interessada em suas vidas quanto elas acham que eu deveria estar se as amo. Na maioria das vezes, quero saber coisas essenciais sobre elas e não aquele bláblábláblá incessante e irritante sobre o nada. "Você está feliz? Está tudo bem com você?" São perguntas sinceras que faço e muitas vezes, elas me nutrem e calam em suas respostas. Eu prefiro que a pessoa fale de si expontaneamente, mas odeio quando falam apenas pra preencher o silêncio sabe? Eu consigo me sentir bem mesmo se estiver calada perto de alguém. Poucas vezes o silêncio me é constrangedor.

E falar de mim nesse momento é falar muito dos meus processos internos e da percepção gradativa do quão é diferente a minha percepção do mundo, e de mim mesma, depois que descobri que a vida não é minha inimiga e que não estou numa batalha. Do quão profundamente isso vem mudando TODAS as perguntas que me faço e as respostas que recebo. Do quanto os medos que ainda tenho escondidos estão aflorando e então posso trabalhá-los com calma e com carinho.

É falar de como tenho deixado de ser inimiga de mim mesma na verdade, justamente quando me percebo ali, armada até o último fio de cabelo por conta de uma experiência passada que não deixei para trás... É falar sobre como me sinto cada vez mais conectada com o Universo e isso me torna cada vez mais terrena, mais capaz de viver aqui.

Nunca li e reli tantas vezes o mesmo livro: A lei Universal da Atração. Leio com cuidado, estudando cada parágrafo e sondando seus sentidos mais ocultos, pois é um livro de perguntas e respostas. De todos os que li até agora é o mais completo e profundo nos ensinamentos, embora aparentemente possa não parecer.

Até hoje nunca tinha tido um livro que eu pudesse dizer: "Nossa, ele realmente transformou a minha vida"! Agora tenho!

E sim, quando for falar dele o farei de forma muito, muito detalhada.

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