Há muito tempo eu tinha consciência de como era difícil as coisas melhorarem, parecia que estava imersa num "lodo" que dificultava qualquer ação, mas era um "lodo" estranho: para ações pesadas e negativas ele fluia feito água. Era para as atitudes contrárias a ele, as positivas, que a coisa emperrava. Com o tempo entendi que o tal lodo é, na verdade, um campo energético. Um campo formado por todos os elementos negativos que nos ensinam desde criança sobre nós e sobre a "realidade" que nos cerca. Flui facilmente quando a sua energia é igual à dele, e "emperra" quando sua vibração é destoante.
No começo pensar sobre o "lodo" e sentí-lo me dava uma sensação de aprisionamento e de fatalidade, pois parecia inútil lutar contra aquele lamaçal, uma vez que tudo parecia tão maior que eu, já que eu tentava, tentava e pouco saia do lugar. Hoje compreendi que da mesma forma que criamos um campo energético podemos criar outro e que é a nossa persistência e dedicação que fará com que isso aconteça com maior ou menor dificuldade. Explico-me:
Criamos e perpetuamos o campo energético negativo com todas as críticas constantes à nós, ao outro e à realidade dita concreta. Flui porque esse é o padrão reinante, ou seja, nossa bolha energética se funde a uma maior que é composta por todas as pessoas que vibram no mesmo padrão. Você desfaz esse campo quando se abstém das críticas, seja ao que for. Fazemos isso quando aceitamos a realidade; seja ela qual for. Não é preciso criticar para querer mudar, basta ter em si o desejo de aprimoramento. É uma inverdade que a auto-crítica é o único modo de sabermos o que precisamos melhorar.
Quando fazemos afirmações positivas, meditamos e nos ligamos ao bem começamos a criar um novo campo energético ao nosso redor. É preciso tempo e dedicação para que este se torne forte o suficiente para nos permitir caminhar no "lodo" sem sermos aprisionados por ele. Se passamos anos e mais anos da nossa vida construindo um campo energético negativo, mesmo que por pura e completa ignorância, porque achamos que apenas a nossa vontade momentânea é capaz de eliminar o que construímos e transformar as nossas vidas num oásis? Nem as religiões pregam essa mágica! E ai não fazemos a mudança interna acontecer, mas queremos a plena recompensa pelos nossos parcos esforços. Isso é a egrégora do negativismo fazendo-nos ficar exatamente onde estamos. Lembrando-nos que uma egrégora não é inteligente, mas é capaz de ações.
E não, não é fácil mesmo mudar, pois convivemos num mundo e com pessoas com vibrações contrárias ao bem e constantes. Muitas vezes alguém vem e consegue jogar seus esforços no chão e te tirar do sério. Tudo bem: somos humanos em processo de evolução. E com o tempo você vai percebendo que fica cada vez mais difícil te atingirem, cada vez mais suave a sua reação ao ser atingida, e cada vez mais fácil retornar ao estado positivo depois. Porque sair do padrão não é sentido mais como fracasso ou derrota; você não errou ou pecou. É apenas parte de um processo de aprendizagem e para aprender é preciso cometer erros, ter insucessos, que na verdade são, como já disse aqui outras vezes, situações de contraste para você avaliar melhor o que quer e como quer. Muitas vezes o "erro" é apenas um lembrete do Universo afim de que você não esqueça onde quer chegar.
Alguém deve estar se perguntando: como criar uma espécie de bolha energética positiva ao nosso redor pode facilitar o nosso caminhar nesse lodo de negatividade no qual estamos imersos, se somos uma "bolhinha" diante dum "oceano de lodo"? No momento me ocorre algo assim: é como se a junção de todos os que estão nesse caminho criasse estradas pelas quais se pode transitar energeticamente. Eu estou aqui e me ligo a alguém num mesmo timbre energético que está na zona Sul da cidade e com outro que está no nordeste do país. O fio dessa ligação cria um caminho que facilita o nosso trânsito e de todos aqueles que depois se ligam à mesma vibração. Assim, no oceano de negativismo criamos uma rede, como um teia de aranha e passamos a transitar por ela. Não sei de onde vem isso, nem como poderei comprovar isso, mas é a imagem que surge claramente na minha mente. E é por isso que quando mais pessoas se voltam e se dedicam a essa mudança estrutural, o caminho de todos se facilita: além de aumentar o campo energético positivo no planeta, vão surgindo mais caminhos nessa rede.
E volto a frisar e refrisar: é preciso empenho, dedicação e paciência nesse processo. Exercício cotidiano. E muito, mas muito menos birra e mimo. Não é em segundos que se desfaz algo que levamos anos estruturando - assim como na terapia viu? Nem é batendo o pé e exigindo que o Universo se molde à nossa vontade e à nossa inação. É preciso trabalho diário em ajustar-se às Leis Universais. E quando conseguimos nos ajustar, as coisas fluem e ai sim a vida realmente parece mágica.
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