15 de fevereiro de 2007

Como vai seu Carma?

Por Zíbia Gasparetto no livro Conversando Contigo!

“Casei três vezes e todos os maridos eram alcoólatras. É meu carma?”

A vida é um treinamento constante para o desenvolvimento de nossa consciência e, nesse objetivo, decodifica nossas atitudes e tece as oportunidades, os fatos.

Quando você age, está mandando mensagens para o universo, que responde de forma a facilitar seu amadurecimento interior. As pessoas, o meio, os problemas, as dificuldades com as quais convivemos neste mundo são determinadas por nossas crenças. Quando as mudamos, tudo muda em nossas vidas. A resistência, pretendendo manter as mesmas idéias, cria o carma.

O carma não é o castigo de quem pecou. O carma é o preço da resistência em mudar, é a repetição, às vezes por séculos, de idéias que você já teria condições de modificar, mas que ainda teima em conservar, na ilusão de que o novo é perigoso.

Nossa segurança está em nos agarrarmos ao que nos parece sólido e pretender ficar ali indefinidamente. A vida é ação e movimento. Por isso nossa segurança está justamente na mudança que renova. Parar é atrair a dor e sofrimentos, que aparecem sempre para quebrar o muro das nossas resistências. Depois de uma grande dor, de uma tragédia, as mudanças ocorrem naturalmente.

É fácil você sair de seu carma de infelicidade. Basta renovar as idéias, experienciar o novo, perceber o que funciona mesmo e o que era apenas uma ilusão. O pensamento positivo é muito importante para isso.

Você atrai alcoólatras em sua vida porque pretende ser piedosa e salvar pessoas. Tem pretensão de acreditar que pode mudá-las. Esta ilusão favorece que pessoas carentes emocionalmente sintam-se protegidas a seu lado. Sugam suas energias porque você se dispõe a isso. Se continuar cultivando essa crença, vai continuar atraindo não só os alcoólatras, mas também os infelizes, os incapazes, os parentes sofredores, etc., etc.

Se quer acabar com esse carma, basta perceber que você só tem o poder de mudar a si mesma. Não pode “entrar” nos sentimentos dos outros e fazê-los pensar e agir de forma diferente. Eles têm seus próprios caminhos e quanto mais você os julgar incapazes e tentar salvá-los mais estará retardando que assumam a própria responsabilidade sobre suas vidas.

Ninguém é vítima, mas sim criador de seu próprio destino. Não abdique desse poder. Cuide de seu próprio progresso interior e perceba que todas as pessoas são tão capazes quanto você e, embora por diferentes caminhos, um dia chegarão a um destino melhor. Não é essa uma determinação de Deus?

Confie e fique em paz.

Nossa segurança está justamente na mudança que renova.

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