1 de dezembro de 2009

Foram entrevistas dadas e lidas, programas de TV e conversas com amigas que me fizeram perceber com clareza, nesses últimos dias, que a mulher precisa urgentemente se repensar. Não está dando tanta chatice e subjetividade. E o pior? A maior vítima disso tudo está sendo ela mesma.

Me pediram numa entrevista e dei um exemplo da diferença entre homens e mulheres:

Situação 1:
mulher promete ligar pro marido num dia de trabalho carregadíssimo, e por conta disso não o faz. Ele fica puto, mas entende que é trabalho e fica por isso mesmo.

Situação 2: marido promete ligar pra mulher num dia de trabalho carregadíssimo e não o faz. Ela fica puta, sabe que ele não ligou por ter MUITO trabalho, mas logo começa a pensar nos motivos ocultos de desgaste de amor e relação para ele não ter ligado e que está, provavelmente, escondendo na 'desculpa' de estar lotado de trabalho. Quase certeza que ela vai ligar para ele ao longo do dia tentando descobrir e/ou discutir isso. Chegando em casa - e por mais alguns dias - ela vai voltar no assunto inúmeras vezes.

Vi darem outro exemplo no programa Happy Hour da GNT: ela coloca o short e achando que não ficou realmente bom, vai perguntar para o namorado/marido a sua opinião. Ele olha e diz que ficou bom, pois não liga para as mesmas coisas que ela quando se trata de roupa. Ela não aceita a opinião dele e, insatisfeita, segue refazendo a pergunta até que ele, num esforço de ver dentro da ótica dela, diz que realmente está um pouco justo. Pronto! Terão uma discussão porque ele não foi sincero desde o começo dizendo o que pensava! Mas foi né? Ela é quem não o foi consigo mesma sobre o que achou da própria roupa e trocou. Não, preferiu ir aporrinhar o macho para ouvir dele o que já sabia e quando este cedeu e quis ser empático, se fodeu. E é clássico saber que se ele tivesse dito que não na primeira vez em que ela perguntou, também teria escutado por dizer que ela está gorda. C-h-a-t-a.

Outro exemplo extraio das conversas com as amigas solteiras e descasadas quando dizem e descrevem o homem que querem ter. Não querem. E não querem porque não querem um homem, querem uma mulher. Uma mulher que tenha pinto, testosterona, pegada forte e músculos, mas uma mulher. Isto por que esperam dos homens atributos que não são do masculino, são do feminino. Enchi o saco de uma amiga outro dia para que ela especificasse o que é "ser cuidada" por um homem - item principal da sua lista - e ela não soube dizer. Uma por ser esperta e me conhecer, então sabia que eu estava prontinha para lhe dar o bote. É, ela queria cuidados que mulher dá e não homem. Homem não cuida, o fato é esse. Ele vai te levar ao médico, ele vai te fazer companhia, vai te dar banho se preciso for, mas ele não vai passar muito tempo do dia dele - talvez mesmo nenhum tempo - se perguntando se você está bem, está feliz ou tendo prazer no seu cotidiano, simplesmente porque ele sabe que estas são coisas que só dizem respeito a você. E mesmo que ele saiba que você está infeliz, sabe também que só você pode ter as ações necessárias para mudar essa condição. O máximo que ele pode te dar é apoio. E ele, sinceramente e de coração super aberto, espera e quer que você seja capaz de cuidar de si mesma. Muitas mulheres querem ser tutoradas pelos homens, mesmo que esse nãos eja o caso específico da amiga com quem tive essa conversa.

E é claaaaaaaro que existem exceções, mas aqui estamos falando do grosso modo tá?

Essa mesma amiga me perguntou se eu achava que esse era o motivo do assustador aumento da homossexualidade masculina e consequentemente da feminina - por falta de opção - e obteve como resposta o que esperava: sim. Ai chegou a vez dela de achar que ia me encurralar, mas estava redondamente enganada, ao menos ainda... rs... Disse que como podia ser isso se sempre defendi que a homossexualidade não é adquirida, uma escolha, mas antes é inata, ou seja: uma capacidade para amar com a qual a pessoa já nasce. Mas é mesmo! Só que como aconteceu com o os olhos depois do advindo da televisão (há algumas décadas, diferente de hoje, as crianças nasciam der olhos fechados levando de 7 a 10 dias para abrí-los), que exigiu uma maior especialização ocular e esta tem se tornado ainda maior depois dos vídeos-games e computadores, fazendo com que, inclusive, os bebês nasçam com cérebros maiores e mais aptos a lidar com tecnologia, atualmente o bebê do sexo masculino já nasce com a pré-indisposição adquirida do pai à chatice feminina. Infelizmente não tenho como provar isso...

E de novo: não fossem as mulheres as maiores vítimas de si mesmas, eu até me calava. E não quero dizer que os homens sejam um primor e não tenham nada a melhorar, muito pelo contrário. Porém acho que diante de tanta chatice e exigência, eu também me recusaria sabe?

Conheço mulheres que, por exemplo, punem seus maridos por erros cometidos há anos atrás. Isso mesmo, anos e anos de punição porque ele errou. E sinceridade? A maioria das vezes quando você vai olhar a situação a fundo, ele não errou, ela é quem esperou dele coisas que ele não podia dar e, aliás, nunca prometeu dar. Ela é quem amou e apostou no pontencial dele e não na pessoa em si. Preferiu acreditar na ilusão e não no que de real tinha diante de si, uma vez que potencial nunca é manifesto e nem tem obrigação de vir a ser, minha gente. Falando sério? E quem é que aguenta ser punido por anos a fio? Mais: que ego é esse que se ofende de um tanto que promove a-n-o-s de punição? Não é se valorizar demais não?? Afinal, todos somos capazes de erros terríveis. T-o-d-o-s.

A maioria das mulheres se tornaram chatas por serem apegadas a coisas insignificantes que, pior de tudo, as fazem extremamente infelizes, simplesmente por não conseguirem focar no que realmente importa que é a simplicidade e leveza de SER. Vivem de sonhos e projetos irreais que levem muito pouco em consideração o que os homens realmente são e podem dar. Os exemplos que dei acima falam por si só do quanto se perdeu de foco atualmente. O resultado prático disso é que o homem cansa e um dia vai embora e o triste é que as mulheres seguem sem saber onde é que estão errando... Está duvidando de mim? Faça uma enquete perguntando às mulheres que você conhecem e que se sentem felizes nas relações e verá que o são justamente por amarem o que têm e não o que gostariam.

Olha, e é óbvio que isso tudo tem uma contextualização histórica que remonta ao feudalismo e nasce junto com a concepção de amor romântico, no entanto, independente da causa, acho que está mais do que na hora da mulher admitir que está errando na mão e se reformular para benefício de si mesma.

Defendo e seguirei defendendo a crença de que no dia em que a mulher cair em si, parar de se auto-sabotar e passar a ser generosa - de verdade - consigo e com o próximo, transformará o mundo. Até lá o que veremos é isso mesmo: homens cada vez mais arredios e mulheres cada vez mais sozinhas.

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