9 de dezembro de 2007

Estava ali fazendo uns acertos em elementos da minha vida on-line, quando me ocorreu uma conversa que tive há meses com amigos tão ativos no meio virtual quanto eu. O assunto começou quando falamos da morbidade dos perfis de pessoas que já morreram, mas que permanecem "ativos" no Orkut recebendo visitas e mensagens - até de desconhecidos - muitas vezes, pelo fato de ninguém ter acesso à senha para poder encerrar a conta. É, a pessoa morre e tudo dela fica ali à disposição de quem quiser, pois apenas ela tinha as senhas e, geralmente, todas memorizadas de cabeça, já que a primeira regra quando se trata de senhas é: não as escreva em papéis, não as diga nunca a ninguém. Pois. E como tudo nessa vida, isso também tem um lado ruim que é justamente quando você fica impedido de acessar suas contas, por doença ou morte, e a coisa fica ali, ad-eternum, podendo até causar sofrimento aos familiares.

A Beth na época inclusive disse que essa já é uma discussão que rola há tempos em alguns grupos, e que o que a maioria dos usuários tem feito é dar suas senhas a alguém de muita confiança, para que esta pessoa se incumba de pôr fim à sua vida virtual caso algo aconteça com você. É mais ou menos como eleger um "tutor" e fazer um testamento dizendo o que quer que ele faça, caso você não possa mais ter controle sobre esse aspecto da sua vida. "Engraçado" como a internet trouxe novas necessidades e cuidados para a nossa vida, além de prazeres e possibilidades, não é mesmo?

Hoje elegi o meu "guardião" e nem sei o que ele vai achar disso, pois nem estava on-line a hora que fiz isso, mas sendo alguém que já tinha boa parte das minhas senhas o que fiz foi passar as que faltavam e deixar um recado dizendo: se algo me acontecer, ponha fim em tudo ou administre, caso eu passe por um impedimento temporário.

E por falar em morte, estou indo ali no velório e enterro do pai de um querido amigo....

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