5 de outubro de 2008

Se se quer criar o caminho de uma nova consciência mais plena e possível que nos leva a uma vida mais feliz e rica, de fato, devemos começar por destruir dois pilares. Digo isso porque são os dois instrumentos de dominação que nos mantém no cabresto seja política, social, econômica ou individualmente falando. Assim sendo, enquanto você acreditar nas crenças errôneas que se propagam acerca desses dois fenômenos, não conseguirá reformular-se. São eles:

- O dinheiro é ruim, ser rico é pecado;

- Sexo é sujo, pecado.

Para começar a pensar esses conceitos da forma correta saibamos e concordemos com a premissa de que TUDO no Universo provém de Deus. TUDO, certo? Certo. Se ele é a fonte de tudo o que existe, também é a fonte do mal, do dinheiro e do sexo.

Muitos argumentam que o dinheiro e o mal são criações do homem, portanto não têm nada a ver com Deus; porém é fácil pensar que se Deus, que NUNCA faz nada errado e nem desperdiça suas ações (e para chegarmos a isso, basta que observemos a natureza), ou seja, não se contradiz, não nos faria aptos a criar tais coisas se não fosse da Sua intenção e interesse. Se somos capazes é porque Ele nos criou assim e, portanto, é Dele que eles provém.

Explicando muito superficialmente, no desenrolar da história humana alguns homens sabiam que não conseguiriam o poder que desejavam sobre os demais homens se estes seguissem tendo os prazeres que vinham tendo, pois uma alma que conhece o gozo como um atributo seu, não se submete - porque não precisa - a nada. Não é assim quando estamos plenamente conscientes daquilo que nos faz bem? Podem dizer o que for; pode ser quem for que esteja contra: pai, mãe, companheiro, filhos, amigos se estamos conscientes e convencidos do bem que algo nos faz não abrimos mão e lutamos bravamente para manter aquilo nas nossas vidas.

E quais as duas coisas capazes de darem fortes prazeres sensoriais imediatos ao homem? As coisas que o dinheiro pode comprar - boa comida, bebidas, roupas, viagens e etc. - e o sexo.

Tirando do homem a capacidade de sentir-se com direito a essas coisas e fazendo com que ele se sinta sujo e inferior ao obtê-las, cria-se um campo fértil para a dominação, que é engrandecida e finalizada com a promessa de prazeres muito superiores num futuro inexistente: o reino dos céus, ou a vida após a morte.

Foi uma dominação paulatina, mas eficaz. Com o tempo fomos deixando de sentir prazer e trocando o aqui e agora pela vida futura.

E ai se voltamos a pensar em Deus, nos colocamos de novo na questão sobre Ele desperdiçar Seus atos. Nos dá uma vida agora para sermos felizes lá na frente e ainda sob a condição de quem sabe um dia? É, porque ainda criaram a idéia do castigo eterno, o inferno.

De verdade, pare e pense sem ser pelos moldes desse mundo e das religiões que conhece: você vê algum sentido nisso, alguma sabedoria, alguma bondade num Deus assim?
Existem coisas que eu entendo, mas não entendo:

-> Brasileiros passarem dias comentando as eleições dos USA em seus blogs, sem dizerem uma só linha sobre as que acontecem aqui. Hoje inclusive;

-> Porque o dólar sobe com a crise interna dos USA. Lembro que o motivo do nosso dinheiro cair é sempre as nossas crises internas.

1 de outubro de 2008

Sabe uma coisa do começar a tratar-se através de uma boa auto-estima? Você começa naturalmente a rebater as críticas do seu ego.

Hoje fiquei insatisfeita com o meu desempenho num trabalho e o ego prontamente veio em cima de mim de garfo e faca. Ai calmamente me disse: "estou apenas começando e ainda tem muito chão para me tornar realmente boa nisso. Fulano tem muita experiência e um dia chego no nível dele, mas esse dia ainda não é hoje. Vou apenas me determinar a encontrar maneiras mais eficientes de realizar meu trabalho, de me concentrar mais e me cansar menos. Talvez fazer intervalos de tempos em tempos"...

Prontinho, passei o dia satisfeita comigo mesmo, pois cuidei de procurar maneiras e instrumentos melhores pro meu trabalho.

30 de setembro de 2008



Hoje o Ninjô encerrou sua permanência entre nós, após 15 anos de convívio. Acabamos de colocá-lo para dormir...

Há quem não entenda porque sofremos quando nossos animais se vão... Afinal, são apenas animais... Porque tanta devoção?

Começaria por dizer que a nossa é apenas reflexo da que eles nos dedicam. Só quem teve um sabe... Haverão os que pensem: "pior se fosse um parente"; inegavelmente seria. Isso se dor não fosse algo que a cada vez que dói, o faz de forma única. E quem diz que ele não era nosso parente? Era sim, parente por escolha, porque não achamos que apenas os humanos nos preencham a existência e porque nossa capacidade de amar vai além.

Lembro do dia em que, pequeno, chegou; tão lindo e branco que minha mãe achou que fosse de pelúcia. Foi a única alegria num ano de desespero...

Ele não gostava de homens - criado numa casa só com mulheres - e bastava ouvir a voz de um para danar a latir avisando que naquela casa havia um macho, e feroz, cuidando das suas fêmeas. Foi só quando mudamos pra essa casa que ele acalmou. Ou por ver muita gente, já que ficava na frente, ou porque a idade já era tão avançada que ele passou a compreender que os demais machos não eram, necessariamente, ameaças.

Sábado agora consegui levar minha bunda para dar uma volta e quando retornei, ele me reconheceu de longe e abanou timidamente o rabo em pé no portão, pois sua alegria já não atingia a euforia há muito tempo. Pensei: "Olha, me reconheceu! Então apesar de surdo, ele ainda enxerga bem e está lúcido, mas é verdade: não vai viver muito mais; só espero que a morte lhe seja mansa"... Cuidamos disso.

Dizem que os animais reencarnam imediatamente, e eu gosto da idéia. Gosto de imaginar que ele já é um novo pet que acaba de abrir os olhos e espero, e desejo, e torço para que a família que tenha a benção de acolhe-lo, também tenha para com ele cuidados e amor ainda melhores que os nossos.

Vá em paz meu querido e obrigada, por tudo!

28 de setembro de 2008

E a percepção digna de nota desses dias é: não é apenas o computador que quebra quando precisa "melhorar". Nós também quebramos e adoecemos. Isso porque, por vezes, a energia chega num tal grau de estagnação ou de "mal", que só uma doença ou um "crash" é capaz de liberá-la pro órgão/chacra/centro de força voltar a pulsar novamente.
Então, uma semana de bunda para cima é uma semana sem muitas novidades, de relevante apenas a quase merda que fiz na quinta-feira, mas que nem merece ser comentada... Apenas agradecer o UNIVERSO por ser tão generoso comigo.

23 de setembro de 2008



Como acabei de escrever para mandar para a Renata e então aproveito e coloco aqui, já que está pronto:



Meu pão é, aquele mesmo, o famoso

Ingredientes massa:

4 xíc. e meia de farinha de trigo
200 gramas de manteiga
1 tablete de fermento biológico
1 xíc. e 2/3 de xíc. de água
uma colher de chá de sal.

Preparo:

Coloca a farinha numa vasilha e faz aquele buraco no meio. Pica a manteiga (temperatura ambiente) e espalha nessa farinha. Coloca o sal. Numa panelinha aquece a água, deixando-a morna - cuidado para não esquentar demais porque senão ela mata o fermento - e ai dissolve o fermento. Essa misturinha você vai jogar no buraco na farinha e mãos-a-obra: amasse tudo até fazer uma bola uniforme e macia, mas que não gruda na mão. Se for preciso vá adicionando farinha. Nessa fase não precisa sovar e nem tirar da tigela se ela for grande pra deixar a massa crescer (geralmente uso aquelas bacias plásticas de cozinha sabe? A média). Deixa descansar até ela dobrar de tamanho, coberta com um pano. Se o dia estiver muito frio é preciso acender o fogão e deixar a porta do mesmo aberta para a cozinha ficar mais quentinha, senão o pão não cresce. Depois que cresceu é hora de polvilhar a mesa, ou a pia, e jogar a massa lá. Ela vai estar macia e cheia de furinhos. E ai pode mandar ver em tudo quanto é coisa que você quer socar! rs! Soque e dobre, soque e dobre, soque e dobre (sove) a massa por alguns minutos - o livro diz 10 minutos, mas nunca tive braço pra tanto e nunca fez falta no meu pão os minutos que faltaram - e então comece a estendê-la com o rolo de macarrão...

Aqui começam os incrementos: se você quiser um pão de Castanha do Pará, por exemplo, é aqui que você adiciona as castanhas moídas e volta a sovar a massa para misturar ambas. O mesmo vale para todos os ingredientes que você quer que diferencie a sua massa, como por exemplo a cenoura, só que ela solta líquido, então a massa volta a ficar grudenta, porém não se afobe: ou você espreme a cenoura antes (evito porque perde nutrientes), ou vai polvilhando farinha pra não perder a consistência. NUNCA dá errado! pra rechear, abra a massa com o rolo e coloque o recheio que quiser no meio. Enrole como rocambole e dobre as pontas para baixo na hora de pôr na assadeira untada. Pincele com ovo, polvilhe o que quiser e, já na forma, deixe crescer até dobrar de tamanho de novo. Forno 180º e em meia hora está assado.

Todos os recheios e misturas que faço são da minha cabeça e por isso digo: tenha medo não, porque tudo rola e dá certo.

Qualquer dúvida, escrevam!

22 de setembro de 2008

Uma coisa que me intriga no ser humano é a sua capacidade em ditar regras. Mesmo esses autores que trabalham para que fujamos das regras existentes mediante a criação de uma nova consciência, volta e meia dizem: "se não for/fizer assim, não dá certo". Contradição pura.

Lembrei disso porque ontem aconteceu de novo algo sui generis comigo: estava lá na cozinha fazendo o merengue de morango pro almoço de aniversário da ermã e na hora de bater o chantilly, pra variar, nem pensei se tinha velocidade para deixar a batedeira e fui na minha: alta. Como tudo que faço na cozinha aliás: velocidade alta, fogo alto. Não cozinho em fogo baixo e nunca dá errado, por mais que jurem que tem de dar. Enfim...

Depois disso, chantilly feito e no ponto, minha mãe se vira e diz: "você sabia que não se bate chantilly nessa velocidade? Tem de ser na velocidade mínima". Ao que, claro retruquei: "tanto não é verdade que o meu deu um ponto excelente! Veja"!

O problema é que as pessoas odeiam pensar por si mesmas, justamente porque fazer ao seu próprio modo implica em assumir totais responsabilidades.

Aprendi há pouco que a verdade é única, seja qual for o ponto de vista sob a qual a olhemos. E que a realidade é uma para cada um, portanto não existem realidades comuns a duas pessoas, nem que essas convivam sob o mesmo teto. Por isso a mesma verdade afeta a cada um de uma forma. Assim sendo é fácil deduzir que não existem regras que comportem todos os seres humanos, e portanto nenhuma receita de bolo de como atingir um determinado ponto, partindo dessa ou daquela premissa.

Tudo isso porque me irritei com a moça que agora, no áudio que ouvia, disse que meditação só acontece sentada. Se fizer deitada é relaxamento. Quer dizer então que o pobre coitado que está impedido de sentar-se - aliás eu durante os próximos dias - está impedido de meditar porque não pode obedecer à regra? Ah! Faça-me o favor!!! Não importa como, importa que eu consiga atingir o estado medidativo e obtenha dele os melhores resultados...

Às vezes penso que muitas pessoas apenas estão interessadas é em saber nas mãos de quem acabará o poder de ditar as novas regras...
Pois. Mais um tombo. O terceiro em 4 meses e já deu viu? Caracas, tô pegando é bronca de mim mesma por cair tanto.

Tá, passei uns 4 anos sem cair - Gui, no teu aniversário que não fui, não foi tombo, foi crise de ciático por sair do banho mega quente e pisar num chão mega gelado, lembra? - mas ai, de novo em processo de mudança, volto a cair. Qual é? Eu sei que estou mudando, estou atenta ao processo. Sim, existem algumas inseguranças, mas é natural que existam né? Questionamentos e dúvidas rules! Então é preciso mesmo me estabacar no chão a torto e a direito? Saco!

Ontem desci a escada da frente da minha casa de bunda. E se eu não tivesse cóccix quebrado, teria sido ontem viu? Rapaz... Agora tô aqui com uma bunda dolorida, a maior parte do tempo com ela pra cima, e imaginando uma luz verde nela pra ver se sara mais depressa. É, na minha mente, eu atualmente sou a mulher vaga-lume! rs!

18 de setembro de 2008

É, porque eu não quero ser a grande doutrinadora de nada e nem que as pessoas me tomem por mentora e muito menos me levar muito a sério nisso tudo, embora o processo seja seríssimo.

Leveza sempre!

Bom humor a cada segundo!
Estou mudando meus paradigmas.

Não é algo fácil.

Ver o mundo velho conhecido sobre um outro prisma é um desafio. Gera no mínimo um certo desconforto. É. Afinal, você não muda paradigmas sem transformar-se ao mesmo tempo. P-r-o-f-u-n-d-a-m-e-n-t-e.

Tirar Deus de lá e colocá-lo aqui dentro é desafiador. Afinal, como ouvi outro dia alguém perguntar: "será que você tomaria determinados tipos de atitudes, se permitira determinados tipos de pensamentos e sentimentos se tivesse a certeza de que Deus está ali"?

O Espiritismo me ensinou a começar a perceber e aceitar que tenho responsabilidade sobre os meus atos e que estes geram conseqüências. Mas ainda deixa muitas coisas como destinação, carma e "a vontade de Deus". Ou seja, sou responsável e não sou. Isso gera um certo conforto e uma certa conformação com uma suposta limitação, mas a conformação nos faz vitimistas. E nada é pior do que ser vitimista. Eu sei, eu fui.

Essa nova corrente que está em pleno desenvolvimento no mundo nos faz 100% responsáveis por nossa vida. É, duro né? As coisas vão bem? Merito seu! Vão mal? Mérito seu também!

É estranho um mundo aonde você não encontra desculpas prontas para se dar. Sua vida está diferente do que gostaria que ela fosse e do sente que ela possa ser? Bora buscar o que está fazendo de errado, aonde distanciou-se de Deus. Aonde se distanciou da sua alma...

E eu gostaria muito de compartilhar as coisas que venho aprendendo com as pessoas queridas, mas não sei muito bem como fazer isso ainda. Eu mando os áudios que me fazem pensar a alguns amigos queridos e que estão acompanhando o meu processo e se interessando por ele. Mando também os textos que me auxiliam, mas gostaria de poder um pouco mais... Vou pensar em como fazer isso. É, porque nem quero nada arrogante e cheio de razão sabe? Quero um convite a pensarmos juntos sobre essas questões e as experenciarmos praticamente em nossas vidas.

15 de setembro de 2008

Hoje na Oprha o programa foi sobre operação bariátrica para adolescentes com menos de 18 anos. Assistindo-o confirmei que tenho mais é de agradecer e MUITO - já o faço todos os dias - por ter chegado aos 41 anos com a saúde que tenho, mesmo tendo carregado sobrepeso por tantos anos. É, porque assim: hoje, dia 15 de Setembro de 2008 eu não tenho nenhum problema de saúde associado à obesidade, pois aqueles que tinha desapareceram quando comecei a emagrecer recentemente.

E mesmo antes, quando conversava com amigas que estavam com sobrepeso e a caminho da cirurgia e via-as sofrendo demais com dores, dificuldade em respirar, disfunção hormonal e etc. quando estas diziam: "agora sei o que você passa", eu tinha de dizer: "olha, eu não passo. Exceção à disfunção hormonal e uma dor nas costas e pernas quando passo muito tempo em pé, coisa que muita gente magra e até mais nova que eu também sente, tenho nada não" . Tinha também uma pressão arterial que se tornou instável, porém acho que ela é mais consequência do destempero emocional que me permiti nos últimos anos do que da obesidade.

Pois é verdade! Cheguei aos 41 anos com uma saúde perfeita e é em nome disso que quero mantê-la e que vou seguir na minha alteração alimentar. É, pois venho modificando meus hábitos alimentares, já que educada eu já era... rs... Trocando algumas coiasas por outras, deixando algumas definitivamente pra lá.. Aos poucos, sem pressão, sem tortura, sem "tem quê". Faço porque tô querendo, tô curtindo, tô amando cuidar de mim mesma.

Sou grata, extremamente grata ao meu corpo por tudo o que faz por mim!

Amo-me!

14 de setembro de 2008

Começo a diferenciar quando a angústia é minha e quando é fruto da hipersensibilidade: a minha me faz terminar o dia como quem apanhou, principalmente na região dos ombros e pescoço. Quando é da hipersensibilidade ela desaparece, sem deixar vestígios, assim que tomo conhecimento dos fatos.

Vamos ver no que isso vai dar.

Hoje estou como quem precisa dormir 48 horas pra voltar a ser eu mesma.

12 de setembro de 2008

Uma das coisas que tenho aprendido é a diferenciar aquilo que é da minha vontade - portanto que vem da minha alma - daquilo que nasce do meu medo - ou seja, vem do meu ego e de fatores contrários à alma.

Somos condicionados ao medo desde pequenos, vide que a primeira palavra que aprendemos é: não. E crescemos sofrendo uma série de ameaças feitas em nome de evitar os "perigos" que nos cercam. Então, apesar de termos desejos nascidos da alma desde a nossa primeira tomada de ar, a medida em que nosso consciente vai se desenvolvendo dentro das premissas do medo vai transformando-os, corrompendo-os a ponto de um dia não sabermos o que é nossa vontade real e o que é o nosso medo.

O que venho percebendo é que geralmente a nossa vontade real é interpretada pelo nosso ego como: loucura, idiotice, bobagem, maluquice. E ai você se pergunta porquê? E a mente passa a desfilar uma série de "razões" que devem ser analizadas para se desfazerem as ilusões do medo. Sim, porque fica claro que algumas são bobas mesmo. Já outras nem tanto, é bem sutil o processo de ilusão, às vezes...

11 de setembro de 2008

E eu preciso arranjar um modo melhor de lidar com a minha hipersnsibilidade, pois não existe nada de produtivo em sentir que algo está acontecendo, ficar angustiada, mas não poder evitar que aocnteça, pois não sei com quem está acontecendo...

Mesmo assim: obrigada Universo por ter evitado a catástrofe de fato!

9 de setembro de 2008

Alguém por aqui medita??

Aquela meditação de deixar a mente vazia?

Faz parte ela "dar barato"?

Sensação de que vou sair voando pelo quarto a qualquer segundo, como se estivesse resvalando pro universo, só que sem medo algum...

E se era desdobramento, como consegui fazer isso sentada na posição de lótus?
Somos como cebolas ou diamantes: cheios de camadas ou facetas.

A cada vez que você trabalha uma, aparece outra a um nível mais profundo para ser burilada. Ontem foi assim. Olhei para mais um aspecto meu aonde me mantinha numa postura prepotente e arrogante. Foi dolorido demais encarar, reconhecer para finalmente começar a liberar. Tanto e tanto que no fim da noite mais parecia que eu tinha levado uma surra das boas na parte supeior das costas e ombros.

É nessas horas que temos a exata noção dos tamanhos das pedras e por quanto tempo as carregamos na vida. Acho que a parte mais dolorida é olhar as ilusões que promoveram as pedras. O quanto você acreditou e tomou por verdade absoluta as bobagens que dizem pelo mundo...

8 de setembro de 2008

Mudança de postura:


Xxxx diz (11:47): Sinto como se tivessse muito lixo em volta de algo muito precioso, e por mais que eu tente, não consigo chegar até o centro...

Xxxx diz (11:48): Bah!

Marie diz (11:48): Isso que você sente é a absoluta verdade

Marie diz (11:48): Tem mesmo muito lixo em torno de algo MUITO, mas MUITO precioso mesmo que é a sua essência... E eu quero te ajudar a chegar nela, mas preciso que você permita de verdade, se comprometa consigo mesma e não comigo, veja bem... E se proponha a fazer o que sugiro com o mesmo empenho com o qual você limpa a casa neuróticamente todos os dias.


Xxxx diz (11:49):


Marie diz (11:50): E para isso eu preciso que você abra mão da sua arrogância, prepotência e orgulho porque querida: eu te amo profundamente e MUITO mesmo, mas tenho tempo a perder brigando com esse seu lado não.. Minha vida urge!

Xxxx diz (11:51): :-0

Marie diz (11:52): É Xxxx, eu sei que choca eu dizer isso, mas é a mais pura verdade. Aprendi que só você pode se ajudar e que se eu insistir em ficar te puxando, entro no buraco também... E não quero e nem preciso mais disso: sempre vou estar aqui para você, mas preciso que você esteja pronta pra usar o que tenho pra te oferecer.

7 de setembro de 2008

Conheço alguns "reclamões". Reclamão é como denomino a pessoa que procura defeitos e imperfeições em absolutamente tudo à sua volta, sejam coisas, pessoas ou situações.

Reclamões sempre têm senões. Reclamões sempre acham que tudo poderia ser melhor. Sempre têm as idéias que faltaram aos demais sobre qualquer assunto, mesmo aqueles sobre os quais ele não tem o menor domínio.

É impossível agradar 100% um reclamão. Sempre, sempre vai ter algo que poderia ter sido feito diferente e melhor.

É impossível que a vida de um reclamão seja boa, pois ele olha e busca constantemente a falta. Isso faz do reclamão uma pessoa mesquinha, pois incapaz de ver o bem.

Todo reclamão é um chato primordial.

Todo reclamão é pobre de espírito.

Você pode conviver bem com um reclamão, basta ignorá-lo e saber que ele não vai mudar. Então, o importante é não criar expectativas e querer transformá-lo.

Também é bom quando você pode ver o reclamão só de vez em quando, pois nem sempre temos paciência para o tanto de queixas, mesmo que muitas vezes estas não se pareçam com queixas...

Todo reclamão é uma pessoa solitária e geralmente não sabe porquê... Comumente ele finge se orgulhar de ser sozinho. A consequência de não saber porque as pessoas o evitam é achar que ele é quem evita as pessoas.

Tudo isso porque acabei de entrar num blog ali da lista ao lado e ficando desconfortável com o que lia pela centésima vez, caiu a minha fixa de que se trata d'um reclamão. Ou seja, saiu fora da lista.

5 de setembro de 2008

Então, tem uma coisa assim, que é bom entender e registar:

Você mentaliza que algo está melhor do que na verdade está, como eu vinha fazendo com o meu computador, por exemplo. Ai ele dá um pau fenomenal e você é obrigada a gastar uma grana para fazê-lo ficar bom e nisso já investe um tanto para deixá-lo realmente bom. Sua mentalização funcionou. Isso mesmo: f-u-n-c-i-o-n-o-u. O "problema" veio para te impulssionar até o seu objetivo. E tudo acontece da melhor maneira: você tem dinheiro para pagar, te oeferecem condições e preços ótimos. Até aquele técnico que você achava fechadão e um tanto antipático, e que era o único no mometo para resolver o seu problema, se revela uma pessoa supermegablaster bacana à ponto de ficar com você por 3 horas para descobrirem juntos o que tem de errado e resolverem a melhor maneira de solucionar.

Resumindo: às vezes é preciso dar errado pra poder dar certo no final. Fé sempre.

3 de setembro de 2008

Houve uma época na qual eu resistia a mudança... Hoje entendo que além de necessárias elas são boas, pois sempre me levam pro lugar aonde preciso estar.

Hoje mudou o meu trabalho voluntário que passa a ser quinzenal. Assim: vou a cada 15 dias e meu chefe vai na semana em que não vou. Ele achou que assim o grupo aproveita melhor nós dois, que juntos estávamos nos anulando, e que também teremos oportunidade de nos dedicarmos a outras coisas sem ser um compromisso semanal. Achei bacana demais!

Porém, se algo não acontecer por lá até o final do ano acho que ele não vai querer retomar o grupo ano que vem e sozinha eu não posso levar o mesmo, pois dizem que compito(?) com o serviço de psicologia do hospital. Se quiser me manter voluntária terá de ser fazendo outra coisa.

Aguardemos...

2 de setembro de 2008

Então eu estou emagrecendo. Estava tão impossível me aguentar no peso no qual cheguei que tomei uma atitude. Porém não faço idéia do quanto emagreci, pois eu não peso. Não pesei para começar, não pesei em momento nenhum até agora, pesar é um estresse desnecessário no processo de eliminação do sobrepeso, ao menos para mim. Só sei que o que já eliminei de peso é tão significativo que pela primeira vez em muuuuuuuuuuuuuuitos anos menstruei e não tive hemorragia. Um ciclo absolutamente normal!!!

Viva euuuuuuuuuuu!

31 de agosto de 2008

Agosto mês do desgosto e do cachorro louco... Não boto fé nessas coisas, mas vamos combinar que o que aconteceu de merda nestes dois últimos dias do mês, não é brinquedo não!

Rapaz, tivesse o mês todo sido assim e eu chegava viva a Setembro não...

29 de agosto de 2008

Araras II

E teve o reencontro com o homem que eu sempre soube amar...

Num primeiro momento o que senti foi uma relativa falta de jeito com algumas gotas de timidez quando você desceu do carro. Brinquei apontando o número do hotel dizendo que ele realmente existia e a gente se abraçou. Ouvi as duas vezes nas quais perguntou se eu estava bem – enquanto nos desvencilhávamos - e mesmo assim só respondi com a cabeça, ao mesmo tempo em que me virava em direção às meninas para apresentá-los. Eu queria que elas o vissem, mas queria mais ainda sair correndo dali para poder estar a sós com você.

Uma vez dentro do carro exultei quando a primeira coisa que você disse foi que eu não havia mudado nada nesses 12 anos; ainda tinha o mesmo rosto. Fiquei feliz da maneira boba que só mulheres ficam com coisas assim. Achei engraçado você negar, quando eu disse que você também não mudou, dizendo que tem rugas que não tenho. Foi com carinho que olhei seu rosto e comentei que isso era resultado não da passagem dos anos, mas de você trabalhar exposto ao sol. Esse foi o primeiro momento em que olhei para você de verdade naquele dia. E olhando pensei: “ele continua lindo, meu Deus!!! Os mesmo olhos, o mesmo sorriso...” Depois disso, não podia olhar para você por muito tempo que me pegava viajando em pensamentos desse gênero e fosse lá o que eu estivesse dizendo, me fugia por completo. Agora você sabe o porquê de tantas histórias sem fim e sem nexo... rs...

Você disse: “vamos ao shopping?” e eu pensei: "não queria ficar com você no meio de uma multidão”, porém disse: “pode ser”. Resquícios do quê de timidez me impediam de dizer o que eu realmente queria, mas sou uma garota de sorte, na hora de estacionar você tornou a perguntar: "quer mesmo ficar aqui”? E então pcriei coragem para dizer: Pi, vim para ver você no mesmo esquema de sempre: qualquer lugar onde possamos sentar e conversar tranquilamente, só os dois. O carro e uma sombra de árvore numa rua qualquer está bom. “Vamos procurar outro lugar então”, era a única resposta que eu esperava que você desse...

Um lago, pedalinhos, árvores e um estacionamento sombreado por elas. “Quer descer”? Perguntou. “Não”, respondi. A conversa se inicia sem dificuldades. Você conta da sua vida e eu escuto admirando o homem no qual você se transformou, ou melhor, se consolidou.

A um dado momento falamos do passado e, no começo, me senti completamente sem jeito:

“A gente nunca teve esses problemas...”

“Não”
confirmei;

“Nunca chegamos nem a discutir né”?

“Não, nunca”.

“Combinávamos; tudo entre nós era tranqüilo”.

“Eu tinha ciúmes da situação"...

“Mas você nunca falou nada"...

“Não tinha porque falar, você não me enganou; eu aceitei que fosse daquele jeito, mas mesmo assim tinha ciúmes, só que segurava a onda. Sinto saudades daquele tempo...”

“Eu também sinto”.

“Ah! Se pudesse voltar”...

“Não ia adiantar nada; voltaríamos com a mesma cabeça da época e cometeríamos os mesmos erros”...

“Você só diz isso porque é bonzinho né? Comigo sempre foi muito bonzinho. Você não cometeu erro nenhum não. Você me escolheu, fui eu quem não quis ficar com você”...

“É, mas vamos dei...”

“E eu nunca te disse por que eu não quis ficar com você... Você nunca soube os meus motivos”...

“Não”...

“Agora vou te dizer: você é o homem da minha vida. Eu sempre soube que te amava e te queria; sabia lá atrás, sei hoje e se daqui a 50 anos me perguntarem, eu ainda saberei que é você”
... E eu falava sem olhar para o seu rosto, pois não queria perder o fluxo dos meus pensamentos... E foi só o olhando muito de vez em quando que contei os meus motivos, a parte da minha história com você que você desconhecia.

E não sei como acabamos de mãos dadas... Lembro de ter visto a sua mão caída ao lado do banco, ali pertinho do freio de mão e de pensar que eu gostaria de ter a minha mão segura pela sua, porém não fiz nada nesse snetido e logo voltei a atenção para o que você dizia até que, depois de um tempo, sinto seus dedos se fecharem em torno de dois dos meus que foram ali se enfiarem nos seus. Você puxou minha mão para o seu colo e foi assim que passamos o resto do tempo ali. E tem coisas que nunca mudam. O jeito como você costuma passar os 3 dedos na palma da minha mão é uma delas e dão a impressão que não existiu entre nós nenhum intervalo de tempo entre o ontem e o hoje...

Não lembro o momento exato – e teria medo de mim se lembrasse – mas foi ali que você disse pela primeira vez para que eu não me preocupasse, não ficaríamos só nesse encontro, uma vez que a sua vida estava mais tranqüila e então você viria a São Paulo com freqüência me ver. Pena que por mais largo e sincero que meu sorriso tenha sido nesse momento, ele não chegou nem de perto de ser fiel ao sorriso que meu coração deu, afinal, de alguma forma você me queria de volta na sua vida... UAU! Só me restava descobrir como...

Sabe que em todos esses anos jamais pensei que não saber o motivo pelo qual não quis ficar com você pudesse tê-lo feito criar fantasias irreais quanto a isso? Pois. Nunca. Foi apenas ao ouvir o tom surpreso da sua voz quando saímos de lá para irmos beber alguma coisa, e eu disse que sempre soube que você chegaria aonde chegou, ou melhor, onde ainda irá chegar - me perguntando: “jura? Sério”? Que me fez pensar que na sua cabeça o motivo poderia ser a diferença financeira que existia entre nós na época ou que eu não acreditasse no seu potencial... Tai algo que preciso checar com você qualquer hora dessas.

Na fila do Mac Donald’s vi que não me recordava do quanto você é alto. Deve ter o quê, 1m85cm? Por ai né? E eu que passei os últimos anos reclamando que nunca beijei nenhum homem que me obrigasse a olhar pra cima... Tsc! rs...

À mesa foi a minha vez de falar um pouco mais do que você, de emocionar-me com o reencontro e segurar as lágrimas por mais de uma vez. E então foi a sua vez de me reassegurar que seguiremos nos vendo e de contar-me segredos restaurando a nossa cumplicidade. Carinhos nas mãos e nenhum beijo. Mais do que hora de me levar de volta ao hotel e seguir para a sua cidade. Levantamo-nos e já a caminho do carro, foi só quando olhei para a lixeira que lembrei que não tiramos a bandeja da mesa e pior, que sua carteira ficou sobre ela. Dei meia volta e você perguntando: “que foi; que aconteceu. Aonde você está indo”? me seguiu e soltou um som aliviado quando me viu pegar a carteira e colocá-la em sua mão. Pelo visto não era apenas eu quem estava fora de compasso com o encontro... rs...

Porém nenhum beijo né? Nenhum. A caminho do hotel, enquanto você falava, eu pensava: “tá, então é isso. Sou a ex-namorada que virou uma amiga queridíssima a ponto dele querer rever com freqüência, mas nada além disso. E será que dou conta de ficar revendo esse homem com tudo o que está desperto em mim? Ele precisava ter virado esse “homão” que mexe comigo mais do que já mexia antes? E ele é bravo, minha Nossa Senhora!!! Eu posso com isso? Bravo do jeito que adoro que um homem seja... É justo isso meu Jesus Cristinho? É? Você acha? Tudo o que eu adoro reunido num cabra só? Será que não é melhor eu pedir para ele me dar um tempo para eu ver se não adormeço isso tudo de novo? Sei lá, uns 12 anos de novo... Ai Senhor, o que eu faço”? Voltei a mim quando o ouvi perguntar confirmando qual o único dia em que eu não poderia te encontrar por conta do meu compromisso com o grupo de idosos.

Quando você parou o carro eu já estava “conformada”, tanto que nem ensaiei muito... Disse um “então é isso, a gente vai se falando e você me procura quando for a São Paulo” e fui para o beijar no rosto quando vi você vir na minha direção rindo e com uma cara de, ”mas você acha mesmo que vai ficar só nisso”? E me beijou!!!!! Para minha total surpresa me beijou! Ah! E quando se afastou e disse bem rente e baixinho: “sua boca ainda tem o mesmo gosto”?Que felicidade ouvir isso! Doze anos e você ainda se lembrava! Ai foram mais e mais beijos daquele jeito tão seu de me beijar e que sempre me incendeia!

De resto foi descobrir que a ligação do Domingo não foi você quem fez e você não saber explicar porque confirmou na segunda que tinha feito. Mas eu sei, eu entendi a armação do Astral, só não vou contar aqui essa é conversa para o nosso próximo encontro.

E ai foi beijar de novo em despedida e confesso que engoli um “eu te amo” que ia escapando facinho, facinho. Pode ser bobagem, mas achei cedo... Rapaz, bobagem mesmo não é? Perto de tudo o que eu disse no carro, o “eu te amo” era leve e de fácil digestão! Quase um digestivo mesmo... rs...

Mas é isso Pi: Amo!

28 de agosto de 2008

Desde muito cedo sou ligada nas questões espirituais. Entender Deus e as Suas leis sempre foi um desejo profundo, assim como entender e sentir a verdadeira fé.

Ao longo da minha vida passei por várias religiões e escolas iniciáticas, sempre em busca de um Deus que sossegasse meu coração e fosse aceito pela minha razão como minimamente plausível. A filosofia onde mais encontrei respostas que faziam sentido foi a espírita, mas mesmo ela com o passar do tempo se mostrou insatisfatória, principalmente em questões como carma e lei do merecimento. Basta observar a vida e ver que tem algo mal explicado e muita coisa não dita pelo meio do caminho.

Porém minha discordância profunda sempre foi com isso que chamam de Deus. Há muito tempo digo, num trocadilho do que está escrito na bíblia, que Deus – e não o homem – foi feito à nossa imagem e semelhança. Nunca consegui acreditar num Deus vingativo, possessivo, ciumento e autoritário como só um homem consegue ser. Desde minha primeira aula de religião, meu coração se rebelava e se recusava a sentir esse como o verdadeiro Deus.

Há quem ache que a Lei da Atração fala apenas sobre conquistas materiais, mas está redondamente engando quem pensa assim. A Lei da Atração, e tudo o que ela envolve veio, na verdade, falar de Deus; não o construído pelos homens, mas o de fato.

“O segredo” é a ponta de um iceberg imenso que se você resolve desvendar vai te levar a Ele e a entender qual é a transformação tão apregoada que nos reserva a Nova Era, ou o terceiro milênio. Hoje começamos a perceber que Deus não é uma entidade separada de nós; Ele nos habita. É parte nossa, assim como somos parte Dele; Somos codependentes. Isso mesmo: dependemos de Deus da mesma forma que Ele depende de nós para que a Sua Obra alcance êxito. É do profundo interesse de Deus que a gente dê certo, pois é a única forma Dele dar certo também.

O que mais gosto de quando tiramos Deus do além e o trazemos para dentro de nós, é de passarmos a nos relacionar com Ele de forma tão íntima que igrejas e mediadores dessa relação se tornam supérfluos. Ninguém precisa mais de padres ou pastores, de igrejas ou templos para saber qual a vontade Dele, pois a vontade Dele nos habita; é a nossa vontade.

Muitos hão de se questionar porque então começar essa conversa falando de ganhos materiais, se a finalidade é outra? Para chamar a atenção da humanidade já que dinheiro e bens materiais são o interesse mais comum entre os homens, seja pela falta ou pelo excesso? Quem é que neste planeta não quer uma vida com os confortos que o dinheiro oferece? Sim, existem os que não queiram, mas são minoria da minoria. E Deus é assim: não se manifesta contra o homem, mas sempre a seu favor.

A Louise Hay em suas meditações faz sempre alusão ao fato de que respiramos sem jamais nos preocupar com o suprimento de oxigênio. Que confiamos plenamente que ele sempre estará disponível às nossas necessidades, e que isso é a verdadeira fé e confiança em Deus. E que esse é o verdadeiro Deus sempre atendendo às nossas necessidades. E ela tem razão né? Pois em um mundo cada vez mais poluído, a gente confiar que nunca faltará oxigênio é um ato tão profundo de fé que não passa nem pelos resgistros da nossa consciência. Simplesmente sabemos. E então ela nos incentiva a levarmos essa fé para todos os aspectos da nossa vida.

24 de agosto de 2008

21 de agosto de 2008

Araras I


O final de semana em Araras foi maravilhoso em todos os sentidos. Primeiro porque finalmente pude passar dias com duas amigas com as quais convivo cotidiana e virtualmente há 8 anos. Pessoas com as quais divido as dores e os amores. E embora eu já as tivesse encontrado em várias ocasiões, nunca ficamos alguns dias juntas. Foi a primeira vez. E é muito bom saber que a virtualidade só existe e pesa pros idiotas mesmo. Não, nem vou entrar no mérito da questão, cada qual entenda como quiser, mas que isso é fato, é.

Na viagem fiz coisas inéditas tais como ir a uma festa de peões. Isso mesmo: um rodeio. E fiquei lá de longe olhando aquela coisa toda acontecendo na arena e pensando se é mesmo uma judiação com os animais, porque o touro de verdade parece que se diverte. Mas deve ser, pois meu coração se alegrava muito quando o touro dava umas corneadas nos caras e os lançava nas alturas, uma sensação de vingança sabe? Pois. E como em tudo nessa vida se aprende uma lição relevante, não foi diferente nesse rodeio: você sabia que numa confusão de arquibancada - briga - você jamais deve correr em direção à saída para se proteger, caso esteja no meio desta? Pois. Eu não sabia. E nem a Fran. E quando a confusão veio e o povo saiu correndo a gente logo começou a correr em direção à saída. Quer dizer: a Fran foi, eu não, porque a Mirian grudou no meu braço e começou a me arrastar pra cima gritando: “sobe, sobe” e eu subi né? Porque a mulher de 1m61cm virou um touro e saiu me arrastando... E eu gritei: “mas e a Fran? Temos de achar a Fran”! E ela respondeu: “ela volta, ela volta”! Quando chegamos lá no alto, ela me mandou segurar nas grades e esperar passar. Foi o que fiz né? Havia outra alternativa não. E passou. E a Fran realmente voltou antes mesmo de terminar a confusão, que uma vez finda resultou na seguinte explicação: quando há briga, confusão, todos correm pra saída e ai a multidão se afunila nela e acontecem os pisoteamentos e a tragédia fica maior do que precisaria ser. Pelo contrário, ninguém vai para os lugares mais altos e as confusões geralmente acontecem do meio para baixo, o que torna os lugares mais altos os mais seguros. É, meu bem, são 10 anos de experiência em estádios de futebol...

Mas não bastasse isso no quarto do hotel enquanto conversávamos sobre a minha mania de salvar o outro que chegava – veja só que eu usei o verbo no passado - ao ponto de ir pro buraco junto, mais ou menos o que escrevi no post abaixo, tive de ouvir: “Pois, e ainda não mudou né? Ao invés de se proteger fica gritando: a Fran, a Fran e tentando ir atrás dela”! Foda né? Mudar é mesmo um trocinho lento...

Por falar em mudança: estava ouvindo a Louise Hay e uma ficha caiu quanto à aceitação de si mesmo. Eu sempre pensava quando ouvia isso: “mas se me aceitar como sou vou querer me mudar não. Afinal, aceitar é estar em paz com o que sou e se estou em paz com o que sou, porque mudar”? Na minha cabeça era o incômodo comigo mesma que motivava a minha mudança. Ledo engano. Finalmente entendi que quando aceito o que sou, é porque estou olhando verdadeiramente para quem sou. Sem subterfúgios, sem querer dourar a pílula, sem negar-me por ter vergonha do que sou por me achar errada. E é só quando me olho sem máscaras que consigo ver o que verdadeiramente preciso mudar, e que essa necessidade não tem a ver com ser aceita socialmente, em receber a aprovação alheia, mas para viver melhor comigo mesma.

Enfim, de resto com as meninas foi sombra, comida - muita comida já que a Fran e sua família se incumbiram de nos alimentar e muito bem pelos dois dias, com direitoa churrasco inclusive - e água fresquíssima - cerveja, e refrigerantes também, passeio na praça e pela cidade! Ah! Devo também fazer menção honrosa à família da Fran: à sua mãe, pai e principalmente à Maria Laura, sua irmã que é uma fofa absoluta!

20 de agosto de 2008

Então, realmente eu quero escrever todas as impressões e sentimentos acerca do meu final de semana, mas ainda estou na fase em que a presença é mais forte que a lembrança...

Logo, logo eu venho aqui contar. Prometo!

11 de agosto de 2008

Sábado haveria ensaio e eu almoçaria depois com uns amigos. O diretor desmarcou o ensaio e por conta do tempo chuvoso, decidi ficar em casa para fazer o que ainda não havia feito: decorar o texto que sofreu modificações. Torpedei os amigos e já estava aqui entretida com as falas e entonações, quando um deles me liga e diz: "desculpe interromper seu estudo, mas estou passando ai pra almoçarmos. Você tem 20 minutos". (Aliás esse amigo diz que eu e uma outra amiga em comum somos as mulheres mais homens que ele tem: sempre lindas, cheirosas, arrumadas e femininas, mas nunca o deixamos esperando para terminar de nos arrumarmos.) E foi assim que chegamos ao restaurante japonês às 14:00 horas e saimos de lá às 19:00. Não, não passamos essas 5 horas comendo... rs... Mas sim praticando nosso esporte preferido: conversar.

É bom conversar com quem se entende porque se reconhece parecido. Principalmente porque quando falamos dos defeitos, estes não vêem em tom de acusação, é uma constatação; inclusive das dificuldades que aquilo traz pras nossas vidas e de que mudar pode não ser algo simples de se fazer. A outra grande vantagem é poder rir-se das nossas bobagens, sem que o outro entenda aquilo como menosprezo.

Muitas vezes a gente consegue nomear de uma forma melhor características nossas. Por exemplo: eu sempre sou chamada de ingênua, porém nunca consegui me ver como tal. É porque não sou. Na verdade eu escolho - escolhia - "fechar" o que as pessoas falam ao invés de com o que elas fazem. É assim: tô ali numa relação com alguém que se diz alguém que sempre cumpre com o que se determina. Ai com o passar do tempo vou vendo a pessoa se determinar, mas agir de forma completamente diferente e ao invés de dizer como a maioria: "Ah! É alguém que engana a si mesmo; é inconstante; é mentiroso", sigo valorizando a fala e as poucas vezes nas quais estas coincidem com as atitudes. Isso num é ingenuidade, é burrice mesmo. Uma burrice motivada pela medo de ser injusta, mas mesmo assim burrice. Extrema.

Dessa escolha acabo desembocando em outra que apelidamos no sábado de "Arrogância Crística" que é aquela mania besta que a maioria de nós tem de achar que sabe o que é certo e melhor pros outros e ai resolve permanecer em relações que pouco ou nada nos dão, em nome de poder "salvar" o outro, né? Exemplar perfeito de Cristo que somos, é claro.

Porém ressalto que essa menção a Cristo é errônea na acepção da sua divindade, pois Ele mesmo jamais ajudou qualquer pessoa que não tivesse Lhe pedido de forma clara e direta para fazê-lo. Chegava um cego até Ele e mesmo assim Ele perguntava: "O que queres"? É por conta disso a arrogância: porque a gente percebe que a pessoa tá ali sofrendo, ela mesmo admite, e então se propõe a salvar quem não está querendo ser salvo. Quem curte sofrer. Ou quem até está querendo ser salvo, mas não o será por nós, pois nada podemos de verdade por ninguém, além de nós mesmos, e mesmo assim a gente se mete a besta...

Nem preciso dizer que parei né? Pois. Aposentei-me!

7 de agosto de 2008

E tem muita coisa boa acontecendo na minha vida. MUITA! Desde a minha estréia como atriz agendada para Setembro, até uma viagem semana que vem que vai promover um reencontro que para mim é para lá de especial.

Mas uma coisa tenho de reconhecer: eu sou chataaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! Pqp! Controladora. Quero que tudo seja exatamente do jeitinho que planejei senão já emburro e faço bico.

Tenho uma certa dificuldade para lidar com mudanças, surpresas e o inexperado, mas venho trabalhando nisso, tanto que em poucos horas já pego no tranco. Antigamente isso levava meses!

6 de agosto de 2008

SONETO DE SEPARAÇÃO

Vinícius de Morais



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante

1 de agosto de 2008

Essa é a outra música...



Bruna Caram: Estrada de nós dois.


Mi, não achei com a Simone cantando, mas com o Zeca Baleiro. Posto aqui para provar que adorei o presente! Já faz parte da nossa trilha sonora! ;-)

Beijo!
Enquanto isso, no MSN...

Marie diz:
e ai, conta: tá namorando?

Ana lucia diz:
Não. Aquilo era uma mala sem alça, sem rodinha e pesaaaada

Ana lucia diz:
"Fulano" piorado

Marie diz:
Caracas! amiga... Tu tem o dom né? Affff!

Ana lucia diz:
Nem diga! Agora eu só quero emprego

Ana lucia diz:
E ao contrario do Tim Maia, dar sem amar

Marie diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Marie diz:
Eu quero amor.. rs...

Ana lucia diz:
Porque virgem de novo ninguém merece né?

Marie diz:
Eu tô assim... rs...

Ana lucia diz:
Como disse para o meu médico, eu nao tenho "perseguida"; só "esquecida"... Hahahahahaha!

Marie diz:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Marie diz:
essa foi boa, ótima!

Ana lucia diz:
Pelo menos, sou uma recalcada assumida...

Marie diz:
Vou colocar essa no meu blog, me desculpe... rs



Já disse que me mato de rir com as minhas amigas no MSN?? Pois!

31 de julho de 2008

Minha prima Ana me liga do seu celular e começa a me contar algo...

Ana: Blábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblá...

Eu: Bliblibliblibliblbli...

Ana: Bláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblábláblá... Putz, acho que perdi meu celular, não sei aonde o deixei...

Eu: Rapaz.. Como assim? E você tá falando comigo de onde, ô Ana??

Ana: Puuuuuuuuuuuuuutttzzzzzzzzz!!!

Eu: Meu, essa foi a pior! Sua louca! HAHAHAHAHAHAHAHA!

Ana: Hahahahahaha... É que ele tá sempre na minha mão né? Sempre no meu campo de visão...

Eu: Sei; ai põe na orelha e ele sumiu... Caracas, isso vai parar no meu blog, com nome próprio e tudo!

Ana: Tá, mas coloca também a minha explicação... rs...

Eu: Aham, vai fazer muito sentido lá... rs...



Loirônios dotam até as morenas da família.. rs..

30 de julho de 2008

A Cris deu a dica e eu fui lá conferir o quão mulherzinha ando. Para tanto basta um clic que submete o seu histórico de visitas a uma análise que dirá se você anda mais progesteronada ou testosteronada. E eu que vinha mesmo pensando o quão por dentro ando do universo feminino e tendo mais contato com as amigas... Batata! rs...

Likelihood of you being FEMALE is 67%
Likelihood of you being MALE is 33%

29 de julho de 2008

Quantas horas silenciosamente contemplei seu perfil, seus traços, até decorá-los? De todos, o nariz absolutamente reto é o preferido. Mas também os olhos de um mel esverdeado eram dos que mais me encantavam. No sorriso, um dente levemente torto se sobreponto ao do lado minimamente...

Parece que eu sabia que durante muito, muito tempo seria apenas de lembranças que eu sobreviveria...

Hoje fecho os olhos e contemplo teus traços, teus laços...

Amor.

28 de julho de 2008

A cada dia me convenço mais e mais sobre a Lei da Atração e que, portanto, só chega até nós o que permitimos. Percebo cada vez com mais clareza que a nossa vida nós construímos através das escolhas que fazemos a cada dia, e que escolher começa exatamente no momento em que determinamos como queremos pensar o nosso mundo e como queremos sentí-lo, pois são essas ações internas que determinam as nossas ações externas.

Tem gente que tem isso naturalmente, têm aqueles que precisam construir isso. Eu pertenço ao segundo grupo.

O meu processo atualmente tem se dado muito com audios, livros e vídeos de auto-ajuda, aquela mesma que muitos consideram apenas instrumentos para "tirar dinheiro dos trouxas". Eu mesma já fui uma detratora ferrenha dos tais livrinhos e até admitio que talvez esteja tendo sucesso com eles porque fiz um outro caminho anteriormente que me possibilitou estar aqui hoje, mas é interessante notar que atualmente percebo duas coisas: 1) Como em TUDO nessa vida, tem os bons e tem os charlatões, a auto-ajuda não ficaria isenta disso. Cabe ao seu bom senso e inteligência separar o joio do trigo e perceber o que é cabível e o que é ilusão tosca, mas lembrando que o conceito de tosco é sempre pertinente a cada um.

2) Mesmo que os livros digam que você tem de fazer isso e aquilo desse ou daquele jeito para chegar em determinado lugar, o seu processo quem faz é você. Você é quem está ali na prática do negócio, então é você quem observa os resultados e percebe o que te cabe e o que não te cabe no mesmo. Se você se força a fazer tudo exatamente como está descrito e em alcançar exatamente aqueles resultados, eu sugeriria repensar o seu processo de mudança, pois ao escolher esse caminho, mais uma vez você está delegando a terceiros a repsonsabilidade de si mesmo e, venhamos e convenhamos, o termo auto-ajuda tem significado completamente oposto a isso, não é mesmo? Mesmo porque o que todo processo de conhecimento de nós mesmos nos trazem de mais interessante não são as respostas e sim as perguntas, uma vez que respostas cada qual tem as suas.

Então, se por exemplo o instrumento que você está utilizando diz, como já li em diversos livros, que a maneira correta de respirar é inspirar por alguns segundos, digamos que 4, segurar a respiração pela metade do tempo - nesse caso por 2 segundos - expirar pelo mesmo tempo que inspirou - de novo 4 segundos - e tornar a prender a respiração pela metade do tempo - ou seja, 2 segundos - e assim sucessivamente até que essa forma de respirar se torne um hábito a cada vez que queremos algo, pois essa respiração nos ajuda a ter mais concentração, cabe a você experimentar e dizer se aquilo te serve ou não. Eu tentei e a conclusão que cheguei é a de que isso é tosco. Porquê? Primeiro por que eu passo tanto tempo contando a respiração que não consigo sentir e nem pensar em mais nada, ou seja concetração e foco zero; e segundo porque não é uma respiração natural e portanto, na minha opinião, não deve ser melhor do que respirar como o nosso organismo, ou Deus, nos fez para respirar. Um bebê não respira com pausas entre o inspirar e o expirar - juro que fui olhar de perto e observei atentamente durante alguns minutos - e eu não estou nessa vida pra Dizer que o Criador fez algo errado.

O importante é não se isentar de si mesmo durante o caminho até alcançar o seu objetivo. Voce tem inteligência e percepção suficiente pra isso e nunca deve abrir mão de usá-las, nem que Deus estivesse na sua frente dizendo para fazê-lo... O que Ele jamais faria, pois afinal não existe sentido algum te dotar de atributos para te pedir logo ali na frente que você abra mão deles...

21 de julho de 2008


A melhor coisa desse vídeo é a cara dele quando descobre que ela o considera seu namorado... Logo ele que a amava em segredo.. rs...

20 de julho de 2008

É impressionante a necessidade humana de dar a própria opinião sobre tudo. E a incapacidade em perceber que geralmente faz exatamente o mesmo que critica nos outros.

E é um vício.

A gente é viciado em querer julgar e pesar a existência alheia, querendo que esta pese e valha de acordo com a nossa opinião.

De um tempo para cá tenho tentado combater isso em mim e me ocupar apenas da minha existência, o que já é muito. E é quando a gente começa a ter essa postura que percebe com mais clareza que a falta de educação nas relações humanas é infinitamente maior do que se julgava à princípio. As pessoas de verdade se julgam no direito de questionar a maneira como o outro leva a vida e as coisas nas quais ele acredita, como se tivessem alguma coisa a ver com isso, como se o sustentassem financeira ou emocionalmente, única condição na qual eu acho que você tem mesmo de dar satisfações.

Porém quando não é esse o caso, pras essas pessoas inxeridas, a gente tem mesmo é de cantar: "ado, a-ado, cada um no seu quadrado."

+

E outro dia li um post da Clara, chamado "Faca na Bota", que falava sobre isso e as respostas que a gente pensa em dar nessas horas. Ah! Se eu desse todas as respostas que me vêm a mente nessas horas. Mas geralmente não dou. Não por covardia, mas por economia de energia. A situação às vezes é até corriqueira: você está de esmalte vermelho e alguém olha na sua cara e diz: "odeio esmalte vermelho; acho tão vulgar". Eu invariavelmente penso: "que bom; então não use!".

Falemos sério: que importância tem na sua vida a cor do esmalte que eu uso? Mais: que importância tem na minha vida a sua opinião? Você pode até achar que tem, mas olha, vou ser muito sincera e contar um segredo: cada vez menos me preocupo com o que as pessoas pensam ao meu respeito; mais: cada vez mais vou retirando das pessoas a autorização de me dizerem o que pensam sobre mim. Porque? Por que uma época resolvi dar ouvidos à todos e o resultado foi péssimo: me perdi de mim mesma, perdi meu referencial interno. Pois; justamente porque cada um te mede pelos próprios valores, e só pelo fato destes serem os valores deles e não meus, não me servem. Não são bons ou ruins, só não me servem. Então, da mesma maneira que tenho evitado colocar o outro sob meu valor, tenho me retirado do valor alheio.

É, isso não impede que as pessoas sigam falando, mas não escuto mais. Não deixo aquilo me atingir. E se por ventura o que o outro diz me cutuca, páro, respiro fundo e me liberto daquilo mergulhando em mim mesma, pois sei que só me tocou por refletir uma coisa que também penso ou sinto acerca de mim mesma, porém é algo que tenho que resolver comigo e não com o outro. Muito menos dar-lhe satisfação. E sim, posso decidir falar sobre algo meu com alguém e quando faço isso é claro que autorizo o outro a emitir a sua opinião, mas ai é completamente diferente né? É.

Mas voltando ao porque geralmente não respondo nada, é o seguinte: se você diz algo duro a alguém com quem tem intimidade, a coisa se dissolve na relação, no afeto. A pessoa se manca e pára. Se isso não resolver, a relação comporta uma subida nas tamancas e tudo volta a ficar bem mais cedo ou mais tarde. No entanto, diga algo duro a alguém que você apenas conhece, conversou poucas vezes e não tem intimidade, para que imedatamente sua aura seja bombardeada pela raiva dela... Porque é claro que é você a grossa e a mal-educada e não ela, que deu opinião sobre o que não foi solicitado. E é claro que os amigos também emitem ondas de raiva na nossa direção num conflito, porém não serei eu a gastar tempo e energia me livrando da crosta negativa de quem não me diz nada afetivamente. Simplesmente aprendi a ignorar essas mensagens.

E no entanto, se a pessoa insiste, uma hora você tem de descer do salto e rodar a baiana, porque tem gente que confunde boa educação com idiotice. Bondade com ser bobo e ai a gente precisa colocar os pingos nos 'is'.

+

Faz parte da nossa cultura achar que ser humilde é pensar que se é bom, mas se fazer de coitado, se rebaixar, se omitir. Eu não acredito nisso. Pra mim ser humilde é reconhecer seu potêncial, seus pontos fortes e saber do fundo da sua alma que tem muita gente infinitamente melhor que você nesse mundão de meu Deus. Mas MUITA gente mesmo!

Mais: é saber que muitos vão te olhar e ter uma opinião completamente diferente sobre seus potenciais e pontos fortes e tudo bem, sem problema algum, pois afinal o importante não é o que os outros pensam sobre você, mas o que se é de verdade.

17 de julho de 2008



Destination Anywhere- The Commintments

Porque alguns dias são mais difíceis que outros...

Apego:..."vínculo afetivo desenvolvido pelo indivíduo em relação a um parceiro que, por sua importância, deseja-se que sempre esteja próximo e que não pode ser substituído por nenhum outro.

... uma variação do vínculo afetivo, onde existe a necessidade da presença do outro e um acréscimo na sensação de segurança na presença deste. No apego o outro é visto como uma base segura, a partir da qual o indivíduo pode explorar o mundo e experimentar outras relações".

16 de julho de 2008

Eu concordo com a Debbie quando ela diz, nos comentários, que não importa o tamanho que temos, mas sim a relação que temos com ele para vivermos ou não relações. Mas admito que atualmente a relação que venho mantendo com o meu tamanho não tem sido das melhores. Estou emagrecendo, paulatinamente, mas tão concretamente, que a calça que comprei pro meu aniversário - 8 de Junho - me deixou pelada, ou quase, semana passada no meio da rua e ainda não fazia um mês que ela fora adquirida. É, larga de cair. E não tem como gostar da imagem que vejo refletida embora eu me ame, me aceite e saiba que sou uma pessoa legal pra caramba, inteligente, divertida e bonita...

Pois é, essa é uma transformação interna que me emociona: finalmente consigo olhar para a minha imagem e ver que sou bonita. Falo especificamente do meu rosto. Sou bonita como nasci para ser; bonita com o direito de sê-lo. Bonita como as pessoas sempre me disseram que sou, porém que nunca pude reconhecer. Bonita do jeito que os elogios chegavam, e me causavam um mudo espanto. Uma dúvida quanto à sanidade alheia. Quanto ao seu bom gosto e capacidade de avaliação estética. E eu não consigo ainda falar sobre isso sem chorar... Mas desta vez de genuína alegria.

E saber-se bonita não te torna convencida... Te faz dona de si mesma. Faz com que você se aproprie de um dos teus valores que te escapavam e só te acrescenta enquanto ser humano.

Se a beleza fosse uma escolha e só se pudesse ter uma delas: a interna ou a externa, eu escolheria - sem titubear - a interna, por questões de bem-estar e economia emocional. Porém se posso ter ambas, se tenho ambas, porque não vivênciá-las com prazer? São minhas! Com uma eu nasci e a outra eu desenvolvi e sigo desenvolvendo a cada dia. E quero usufruí-las daqui para frente; não pro outro ou por ele, mas por mim e para mim mesma. Pelo meu direito de ser, s-i-m-p-l-e-s-m-e-n-t-e s-e-r o que sou.
Sabe o tal história de que as Operadoras de TV à Cabo não poderiam cobrar mais pelo ponto adicional? Pois. Quer saber o que isso resultou na prática pro consumidor? A SKY achou um jeito de - através de liminar judicial - continuar cobrando o que já cobrava pelo ponto adicional e de - pelo texto da nova legislação - cobrar um pouco mais pelo manutenção do software do ponto adicional!

O Brasil não é um país do qual se morre de orgulho de se viver???

O aumento nem foi grande, dois reais, mas a sacanagem intitucionalizada dói na alma.

15 de julho de 2008

No blog da Cris, tem um texto sobre a falta de assuntos comuns quando você não casou e suas amigas sim, que gerou uma discussão interessante nos comentários: as cobranças em se ser solteira, em se vai ou não ter filhos, e etc. Aí estava aqui pensando em que dei muita sorte em minha mãe não me cobrar essas coisas, mas é estranho ouví-la dizer que dá graças a Deus por suas filhas não terem casado, pois Deus a livrou de que estivéssemos largadas ou em péssimos casamentos! E eu sempre penso: "como assim 'largadas'"? rs...

Enfim, estava era me questionando sobre como me saio das cobranças quando elas acontecem e lembrei que domingo agora mesmo, um primo que vai casar pela segunda vez me perguntou: "e ai, eu estou indo pro segundo casamento, seu irmão já está no terceiro, e você não vai casar não"? Ao que eu respondi: "não né? Foi tanto mau exemplo que vocês me deram que peguei trauma..." E ele riu muito.

O x é que eu acho que nem sou muito cobrada nesse quesito. Só não sei se por conta das respostas que geralmente dou; se porque as pessoas já sabem o que penso nesse sentido - não sou contra o casamento, mas sou contra a achar que ele é condição única de realisação pessoal, ou algo que toda mulher sonha/precisa pra se sentir feliz - ou se porque, em sendo obesa, as pessoas logo associam que ninguém me quer e ai não me perguntam para não me ofenderem... rs... É, porque já me aconteceram coisas interessantes nesse quesito, como por exemplo a irmã de uma cunhada que ao me ver chegar com um namorado numa festa de família - namoro recém começado - disse: "agora eu sei que minhas filhas têm esperança!" E não, não foi maldade, foi alívio e alegria, pois na cabeça dela eu jamais teria ninguém e se eu consegui, as filhas dela que eram magras, conseguiriam com certeza...

12 de julho de 2008

Resolvi fazer um top 10 dos mais gostosos - e/ou que mexem comigo, por um motivo ou por outro - das telonas e telinhas. Duro está sendo colocar esse povo em ordem... rs...

Vamos lá:

10º Lugar: Gregory Smith



O Ephran de Everwood. Não ele não é um adolescente de 18 anos, ele tem atualmente 25 aninhos e não é novidade pra ninguém que eu gosto de homens mais novos... Se bem que minha lista irá me contradizer completamente!

9º lugar: Chris Noth



Acho que muitas mulheres um dia quiseram estar no lugar da Carrie Bradshaw...

8º lugar: Keanu Rivers



Adoro-o em papéis como em “A casa do lago.”

7º lugar: John Corbett



E agora ele também canta.. Ai, ai, ai, ai... *suspiro*

6º lugar: George Clooney



Eu sei, eu sei.. Todo mundo jurava que ele seria meu primeiro colocado, mas né não. Lindo, charmoso, mas têm outros que mexem mais comigo...

5º lugar: Jonathan Rhys Meyers



Não entendo porque, mas ele me mexe mais que o George atualmente... Esses olhos azuis... Dão um troço né? Assim se somadas a esse bocão... E o tamanho da mão do homem, vocês repararam?? Meu Jesus Cristinho...

4º lugar: Mattew Mcconaugh



Aqui começa a lista dos homens que me ganham por terem um Q de safado…

3º lugar: Robert Downey Jr.



É, ele é problema, mas me diz: com uma carinha dessas quem resiste a querer brincar de super-heroína?

2º lugar: Josh Holloway



E se algum diz eu ler por ai que esse cabra não tem nada de safado, eu vou deixar de me chamar Marie!

1º lugar: Colin Firth



Sim, eis aqui o homem que nas telas me deixa com devaneios. A mistura exata de homem/menino/maroto/safado/bem-humorado que espero num homem… Com esse eu casava e virava uma moça de família quase boa... rs...

E ai, qual a sua lista? Deixe-a nos comentários, ou post em seu blog e me chame para ver!!!

10 de julho de 2008

Ai quando ele terminou comigo, a música era essa:



Mentiras - Adriana Calcanhoto.

Ouvindo essa música hoje pude começar a entender o porque de algumas mulheres se transformarem em verdadeiros monstros quando do rompimento. É, porque embora a música fale disso, eu mesma não consegui fazer nada de ruim contra ele, nem na época e nem depois. É, quer dizer, não conscientemente, pois na opinião dele, eu fiz sim e MUITO mal. Mas voltando: tem mulher que consegue né? Premeditam planos e executam de forma que a gente fica até espantado com a capacidade que elas têm de fazerem o mal. E aqui com meus botões, fico sem entender como a pessoa pode supor que fazendo o outro sentir muita raiva e até ódio mesmo, este possa querer estar ao seu lado novamaente. Como consideram isso uma prova de amor? E vamos lá supor que no cúmulo da ilusão isso fosse mesmo uma prova de amor, como algo tão torto pode gerar bons resultados? Enfim...

E ai na música diz: "que é pra ver se você volta, que é pra ver se você olha pra mim..." E a minha ficha começou a cair... Lembrei da minha relação com o meu pai, na qual em um determinado momento me levou a ser a filha terrível, como única alternativa para nãoc air no esquecimento, pois eu tinha certza que se fosse uma filha normal, ele sequer ia lembrar da minha existência. É como o último grito de desespero quando você traz dentro de si a certeza de que tem mais nada a ser feito não...


Palpite - Adriana Calcanhoto.

Porque hoje a saudade bateu... Não dele, mas de namorar.
Dia desses vendo um episódio de Sex and the City fui arremeçada ao passado. A cena: Carrie chega da balada cheia de fogo e Aidan, seu noivo, está dormindo na sua cama. Ela tenta seduzí-lo, mas o que recebe de volta é um: "comi demais, faz carinho no meu estômago, faz..." dito mais dormindo do que acordado. Caracas! E não é que eu tive um namorado que fazia exatamente igual? Não que ele costumasse rejeitar sexo, mas quando se excedia na combinação: álcool + carne, eu tinha de fazer massagem no estômago dele, "única" forma dele se sentir melhor!

Ai escrevendo isso lembrei da vez em que no sítio de uma amiga, ele, meu primo e mais um amigo beberam demais e começou aquele papo de bêbado chato, sabem qual, né? Os três homens falando dos próprios pais e indo ás lágrimas!!! Foi a minha deixa para ir para a cama e ter uma linda noite de sono... Ou quase. No meio da madrugada sou acordada pelas duas amigas - uma a namorada do meu primo e dona do sítio, e a outra mulher do outro chorão - para ir tirar meu namorado da piscina:

- Mas ele está se afogando? Pulei da cama e abri a janela que dava visão direta pra piscina e lá estava ele, nadando feito um golfinho! Olhei para as duas com cara de "como assim?" e elas danaram a me explicar que ele estava bêbado e poderia vir a ser perigoso. Entendi que eram duas mulheres controladoras querendo me aliar ao time. Recusei-me:

-Deixem ele nadar. E como vocês não vão mesmo dormir enquanto os vossos machos estiverem zanzando, tomem conta e só me chamem se ele se afogar ou passar mal de precisar levar ao hospital, combinado?

E voltei para a cama onde dormi muito bem obrigado, para acordar lá pelas seis abraçada com um namorado insone. Olhei-o e vi que algo ia mal:

- Que foi?

- Tô com muita dor de estômago... A carne mais a cerveja não cairam bem...

- Novidade; mas porque você não me acordou?

- Você estava dormindo tão gostoso, e quando deitei se aninhou tão bem em mim que preferi ficar quietinho te olhando para ver se passava...

- É, mas com esse olhos de cachorro que caiu da mudança e fraturou a pata, deu muito certo não, né? Pera ai que eu vou pegar remédio pra você... - Porque é lóóóóóóóóóógico que eu andava com uma farmácia na necessaire cada vez que viajava com ele.

Uma vez medicado, foi a hora de fazer a massagem no estômago mesmo sem ele ter pedido e vê-lo adormecer finalmente. E ficar ali olhando-o e sentindo o coração quentinho, pois amor era aquilo. Porque quando a gente ama, cuidar é natural, é forma de carinho e é diferente de tomar conta, de querer mandar no outro. Ele sabia que não deveria beber e comer carne, eu sabia, mas seria eu a tentar impedir ou fazer bico quando a coisa acontecia e ali na frente o corpo dele desandava? Não! Eu tinha um parceiro, não um filho.

E eu quero viver tudo isso de novo!!! Não com ele, é claro! Mas quero sentir amor e estar numa relação novamente.

9 de julho de 2008

Dois conceitos:

1) Etnocentrismo Cultural:

“ Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.” Continua aqui

2) Sistema de ativação Reticular:

”É um mecanismo que temos no cérebro responsável pela filtragem das informações que percebemos conscientemente. A cada instante o cérebro é bombardeado por milhões de estímulos sensoriais, mas conscientemente só percebemos uma pequena fração destes estímulos, pois (conscientemente) não conseguimos processá-los simultaneamente na sua totalidade. Então, a função do Sistema de Ativação Reticular é filtrar estes dados trazendo à nossa consciência apenas aqueles que são relevantes em cada momento.” Continua aqui

Resumindo: o Etnocentrismo Cultural fala da sobrevalorização daquilo que conhecemos sobre o diferente; o Sistema de Ativação Reticular fala de que a nossa atenção se prende naturalmente ao que conhecemos. Então, se valorizo o que sei sobre as demais coisas, vou tender a olhar tudo o que vejo de acordo com aquilo que sei. Porém pode ser ainda pior: posso desvalorizar o que é diferente e até negá-lo, só porque ele não condiz com o que conheço, sem perceber que quando o diferente aparece diante dos meus olhos, o desqualifico, nego mesmo a sua existência ou ridicularizando-o, ou desacreditando-o, só porque ele não é concordante com o que existe na minha cultura.

Conclusão
: isso não é ter mente aberta.

7 de julho de 2008



"Receba as flores que lhe dou, em cada flor um beijo meu..."

Yvinha, essas flores eu fiz pra você. São para mostrar que te gosto muito e que tenho plena certeza de que tudo correrá muito bem amanhã! Vou morrer de "sudades".

Beijo!
Só mais uma musica do filme tá? Prometo!

E tá, começo a rever meu conceito de que não acho loiros bonitos... Rapaz! Que homem é esse? Jonathan Rhys Meyers!!!! Depois do Josh Holloway (Sawyer) é o segundo que me deixa de queixo caído, mesmo com jeito de bom moço... rs.. E eu que tinha passado incólume pelo The Tudors, estou pensando seriamente em baixar e ver a série... rs...




Bach/Breack
e quem canta é o moçoilo lindo.. rs...


Moondance - Música da trilha sonora do filme August Rush - O som do coração.

O filme é bom. É, bom. Bom porque terminou e fiquei com a sensação de que faltava alguma coisa para ele ir para a categoria de filmaço, mesmo que todos os elementos estivessem ali: atores lindos e/ou consagrados como Robin Williams, Keri Russell, Jonathan Rhys Meyers e Terrence Howard em boas interpretações. Um enredo interessante, mas sei lá, sem se fixar em nenhum ponto de vista; solto. Isso acabou fazendo com que ficasse mal amarrado... Vale MESMO ser visto pela interpretação do Freddie Highmore como o menino Evan Taylor que tem, literalmente, a música na alma. A alegria dele quando em contato com a música é algo contagiante. E ai chegamos à trila sonora do filme que é lógico, amei! Tanto e tanto que às 2:45 hrs. estava eu abrindo o Dreamule pra baixá-la e só fui dormir quando ela estava todinha aqui, pois queria que fosse a primeira coisa que eu escutasse essa manhã.

4 de julho de 2008

Cor do amor sobre azul


Olhou para ele e seu coração se encheu de ternura. Lembrou-se do quanto aquele amor entrou em si pela porta dos fundos...

Nem quando o beijou pela primeira vez, tinha por ele qualquer coisa para além de uma curiosidade momentaneamente desperta por aquela boca que, subitamente, se insinuara junto à sua acordando nela o mesmo interesse que, às vezes, tinha em descobrir o sabor e a textura de uma fruta que lhe “sorria” em meio a outras.

Quando seus lábios encontraram os dele, sentiu imenso prazer naquela boca molinha cuja língua desafiava a sua de um jeito tão aveludado e suave, que projetou em sua mente e trouxe à sua boca a lembrança de um pêssego que, de tão caudaloso, escorre sumo ao ser mordido.

Por vários dias seguidos se encontraram mesmo que jurassem que não o fariam. Sempre havia um CD que queriam emprestar para que um novo grupo ou intérprete se tornasse conhecido; ou um livro que juravam que o outro ia adorar ler; ou ainda um filme que queriam assistir na certeza de uma boa companhia. Beijou-se muito e longamente, embora jurassem a si mesmos, assim que se viam a sós, que no dia seguinte, caso se encontrassem novamente, não o fariam. No entanto, quando se davam conta, já estavam entregues às carícias que suas bocas e mãos buscavam e promoviam em uníssono.

Bateram pé que não namorariam! Explicaram entre si os motivos; aceitaram e concordaram com as razões alheias e próprias. Porém em duas semanas assumiram que o faziam desde o primeiro dia. O que acontecera entre eles que fora tão forte a ponto de mudar as determinações internas que cada um havia firmado, a seu tempo, de que não se envolveriam tão cedo com outras pessoas? Fácil saber: o prazer que sentiam em estarem um na companhia do outro era imenso. Para muito além da química física, achavam bom estarem juntos fazendo o que fosse; e isso era algo tão raro de acontecer que intimamente consideraram burrice desperdiçar o que a vida achara por bem lhes oferecer.

Aliás, a química era o que por último acontecera entre eles; primeiro vieram a conversa fácil, as afinidades de valores, a oportunidade de serem eles mesmos, sem máscaras e sem medo de se decepcionarem. E em pouco tempo perceberam que quando a mente buscava por recordações de momentos felizes, os primeiros que lhes assomavam eram justos aqueles nos quais estavam juntos.

Tempos depois, conversando sobre o começo de namoro deles, ele revelara que se decidira por beijá-la por conta de um sonho. Neste, eles estavam entrando no cinema juntos quando o bilheteiro disse que os assentos ali eram numerados e que os deles eram em lugares opostos, encaminhando cada um para um lado. Ele se sentou no escuro e logo o filme começou. Achou muito ruim não poder comentar a trama com ela e buscando-a com os olhos dentro da sala de exibição, a viu sentada numa alta banqueta que tinha no balcão de um bar que lá havia, rodeada de rapazes que disputavam a sua atenção. Sentiu uma espécie de angústia e quis tirá-la logo dali, mesmo tendo o filme apenas começado. Para tanto decidiu chamar sua atenção ficando em pé e acenando. Inútil, ela não o via. Não se deu por rogado e começou a dizer seu nome em crescente desespero e mesmo assim ela agia como se dele não tivesse registro. Quando se decidiu por chegar até ela pulando por sobre a proteção que separava os dois espaços, o cinema se iluminou e ele a viu sair sorrindo de braços dados com um outro rapaz. Correu atrás deles e quando finalmente os alcançou viu, apavorado, que ela olhava apaixonadamente para o outro. Parou na frente deste disposto a disputar-lhe o afeto, espantando-o, no tapa se fosse preciso, e percebeu, estarrecido, que o outro era ele, sem ser.

Acordou banhado no mais gélido suor e não conseguiu conciliar mais o sono. Finalmente entendeu que maior que o seu medo de amá-la era o medo de perdê-la. Como pudera ser tão estúpido a ponto de achar que ela sempre estaria ali, disponível? É lógico que, mais dia menos dia, um outro iria adentrar a sua vida e mesmo que a amizade entre eles não terminasse, ela teria de dividir o seu tempo e a sua atenção com um amor que a tomaria infinitamente mais do que a amizade que tinham... E o tempo; ah! O tempo! Ele a levaria aos poucos para fora da sua vida. Inexorável... Não! Ele não suportava pensar sua vida sem a presença dela! Não sabia o que era aquilo, mas sabia que ela lhe era vital e mesmo sabendo que ela não lhe tinha mais do que amizade, resolveu tentar...

- Deu no que deu... Murmurou ela baixinho, enquanto lhe alisava os cabelos. São trinta anos de felicidade, e contra todas as expectativas, é você quem está prestes a partir e me deixar aqui...

Quantas vezes foram ambos silenciosamente criticados por ela ser quase vinte anos mais velha que ele? Incontáveis foram as vezes que percebera olhares de mudo rancor e despeito lançado em sua direção, por mocinhas que ficavam primeiro surpresas e depois indignadas ao perceberem que ele não era seu neto e muito menos seu filho, e sim seu homem; aquele que a amava. Inúmeras foram também as ocasiões onde senhoras perguntavam apenas para alfinetá-los: “é sua mãe”? E ele então se divertia as chocando ao responder a pergunta tascando-lhe um enorme beijo para logo em seguida perguntar: “te parece”? E ao lembrar disso ela sorriu...

É, se no começo a diferença de idade não fora evidente, pois ela aparentava ser bem mais nova do que verdadeiramente era, depois que fizera sessenta anos esta se tornara bastante aparente. E mesmo assim, quando ela o questionava, com sinceridade, se ele não preferia ir em busca de alguém mais nova, ele lhe respondia: “O corpo dela envelhecerá um dia, do mesmo jeito que o teu. Provavelmente até mais depressa. E prefiro as tuas poucas rugas conhecidas a qualquer lifting desconhecido. Além disso, que garantia tenho que dentro deste jovem corpo irá existir um espírito que eu possa amar e que me faça tão feliz quanto o teu me faz? Não é o teu corpo que amo e muito menos a forma que ele tem, é você. Ele me deu e dá felicidade, não nego, mas apenas porque é habitado por você. Não o fosse e não estaríamos aqui”.

Sorrindo passou mais uma vez a mão pela pele daquele rosto tão amado e agora inerte, incapaz de lhe dar um sorriso sequer, e se bem disse por não ter sido covarde em assumir o amor que ele lhe despertara a despeito de todas as oposições.

Antes dele, do amor apenas conhecera a dor. Depois dele conhecera a felicidade, não aquela de contos de fadas, feita de ilusões, mas a real, feita de cotidiano e de superações. Tiveram problemas, tiveram diferenças, tiveram incertezas e dificuldades como qualquer casal e relação, porém o amor e o bem estar em estarem juntos, sempre foram maiores e sempre fizeram valer a pena. Amou e foi amada como poucos tiveram o privilégio neste mundo...

Ele abriu os olhos e a fitou. Naquele olhar ela viu a imensidão de um amor que se despedia. Uma lágrima caiu dos seus olhos indo pingar sobre os lábios dele que se moviam num sorriso que logo congelaria e sobre o qual ela pousou os seus dizendo:

- Até breve meu amor e obrigado por haver compartilhado comigo tua imensa coragem e sabedoria.

Ele estava morto.

2 de julho de 2008

Uma vez acompanhei uma história de amor interessante que os comentários sobre o Frankstein do amor me fizeram lembrar.

A moça era absoluta e perdidamente apaixonada por um amigo meu que não valia nada, embora a amasse de verdade. Depois de muitas idas e vindas e muita confusão, eles terminaram em definitivo, pois ela percebeu que ele e a relação não a nutriam e nunca nutririam. Nesse término a minha relação com ela acabou abalada, pois não sei como, ela achou que eu tivesse responsabilidade sobre a última briga deles... Enfim, passados bem uns dois anos recebo uma ligação dela e um pedido de desculpas por ter confundido as bolas na hora do rompimento. Que gostava muito de mim e tanto que fazia questão absoluta de que eu fosse ao seu casamento. Pois é, enquanto chorava pelo ex, um colega de trabalho a consolava e com isso havia conquiistado o seu coração. Na igreja eu quase caio dura quando vejo o noivo entrar pela porta inaugurando o cortejo dos padrinhos. Rapaz!!! Ele era cara, o tamanho, o jeito, o sorriso e os olhos verdes e safados do meu amigo! Sério. Irmão gêmeo univitelíneo separados ao nascer! Mas segundo ela, o caráter era bem diferente. E a vontade que eu tinha de rir?? Nossa! Não fui na recepção, pois estava morrendo em pé numa super gripe e infelizmente perdi a chance de conversar com ele ou de mantermos contato...

Hoje que sei da lei da atração e dos seus efeitos entendo porque ele ser tão parecido e ter-se casado com ela...

1 de julho de 2008

Se tem uma coisa na qual eu não acredito no amor é na conquista. Talvez porque eu tenha sofrido de rejeição paterna e tenha passado a minha infância e começo de adolescência tentando ser alguém que meu pai pudesse amar. Não adiantou. Eu quis me transformar em outra pessoa e, no entanto, só consegui ser cada vez mais eu mesma.

Não entendo que se façam coisas no sentido de convencer ou mostrar ao outro que o que sou é passível de ser amado. Se sou, sou espontaneamente e o outro vê e em vendo, pode me amar ou não. É, ele também não tem muito controle sobre o que sente né? A gente ama ou desama sem motivo, simplesmente acontece. Não tem truque, não tem jogo de cena, não tem vontade ou razão que comande o nosso coração.

Mais ou menos. Assim: acho que a única coisa que podemos fazer com o nosso sentir é conformá-lo. Explico-me: conformar o sentimento é viver conformada em ter uma relação meia-boca com alguém de quem se gosta, mas não se ama, porque tem outras coisas consideradas mais importantes envolvidas; ou viver conformada que não se vai viver o grande amor porque ele não nos ama. O conformismo adormece e amortece o sentimento, e se ele é inevitável, prefiro só viver o segundo tipo. Que Deus me proteja de viver uma relação meia-boca seja lá pelo motivo que for.

Na minha vida afetiva não me lembro de ter sido conquistada. As coisas aconteceram ou não, mas sempre naturalmente. Primeiro surgia a paixão: às vezes a primeira vista, noutras nascida do convívio numa amizade; o namoro e a convivência mais íntima traziam o amor, ou não. E quando não, nada havia que o outro fosse, atuasse ou praticasse que me fizesse voltar atrás na decisão de romper. Da mesma forma que não sei viver sem receber amor, não sei viver sem dar o que considero justo o outro receber, pois todos têm o direito de serem amados e não apenas gostados. Arrogância suprema é a daquele que acredita que dar carinho basta. Lembro de um amigo que um dia me disse que admirava a minha capacidade e firmeza em terminar os relacionamentos e não cair nas armadilhas da carência, tanto minha quanto alheia. Para mim sempre foi muito claro que embora doa, quanto mais cedo eu liberar o outro, mais cedo ambos encontraremos a felicidade.

Talvez pela relação com o meu pai eu tenha essa necessidade primordial de me sentir amada para estar com alguém. Não sei amar sozinha, não consigo crer em que amar por dois funcione. Eu amo e quero amor de volta. Quero me sentir amada também. Posso ser maluca de paixão por alguém, mas se não sentir a reciprocidade, minha paixão não é um sentimento que vá se transformar em amor romântico. E se amo já e descubro que não sou amada da mesma forma, meu amor se fraterniza. O que não é esquecimento, é vero. É apenas encontrar a maneira sob a qual este sentimento possa sobreviver sem causar danos a ninguém, principalmente a mim mesma.

Claro que já adoeci de paixão, porém não gostei da pessoa na qual me transformei – que na verdade sou - quando obsedada pelo meu próprio sentir. Só vivi tormentos nessa situação e nem posso dizer que estes foram provocados pelo outro. Por isso, quando me dou conta que a qualidade do que sinto não me faz bem, empenho-me em me conformar com não viver aquilo. Não é fácil, pois tem dias em que dói muito. Você tem de viver num estado de atenção constante para desviar-se das armadilhas que existem pelo caminho e que sabe que se tropeçar nelas, te lançarão de volta ao sentimento que você tenta reformar.

Esquecer um amor é mais ou menos como ser um ex-viciado: você tem de evitar o "primeiro gole" pro resto da sua vida. Isso implica em evitar qualquer situação na qual possa ter seus sentimentos despertos e se por ventura isso não for possível, evitar entregar-se a fantasia de que aquilo seja mais do que demonstração de carinho.

E tem vezes nas quais nem isso é possível... Às vezes você ama e é amada, porém a pessoa está presa numa outra história que é igualmente importante, ou tem mais prioridade do que viver esse amor naquele momento... E a única opção que você tem é a de se conformar mais uma vez, pois caso contrário terá de aceitar não as migalhas do afeto alheio – a final ele corresponde ao seu amor – mas com as sobras do tempo que ele tem para dedicar-se à relação que tem com você. E viver a espera de que chegue o dia em que possam ficar juntos. Nesse caso é uma questão de auto-estima e conhecimento próprio saber se essa relação te nutre ou não.

A mim não nutre, embora dê alento.