31 de dezembro de 2009

Tem mais algumas coisas que aprendi esse ano e que acho importante dizer aqui:

Aprendi que é essencial a honestidade consigo e com o mundo quanto aos seus desejos. Admitir que quer e o que quer, mesmo que todos achem que você não deveria, ajuda a concentrar a energia para que seus sonhos se realizem. Mas essa honestidade não implica em sair contanto para todos os seus desejos, pois é verdade que tem um povo que adora torcer contra e a te dizer o porque, o que pode enfraquecer sua força. Então, algumas coisas é melhor guardar para si, mas admitir de coração aberto e honestamente que está seguindo naquela direção. Isso porque o Universo reage a todas as manifestações energéticas e pensar algo e afirmar verbalmente o contrário disso, faz com que as energias se confundam e a coisa não aconteça.

29 de dezembro de 2009

Esta é a última postagem desse ano. Hora de fazer o balanço e ver qual o saldo de 2009. De cara eu sei que foi positivo, mesmo que o ano tenha trazido perdas significativas como as do Érico e da Egle. Sem contar uma outra "perda" que determinou toda a mudança dum aspecto da minha vida, mas deixemos isso para lá, pois ainda é cedo para comentar.

Este foi o ano que me reconciliei com Deus. Foi o ano em que percebi que eu O tinha como inimigo e não como aliado; que achava que tinha de lutar fazer minha vontade prevalecer em relação à Dele, pois Ele não estava nunca meu favor. Foi o ano no qual comecei a entender um tanto de coisas e entendendo descobri que entender não faz com que aceitemos, embora adoremos achar que sim. Podemos entender e não aceitar e podemos aceitar algo sem entender.

Foi o ano em que conquistei a certeza de que Deus não faz nada inutilmente, não desperdiça uma ação e que mesmo que eu não saiba sua finalidade - e mesmo que morra de raiva na hora - aprendi que posso confiar na vida, em Deus e permanecer. Aliás, foi o ano em que optei por permanecer e não fugir. Consequentemente foi o ano no qual aprendi a ser um pouco mais paciente. Em 2010 continua o aprendizado.

Foi o ano em que deixei de perder tempo tentando conquistar quem não se conquista; que deixei de perder tempo com relações que me fazem mal, mesmo que o amor que as motive seja verdadeiro. Ou a forma de expressar o amor por mim me nutre, ou não adianta me amar, muito menos manter.

Foram descobertas feitas em meio a muita dor, pois perder ilusões sempre dói; MUITO. Porém é aquilo né? O alívio, tranquilidade, paz e contentamento que vem depois valem cada lágrima derramada no percurso.

Também foi o ano em que amigos jovens morreram, eu que nunca havia perdido um amigo até hoje. E não sei explicar porque, nem consigo entender, mas aceito que a vida é assim e que "apesar de" tenho de procurar ser feliz. Por mim e por eles. Então 2009 foi um ano bom, mas que lembrar dói. E hoje chorei no ônibus quando lembrei.

Foi um ano em que me senti muito amada e percebi o quanto ser amada faz bem. Por um homem e por amigos. Tenho certeza que tenho uma história de amor privilegiada, embora nem sempre fácil, e que não quero abrir mão dela ou dele por nada ou ninguém. Então descobri que é preciso focar no que queremos e que isso geralmente implica em abrir mão das coisas que não queremos,mas mantemos enquantro o que queremos não vem. E isso porque elas nos dispersam e fazem gastar energia com o que não vai dar em nada nem acrescentar nada. Descobri que quero viver esse amor cotidianamente, pois ele me nutre e eu adoro ser feliz; e ele me faz feliz.

Foi o ano em que, diferente de dois anos atrás, descobri que minha mãe está mesmo curada do coração e voltou a vitalidade que lhe é tão característica. E sou tão grata por isso, meu Deus! Deus e os médicos do Centro de Referência do Idoso do Hospital do Mandaqui. Tanto e tanto que uma das primeiras tarefas de 2010 é fazer uma carta aberta de agradecimento ao CRI.

Resumindo, 2009 foi ótimo por ter sido um ano de grandes aprendizagens, grandes desprendimentos e grandes conquistas. E sei que 2010 será muito, muito feliz, pois mais aprendizado virá e eu me sentirei cada dia mais livre, mais feliz e evoluindo ininterruptamente.

Feliz 2010 para TODO o MUNDO!

Que o amor divino se manifeste em cada um de nós e através de cada um de nós!

1 de dezembro de 2009

Foram entrevistas dadas e lidas, programas de TV e conversas com amigas que me fizeram perceber com clareza, nesses últimos dias, que a mulher precisa urgentemente se repensar. Não está dando tanta chatice e subjetividade. E o pior? A maior vítima disso tudo está sendo ela mesma.

Me pediram numa entrevista e dei um exemplo da diferença entre homens e mulheres:

Situação 1:
mulher promete ligar pro marido num dia de trabalho carregadíssimo, e por conta disso não o faz. Ele fica puto, mas entende que é trabalho e fica por isso mesmo.

Situação 2: marido promete ligar pra mulher num dia de trabalho carregadíssimo e não o faz. Ela fica puta, sabe que ele não ligou por ter MUITO trabalho, mas logo começa a pensar nos motivos ocultos de desgaste de amor e relação para ele não ter ligado e que está, provavelmente, escondendo na 'desculpa' de estar lotado de trabalho. Quase certeza que ela vai ligar para ele ao longo do dia tentando descobrir e/ou discutir isso. Chegando em casa - e por mais alguns dias - ela vai voltar no assunto inúmeras vezes.

Vi darem outro exemplo no programa Happy Hour da GNT: ela coloca o short e achando que não ficou realmente bom, vai perguntar para o namorado/marido a sua opinião. Ele olha e diz que ficou bom, pois não liga para as mesmas coisas que ela quando se trata de roupa. Ela não aceita a opinião dele e, insatisfeita, segue refazendo a pergunta até que ele, num esforço de ver dentro da ótica dela, diz que realmente está um pouco justo. Pronto! Terão uma discussão porque ele não foi sincero desde o começo dizendo o que pensava! Mas foi né? Ela é quem não o foi consigo mesma sobre o que achou da própria roupa e trocou. Não, preferiu ir aporrinhar o macho para ouvir dele o que já sabia e quando este cedeu e quis ser empático, se fodeu. E é clássico saber que se ele tivesse dito que não na primeira vez em que ela perguntou, também teria escutado por dizer que ela está gorda. C-h-a-t-a.

Outro exemplo extraio das conversas com as amigas solteiras e descasadas quando dizem e descrevem o homem que querem ter. Não querem. E não querem porque não querem um homem, querem uma mulher. Uma mulher que tenha pinto, testosterona, pegada forte e músculos, mas uma mulher. Isto por que esperam dos homens atributos que não são do masculino, são do feminino. Enchi o saco de uma amiga outro dia para que ela especificasse o que é "ser cuidada" por um homem - item principal da sua lista - e ela não soube dizer. Uma por ser esperta e me conhecer, então sabia que eu estava prontinha para lhe dar o bote. É, ela queria cuidados que mulher dá e não homem. Homem não cuida, o fato é esse. Ele vai te levar ao médico, ele vai te fazer companhia, vai te dar banho se preciso for, mas ele não vai passar muito tempo do dia dele - talvez mesmo nenhum tempo - se perguntando se você está bem, está feliz ou tendo prazer no seu cotidiano, simplesmente porque ele sabe que estas são coisas que só dizem respeito a você. E mesmo que ele saiba que você está infeliz, sabe também que só você pode ter as ações necessárias para mudar essa condição. O máximo que ele pode te dar é apoio. E ele, sinceramente e de coração super aberto, espera e quer que você seja capaz de cuidar de si mesma. Muitas mulheres querem ser tutoradas pelos homens, mesmo que esse nãos eja o caso específico da amiga com quem tive essa conversa.

E é claaaaaaaro que existem exceções, mas aqui estamos falando do grosso modo tá?

Essa mesma amiga me perguntou se eu achava que esse era o motivo do assustador aumento da homossexualidade masculina e consequentemente da feminina - por falta de opção - e obteve como resposta o que esperava: sim. Ai chegou a vez dela de achar que ia me encurralar, mas estava redondamente enganada, ao menos ainda... rs... Disse que como podia ser isso se sempre defendi que a homossexualidade não é adquirida, uma escolha, mas antes é inata, ou seja: uma capacidade para amar com a qual a pessoa já nasce. Mas é mesmo! Só que como aconteceu com o os olhos depois do advindo da televisão (há algumas décadas, diferente de hoje, as crianças nasciam der olhos fechados levando de 7 a 10 dias para abrí-los), que exigiu uma maior especialização ocular e esta tem se tornado ainda maior depois dos vídeos-games e computadores, fazendo com que, inclusive, os bebês nasçam com cérebros maiores e mais aptos a lidar com tecnologia, atualmente o bebê do sexo masculino já nasce com a pré-indisposição adquirida do pai à chatice feminina. Infelizmente não tenho como provar isso...

E de novo: não fossem as mulheres as maiores vítimas de si mesmas, eu até me calava. E não quero dizer que os homens sejam um primor e não tenham nada a melhorar, muito pelo contrário. Porém acho que diante de tanta chatice e exigência, eu também me recusaria sabe?

Conheço mulheres que, por exemplo, punem seus maridos por erros cometidos há anos atrás. Isso mesmo, anos e anos de punição porque ele errou. E sinceridade? A maioria das vezes quando você vai olhar a situação a fundo, ele não errou, ela é quem esperou dele coisas que ele não podia dar e, aliás, nunca prometeu dar. Ela é quem amou e apostou no pontencial dele e não na pessoa em si. Preferiu acreditar na ilusão e não no que de real tinha diante de si, uma vez que potencial nunca é manifesto e nem tem obrigação de vir a ser, minha gente. Falando sério? E quem é que aguenta ser punido por anos a fio? Mais: que ego é esse que se ofende de um tanto que promove a-n-o-s de punição? Não é se valorizar demais não?? Afinal, todos somos capazes de erros terríveis. T-o-d-o-s.

A maioria das mulheres se tornaram chatas por serem apegadas a coisas insignificantes que, pior de tudo, as fazem extremamente infelizes, simplesmente por não conseguirem focar no que realmente importa que é a simplicidade e leveza de SER. Vivem de sonhos e projetos irreais que levem muito pouco em consideração o que os homens realmente são e podem dar. Os exemplos que dei acima falam por si só do quanto se perdeu de foco atualmente. O resultado prático disso é que o homem cansa e um dia vai embora e o triste é que as mulheres seguem sem saber onde é que estão errando... Está duvidando de mim? Faça uma enquete perguntando às mulheres que você conhecem e que se sentem felizes nas relações e verá que o são justamente por amarem o que têm e não o que gostariam.

Olha, e é óbvio que isso tudo tem uma contextualização histórica que remonta ao feudalismo e nasce junto com a concepção de amor romântico, no entanto, independente da causa, acho que está mais do que na hora da mulher admitir que está errando na mão e se reformular para benefício de si mesma.

Defendo e seguirei defendendo a crença de que no dia em que a mulher cair em si, parar de se auto-sabotar e passar a ser generosa - de verdade - consigo e com o próximo, transformará o mundo. Até lá o que veremos é isso mesmo: homens cada vez mais arredios e mulheres cada vez mais sozinhas.
Eu sei, eu sei... Vocês pensaram que morri ou desisti do blog, mas não.. Ainda não! Estava aqui confabulando algumas coisas, nas duas últimas semanas, a principal delas é a condição da mulher atual.

E vou começar a falar sobre meus pensamentos defendendo "Lua Nova" tanto nas telas quanto nos livros. Me perdoem o que odeiam a série, mas quando os ouço falar e justificar, a única coisa que penso é: "não entenderam foi nada!".

De todos os livros que já li - e creiam-me, já li milhares deles - os da Stephenie Meyers são os que melhor descrevem os estados emocionais da paixão e suas consequências quando dá e quando não dá certo. Lua Nova, principalmente, mostra o quão chata fica uma mulher quando perde um grande amor. Veja, não é um amor qualquer que se perde, mas aquele que você sabe, tem certeza absoluta que será seu pelo resto da vida e que ninguém será capaz de te fazer esquecer, mesmo que você não o viva; mesmo que verdadeiramente ame outros. É isso que a Bella afirma quando diz ao Jacob no fim de Lua Nova: Eu te amo, mas nâo me faça escolher; porque será ele. Sempre foi ele". E essa é a mais irrevogável verdade.

E a Bella da tela está infinitamente menos chata que a dos livros, creiam-me. Durante a leitura, muitas vezes você pensa em desistir por não suportar a chatice absurda da personagem. Mas somos nós ali descritas né? Se algum homem quiser saber como ficamos quando ganhamos um pé na bunda, leia o livro. É naquela coisa que nos transformamos. Alguém que beija a morte de tão perto que chega dela.

Muita gente também critica o ator Robert Petterson e o seu personagem Eduard. A crítica mais elogiosa ao ator é aquela que diz que ele, ao interpretar, "parece um morto". Alôu?!? Ele é um morto! Um zumbi praticamente! E se está te deixando com essa sensação, parabéns! Sinaliza que está completamente dentro do personagem!

A maioria das criticas, no entanto, faz pensar que as pessoas estão esperando os vampiros de sempre, aqueles que estamos acostumados a ver através dos milhares de anos de inconsciente coletivo. E é esse o grande engano. Não são. São uma categoria diferente, como nós hoje somos pessoas diferentes daquelas que foram nossos ancestrais há 200 anos. Nem melhores, nem piores, apenas diferentes. É, até os estereótipos evoluem.

Eduard é um morto, principalmente no aspecto afetivo, e através da relação com a Bella vai descobrindo e ganhando contornos humanos que sequer chegou a ter enquanto vivo, visto que morreu aos 17 anos e à época só pensava em participar da guerra. Ele nunca amou ou se apaixonou, e tem de fazê-lo partindo somente do que ouviu falar sobre ao longo de 108 anos, ou seja: referencial interno, zero. Tanto e tanto que ele não suspeita que a paixão pela Bella seja isso. Inicialmente a sente como um desejo especial pelo sangue dela. E não é exatamente isso para qualquer um de nós? Não nos é o cheiro da pessoa amada completa e absolutamente diferente de qualquer outro?

Stephenie Meyrs não pretende discutir a relação amorosa. Parece apenas querer mostrar os contornos e o quanto esta pode expandir nossos limites, e faz isso perfeitamente. Ela conta uma história. Refletir sobre ela e papel nosso; ou não. Já tive várias Bellas e outros tantos Eduards no meu consultório ao longo dos quase 20 anos de profissão. Também já fui Bella e já fui Eduard, e é por isso que a história me cala tão fundo.

Não digo que o filme seja um clássico, porém ele não ousa criar outra história a partir do livro, e acho isso ótimo. Ele quer e conta a mesma história; dá vida àqueles personagens descritos no papel. É exatamente isso que espero de uma adaptação de livros. Tem muita gente que acredita que o cinema é a grande arte justamente por propor questionamento, porém eu acho que ainda o é até quando não questiona nada, apenas expõe e deixe que pensemos por nós mesmos, ou - de novo - não. É como tudo né, minha gente? Quando se está pronto a pensar algo de forma mais profunda, até desenho de criança motiva.

Tem um outro livro antigo que também fala da perda de um amor, mas principalmente da superação deste, de forma perfeita. É voltado também para o público adolescente - e porque será que são sempre os adolescentes que falam da intensidade da dor e da paixão tão bem? - chamado Júlia dos sete aos dezessete da Irene Hunt. Quem quiser ver os processos do ponto de vista feminino, leiam-no.

22 de novembro de 2009

Escrevi a um amigo agora dizendo o quanto me impressiona constatar que aos 42 me vejo novamente na posição de aprendiz, uma vez que tudo o que aprendi até agora me parece insuficiente para alcançar a vida e felicidade que almejo.

Não que seja inútil, porém me parece que o que sei serve mais para me fazer ver com clareza que nada sei de certo, para além de me fazer sofrer com afinco e dedicação. Há alguns dias penso nisso e hoje, diante do espelho, completamente pelada, rezei:

"Deus, nua e despida de tudo, por dentro e por fora, me entrego a Ti mais uma vez. Me oriente, me intua, e me guie, visto que nada sei dos caminhos que podem me levar aonde quero, uma vez que, constato, os velhos conhecimentos não servem à felicidade que almejo agora, tão acostumada que estou em fazer-me sofrer. Estou aqui Deus, disposta a aprender Contigo mais uma vez".

Quando abri os olhos me vi linda, como raramente consigo me achar. Estar desperta e alinhada com Deus realmente nos faz mais belos.

16 de novembro de 2009

Outro dia eu disse aqui que evitaria escrever sobre a Lei da Atração, mas fato é que isso me desmotivou a continuar a escrever no blog. Portanto, quem não quiser ler sobre a L.A. favor clicar no x ali em cima e passar bem!

De volta ao meu eu normal. Porque né? Nem sei porque tento essas coisas de tentar agradar quem nunca se agrada.

Amanhã falarei sobre a nossa destinação para a felicidade, conforme prometi para a Verônica!

;-)

15 de novembro de 2009

Deus conversa comigo




Sempre me deixou curiosa e fascinada o trajetória de vida da borboleta; nascer de um ovo amarelo, totalmente feia e peluda e viver se arrastando pelo chão, sempre tão grudada ao solo. Alimentar-se de folhas em plantas e árvores que, vistas da sua perspectiva, são imensas e demandam muita energia para serem alcançadas. Ir trocando de pele ao longo da vida, tornando-se mais vistosa, algumas vezes até mesmo "bonita", até que um dia sente a necessidade premente de dormir e para isso faz um casúlo onde se resguarda do mundo, e de onde, penso, espera sair igual ao que é quando despertar. Ou não.

Fico imaginando se enquanto lagarta, vislumbra que um dia se transformará num ser alado, belíssimo, que ganhará ares se transportando para lugares que como lagarta nunca ousou imaginar.

Sempre comparei nossa evolução espiritual à lagarta, por muitas vezes sentir que vivemos exatamente como elas: presos ao chão e à tarefa de nos manter vivos, olhando e sonhando com um mundo que parece sempre tão maior do que nós. E um belo dia ganhamos "asas", evoluímos espiritualmente e descobrimos que também somos capazes de nos libertarmos das "pernas curtas", do "corpo estranho", da "proximidade com o chão" e voarmos por lugares incríveis.

Borboletas sempre me fizeram pensar em Deus de uma forma especial, achando que foram criadas para nos falar de nós e da nossa evolução, através de uma linda metáfora.

Uma vez até criei a "Gang das borboletas" cujos membros seriam pessoas conscientes de que não importa qual seja a sua realidade agora, estão destinadas a se tornarem lindas através das suas vivências.

Há algum tempo, comecei a perceber que sempre que pedia a Deus um sinal referente ao caminho a seguir quando me sentia em dúvida e perdida, Ele me enviava borboletas. Eu as via ao longe, ou elas voavam diretamente na minha direção e pousavam em mim quando a resposta era afirmativa e simplesmente não apareciam quando a resposta era negativa.


Não é sempre que peço sinais a Deus e muitas vezes uso o tarô como forma dDle me contar o que está desejando que eu perceba. Mas algumas questões nos são mais delicadas e complexas por significarem muito afetivamente e ai nos embananamos por completo na busca de respostas. Foi o que aconteceu comigo ontem de manhã. Eu queria MUITO saber o que fazer numa determinada situação. Muito mesmo e estava completamente corroída por pensamentos opostos que me impediam de decidir. Joguei tarô por quatro vezes e não consegui me decidir se devia ou não fazer algo; o que era melhor para mim dentro de determinada situação.

Antes de jogar, como faço sempre, rezei pedindo a Deus que me mandasse um sinal claro, que eu pudesse entender e tomar uma decisão, através das cartas, mas nada. Eu via, mas não entendia. Nada era tão ruim, nada era tão bom. Parecia mais ser uma situação determinada a tal ponto que, na verdade, fazer ou não fazer nada, não modificaria o destino, porém... Eu não acredito nisso. Ao menos não dessa forma. Talvez o destino não possa ser mudado, mas podemos dificultar muitoo seu cumprimento, criando sofrimentos desnecessários.

Depois da quarta tirada rezei novamente dizendo: "Deus, eu sou meio tapada... Não! Eu sou completamente tapada, então me manda um sinal muito claro, por favor... Esses não estão conseguindo me deixar segura e nem tomar uma decisão".

Um segundo depois passa diante dos meus olhos, vinda pela janela aberta, uma borboleta num tom amarelo tão claro, que era quase branco. Passou diante de mim e pouso à minha direita, na caneca d'água que estava vazia. Ficou ali por uns 5 segundos e então voou para fora do quarto. Tem um pedaço de mata no fundo da minha casa e sim, lá eu vejo borboletas vez por outra, mas nunca, em todos os quase 3 anos que moro aqui, uma entrou no meu quarto. Era Deus mandando o sinal que eu havia pedido. Tanto e tanto que soube naquele momento, exatamente o que não deveria fazer.

Fiquei tão assombrada que sai do quarto. Poxa, mais um pouco Deus fala comigo, ou me joga uma bigorna na cabeça e pergunta: "entendeu agora"? O que, diante do ocorrido, não chego a duvidar que possa acontecer... rs...

E Fico tão feliz por isso. Pois eu vinha achando que Deus havia me abandonado. Na noite anterior mesmo havia comentado com um amigo que quando e brigava com Deus, o xingava e etc. Ele costumava me responder prontamente, 100% das vezes pra me provar que eu estava errada. É, nem dava tempo de achar por 5 segundos sequer que eu estivesse com a razão, de tão rápido que Ele era em me fazer ver a verdade. Porém, desde que deixei de brigar e passei só a conversar e chorar, expondo calmamente meus pontos de vista, Ele não me respondia mais com rapidez. Muitas vezes não respondia mesmo.

Na madrugada da segunda-feira eu tive uma conversa muito sincera com Deus, seguindo um conselho da Catherine Ponder no livro "Leis dinâmicas da prosperidade". Abri meu coração e disse do quanto me sentia abandonada e traída por Ele. Do quão as coisas pareciam difíceis em algumas horas e que eu não tinha onde ou em quem me apoiar, principalmente porque a única coisa que vislumbrava era um monte de promessas não cumpridas da parte Dele. Chorei muito também. Falei tudo o que sentia e no fim disse que tudo bem, que eu ia seguir aqui, fazendo a minha parte e esperando - O chegar até mim. Porque faço o que faço, não para fazer Dele meu empregado ou seduzí-lo, mas por me sentir bem vivendo assim, me sentir mais feliz e calma.

É claro que eu gostaria de encontrar uma forma de entender a vida, E que acredito que entender as Leis do Universo facilite a minha jornada, o que não significa torná-la isenta de dificuldades, superação, empenho e determinação. No entanto, é como disse a um amigo outro dia: a gente faz o que é da nossa essência. E você sabe qual é a sua essência quando tudo rui, você perde a fé e até a esperança, porém segue fazendo as mesmas coisas do bem que sempre fez, só porque isso é você.

E até pensei, hoje, que posso ter interpretado errado o sinal de Deus, mas isso não importa sabe? Importa é que me sinto novamente acompanhada por Ele. Que Ele fala comigo outra vez de modo claro, e só isso já é suficiente para me deixar imensamente feliz por um bom tempo.

14 de novembro de 2009

Iching

"Primeiro choram e lamentam-se mas depois dão risadas. Superadas as dificuldades, enfim eles se unem. Duas pessoas exteriormente separadas estão unidas no coração. Embora entristecidas pelos obstáculos que as separam, permanecem fiéis uma à outra. Apesar de tudo e mesmo à custa de grandes lutas, elas vencerão e no fim estarão juntas. Então a tristeza se transformará em alegria".

2 de novembro de 2009

Nem é falta de assunto; eu ainda tenho um olhar abismado sobre alguns acontecimentos... Um deles o caso da menina da UNIBAN. Mas pense numa preguiça enooooooooooooorme de escrever nesse blog? É o que me acomete ultimamente.

Acho que no fundo estou com um tanto de bode da "liga das mulheres casadas" que habita a maioria das mulheres que conheço, até as mais liberadas e liberais e, ao mesmo tempo, cansada de bater na mesma tecla, pois acho que a mudança da mulher está ainda um tanto quanto distante. Já disse né? E várias vezes: fossem as mulheres mais generosas, até entre si, e o mundo seria um lugar completamente diferente.

Então vou ficar calada e cuidar da minha vida que ganho mais, não é mesmo minha gente?

Qualquer hora eu volto...

Ou não.

20 de outubro de 2009

Sou filha de pais severos e pouco afetivos, portanto bronca, pegação no pé, críticas e etc. nada conseguem no sentido de me motivar. Você escuta tanto e tanto que com o tempo, elas começam a entrar por um ouvido e sair pelo outro. Você cria resistência em todos os sentidos da palavra.

Quando alguém quiser me motivar, melhor adotar a tática de me dar recompensa, falar coisas bacanas, propor fazer coisas juntos.

Adoro a "dieta" da Silvia Popovick para emagrecer, por exemplo, onde o marido - médico endocrinologista, vejam só - a cada vez que ela tinha vontade de sair da dieta, a beijava até a vontade passar. Fala sério, tem método melhor?

13 de outubro de 2009

Fim de semana e feriado quieta em casa, por conta de dor de dente, mas nem quero comentar o assunto. Vale mais dizer que tive um domingo maravilhoso com a sobrinha mais velha e a prima, no meu quarto, ouvindo música brega - antigas e atuais - e rindo até chorar e doer a barriga quando ela perguntou sobre um senhor que viu na foto: "nossa, ele não tem um olho"? E eu seriamente respondo: "Ele morreu; agora não tem é mais nada". Sabe aquelas merdas que você só se dá conta que falou depois que falou? Pois. E todas passamos mal de tanto que rir, não do morto, mas da forma como foi dito, of course.

Sei que vai parecer coisa de tia coruja, e embora ela já tenha me pedido para que eu escrevesse aqui para ela, e nem precisava ser só no dia do seu aniversário - que está bem próximo, inclusive - tenho a dizer que escrevo só porque a Mariana, sobrinha em questão, é uma guria que me enche de orgulho por poder participar da sua vida e ver que aquele bebê chorão, que resistia em dormir, virou um mulherão e isso levando-se em conta o fato de ainda ser uma adolescente, imagina o que ainda não virá pela frente.

Ela não é perfeitinha, mas é linda, linda mesmo, por dentro e por fora. Capaz de lutar pelos seus sonhos e enfrentar seus maiores temores - e ela tem muitos - para não se ver aprisionada, pois o que mais quer nessa vida é ser livre e expandir-se. Conhecer, ver e aprender tudo o que puder. É irritadinha, mas se não fosse não seria uma Sermoud misturadinha com as Prado. O que a salva é o sangue dos Araújo, amém!

É uma sensação estranha essa da gente carregar no colo quem hoje senta na cama e troca confidências de adulto, mas é deliciosa também. E sei que sentirei a mesma emoção quando eu estiver com 80 anos, e ela com 58, e sentadas numa cama rirmos da mesma forma de coisas absolutamente bobas e inúteis. Não somos apegadas, mas ela sabe que pode contar comigo, sempre.

E que sempre serei sincera e direi o que ela precisa ouvir e não apenas o que quer ouvir, como quando me chamou no MSN para dizer que estava com uma super gripe e, conversando, lembrei que ela fazia parte do grupo de risco por trabalhar em Hotel, e que ainda não havia ido ao Hospital, o que insisti que fizesse o mais rápido possível. Ela: "Tia, te contei porque queria que você me acalmasse e não para que me colocasse mais medo". Eu: "tem horas que a única coisa que nos acalma, é fazer o que precisa ser feito Mary. O resto é conversa fiada". Ah! Não, não era a "Suína", mas mesmo assime la não pode vir à festa do meu aniversário esse ano.

A Mary é Kakaína. Um dia foi palmeirense roxa, daquelas que ganhou o uniforme e levou bem uns dias para querer usar outra roupa, quando criança. Porém uma vez ela viu o Kaká em campo e virou bandeira. Hoje diz que é São Paulina, mas o coração bate mesmo é pelo Kaká, jogue ele onde jogar. Aliás, o único e grande defeito dela é esse: não ser mais palmeirense.

Não é gay, mas afirma que casaria fácil com a Carla Bruni se essa a quisesse. E quem é que vai dizer que ela não tem bom gosto?

Tem uma boca linda, mas ainda não aprendeu a usá-la para beijar os rapazes dos quais gosta, deixa a timidez atrapalhar, vejam só vocês. Mas em sendo minha sobrinha, como diria minha prima Ana Maria, tenho fé que ela desencantará e ai, o amor vai sorrir para ela, pois ela bem o merece.

A primeira vez que tivemos um contato maior foi quando veio passar um feriado aqui em casa e nem a Luciana ou a Fabiana estavam. Era com elas que ela tinha maior convivência até então. Me olhou desconfiada quando viu que eu seria a única responsável por alegrar o fim-de-semana dela, aquela tia que fazia a comida e dizia se podia ou não fazer isso ou aquilo. Mas na hora de dormir, quando puxei a música tema do fim de semana "tudo azul, todo mundo blue", por conta da iluminação do quarto da outra tia, ela desanuviou e riu até não poder mais. Sim, foi um fim de semana pra lá de gostoso.

A situação mais cômica que nos aconteceu foi quando estávamos as duas deitadas na sala fazendo um relaxamento, já no sétimo estágio de profundidade, e o celular dela toca quase nos matando do coração, tamanho o susto. Se fôssemos gatos, teriam nos encontrado, horas depois, grudadas ao teto pelas unhas.

Não conheço o amor de mãe, mas sei que meu amor por ela é imenso, intenso e pode muito, muito mesmo e que sou muito feliz por tê-la por perto, pois para mim viver é isso: compartilhar e transformar momentos comuns em mágicos ao lado de quem se ama.

Amo você Maricota Maria Carlota do meu coração!!!

8 de outubro de 2009

"SOBRE ESCREVER: Às vezes tenho a impressão de que escrevo por simples curiosidade intensa. É que, ao escrever, eu me dou as mais... inesperadas surpresas. É na hora de escrever que muitas vezes fico consciente de coisas, das quais, sendo inconsciente, eu antes não sabia que sabia".

Clarice Lispector

5 de outubro de 2009

E já disse que tô achando as novas temporadas de House, Fringe e Supernatural do car**** de tão boas? Rapaz, quando você acha que vem mais do mesmo, os roteiristas sabem como te surpreender e criar histórias e desenlaçes ainda mais emocioantes!

Agora quero ver o que farão em Brothers e Sisters com a Kitty; leucemia para curá-la da chatice e criar empatia com o público que a tem rejeitado, será?
Depois de um longo e tenebroso inverno - leia-se: TPM assassina - eis-me de volta ao blog.

Para mim esse espaço sempre foi, primordialmente, um lugar de reflexão, algo que a TPM não permite... rs... Brincadeira fora, fato é que nos últimos dias tomei ciência de uma coisa de suma importância e que vem modificando profundamente minha maneira de encarar minhas relações.

Que eu já vivi minimamente metade da minha vida é fato, uma vez que terei muuuuuuuuuita sorte se morrer aos 84 anos, ou depois disso. Nunca fui a rainha da paciência, mas agora que ela está ainda menor. Não acho que devo perder meu tempo com bobagens, com gente que adora armar uma confusão e com pessoas que não se assumem, não tomam uma posição na vida, os eternos políticos e "em cima do muro". Nada contra se a pessoa quer e gosta de ser assim, bom pra ela, porém essas pessoas precisam dos outros pra fazerem confusão né? E eu estou fora. Fora porque a vida é curta, curtíssima e passa numa velocidade incrível. E quando a gente se dá conta, passou mais tempo administrando pessoas não tão legais assim, e engolindo sapos indevidos, do que sendo feliz propriamente dito, o que deve ser nosso objetivo primeiro.

Por muitas vezes, e por muitos anos, deixei as coisas "passarem" fingindo que nada aconteceu. As escondi embaixo do tapete, segui rindo e brincando com quem havia me machucado em nome de um afeto, de uma educação e da polidez, mas é fato: essas pessoas nunca entendem esse gesto como uma gentileza, uma segunda chance e oportunidade de reescrever aquela história com um outro final. Sequer se dão conta do quão desagradável possa ser com aquele jeito tão seu e do qual ninguém reclama, só porque, culturalmente, entendemos que educação é deixar os grosseiros e encrenqueiros serem quem são enquanto nós, os auto-nomeados corretos, nos policiamos a cada gesto... Não queremos nos igualar e somos hipócritas profissionais.

Aos 42 anos também quero liberdade de ser o que sou e de viver longe de gente assim. Mesmo porque a tolerância que eu aplicava com essas pessoas nunca funcionou de fato: bastava uma rusga, um tropeço numa palavra mal colocada e o lixo escondido desabava sobre a minha cabeça trazendo no bojo mágoas e ressentimentos profundos. E eu não quero esses sentimentos, não combinam com a minha essência, nem me fazem bem.

É como bem disse um amigo esse final de semana, quando mudamos, pessoas e experiências que antes cabiam, deixam de caber, pois nenhuma relação vale um desgaste constante. E não quero perder muito tempo do tempo que ainda me sobra colocando coisas embaixo do tapete por que uns e outros acham que não é preciso evoluir e criar postura.

Algumas pessoas vão culpar meu envolvimento com a Lei da Atração, por essa "intolerância", porém não é não. Acredito que chegaria à mesma conclusão em ela, ela apenas adiantou o percurso, me fazendo ver determinadas coisas com mais clareza.

P.s: Brunno, este post não se aplica a você. Nosso caso é outro.

26 de setembro de 2009

24 de setembro de 2009

Minha mãe nunca disse "eu te amo" para ninguém. Nem para meu pai, nem para os filhos, sequer para a sua própria mãe. Para ela palavras "o vento leva" e o que comprova o amor são atitudes. E justifica: "seu pai vivia me dizendo "eu te amo" e, no entnato, nunca deixou de seguir atrás de um rabo-de-saia. Ao ouvir isso pensei: "foi atrás do 'eu te amo' que não ouvia em casa". A argumentação da minha mãe seria minimamente plausível, se ela fosse alguém afetivo, que transborda afeto em gestos, carinhos, mas não é. Dura com gestos, palavras e qualquer demonstração de afeto. Uma bruta mesmo. E digo isso com todo amor e respeito que lhe tenho.

Meu pai era um ser híbrido: tinha capacidade para o afeto e palavras afetivas - habilidade essa que falta à minha mãe - porém também sabia ser bruto como ninguém quando lhe interessava. Eu o vi ser afetivo com minha irmã, é por isso que sei que ele o era, não por vivência própria. Do meu pai conheci apenas a brutalidade. Para ele "eu tinha a péssima mania de me atirar nos braços das pessoas, querer beijos", desde muito nova. E se durante muitos anos me senti mal com isso, já fazem outros tantos que isso não me machuca mais. Porque um dia entendi que amor é assim mesmo: você sente, mas nunca da mesma forma, mesmo que a sociedade insista em dizer que pais devem amar seus filhos de forma igual.

Diante desse quadro restou saber o que fazer de mim, podada que fui ao longos da infância, o que me fez chegar à adolescência sem saber muito como demonstrar e dizer para as pessoas que eu gostava delas. Lembro que aos 14 anos conversei com uma amiga sobre isso, a Claudinha. Eu invejava sua espontaneidade afetiva e o resultado disso nas pessoas; pedi que me ensinasse, pois tinha certeza que não queria ser como minha mãe, nem tampouco como meu pai. O que ela me disse foi muito simples: "se você quer, faça acontecer. Beije e abrace, ande de mãos dadas mesmo com as amigas. Vai ser difícil no começo, mas um dia você vai estar fazendo isso com naturalidade". Me determinei e comecei, mas não foi fácil. Eu tinha toda uma inibição, além do olhar repreendedor dos meus pais que carregava na mente.

Aos 16 comecei terapia e um grupo de movimento que me ajudou por demais no contato físico com outras pessoas, que até por outras questões pessoais, principalmente com o masculino, era muito complicado. Foram 3 anos de treino, todas as sextas-feiras. Foi lá que o Gilberto identificou e me ajudou a desenvolver o abraço que todas as pessoas elogiam. Toda sexta-feira, terminado o grupo, a gente se despedia abraçando os demais participantes. Era um abraço real que tinha a intenção de agradecer por a pessoa ter estado no grupo e compartilhado de momentos tão íntimos e delicados, muitas vezes, nos ajudando a superar dificuldades. E o Gilberto ficava na expectativa do meu abraço e sentia tanto prazer nessa hora, que o mantinha por um bom tempo e no começo sempre dizia: "isso, se entrega! Deixa a energia vir para os braços, para o peito; isso! Agora o coração. É isso mulher! Teu abraço é especial, pois você abraça de coração aberto". Pode parecer estranho a muita gente, mas sim, eu aprendi a demonstrar afeto nos muitos anos de terapia e trabalhos corporais. Um trabalho muitas vezes árduo, pois você tem de superar toda a aversão que muitas vezes sente e a vontade de sair correndo, ou de que um buraco abra e você se enfie nele.

Sei que muitas pessoas que me vêm hoje em dia acham que minha afetividade é natural, mas não é: é fruto de muito treino e terapia; de muito choro e superação. Também entram nessa lista outras habilidades que desenvolvi e traumas que superei. Afinal não foi àtoa que fiz 15 anos de terapia. É, não foram 15 dias, nem 15 meses; FORAM 15 ANOS mesmo. Dos 16 aos 30 anos ralei muito emocionalmente para chegar onde cheguei, porque terapia não é fácil e nem indolor, embora seja bom.

O resultado prático disso tudo que escrevi acima é que, afetivamente, quero tudo. Quero palavras e gestos de amor. Não quero meio pacote; me contentar só com uma parte. Quero ouvir "eu te amo" e sentir que sou realmente amada. Quero gestos de amor, demonstrações de carinho, mimo e buquês de rosas vermelhas. Não preciso ser melada, é verdade, e nem faz meu tipo. Eu mesma não sou de melar ninguém, porém quem amo não fica sem gestos e palavras de carinho constantes. E isso porque aprendi ao longo dos anos, que não ter nunca nenhuma palavra doce, nenhum gesto carinhoso não me alimenta ou motiva a permanecer na relação. Críticas podem até ser boas, mas como tudo, em excesso, só destroem.

O mais importante é que viver meus pais foi bom. Talvez tenha vindo deles o maior aprendizado que poderei esperar nessa vida e que é justamente entender que as pessoas podem me amar sem nunca conseguirem demonstrar isso com gesto e palavras doces. E que se eu não tive alternativa com meus pais, nas minhas demais relações posso entender e aceitar que a pessoa seja assim, mas posso também escolher não conviver, pois é algo que no dia-a-dia me machuca muito.

19 de setembro de 2009

Amo, adoro, venero essa música. Essa não é a minha versão preferida dela, mas hoje é a que melhor traduz meu estado de espírito!

Que vocês tenham um sábado simplesmente m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o!

15 de setembro de 2009

É chato, muito chato

Gente, vamos falar hoje de coisas chatas? Vou contar algumas das coisas que acho chatas, muito chatas e fui cortando aos poucos da minha vida, lentamente, muito mais para evitar ferir a suscetibilidade alheia do que por qualquer outro motivo, pois por incrível que pareça, além das pessoas não sacarem que é uma postura chata, ainda se magoam por você dizer-lhes não.

É chato, muito chato quando você pede para alguém fazer algo por você só para se manter no seu conforto. Aquele copo d'água que sentado no sofá você pede para pessoa sentada ao seu lado ir buscar? Pois. Chato, muito chato. Desagradável mesmo. Principalmente por trazer implícita a crença de que você acredita que o seu descanso vale mais do que o da outra pessoa. E aqui se aplicam também todas aquelas coisas que você não faz por motivos pessoais, que pode ser até uma certa dificuldade, ou ignorância e desconhecimento de causa e transfere para as outras pessoas na forma de "pedir um favor". Se você não quer gastar seu tempo desenvolvendo uma habilidade, o que te leva a crer que pode gastar o tempo de outra pessoa com isso, mesmo que essa outra pessoa já tenha essa habilidade desenvolvida? Porque, sim, ela pode levar menos tempo na execução, mas estará deixando de dedicar-se a qualquer outra coisa do seu próprio interesse para dedicar-se a você em algo que você mesmo não está disposto a investir seu tempo, então não, né meu povo? Se esforce, peça ajuda, mas nada de querer gastar o tempo dos outros em coisas que você pode fazer por si mesmo.

Outra coisa chata, muito chata é querer enfiar suas verdade goela abaixo dos outros. Se você conta algo a alguém o está autorizando que lhe dê sua opinião, está abrindo-se ao diálogo, o que não implica na imposição de idéias por nenhuma das partes. As suas idéias são as suas idéias, porém não isso não significa que elas não possam ser ampliadas por uma visão diferente. No entanto, "ampliar" é bem diferente de querer, a qualquer custo, que o outro negue a própria percepção tomando o que você acredita como verdade absoluta e inquestionável, só porque é dita por você. Não respeitar o direito alheio de ser e ver o que bem entende é chato, muito chato. Porém também é extremamente chato contar algo esperando que o outro sempre bata palmas para tudo o que você diz e acha. Se quer unanimidade grave um vídeo ou fale na frente do espelho.

Mais uma das coisas chatas, muito chatas: mimimi constante. Minha gente: as pessoas gostam é de quem está bem, quem tem alegria e sorrisos a distribuir. Bom-humor, alegria, e boa disposição são atrativos irresistíveis e conquistam qualquer um. Toleramos um amigo em situação difícil - ou vários - porque sabemos que são momentos que passam, por circunstâncias podem até durar um pouco mais, mas passam. Se a pessoa é dada a reclamar de tudo e sempre está com problemas, de baixo astral e deprimida, não rola. Primeiro porque a pessoa está contando com compaixão e pena para atrair a atenção sobre si quando no fundo o que deseja é despertar amor. Vai não. Segundo por que o que receberá é uma espécie de esmola que, como toda caridade, tem dia de cessar e então essa pessoa vai acabar é só, uma vez que essa postura é MUITO chata. Mimimi é um ótimo repelente de gente.

Porém, contudo, todavia, portanto e porquanto também é chato, muito chato, a pessoa que quer agradar excessivamente para conquistar os outros. Alegria excessiva, bom-humor excessivo, bondade excessiva, disponibilidade excessiva cheiram à falsidade e têm efeito contrário ao desejado. Isso porque denotam uma auto-estima rebaixada. Só quem não acredita na própria autenticidade como suficiente para conquistar os outros é tão bonzinho assim. Somos todos seres sujeitos a dor-de-barriga, mal-humor, TPM e etc. Não gostamos de todas as mesmas coisas que todos à nossa volta gostam, tão pouco deixamos de ter opiniões diferentes. Ser extremamente cordato é chato por não desafiar, não ampliar possibilidades, não convidar à superação. Todos gostamos de nos superar, de desvendar aspectos desconhecidos e de evoluir e é apenas a diversidade que nos possibilita isso. Não é à toa que existe um ditado popular que diz exatamente que "toda unanimidade é burra".

Outra coisa chata, muito chata, é gente que só quer falar de si. Não, não tem desculpa. Todos queremos ouvir e sermos ouvidos e nada pior que aquela pessoa que te apressa na conversa só para poder falar de si. Falta quase dizer: "acabou? Posso voltar a falar de mim depois desses longos 15 minutos que lhe cedi"? E, geralmente, essas são as mesmas pessoas que mais reclamam que os outros só falam deles. E o fazem justamente porque estarem extremamente ligados na própria necessidade de falarem sobre si mesmos... Hã, captaram? O interesse real pelo outro é perto de zero e ele só consta mesmo como pinico, pois é óbvio que alguém assim vai desfiar um rosário de lamúrias no seu ouvido.]

Se você se identificou com alguma das alternativas - ou todas - e reclama que não tem amigos e vive só, a solução é só uma: deixe de ser chato!

12 de setembro de 2009

Eu gosto tanto do refrão dessa música... A letra é bem triste, mas o refrão é uma forma tão bonita de dizer: eu te amo. Talvez porque amo Girassol... Enfim, adoro essa música:

O Girassol
IRA!
Composição: Edgard Scandurra

Eu tento me erguer
Às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou...

Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança
Do seu sermão...

Você é meu sol
Um metro e sessenta e cinco
De sol
E quase o ano inteiro
Os dias foram noites
Noites para mim...

Meu sorriso se foi
Minha canção também
Eu jurei por Deus
Não morrer por amor
E continuar a viver...

Como eu sou um girassol
Você é meu sol...(3x)

Eu tento me erguer
Às próprias custas
E caio sempre nos seus braços
Um pobre diabo é o que sou...

Um girassol sem sol
Um navio sem direção
Apenas a lembrança
Do seu sermão...

Morro de amor
E vivo por aí
Nenhum santo
Tem pena de mim...

Sou agora
Um frágil cristal
Um pobre diabo
Que não sabe esquecer
Que não sabe esquecer...

Como eu sou um girassol
Você é meu sol...(4x)

Não sou perigosa quando estou com ódio, raiva, irritada, triste, magoada, com inveja ou qualquer outro sentimento negativo.

Sou perigosa quando me canso.

E eu cansei.