5 de outubro de 2009

Depois de um longo e tenebroso inverno - leia-se: TPM assassina - eis-me de volta ao blog.

Para mim esse espaço sempre foi, primordialmente, um lugar de reflexão, algo que a TPM não permite... rs... Brincadeira fora, fato é que nos últimos dias tomei ciência de uma coisa de suma importância e que vem modificando profundamente minha maneira de encarar minhas relações.

Que eu já vivi minimamente metade da minha vida é fato, uma vez que terei muuuuuuuuuita sorte se morrer aos 84 anos, ou depois disso. Nunca fui a rainha da paciência, mas agora que ela está ainda menor. Não acho que devo perder meu tempo com bobagens, com gente que adora armar uma confusão e com pessoas que não se assumem, não tomam uma posição na vida, os eternos políticos e "em cima do muro". Nada contra se a pessoa quer e gosta de ser assim, bom pra ela, porém essas pessoas precisam dos outros pra fazerem confusão né? E eu estou fora. Fora porque a vida é curta, curtíssima e passa numa velocidade incrível. E quando a gente se dá conta, passou mais tempo administrando pessoas não tão legais assim, e engolindo sapos indevidos, do que sendo feliz propriamente dito, o que deve ser nosso objetivo primeiro.

Por muitas vezes, e por muitos anos, deixei as coisas "passarem" fingindo que nada aconteceu. As escondi embaixo do tapete, segui rindo e brincando com quem havia me machucado em nome de um afeto, de uma educação e da polidez, mas é fato: essas pessoas nunca entendem esse gesto como uma gentileza, uma segunda chance e oportunidade de reescrever aquela história com um outro final. Sequer se dão conta do quão desagradável possa ser com aquele jeito tão seu e do qual ninguém reclama, só porque, culturalmente, entendemos que educação é deixar os grosseiros e encrenqueiros serem quem são enquanto nós, os auto-nomeados corretos, nos policiamos a cada gesto... Não queremos nos igualar e somos hipócritas profissionais.

Aos 42 anos também quero liberdade de ser o que sou e de viver longe de gente assim. Mesmo porque a tolerância que eu aplicava com essas pessoas nunca funcionou de fato: bastava uma rusga, um tropeço numa palavra mal colocada e o lixo escondido desabava sobre a minha cabeça trazendo no bojo mágoas e ressentimentos profundos. E eu não quero esses sentimentos, não combinam com a minha essência, nem me fazem bem.

É como bem disse um amigo esse final de semana, quando mudamos, pessoas e experiências que antes cabiam, deixam de caber, pois nenhuma relação vale um desgaste constante. E não quero perder muito tempo do tempo que ainda me sobra colocando coisas embaixo do tapete por que uns e outros acham que não é preciso evoluir e criar postura.

Algumas pessoas vão culpar meu envolvimento com a Lei da Atração, por essa "intolerância", porém não é não. Acredito que chegaria à mesma conclusão em ela, ela apenas adiantou o percurso, me fazendo ver determinadas coisas com mais clareza.

P.s: Brunno, este post não se aplica a você. Nosso caso é outro.

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