13 de outubro de 2009

Fim de semana e feriado quieta em casa, por conta de dor de dente, mas nem quero comentar o assunto. Vale mais dizer que tive um domingo maravilhoso com a sobrinha mais velha e a prima, no meu quarto, ouvindo música brega - antigas e atuais - e rindo até chorar e doer a barriga quando ela perguntou sobre um senhor que viu na foto: "nossa, ele não tem um olho"? E eu seriamente respondo: "Ele morreu; agora não tem é mais nada". Sabe aquelas merdas que você só se dá conta que falou depois que falou? Pois. E todas passamos mal de tanto que rir, não do morto, mas da forma como foi dito, of course.

Sei que vai parecer coisa de tia coruja, e embora ela já tenha me pedido para que eu escrevesse aqui para ela, e nem precisava ser só no dia do seu aniversário - que está bem próximo, inclusive - tenho a dizer que escrevo só porque a Mariana, sobrinha em questão, é uma guria que me enche de orgulho por poder participar da sua vida e ver que aquele bebê chorão, que resistia em dormir, virou um mulherão e isso levando-se em conta o fato de ainda ser uma adolescente, imagina o que ainda não virá pela frente.

Ela não é perfeitinha, mas é linda, linda mesmo, por dentro e por fora. Capaz de lutar pelos seus sonhos e enfrentar seus maiores temores - e ela tem muitos - para não se ver aprisionada, pois o que mais quer nessa vida é ser livre e expandir-se. Conhecer, ver e aprender tudo o que puder. É irritadinha, mas se não fosse não seria uma Sermoud misturadinha com as Prado. O que a salva é o sangue dos Araújo, amém!

É uma sensação estranha essa da gente carregar no colo quem hoje senta na cama e troca confidências de adulto, mas é deliciosa também. E sei que sentirei a mesma emoção quando eu estiver com 80 anos, e ela com 58, e sentadas numa cama rirmos da mesma forma de coisas absolutamente bobas e inúteis. Não somos apegadas, mas ela sabe que pode contar comigo, sempre.

E que sempre serei sincera e direi o que ela precisa ouvir e não apenas o que quer ouvir, como quando me chamou no MSN para dizer que estava com uma super gripe e, conversando, lembrei que ela fazia parte do grupo de risco por trabalhar em Hotel, e que ainda não havia ido ao Hospital, o que insisti que fizesse o mais rápido possível. Ela: "Tia, te contei porque queria que você me acalmasse e não para que me colocasse mais medo". Eu: "tem horas que a única coisa que nos acalma, é fazer o que precisa ser feito Mary. O resto é conversa fiada". Ah! Não, não era a "Suína", mas mesmo assime la não pode vir à festa do meu aniversário esse ano.

A Mary é Kakaína. Um dia foi palmeirense roxa, daquelas que ganhou o uniforme e levou bem uns dias para querer usar outra roupa, quando criança. Porém uma vez ela viu o Kaká em campo e virou bandeira. Hoje diz que é São Paulina, mas o coração bate mesmo é pelo Kaká, jogue ele onde jogar. Aliás, o único e grande defeito dela é esse: não ser mais palmeirense.

Não é gay, mas afirma que casaria fácil com a Carla Bruni se essa a quisesse. E quem é que vai dizer que ela não tem bom gosto?

Tem uma boca linda, mas ainda não aprendeu a usá-la para beijar os rapazes dos quais gosta, deixa a timidez atrapalhar, vejam só vocês. Mas em sendo minha sobrinha, como diria minha prima Ana Maria, tenho fé que ela desencantará e ai, o amor vai sorrir para ela, pois ela bem o merece.

A primeira vez que tivemos um contato maior foi quando veio passar um feriado aqui em casa e nem a Luciana ou a Fabiana estavam. Era com elas que ela tinha maior convivência até então. Me olhou desconfiada quando viu que eu seria a única responsável por alegrar o fim-de-semana dela, aquela tia que fazia a comida e dizia se podia ou não fazer isso ou aquilo. Mas na hora de dormir, quando puxei a música tema do fim de semana "tudo azul, todo mundo blue", por conta da iluminação do quarto da outra tia, ela desanuviou e riu até não poder mais. Sim, foi um fim de semana pra lá de gostoso.

A situação mais cômica que nos aconteceu foi quando estávamos as duas deitadas na sala fazendo um relaxamento, já no sétimo estágio de profundidade, e o celular dela toca quase nos matando do coração, tamanho o susto. Se fôssemos gatos, teriam nos encontrado, horas depois, grudadas ao teto pelas unhas.

Não conheço o amor de mãe, mas sei que meu amor por ela é imenso, intenso e pode muito, muito mesmo e que sou muito feliz por tê-la por perto, pois para mim viver é isso: compartilhar e transformar momentos comuns em mágicos ao lado de quem se ama.

Amo você Maricota Maria Carlota do meu coração!!!

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