6 de dezembro de 2007

Semana passada tive o casamento da amiga querida de adolescência que eu não via há cerca de 20 anos.

Ela estava linda! Linda, linda, linda! Pensou numa noiva linda? Era ela!

Na festa maravilhosa que se seguiu, enquanto a via com aquele sorrisão que só ela tem, lembrei que sou o que poderíamos chamar de sua madrinha de beijo... Pois é. Ela é quatro anos mais nova que eu e quando resolveu dar o primeiro beijo me ligou para saber como fazer. É há 20 anos atrás a gente conseguia chegar aos 14 anos sem ter beijado ainda... Lembro que passamos dias envolvidas em longas conversas ao telefone, pois uma das coisas que mais nos apavora é o cara perceber que a gente nunca beijou além do risco de não beijarmos bem... Que agonia! Lógico que rolou muito treino na mão e na boca da garrafa, porque é assim que uma mulher ensina outra a beijar, pensaram o quê?

E isso fez lembrar do meu primeiro beijo que deve ter sido mais cedo que o dela, com uns doze anos e nasceu do inconformismo dos meus primos com o fato de eu ainda não ter beijado. Meu primo convocou o amigo, minha prima me deu as dicas e o bendito aconteceu com hora marcada e dois personagens que mais pareciam trabalhadores se livrando de uma tarefa ingrata com os chefes escondidos: uma trás da cortina e outro embaixo do sofá... Pode uma coisa dessa?

Mas acho que o melhor beijo que ganhei nessa vida, não em performance, mas por ter sido uma completa surpresa, foi o que me roubaram numa escada... Estava no cabeleireiro para fazer luzes quando entra um homem que achei lindo! Quando ele me olhou vi que se interessou tanto quanto eu, porém brochei quando vi a aliança na mão esquerda dele. Casado nem rolava né? Pois. Mas ele nem ai com a alinaça no próprio dedo. Chegou perto e na conversa entre eu, ele e minha cabeleireira, descobrimos que ambos éramos clientes do salão há mais de 5 anos e, no entanto, nunca havíamos nos cruzado por lá. Para ter idéia do quanto se falou, ele ficou em pé ao lado da minha cadeira o tempo todinho que se levou para puxar os fios do reflexo na touca, passar o descolorante e este fazer o efeito – sim, isso foi há muuuuuuuuuuuuuuuuuitos anos atrás! – só indo embora quando fui para o lavatório. Quando ele saiu minha cabeleireira disse: “acho que alguém caiu de quatro por você”... E eu claro que disse que nada a ver, que ele tinha ficado pela conversa boa, pois éramos divertidas e que Deus me livrasse né? Ele era casado!

Cortei o cabelo, fiz escova, mão e pé - algo que comumente faço eu mesma, mas que naquele dia me deu vontade de fazer lá. Paguei, me despedi e quando faço a curva para descer as escadas, já que o salão ficava em cima de um auto-elétrico, quem está sentado na escada esperando? O cabra! Pense ai num susto! Foi o que eu levei! E quando perguntei: “O que você tá fazendo aqui sentado”? O cabra levantou dizendo: “te esperando pra fazer isso”, me encostou na parede e me tascou o maior beijo. Rapaz! Eu perdi até o rumo... Nem consegui empurrar, pois sequer lembrei que o cara era casado mais e sai de lá com as pernas completamente bambas... Tem noção? rs...

E ai, e você? Me conte como foi o seu primeiro beijo ou o seu beijo mais surpeendente?

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