Estava agora olhando as minhas comunidades no Orkut e pensei que algumas eu deveria nem estar, embora seja verdade o que descrevem.
Por exemplo: Sou tarada por paçoquinha. Sou, mas não lembro qual foi a última vez que comi uma. Com certeza não foi no ano de 2007 e ainda não comi nenhuma em 2008. Porque? Pela quantidade de calorias que contém!!! É um luxo ao qual não posso me dar ao desfrute...
Eu adoro Mc Donald's: Adoro, porém a única vez em que comi lá esse ano foi no dia 12 de Fevereiro. Lembro a data porque era aniversário da minha mãe e só comi lá por ter ido buscar remédio de alto custo e era a opção mais viável perto.
Pizza é outra coisa que gosto muito, mas como umas duas vezes no ano... A primeira foi há dois Sábados no reencontro da turma.
E todos pelo mesmo motivo: calorias! E ai fico pensando se eu fosse uma paulistana típica que, por exemplo, como pizza todo final de semana, com que tamanho eu estaria?
29 de abril de 2008
26 de abril de 2008
Às vezes penso em escrever e-mails para essa sua conta, mesmo sabendo que você jamais a acessa. Vontade de falar todas as coisas de mim, mesmo sabendo que você não lerá; mas um dia, quem sabe?
Quando esse pensamento me vem, junto aparece uma lágrima que, furtiva, lentamente escorre pelo canto do olho...
Saudade.
Não de quem você é hoje, que na verdade desconheço, mas do homem que amei e me amou há muitos anos atrás.
Essa semana fui num lugar onde passei muitas e muitas horas sentada esperando por algo. Algo capaz de me matar de tédio, não sei se você ainda lembra... Um mar de gente à minha volta e, de repente, me pego pensando em você (sonhara contigo naquela noite) o que fez com que, imediatamente, meus olhos se enchessem de lágrimas. E eu ali, segurando para não chorar sem nem sequer saber por quê. A cena era minha mãe saindo por um elevador para a sala cirúrgica e você aparecendo pelo outro... Se fosse naquela época, ao saber que eu estava naquele castigo, você daria um jeito de vir ficar comigo. Por que você era assim. Não tinha perrengue que, na sua opinião, compartilhado, não fosse mais fácil de passar.
Como sinto falta de alguém cuidando de mim!!!
É dolorida a sensação de que se morrermos e por algum motivo ninguém for avisado, levarão dias para sentirem a nossa falta. Só quem ama dá por nossa ausência em minutos...
Não sei por que voltei a sentir a tua falta depois de Novembro. Por que voltei a sonhar contigo tão insistentemente... Por anos você foi uma lembrança esmaecida em mim. Indolor. Talvez seja porque tenha me descoberto amando novamente, porém um amor tão solitário que o inconsciente sonha para me fazer lembrar do que é ter alguém de verdade...
Às vezes penso que algumas das resoluções atuais, que silenciosamente venho pondo em prática, tencionam, na verdade, que eu me “case” ali na frente. De repente a perspectiva de envelhecer só se torna sombria. Não pela solidão em si - com essa eu lido bem mesmo porque não a tenho - mas pela ausência de ser amada. Dá pra entender? A perspectiva de envelhecer sem ter quem te queira de maneira especial, assusta mais do que as rugas que pouco a pouco vão se insinuando...
Tá, agora relendo tudo o que escrevi fiquei com a certeza de que se um dia vier a abrir esse e-mail, irá me achar maluca. Porém estou me importando não... Quem sabe você também sinta falta de voltar a ter alguém para quem você possa falar tudo sem temer as críticas?
Beijo!
Quando esse pensamento me vem, junto aparece uma lágrima que, furtiva, lentamente escorre pelo canto do olho...
Saudade.
Não de quem você é hoje, que na verdade desconheço, mas do homem que amei e me amou há muitos anos atrás.
Essa semana fui num lugar onde passei muitas e muitas horas sentada esperando por algo. Algo capaz de me matar de tédio, não sei se você ainda lembra... Um mar de gente à minha volta e, de repente, me pego pensando em você (sonhara contigo naquela noite) o que fez com que, imediatamente, meus olhos se enchessem de lágrimas. E eu ali, segurando para não chorar sem nem sequer saber por quê. A cena era minha mãe saindo por um elevador para a sala cirúrgica e você aparecendo pelo outro... Se fosse naquela época, ao saber que eu estava naquele castigo, você daria um jeito de vir ficar comigo. Por que você era assim. Não tinha perrengue que, na sua opinião, compartilhado, não fosse mais fácil de passar.
Como sinto falta de alguém cuidando de mim!!!
É dolorida a sensação de que se morrermos e por algum motivo ninguém for avisado, levarão dias para sentirem a nossa falta. Só quem ama dá por nossa ausência em minutos...
Não sei por que voltei a sentir a tua falta depois de Novembro. Por que voltei a sonhar contigo tão insistentemente... Por anos você foi uma lembrança esmaecida em mim. Indolor. Talvez seja porque tenha me descoberto amando novamente, porém um amor tão solitário que o inconsciente sonha para me fazer lembrar do que é ter alguém de verdade...
Às vezes penso que algumas das resoluções atuais, que silenciosamente venho pondo em prática, tencionam, na verdade, que eu me “case” ali na frente. De repente a perspectiva de envelhecer só se torna sombria. Não pela solidão em si - com essa eu lido bem mesmo porque não a tenho - mas pela ausência de ser amada. Dá pra entender? A perspectiva de envelhecer sem ter quem te queira de maneira especial, assusta mais do que as rugas que pouco a pouco vão se insinuando...
Tá, agora relendo tudo o que escrevi fiquei com a certeza de que se um dia vier a abrir esse e-mail, irá me achar maluca. Porém estou me importando não... Quem sabe você também sinta falta de voltar a ter alguém para quem você possa falar tudo sem temer as críticas?
Beijo!
22 de abril de 2008
Beber como uma dama ainda não foi dessa vez...
Como bem disse minha mais nova amiga de infância e copo ontem, ultimamente deve ter muito sangue na minha corrente etílica!!!
Não tô entendendo!
Rapaz, e o corôa que sentou de frente pra menina de mini-saia no metrô só pra ficar encarando a calcinha da moça que nem se apercebeu disso? E você fica ali sem saber se dá um toque. Sorte que logo ela cruzou as pernas e ele perdeu a diversão.
E a mulher que jogando vídeo game no celular fazia com a língua um movimento de sugar, como se tivesse uma chupeta invisível na boca e acabou fazendo com que meio vagão prestasse atenção nela, enquanto ela nem tchuns?
Pessoas sem percepção de si sempre me intrigam...
Como bem disse minha mais nova amiga de infância e copo ontem, ultimamente deve ter muito sangue na minha corrente etílica!!!
Não tô entendendo!
Rapaz, e o corôa que sentou de frente pra menina de mini-saia no metrô só pra ficar encarando a calcinha da moça que nem se apercebeu disso? E você fica ali sem saber se dá um toque. Sorte que logo ela cruzou as pernas e ele perdeu a diversão.
E a mulher que jogando vídeo game no celular fazia com a língua um movimento de sugar, como se tivesse uma chupeta invisível na boca e acabou fazendo com que meio vagão prestasse atenção nela, enquanto ela nem tchuns?
Pessoas sem percepção de si sempre me intrigam...
17 de abril de 2008
Hoje tô feliz comigo mesma!
O motivo para quem não tem um vício pode parecer besta, porém quem é vicíado em alguma coisa sabe o quão difícil é resistir a ele. E eu estou feliz por desde segunda-feira não tomar um gole sequer de Coca-cola ou qualquer outro refrigerante. Hoje fui ao supermercado e voltei de lá sem nenhuma garrafa, ilesa! E olha que havia lá várias garrafas de 3 litros do líquido sagrado por módicos 3 reaus!!! Mas eu olhei, encarei e disse: "Não!!! Só por hoje eu não vou beber Coca-cola ou qualquer outro refrigerante".
Pra ajudar a emagrecer, cortei também sucos e alcoólicos durante 6 dias da semana e, por incrível que pareça, percebi que fica mais fácil para fazer dieta assim. Deve ser porque morro de preguiça de comer, mas de beber? Nenhuma! Um dos meus bordões é achar que comida devia ser líquida!!! Como percebem não tirei nada da minha vida, mas coloquei um limite bem estruturado, pois também não adianta nada me matar durante a semana e no dia em que eu possa consumir, ir lá e perder todos os esforços me empanturrando. Vou aprender a beber como uma donzela, vocês verão.
Além disso voltei a caminhar cotidianamente e a fazer uma hora de ginástica com uns vídeos que baixei da internet. Rapaz! Tem curso até dança do ventre e como o que preciso é de movimento para queimar calorias, tô me mexendo à beça! rs... Porque tem isso né? Você tem de gostar da maioria dos exercícios que faz pra querer fazer todo dia.
E não estou me prometendo nada, mas torcendo muito pra que finalmente eu tenha amadurecido nesse aspecto da minha vida. Andava MUITO triste e descontente não apenas com o meu peso mas, principalmente, pelo mal que vinha fazendo a mim mesma. A mesma sensação que tive com o cigarro até largá-lo de vez...
O motivo para quem não tem um vício pode parecer besta, porém quem é vicíado em alguma coisa sabe o quão difícil é resistir a ele. E eu estou feliz por desde segunda-feira não tomar um gole sequer de Coca-cola ou qualquer outro refrigerante. Hoje fui ao supermercado e voltei de lá sem nenhuma garrafa, ilesa! E olha que havia lá várias garrafas de 3 litros do líquido sagrado por módicos 3 reaus!!! Mas eu olhei, encarei e disse: "Não!!! Só por hoje eu não vou beber Coca-cola ou qualquer outro refrigerante".
Pra ajudar a emagrecer, cortei também sucos e alcoólicos durante 6 dias da semana e, por incrível que pareça, percebi que fica mais fácil para fazer dieta assim. Deve ser porque morro de preguiça de comer, mas de beber? Nenhuma! Um dos meus bordões é achar que comida devia ser líquida!!! Como percebem não tirei nada da minha vida, mas coloquei um limite bem estruturado, pois também não adianta nada me matar durante a semana e no dia em que eu possa consumir, ir lá e perder todos os esforços me empanturrando. Vou aprender a beber como uma donzela, vocês verão.
Além disso voltei a caminhar cotidianamente e a fazer uma hora de ginástica com uns vídeos que baixei da internet. Rapaz! Tem curso até dança do ventre e como o que preciso é de movimento para queimar calorias, tô me mexendo à beça! rs... Porque tem isso né? Você tem de gostar da maioria dos exercícios que faz pra querer fazer todo dia.
E não estou me prometendo nada, mas torcendo muito pra que finalmente eu tenha amadurecido nesse aspecto da minha vida. Andava MUITO triste e descontente não apenas com o meu peso mas, principalmente, pelo mal que vinha fazendo a mim mesma. A mesma sensação que tive com o cigarro até largá-lo de vez...
Hoje te amo para sempre; amanhã não sei...
Só vivi amores platônicos na adolescência. Aos quilos. Nunca vi alguém pra se apaixonar como eu naquela época; conseguia num dia só gostar de uns 3 cabras diferentes... Mas não ficava com nenhum a maioria das vezes. Cobiçava de longe e me atrapalhava de tal forma quando chegavam perto, que eles acabavam desistindo daquela doida.
Por volta dos 21 anos desencantei e passei a ter vários relacionamentos. Namorava um, terminava e dias depois já estava namorando outro. Lembro de uma amiga que morando fora de São Paulo um dia exclamou: "Cacete mulher! Te encontrei 5 vezes nos últimos dois anos e em nenhuma dessas vezes você estava sem ou com o mesmo namorado, foi à forra é"? Pois. Mas se eu ainda era a gorda de sempre, o que havia mudado? Diria que principalmente a minha atitude antes de me apaixonar: passei a me interessar somente por homens que sinalizavam interesse em mim. Sigo assim até hoje. O interesse por mim é a coisa mais sexy e apaixonante que um homem pode ter tanto para me conquistar, quanto para me manter conquistada.
E mesmo amando, se tem uma coisa que não consigo fazer é jura de amor eterno. Todas às vezes em que ouvi um "te amo para sempre" respondi com: "hoje te amo para sempre; amanhã não sei". Se algum não gostou, não sei. Porém o tempo provou que eu não estava errada em evitar me comprometer com algo que nenhum dos dois podia cumprir.
Há alguns dias venho pensando que meu afeto é mesmo muito determinado pelo interesse que percebo que o cara tem por mim. Se ele demonstra interesse e se faz presente, eu correspondo. Se ele se desliga da relação, mesmo sem querer começo a fazer isso. Porque amor não correspondido dói né? Pra porra. Não conheço nada que doa tanto, nem dor de dente.
E embora tenham pessoas que achem que você deve amar e demonstrar amor mesmo que o outro se mantenha "impassível diante do dragão", como diria Neimar de Barros, eu não consigo. Mesmo que ame. Relações onde um dá e o outro joga migalhas achando que isso alimenta não são comigo, nunca foram. Todas as vezes em que terminei meus namoros foram porque me reconheci fazendo isso. Ninguém merece ser tratado assim.
Amor bom é amor correspondido. É amor vivido. É amor compartilhado e construído por dois. Se não for assim não vale a pena, pois logo vira ressentimento e mágoa. Porque quem ama quer ser amado. Ninguém ama por dois, ninguém se dedica sozinho, ninguém se sente bem em beijar apenas a fotografia. Quem ama também quer receber ligações e mensagens carinhosas; quer sentir que o outro sente a sua falta e tem prazer em estar junto e por conta disso abre espaço na própria vida para que o encontro possa acontecer.
Eu sei que por conta desse meu jeito, muita gente acha que me transformo em outra quando me desapaixono e se ressente comigo. Eu não me ressinto de volta, mas acho engraçado a pessoa querer ser tratada com um especialismo que não corresponde. Acho engraçado mesmo, de me rir sabe? Por dentro e pensar: "doido"!!! Mas isso não é loucura, é mimo né? Egocentrismo. É ser como um colecionador de afetos, sendo este algo que você tem, põe na estante, orgulhosamente exibe pros amigos de vez em quando, mas mantém lá, atrás do vidro; você não estabelece relação real com a coleção...
E não pensem que eu não sofra de desamor, sofro. Igual todo mundo. Só que hoje em dia esses processos são mais rápidos. Foi-se o tempo em que eu levava 5 anos pra esquecer um amor. Hoje é questão de meses.
No fim das contas o amar se resume numa coisa só:
Quem ama, corresponde.
Simples assim.
Só vivi amores platônicos na adolescência. Aos quilos. Nunca vi alguém pra se apaixonar como eu naquela época; conseguia num dia só gostar de uns 3 cabras diferentes... Mas não ficava com nenhum a maioria das vezes. Cobiçava de longe e me atrapalhava de tal forma quando chegavam perto, que eles acabavam desistindo daquela doida.
Por volta dos 21 anos desencantei e passei a ter vários relacionamentos. Namorava um, terminava e dias depois já estava namorando outro. Lembro de uma amiga que morando fora de São Paulo um dia exclamou: "Cacete mulher! Te encontrei 5 vezes nos últimos dois anos e em nenhuma dessas vezes você estava sem ou com o mesmo namorado, foi à forra é"? Pois. Mas se eu ainda era a gorda de sempre, o que havia mudado? Diria que principalmente a minha atitude antes de me apaixonar: passei a me interessar somente por homens que sinalizavam interesse em mim. Sigo assim até hoje. O interesse por mim é a coisa mais sexy e apaixonante que um homem pode ter tanto para me conquistar, quanto para me manter conquistada.
E mesmo amando, se tem uma coisa que não consigo fazer é jura de amor eterno. Todas às vezes em que ouvi um "te amo para sempre" respondi com: "hoje te amo para sempre; amanhã não sei". Se algum não gostou, não sei. Porém o tempo provou que eu não estava errada em evitar me comprometer com algo que nenhum dos dois podia cumprir.
Há alguns dias venho pensando que meu afeto é mesmo muito determinado pelo interesse que percebo que o cara tem por mim. Se ele demonstra interesse e se faz presente, eu correspondo. Se ele se desliga da relação, mesmo sem querer começo a fazer isso. Porque amor não correspondido dói né? Pra porra. Não conheço nada que doa tanto, nem dor de dente.
E embora tenham pessoas que achem que você deve amar e demonstrar amor mesmo que o outro se mantenha "impassível diante do dragão", como diria Neimar de Barros, eu não consigo. Mesmo que ame. Relações onde um dá e o outro joga migalhas achando que isso alimenta não são comigo, nunca foram. Todas as vezes em que terminei meus namoros foram porque me reconheci fazendo isso. Ninguém merece ser tratado assim.
Amor bom é amor correspondido. É amor vivido. É amor compartilhado e construído por dois. Se não for assim não vale a pena, pois logo vira ressentimento e mágoa. Porque quem ama quer ser amado. Ninguém ama por dois, ninguém se dedica sozinho, ninguém se sente bem em beijar apenas a fotografia. Quem ama também quer receber ligações e mensagens carinhosas; quer sentir que o outro sente a sua falta e tem prazer em estar junto e por conta disso abre espaço na própria vida para que o encontro possa acontecer.
Eu sei que por conta desse meu jeito, muita gente acha que me transformo em outra quando me desapaixono e se ressente comigo. Eu não me ressinto de volta, mas acho engraçado a pessoa querer ser tratada com um especialismo que não corresponde. Acho engraçado mesmo, de me rir sabe? Por dentro e pensar: "doido"!!! Mas isso não é loucura, é mimo né? Egocentrismo. É ser como um colecionador de afetos, sendo este algo que você tem, põe na estante, orgulhosamente exibe pros amigos de vez em quando, mas mantém lá, atrás do vidro; você não estabelece relação real com a coleção...
E não pensem que eu não sofra de desamor, sofro. Igual todo mundo. Só que hoje em dia esses processos são mais rápidos. Foi-se o tempo em que eu levava 5 anos pra esquecer um amor. Hoje é questão de meses.
No fim das contas o amar se resume numa coisa só:
Quem ama, corresponde.
Simples assim.
16 de abril de 2008
Dando continuidade à série "me falta paciência para": blogs cuja temática é 90% voltada a reclamar de alguma coisa: de si, dos outros, do país, do trabalho, do tempo, de Deus...
Alguns que eu lia diariamente sairam dos meus favoritos por conta disso.
Ops! E não é que se eu seguir com essa temática, meu blog se transformará num desses? rs...
Oi Gui!
;-)
Alguns que eu lia diariamente sairam dos meus favoritos por conta disso.
Ops! E não é que se eu seguir com essa temática, meu blog se transformará num desses? rs...
Oi Gui!
;-)
14 de abril de 2008
Sou espiritualista não pelas coisas que li, mas por conta das coisas que vivi na própria pele. Em tese era para eu passar longe de toda as questões de vida após a morte e da convivência estreita destes com os que cá estão, muitas vezes influenciando as suas existências, assim como com o que comumente se chama de carma - mas não é. Devia ter me mantido ao largo de tudo isso uma vez que passei 13 anos estudando em colégio de freiras e morria de medo de espíritos ou qualquer coisa que se assemelhasse a eles, pelo simples fato de que ainda muito pequena - 4 anos - tinha sonhos muito ruins com seres invisíveis que vinham me buscar para brincarmos. Até ai normal né? Só que num determinado momento dos sonhos aqueles seres judiavam de mim, invariavelmente me deixando apavorada. Então eu acordava chorando e meu pai vinha ficar sentado aos pés da minha cama até que eu voltasse a dormir, o que só acontecia quando eu via o dia clareando. Durante meses isso aconteceu todos os dias e só cessou depois que minha mãe foi a um centro espírita e lá mandaram fazer uma reza e colocar uma flor branca embaixo do meu travesseiro. Só soube disso muitos anos depois.
Outro fator que me defenderia de acreditar nessas coisas seria a característica de São Thomé: a teoria pode ser linda e lógica, mas quero sempre comprovações práticas ou, minimamente, fortes indícios de que a coisa acontece de verdade, caso contrário "nem a pau juvenal"!
Isso posto, quero contar aqui a primeira experiência que tive nesse sentido, porém ainda preciso contextualizá-la: eu devia ter 17/18 anos e há algum tempo estudava o espiritismo, cuja filosofia tomei contato por conta da morte do meu pai.
Outra informação necessária é a de que nos primeiros anos da minha puberdade eu sofria com cólicas terríveis que me faziam cair de cama e tomar tanto analgésico, um por cima do outro, a ponto de não saber como nunca tive uma orvedose, já que numa só vez. num intervalo de duas horas, tomei 8 (oito) analgésicos diferentes. Isso foi até que um dia um médico compadeceu-se de mim e receitou um analgésico cirúrgico para que eu tivesse alguma vida no meu período menstrual. Foi o que me salvou, mas fez meu dentista ficar muito assustado.
Agora vamos ao que interessa: numa madrugada acordo sentindo tanta, mas tanta cólica que quando tive noção de que estava desperta, também me dei conta de que estava no meio de um Pai Nosso e pedindo socorro à qualquer equipe médica do espaço que estivesse por perto. Eu sentia tanta dor, mas tanta dor que não conseguia sequer chamar minha irmã na cama ao lado para me dar remédio. A única coisa na qual pensava é que eu ia morrer. Eu me sentia morrendo. E ai pensava que o faria a um metro de distância dela e que ela não ia nem ver. Voltei a rezar já que era só o que consegui fazer e, de repente, apaguei.
Essa foi a primeira e única vez em que me desdobrei fisicamente, ou seja, na qual meu espírito saiu do corpo e eu segui tendo consciência de tudo o que acontecia comigo e à minha volta. Era como se estivesse sentada na cama e vendo meu corpo ali deitado no escuro. Com um pouco de tempo percebi que havia duas pessoas em pé do lado esquerdo da minha cama e que tendo os braços estendidos em direção ao meu corpo com as mãos posta sobre o meu abdome - mas sem tocá-lo - emanavam uma energia muito sutil que entrava em mim. Quando me fixei para tentar ver o que era aquela coisa de cor clara e um tantinho brilhante que ia para a minha barriga, percebi que do outro lado havia algo muito escuro e gosmento também entrando lá. Fui acompanhando aquela coisa com o olhar e me deparei com uma criatura horrível e disforme, mais parecendo um monte de geleca, que tinha a mão e parte do braço dentro de mim e dizia algo que eu não conseguia entender a princípio. Concentrei-me muito para escutar o que era dito num tom baixo e cheio de ódio, até que entendi: "vou matá-la. Ela me paga! Vou matá-la. Hoje ela não me escapa". Fiquei tão assustada e tão apavorada que nem sei como é possível, mas o fato é que desmaiei mesmo estando desdobrada.
Quando acordei a manhã já ia avançada e eu não sentia nenhuma dor. Nada. Beslicava meu abdome e era como se ele estivesse anestesiado, dormente. Lembrei-me da criatura e comecei a chorar, pois imediatamente me veio a consciência de que eu havia prejudicado muito aquela pessoa e, principalmente, que havia feito isso quando ela nutria por mim um amor profundo, pois só odeia naquela intensidade quem um dia amou da mesma forma.
Eu não via nada, ninguém, mas sentia que todos ainda estavam ali. Foi então que em voz alta pedi perdão pelo mal que, sabia, havia lhe feito, embora não me recordasse qual fora. Pedi que me desse uma oportunidade de provar-lhe que não era mais aquela pessoa que um dia o magoara tão terrivelmente, embora ainda fosse alguém cheia de defeitos. Por fim me comprometi a que, se Deus permitisse, tê-lo por filho para tentar reparar o mal que até então eu havia feito. No entanto fiz ver que ele precisava partir para tratamento, pois se voltasse com aquele quanto de energia negativa grudada ao perispírito (corpo espiritual), iria ter um vida cheia de problemas de saúde. Ainda estava chorando emocionada quando fiz uma oração agradecendo a Deus a oportunidade que Ele me concedia de ter tomado consciência do meu erro, e pela chance de começar a reconstruir aquilo que um dia destrui. Foi então que senti o ambiente serenar e soube: a pessoa havia aceito meu compromisso e partira para o plano espiritual.
O que senti naquele dia mais tarde não foi cólica - sim, eu segui tendo cólica, porém elas nunca mais foram naquela intensidade e passam até hoje com Dipirona - mas um vazio como se tivessem tirado de mim um pedaço que doia, não no corpo, mas na alma. Passei dias sentindo falta...
Outro fator que me defenderia de acreditar nessas coisas seria a característica de São Thomé: a teoria pode ser linda e lógica, mas quero sempre comprovações práticas ou, minimamente, fortes indícios de que a coisa acontece de verdade, caso contrário "nem a pau juvenal"!
Isso posto, quero contar aqui a primeira experiência que tive nesse sentido, porém ainda preciso contextualizá-la: eu devia ter 17/18 anos e há algum tempo estudava o espiritismo, cuja filosofia tomei contato por conta da morte do meu pai.
Outra informação necessária é a de que nos primeiros anos da minha puberdade eu sofria com cólicas terríveis que me faziam cair de cama e tomar tanto analgésico, um por cima do outro, a ponto de não saber como nunca tive uma orvedose, já que numa só vez. num intervalo de duas horas, tomei 8 (oito) analgésicos diferentes. Isso foi até que um dia um médico compadeceu-se de mim e receitou um analgésico cirúrgico para que eu tivesse alguma vida no meu período menstrual. Foi o que me salvou, mas fez meu dentista ficar muito assustado.
Agora vamos ao que interessa: numa madrugada acordo sentindo tanta, mas tanta cólica que quando tive noção de que estava desperta, também me dei conta de que estava no meio de um Pai Nosso e pedindo socorro à qualquer equipe médica do espaço que estivesse por perto. Eu sentia tanta dor, mas tanta dor que não conseguia sequer chamar minha irmã na cama ao lado para me dar remédio. A única coisa na qual pensava é que eu ia morrer. Eu me sentia morrendo. E ai pensava que o faria a um metro de distância dela e que ela não ia nem ver. Voltei a rezar já que era só o que consegui fazer e, de repente, apaguei.
Essa foi a primeira e única vez em que me desdobrei fisicamente, ou seja, na qual meu espírito saiu do corpo e eu segui tendo consciência de tudo o que acontecia comigo e à minha volta. Era como se estivesse sentada na cama e vendo meu corpo ali deitado no escuro. Com um pouco de tempo percebi que havia duas pessoas em pé do lado esquerdo da minha cama e que tendo os braços estendidos em direção ao meu corpo com as mãos posta sobre o meu abdome - mas sem tocá-lo - emanavam uma energia muito sutil que entrava em mim. Quando me fixei para tentar ver o que era aquela coisa de cor clara e um tantinho brilhante que ia para a minha barriga, percebi que do outro lado havia algo muito escuro e gosmento também entrando lá. Fui acompanhando aquela coisa com o olhar e me deparei com uma criatura horrível e disforme, mais parecendo um monte de geleca, que tinha a mão e parte do braço dentro de mim e dizia algo que eu não conseguia entender a princípio. Concentrei-me muito para escutar o que era dito num tom baixo e cheio de ódio, até que entendi: "vou matá-la. Ela me paga! Vou matá-la. Hoje ela não me escapa". Fiquei tão assustada e tão apavorada que nem sei como é possível, mas o fato é que desmaiei mesmo estando desdobrada.
Quando acordei a manhã já ia avançada e eu não sentia nenhuma dor. Nada. Beslicava meu abdome e era como se ele estivesse anestesiado, dormente. Lembrei-me da criatura e comecei a chorar, pois imediatamente me veio a consciência de que eu havia prejudicado muito aquela pessoa e, principalmente, que havia feito isso quando ela nutria por mim um amor profundo, pois só odeia naquela intensidade quem um dia amou da mesma forma.
Eu não via nada, ninguém, mas sentia que todos ainda estavam ali. Foi então que em voz alta pedi perdão pelo mal que, sabia, havia lhe feito, embora não me recordasse qual fora. Pedi que me desse uma oportunidade de provar-lhe que não era mais aquela pessoa que um dia o magoara tão terrivelmente, embora ainda fosse alguém cheia de defeitos. Por fim me comprometi a que, se Deus permitisse, tê-lo por filho para tentar reparar o mal que até então eu havia feito. No entanto fiz ver que ele precisava partir para tratamento, pois se voltasse com aquele quanto de energia negativa grudada ao perispírito (corpo espiritual), iria ter um vida cheia de problemas de saúde. Ainda estava chorando emocionada quando fiz uma oração agradecendo a Deus a oportunidade que Ele me concedia de ter tomado consciência do meu erro, e pela chance de começar a reconstruir aquilo que um dia destrui. Foi então que senti o ambiente serenar e soube: a pessoa havia aceito meu compromisso e partira para o plano espiritual.
O que senti naquele dia mais tarde não foi cólica - sim, eu segui tendo cólica, porém elas nunca mais foram naquela intensidade e passam até hoje com Dipirona - mas um vazio como se tivessem tirado de mim um pedaço que doia, não no corpo, mas na alma. Passei dias sentindo falta...
13 de abril de 2008
Se tem uma coisa que me irrita nos usuários do MSN são aqueles que ficam off-line. E irrita não pelo ato em si, mas pela contradição de princípios que a ação encerra.
Se você pergunta à pessoa porque está nesse status, 99% das vezes respondem que estão fugindo de alguém - mesmo que para tanto seja mais fácil simplesmente bloquear - e é ai que se dá a contradição: pois se elas dão-se ao privilégio de escolher com quem falam, o negam aos demais em relação a si mesmos, pois você querendo ou não, quando menos espera a pessoa está na tela com você.
Como se chato no mundo só fossem os outros, captou?
Se você pergunta à pessoa porque está nesse status, 99% das vezes respondem que estão fugindo de alguém - mesmo que para tanto seja mais fácil simplesmente bloquear - e é ai que se dá a contradição: pois se elas dão-se ao privilégio de escolher com quem falam, o negam aos demais em relação a si mesmos, pois você querendo ou não, quando menos espera a pessoa está na tela com você.
Como se chato no mundo só fossem os outros, captou?
9 de abril de 2008
Segunda-feira foi um dia tão, tão, tão estressante que só me recuperei dele na noite de hoje.
Pense ai que o dia começou com um curto-circuito que quase botou fogo na casa, seguido por um pau no meu micro que me obrigou a levá-lo para a assistência técnica, o que NUNCA é um processo fácil, vide o risinho divertido que o moço deu após todas as recomendações de como tratar a minha HD temperamental e o olhar que lancei a ela na hora da nossa separação. Então foi a vez do celular, que já não anda lá essas coisas e precisa duma bateria nova U-R-G-E-N-T-E, ficar sem serviços quando mais eu precisava dele. Liguei na TIM e o sinal que sempre leva 15 minutos pra ser restaurado levou 3 horas. E isso sem dizer que era dia de banco, compras normais e compras pro preparo da minha mãe para o Holter, que é um aparelho que monitora o coração por 24 horas seguidas. E ainda teve uma outra atividade no meio disso tudo que gerou um estresse alto de domnigo até terça. Pois. Sabem aqueles dias em que acabam o mês mas o dia não? Foi segunda.
Mas uma hora acaba, sempre acaba, mesmo.
E no fim tudo deu certo. O curto-foi solucionado. O celular voltou a funcionar assim como o micro. Sorte que não precisou formatá-lo, mas precisou trocar a fonte. E sim, o Rootkit que estava aqui foi retirado porque o Erick é bom, tanto quanto quem o colocou. Confesso que isso tem me feito ficar pensativa, pois li em diversos fóruns que para se instalá-lo, ele precisa ser clicado e tenho certeza que não cliquei em nada que me foi enviado, pois também nada me foi enviado pela pessoa em questão... Assim como tenho certeza que tudo foi feito muito antes de eu dar qualquer motivo... Mas enfim...
Deixemos de coisa e cuidemos da vida.
Pense ai que o dia começou com um curto-circuito que quase botou fogo na casa, seguido por um pau no meu micro que me obrigou a levá-lo para a assistência técnica, o que NUNCA é um processo fácil, vide o risinho divertido que o moço deu após todas as recomendações de como tratar a minha HD temperamental e o olhar que lancei a ela na hora da nossa separação. Então foi a vez do celular, que já não anda lá essas coisas e precisa duma bateria nova U-R-G-E-N-T-E, ficar sem serviços quando mais eu precisava dele. Liguei na TIM e o sinal que sempre leva 15 minutos pra ser restaurado levou 3 horas. E isso sem dizer que era dia de banco, compras normais e compras pro preparo da minha mãe para o Holter, que é um aparelho que monitora o coração por 24 horas seguidas. E ainda teve uma outra atividade no meio disso tudo que gerou um estresse alto de domnigo até terça. Pois. Sabem aqueles dias em que acabam o mês mas o dia não? Foi segunda.
Mas uma hora acaba, sempre acaba, mesmo.
E no fim tudo deu certo. O curto-foi solucionado. O celular voltou a funcionar assim como o micro. Sorte que não precisou formatá-lo, mas precisou trocar a fonte. E sim, o Rootkit que estava aqui foi retirado porque o Erick é bom, tanto quanto quem o colocou. Confesso que isso tem me feito ficar pensativa, pois li em diversos fóruns que para se instalá-lo, ele precisa ser clicado e tenho certeza que não cliquei em nada que me foi enviado, pois também nada me foi enviado pela pessoa em questão... Assim como tenho certeza que tudo foi feito muito antes de eu dar qualquer motivo... Mas enfim...
Deixemos de coisa e cuidemos da vida.
5 de abril de 2008
E hoje é aniversário do Brunno.
O Brunno é alguém que amo de um jeito que nem sei.
Na verdade, amo-o de tantos e tantos jeitos que é difícil especificar um.
O Brunno me ensina coisas sobre mim mesma.
Ao longo desses anos o meu maior aprendizado com ele foi o de ampliar limites e derrubar barreiras.
Principalmente as do meu preconceito.
Ultimamente aprendi que ele precisa ser protegido dele mesmo.
Amar o Brunno é fácil, embora não seja.
Ser amada pelo Brunno não é fácil, embora seja.
Ele amplia a minha capacidade de amar.
Às vezes o Brunno dói.
Muito.
Outras vezes ele faz cócegas e a gente ri feito criança.
Por horas.
Noutras vezes ainda ele é como fogueira e nos incedeia...
Já errei com o Brunno.
Já o machuquei;
Bem recentemente ele errou e sofreu muito (ainda sofre) e tudo por minha culpa.
E nem assim ele deixa de me amar.
Eu também já acertei com o Brunno;
E já o ajudei a sair de enrascadas.
Mas não é por isso que ele me ama.
Na verdade nem sei porque ele me ama.
Mas sei que ama.
Algumas vezes sinto ciúmes dele.
Porque ele é "amado" demais! rs*****
Se você quer exclusividade, esqueça o Brunno.
Mesmo ele agindo como se só existisse você no universo, não existe só você; e ele enxerga longe.
Já conversei com o Brunno quando ele estava completamente "alegre".
Já ouvi segredos.
Já chorei com ele.
Ele já gritou comigo.
O Brunno já mentiu pra mim.
Eu já menti pro Brunno.
E ele também já me deu presentes incríveis.
O Brunno tem reclamado que mudei.
Que já não converso mais como conversava antes.
O que é verdade.
E não é.
Não pelos motivos que ele imagina.
Mudamos os dois.
Ele por que não precisa mais me convencer.
Eu por que estou plenamente convencida.
Já passei muito tempo acreditando que não ia ter mais o Brunno na minha vida.
Já chorei dias por ele.
Meses.
Brigas.
Foram boas para descobrir que nunca mais o quero longe de mim.
A vida é triste sem ele.
Prefiro sorrir e chorar, mas com ele por perto.
Esse ano quis fazer um presente diferente para ele e então fiz uma oração.
Cantada.
A capela.
Oração para Brunno
Letra: Marie Jeanne Sermoud
Hoje aos céus ergo uma prece
Pequena, singela... Mas em tua intenção
Rogo a Deus que os caminhos te elevem
E para os perigos teus peço proteção.
Que Ele o conduza por entre as batalhas
Travadas no coração silente
Durante madrugadas caladas
Nas quais os olhos espelham a mente.
Que Ele o ampare nas quedas
E o fortaleça diante das tuas fraquezas
Que a raiva do amor não faça pedras
E de perdoar não mais te esqueças.
Recebe Senhor esta sincera oração
Feita de todo o meu coração
Acolhe do Brunno a humanidade
Transmutando-o por sua bondade.
O Brunno é alguém que amo de um jeito que nem sei.
Na verdade, amo-o de tantos e tantos jeitos que é difícil especificar um.
O Brunno me ensina coisas sobre mim mesma.
Ao longo desses anos o meu maior aprendizado com ele foi o de ampliar limites e derrubar barreiras.
Principalmente as do meu preconceito.
Ultimamente aprendi que ele precisa ser protegido dele mesmo.
Amar o Brunno é fácil, embora não seja.
Ser amada pelo Brunno não é fácil, embora seja.
Ele amplia a minha capacidade de amar.
Às vezes o Brunno dói.
Muito.
Outras vezes ele faz cócegas e a gente ri feito criança.
Por horas.
Noutras vezes ainda ele é como fogueira e nos incedeia...
Já errei com o Brunno.
Já o machuquei;
Bem recentemente ele errou e sofreu muito (ainda sofre) e tudo por minha culpa.
E nem assim ele deixa de me amar.
Eu também já acertei com o Brunno;
E já o ajudei a sair de enrascadas.
Mas não é por isso que ele me ama.
Na verdade nem sei porque ele me ama.
Mas sei que ama.
Algumas vezes sinto ciúmes dele.
Porque ele é "amado" demais! rs*****
Se você quer exclusividade, esqueça o Brunno.
Mesmo ele agindo como se só existisse você no universo, não existe só você; e ele enxerga longe.
Já conversei com o Brunno quando ele estava completamente "alegre".
Já ouvi segredos.
Já chorei com ele.
Ele já gritou comigo.
O Brunno já mentiu pra mim.
Eu já menti pro Brunno.
E ele também já me deu presentes incríveis.
O Brunno tem reclamado que mudei.
Que já não converso mais como conversava antes.
O que é verdade.
E não é.
Não pelos motivos que ele imagina.
Mudamos os dois.
Ele por que não precisa mais me convencer.
Eu por que estou plenamente convencida.
Já passei muito tempo acreditando que não ia ter mais o Brunno na minha vida.
Já chorei dias por ele.
Meses.
Brigas.
Foram boas para descobrir que nunca mais o quero longe de mim.
A vida é triste sem ele.
Prefiro sorrir e chorar, mas com ele por perto.
Esse ano quis fazer um presente diferente para ele e então fiz uma oração.
Cantada.
A capela.
Oração para Brunno
Letra: Marie Jeanne Sermoud
Hoje aos céus ergo uma prece
Pequena, singela... Mas em tua intenção
Rogo a Deus que os caminhos te elevem
E para os perigos teus peço proteção.
Que Ele o conduza por entre as batalhas
Travadas no coração silente
Durante madrugadas caladas
Nas quais os olhos espelham a mente.
Que Ele o ampare nas quedas
E o fortaleça diante das tuas fraquezas
Que a raiva do amor não faça pedras
E de perdoar não mais te esqueças.
Recebe Senhor esta sincera oração
Feita de todo o meu coração
Acolhe do Brunno a humanidade
Transmutando-o por sua bondade.
Ando com uma preguiça danada de escrever no blog. Ando. E tem assunto viu? Vááááários.
Como por exemplo o fato de que estarmos aceitando doações de televisores de 21 polegadas, ou mais, depois que o capeta do meu sobrinho de 3 anos tacou a TV da sala no chão e a esbugalhou inteira. Pois. Nessa quinta-feira. Bastou meu irmão ir à cozinha fazer a mamoca dele. Eu estava aqui no meu quarto e minha mãe no quarto dela, eram umas 17 horas quando escutamos um estrondo e meu irmão gritar: "Meu Deus do céu, meu Deus! Eu não acredito!" Desci as escadas que nem sei como e me deparo com meu irmão em pânico, mãos na cabeça, olhando pra TV partida em mil pedaços, os dois peixes betas pulando no tapete, aparelhos da SKY e de DVD cada um para um lado e o moleque sentado no sofá como se não fosse com ele; mas molhado feito um pinto. Os aquários desabaram em cima dele. E é um milagre ele não ter sofrido nenhum arranhão sequer. eu sei. Agora, pensando, sei também que a cena é engraçada, porém ainda não consegui rir disso. Meu irmão também não. Inclusive, fiquei com uma pena danada do meu irmão. Coisa rara de acontecer, mas dessa vez eu fiquei. A cada vez que penso no ocorrido fico com pena dele. O futuro dele não será fácil com esse menino. Não estou rogando praga, no entanto é fácil perceber que a personalidade do Victor é a mais difícil de todos os cinco irmãos. Teimoso, desobediente, respondão e esperto: quando me viu saiu correndo do sofá chorando o medo das palmadas do pai, que eu deixaria dar com a mais absoluta certeza, porém tive de trazê-lo para cima uma vez que minha mãe já estava passando mal de desespero achando que ele estava machucado. E não é que ela quis adular o menino depois de tudo isso? Levou bronca minha para se tocar. Muito da culpa do moleque estar impossível é dela que se tornou o estilo de avó que não educa e não deixa educar, sabe como é? Já rolaram algumas discussões nossas por conta disso e eu já decidi que se por ventura vier a engravidar por acidente, não crio meu filho na casa dela não. Deus me livre de vê-la fazer isso com um filho meu! Vó é bom, mas decididamente tem de ser visita!
+
Cheguei da caminhada hoje e meu irmão contou que os pais da madrasta da Isabella, a menina assasinada, era o seu vizinho de porta em Guarulhos que conheci e para os quais, inclusive, paguei um mico e os peitos enquanto conversávamos no aniversário de um ano da Luíza, minha sobrinha. Quem lê esse blog desde o Bolsa de Mulher deve lembrar dessa história. São pessoas bacanas. Incrível né?
Como por exemplo o fato de que estarmos aceitando doações de televisores de 21 polegadas, ou mais, depois que o capeta do meu sobrinho de 3 anos tacou a TV da sala no chão e a esbugalhou inteira. Pois. Nessa quinta-feira. Bastou meu irmão ir à cozinha fazer a mamoca dele. Eu estava aqui no meu quarto e minha mãe no quarto dela, eram umas 17 horas quando escutamos um estrondo e meu irmão gritar: "Meu Deus do céu, meu Deus! Eu não acredito!" Desci as escadas que nem sei como e me deparo com meu irmão em pânico, mãos na cabeça, olhando pra TV partida em mil pedaços, os dois peixes betas pulando no tapete, aparelhos da SKY e de DVD cada um para um lado e o moleque sentado no sofá como se não fosse com ele; mas molhado feito um pinto. Os aquários desabaram em cima dele. E é um milagre ele não ter sofrido nenhum arranhão sequer. eu sei. Agora, pensando, sei também que a cena é engraçada, porém ainda não consegui rir disso. Meu irmão também não. Inclusive, fiquei com uma pena danada do meu irmão. Coisa rara de acontecer, mas dessa vez eu fiquei. A cada vez que penso no ocorrido fico com pena dele. O futuro dele não será fácil com esse menino. Não estou rogando praga, no entanto é fácil perceber que a personalidade do Victor é a mais difícil de todos os cinco irmãos. Teimoso, desobediente, respondão e esperto: quando me viu saiu correndo do sofá chorando o medo das palmadas do pai, que eu deixaria dar com a mais absoluta certeza, porém tive de trazê-lo para cima uma vez que minha mãe já estava passando mal de desespero achando que ele estava machucado. E não é que ela quis adular o menino depois de tudo isso? Levou bronca minha para se tocar. Muito da culpa do moleque estar impossível é dela que se tornou o estilo de avó que não educa e não deixa educar, sabe como é? Já rolaram algumas discussões nossas por conta disso e eu já decidi que se por ventura vier a engravidar por acidente, não crio meu filho na casa dela não. Deus me livre de vê-la fazer isso com um filho meu! Vó é bom, mas decididamente tem de ser visita!
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Cheguei da caminhada hoje e meu irmão contou que os pais da madrasta da Isabella, a menina assasinada, era o seu vizinho de porta em Guarulhos que conheci e para os quais, inclusive, paguei um mico e os peitos enquanto conversávamos no aniversário de um ano da Luíza, minha sobrinha. Quem lê esse blog desde o Bolsa de Mulher deve lembrar dessa história. São pessoas bacanas. Incrível né?
3 de abril de 2008
1 de abril de 2008

Estava esperando alguma das fotografias tiradas durante o encontro para ilustrar o post sobre o reencontro com a turma do primeiro grau e, embora as meninas sejam lentas e o fotógrafo do bar para onde fomos depois, também, ele postou uma foto mais cedo e eu, claro, roubei! Na foto não estão todos, pois foi tirada assim que chegamos ao Taberna - medida tomada para que a anfitriã não fosse expulsa do prédio - e nem todos haviam chegado lá ainda.
Foi uma verdadeira e maravilhosa loucura esse reencontro! Uma energia tão boa, uma alegria tão doida por estarmos novamente juntos depois de quase 26 anos, que se traduziram numa falação maluca, em brindes e mais brindes, em danças, piadas, "tiração" de sarro e alguns "pegas"... rs... Era como se, de repente, um bando de quarentões voltasse a ser adolescente. Porém, ao contrário daquele grupo que estudava e viva reprimido pelo colégio católico rigorosíssimo, dessa vez aquelas eram pessoas liberadas e de bem consigo mesmos e com a vida.
É claro que todas as pessoas ali passaram perrengues e revertérios ao longo dos anos. Todos experimentaram o gosto do fracasso, seja na vida profissional, financeira, familiar ou afetiva, porém todos sobreviveram e seguiram em frente. Nem todo mundo está "bem" hoje, alguns estão em processo de separação, outros mudando de profissão, mas ninguém me pareceu derrotado, mesmo que dolorido.
Para muita gente, talvez a maioria, a sensação era de estar reencontrado parte da familia já que noventa e nove por cento de nós estudou junto desde o primeiro ano, muitos desde o pré-primário. Então, além da escola a gente convivia muito fora de lá e o amor entre nós era forte e verdadeiro. Foi a faculdade quem acabou por separar a maioria. Sábado constatamos na pele que nada foi capaz de matar o amor que sentimos, ele estava todo ali, apenas adormecido, esperando ser retomado. A conversa fluiu fácil; coisas que geralmente temos receio de contar foram ditas, perguntadas e respondidas de pronto, como quem fala a um irmão que não vê há muito tempo, mas em quem nunca se deixou de confiar.
Para mim as coisas mais marcantes foram:
1) Reconhecer os olhares cúmplices que se buscavam como quando em sala de aula, fazendo e rindo das mesmas piadas;
2) A metamorfose de uma das meninas, a Márcia - na foto com a peruca vermelha. Ela era a mais tímida garota que já existiu na face da terra e chegou lá um MULHERÃO que ri sem ficar vermelha, fala bobagem, tira sarro dos outros e de si mesma dizendo que antes era "tapada", paga mico e não tá nem ai! Todos ficamos deliciados com tamanha transformação!
3) Me sentir MULHER de novo. Não, a pegação não foi comigo... Mas deixemos de coisa e pulemos essa parte... rs...
4) Ver como o povo estava melhor e mais bonito do que na adolescência! Sem mentira nenhuma! Todos, até eu, apesar de infinitamente mais gorda hoje do que na época. Todo mundo muito bem cuidados, pele boa, perfume gostoso... Mas acredito que o ingrediente perfeito de beleza no grupo era a alegria mesmo.
Se todos tiveram a mesma opinião que eu sobre o encontro? Certeza que sim! Desde ontem a minha caixa de e-mails não pára de dar alertas.. rs... E para além das inúmeras declarações de amor trocadas, já estão na agenda da turma várias programações, inclusive viagens!
P.s.1: a única coisa que "não gostei" foi rever as fotos da primeira série e constatar como eu já era GIGANTE. Caracas! Eu era mais alta até que todos os meninos da minha sala!!! Tem noção? E hoje isso não mudou não... rs... Ao menos dos que foram... rs... Só empatei com o Jefferson, e mesmo assim não tenho certeza... rs...
P.s.2: essas fotos serão scaneadas e depois publicadas aqui só para voc~es verem de onde veio a minha noção de ser imensa!
30 de março de 2008
Passarinho voou
Quando a empresa faliu minha mãe começou a fazer salgado para fora. Uma das nossas gerentes arranjou para fornecermos as lanchonetes da Telefônica e com o tempo, os pedidos foram aumentando, graças a Deus, o que permitia que tivéssemos dinheiro para pagar a água, a luz e o gás, para comprar matéria-prima e comida, embora, muitas vezes, comêssemos apenas o que sobrava do preparo dos salgados, pois era o que tinha. Foi uma época difícil.
Um dia, enquanto empanava as coxinhas, fiquei observando minha mãe trabalhando e comecei a pensar no quanto aquele era um trabalho pesado mesmo para ela, talhada no ofício, pois embora me dispusesse a ajudar em tudo, era um serviço muito especializado e minha pouca prática acabava por sobrecarregá-la. Naquele dia fiz o que ainda não tinha feito até então: acabei por me revoltar com Deus. Mas revoltar mesmo. Quando fui para o banho, já debaixo d’água, tive aquela que até hoje foi a minha maior briga com Ele. Xinguei, esbravejei, tripudiei, ironizei, satirizei, chorei... A coisa foi dum tal jeito que juro, caso Ele se materializasse à minha frente naquele momento eu tinha partido pra porrada sem nem pensar duas vezes.
Quando finalmente estava em condições de sair do quarto – claro que minha mãe não aceitava que eu tratasse Deus daquela forma e eu não queria atritar-me com ela, já nos bastava os problemas que tínhamos - qual não foi minha surpresa ao chegar à cozinha e dar com a Dona Maria Ozana sentada à mesa, com minha mãe e a Fátima, a mulher com quem ela vivia há anos. Dona Maria era a resposta de Deus ao meu desespero.
Ela trabalhou durante muitos anos para os meus pais só deixando de fazê-lo quando comprou um bar. O bar com o tempo não deu certo e ela estava desempregada quando, um dia antes, encontrou algum ex-funcionário nosso e ficou sabendo do que acontecera com a minha mãe. Como se recordava vagamente de onde morávamos, “catou” a Fátima e veio andando, atravessando os bairros a pé, até chegar à nossa casa, empreitada na qual gastou seis horas de caminhada. Posta a par da situação, determinou que a partir daquele dia viria todos os dias ajudar minha mãe, e nem a nossa argumentação de que não tínhamos - e nem teríamos tão cedo - dinheiro para pagar-lhe qualquer salário fez com que ela se demovesse do seu objetivo. Respondeu apenas que tinha uma dívida de gratidão para com meus pais e que aquele era o momento de pagá-la e ela o faria. Trabalhou durante seis meses só recebendo a condução e a comida que comia conosco. Quando minha mãe arranjou emprego fixo, ela foi-se levando equipamentos o suficiente para montar um novo negócio para ela. De lá para cá nunca mais perdemos contato.
Dona Maria ousou assumir sua homossexualidade numa época em que isso não era absolutamente aceito. Sofreu toda sorte de discriminação e embora fosse uma excelente cozinheira, não havia, por conta disso, quem lhe desse emprego ou respeito. Meus pais fizeram isso. Mas não foi mérito deles apenas, foi principalmente mérito dela, pois sempre foi a mais correta das pessoas indo contra o estereótipo que incidia sobre os homossexuais na época. Como minha mãe mesmo disse hoje, em anos de labuta nunca sequer ouviu da boca da Dona Maria um “merda” dito num momento de sufoco e olha que estes foram muitos. Ela gostava da sua pinguinha e do cigarro, mas nada era capaz de fazê-la ser menos bondosa ou amável.
Foi com a Dona Maria que aprendi que não é o que as pessoas fazem na cama que determina o seu caráter. Foi ela o primeiro homossexual que conheci e amei incondicionalmente.
Há um ano dona Maria vinha mal de saúde: a diabetes e a cirrose maltratavam-na e hoje a Fátima ligou avisando que os céus retomaram a nossa guerreira. Eu entendo. Deus estava precisando de alguém para trabalhar ombro-a-ombro com Ele, seja lá qual for o trabalho a ser feito.
Leal, corajosa, companheira e divertida, são adjetivos que a exemplificam muito bem.
Nós não vamos ao velório e nem ao enterro. Já foi difícil dar a notícia para minha mãe e a pressão dela subiu muito, mesmo que medicada. Mas isso não é o mais importante, pois ela sabe que quem tem uma divida de gratidão para com ela somos nós.
MUITO obrigado por ter compartilhado a sua existência conosco.
Beijo grande e até qualquer dia companheira!
Com amor,
Jeannine
Quando a empresa faliu minha mãe começou a fazer salgado para fora. Uma das nossas gerentes arranjou para fornecermos as lanchonetes da Telefônica e com o tempo, os pedidos foram aumentando, graças a Deus, o que permitia que tivéssemos dinheiro para pagar a água, a luz e o gás, para comprar matéria-prima e comida, embora, muitas vezes, comêssemos apenas o que sobrava do preparo dos salgados, pois era o que tinha. Foi uma época difícil.
Um dia, enquanto empanava as coxinhas, fiquei observando minha mãe trabalhando e comecei a pensar no quanto aquele era um trabalho pesado mesmo para ela, talhada no ofício, pois embora me dispusesse a ajudar em tudo, era um serviço muito especializado e minha pouca prática acabava por sobrecarregá-la. Naquele dia fiz o que ainda não tinha feito até então: acabei por me revoltar com Deus. Mas revoltar mesmo. Quando fui para o banho, já debaixo d’água, tive aquela que até hoje foi a minha maior briga com Ele. Xinguei, esbravejei, tripudiei, ironizei, satirizei, chorei... A coisa foi dum tal jeito que juro, caso Ele se materializasse à minha frente naquele momento eu tinha partido pra porrada sem nem pensar duas vezes.
Quando finalmente estava em condições de sair do quarto – claro que minha mãe não aceitava que eu tratasse Deus daquela forma e eu não queria atritar-me com ela, já nos bastava os problemas que tínhamos - qual não foi minha surpresa ao chegar à cozinha e dar com a Dona Maria Ozana sentada à mesa, com minha mãe e a Fátima, a mulher com quem ela vivia há anos. Dona Maria era a resposta de Deus ao meu desespero.
Ela trabalhou durante muitos anos para os meus pais só deixando de fazê-lo quando comprou um bar. O bar com o tempo não deu certo e ela estava desempregada quando, um dia antes, encontrou algum ex-funcionário nosso e ficou sabendo do que acontecera com a minha mãe. Como se recordava vagamente de onde morávamos, “catou” a Fátima e veio andando, atravessando os bairros a pé, até chegar à nossa casa, empreitada na qual gastou seis horas de caminhada. Posta a par da situação, determinou que a partir daquele dia viria todos os dias ajudar minha mãe, e nem a nossa argumentação de que não tínhamos - e nem teríamos tão cedo - dinheiro para pagar-lhe qualquer salário fez com que ela se demovesse do seu objetivo. Respondeu apenas que tinha uma dívida de gratidão para com meus pais e que aquele era o momento de pagá-la e ela o faria. Trabalhou durante seis meses só recebendo a condução e a comida que comia conosco. Quando minha mãe arranjou emprego fixo, ela foi-se levando equipamentos o suficiente para montar um novo negócio para ela. De lá para cá nunca mais perdemos contato.
Dona Maria ousou assumir sua homossexualidade numa época em que isso não era absolutamente aceito. Sofreu toda sorte de discriminação e embora fosse uma excelente cozinheira, não havia, por conta disso, quem lhe desse emprego ou respeito. Meus pais fizeram isso. Mas não foi mérito deles apenas, foi principalmente mérito dela, pois sempre foi a mais correta das pessoas indo contra o estereótipo que incidia sobre os homossexuais na época. Como minha mãe mesmo disse hoje, em anos de labuta nunca sequer ouviu da boca da Dona Maria um “merda” dito num momento de sufoco e olha que estes foram muitos. Ela gostava da sua pinguinha e do cigarro, mas nada era capaz de fazê-la ser menos bondosa ou amável.
Foi com a Dona Maria que aprendi que não é o que as pessoas fazem na cama que determina o seu caráter. Foi ela o primeiro homossexual que conheci e amei incondicionalmente.
Há um ano dona Maria vinha mal de saúde: a diabetes e a cirrose maltratavam-na e hoje a Fátima ligou avisando que os céus retomaram a nossa guerreira. Eu entendo. Deus estava precisando de alguém para trabalhar ombro-a-ombro com Ele, seja lá qual for o trabalho a ser feito.
Leal, corajosa, companheira e divertida, são adjetivos que a exemplificam muito bem.
Nós não vamos ao velório e nem ao enterro. Já foi difícil dar a notícia para minha mãe e a pressão dela subiu muito, mesmo que medicada. Mas isso não é o mais importante, pois ela sabe que quem tem uma divida de gratidão para com ela somos nós.
MUITO obrigado por ter compartilhado a sua existência conosco.
Beijo grande e até qualquer dia companheira!
Com amor,
Jeannine
28 de março de 2008
A minha mais nova moda é sentir dor no peito quando sou contrariada. Ser contrariada é um termo amplo, muito amplo eu sei. Porém resume bem o motivo do meu peito doer: quando as coisas não saem como eu queria; quando as pessoas agem diferente do que eu esperava delas; quando me dizem algo que eu não procurei saber e não procurei porque não queria ouvir. Me contrario, geralmente com as pessoas, e me vem essa dor bem no meio do peito. Não é uma dor aguda, é crônica, como um machucado que abriu novamente e voltou a sangrar lentamente... E mesmo que eu tome algo - e às vezes recorro a calmante natural - ela só vai passar a hora que quiser, geralmente depois de dias.
Hoje fiquei bem uns vinte minutos inerte na frente do micro, olhar perdido, ensimesmada, pensando que isso começou quando decidi que não ia mais falar com ninguém sobre as coisas que sinto. Não falo, estou gostando de ser assim, mas meu peito dói. Acho que estou caçando um ataque cardíaco, mas isso eu faço há anos com o meu peso...
Hoje fiquei bem uns vinte minutos inerte na frente do micro, olhar perdido, ensimesmada, pensando que isso começou quando decidi que não ia mais falar com ninguém sobre as coisas que sinto. Não falo, estou gostando de ser assim, mas meu peito dói. Acho que estou caçando um ataque cardíaco, mas isso eu faço há anos com o meu peso...
E estou ansiosa: amanhã tem o primeiro reencontro de turma do colégio que estudei da primeira à oitava série!
Tem noção? 99% das pessoas que encontrarei amanhã, vi pela última vez no dia do baile de formatura, há 26 anos atrás?
Muitos da turma mantiveram contato casual por morarem na mesma região, mas eu mudei de lá pra uma região distante na sexta série e acabei perdendo contato geral com todo mundo.
Já conversei com algums via Skype, outros por MSN, outros encontrei pessoalmente, mas amanhã conseguimos reunir muito mais gente do que supúnhamos à princípio e estou muito feliz porque vou rever cinco dos meus melhores amigos da época!
Não fosse o Orkut esse encontro jamais teria acontecido e é exatamente por isso que mantenho meu perfil lá.
Essas coisas valem uma vida!
Tem noção? 99% das pessoas que encontrarei amanhã, vi pela última vez no dia do baile de formatura, há 26 anos atrás?
Muitos da turma mantiveram contato casual por morarem na mesma região, mas eu mudei de lá pra uma região distante na sexta série e acabei perdendo contato geral com todo mundo.
Já conversei com algums via Skype, outros por MSN, outros encontrei pessoalmente, mas amanhã conseguimos reunir muito mais gente do que supúnhamos à princípio e estou muito feliz porque vou rever cinco dos meus melhores amigos da época!
Não fosse o Orkut esse encontro jamais teria acontecido e é exatamente por isso que mantenho meu perfil lá.
Essas coisas valem uma vida!
Porque as mulheres deviam ser mais leais umas com as outras

Tem um texto atribuído (não achei em nenhum site das crônicas dele, mas também não encontrei nada dizendo que não seja mesmo dele) ao Arnaldo Jabor criando polêmica entre as mulheres na Internet. E essa polêmica me fez lembrar em muito uma teoria - mesmo, pois na prática têm coisas interessantes a serem levadas em consideração - que defendo há anos e que resume-se a: se os homens forem fiéis, muita mulher vai morrer sem conhecer sexo. Com isso defendo que as mulheres deveriam ser mais solidárias umas com as outras e compartilharem o homem que tem.
Vamos às vacas frias: imagine que o mundo é essa bolinha ai em cima. Nela podemos observar algumas verdades estatísticas do nosso planeta, são elas:
Conclusão 1: Tem mulher solteira e carente saindo pelo ladrão do planeta!!!!
Conclusão 2: Se os homens forem fiéis, danou-se!!! Mesmo!!!
Conclusão 3: Se as mulheres comprometidas não compartilharem os seus homens, muita mulher vai morrer sem conseguir sequer ver um homem nú que não seja na TV, num site, ou na revista.
Isso é justo? Claro que não! Por isso proponho que as mulheres devem ser solidárias com a espécie e dividirem "o pão" com as mais necessitadas!!! E se resta alguma dúvida do quanto isso será benéfico para o seu próprio casamento, releia o texto do "Jabor" e constate que um marido desestressado vale por dois!!!
Obs.:Essa é uma teoria que defendo na brincadeira, mas que pode levar a uma séries de reflexões mais sérias sobre a questão, uma delas é: é interessante perceber que por mais que seja real e verdadeira a desigualdade entre a quantidade de homens e mulheres no planeta, toda mulher encontra homens solteiros com os quais pode se relacionar ao longo da vida.

Tem um texto atribuído (não achei em nenhum site das crônicas dele, mas também não encontrei nada dizendo que não seja mesmo dele) ao Arnaldo Jabor criando polêmica entre as mulheres na Internet. E essa polêmica me fez lembrar em muito uma teoria - mesmo, pois na prática têm coisas interessantes a serem levadas em consideração - que defendo há anos e que resume-se a: se os homens forem fiéis, muita mulher vai morrer sem conhecer sexo. Com isso defendo que as mulheres deveriam ser mais solidárias umas com as outras e compartilharem o homem que tem.
Vamos às vacas frias: imagine que o mundo é essa bolinha ai em cima. Nela podemos observar algumas verdades estatísticas do nosso planeta, são elas:
- Nascem menos homens do que mulheres (é, o troço é torto de propósito e não por falta de noção de proporção da minha parte!);
- Morrem mais homens do que mulheres, tanto na adolescência, em decorrência de acidentes, quanto na velhice, por doenças;
- Dos que sobreviveram à adolescência, um tanto está namorando, noivando e casou-se;
- Dos solteiros viáveis estética e intelectualmente, minimamente a metade "embichou";
- Já as mulheres não lesbicaram na mesma proporção.
Conclusão 1: Tem mulher solteira e carente saindo pelo ladrão do planeta!!!!
Conclusão 2: Se os homens forem fiéis, danou-se!!! Mesmo!!!
Conclusão 3: Se as mulheres comprometidas não compartilharem os seus homens, muita mulher vai morrer sem conseguir sequer ver um homem nú que não seja na TV, num site, ou na revista.
Isso é justo? Claro que não! Por isso proponho que as mulheres devem ser solidárias com a espécie e dividirem "o pão" com as mais necessitadas!!! E se resta alguma dúvida do quanto isso será benéfico para o seu próprio casamento, releia o texto do "Jabor" e constate que um marido desestressado vale por dois!!!
Obs.:Essa é uma teoria que defendo na brincadeira, mas que pode levar a uma séries de reflexões mais sérias sobre a questão, uma delas é: é interessante perceber que por mais que seja real e verdadeira a desigualdade entre a quantidade de homens e mulheres no planeta, toda mulher encontra homens solteiros com os quais pode se relacionar ao longo da vida.
27 de março de 2008
Nada como ser citada por uma amiga, Clara, para você se motivar a escrever um texto que já deveria ter escrito há muito tempo.
A estória é mais ou menos a seguinte: antigamente as pessoas tinham várias fontes de prazer: família, vida social, vida política, a religião, o trabalho, a vida acadêmica e o a vida amorosa. Todos eram peças dum quebra-cabeça que bem composto resultava numa vida cheia de prazeres. Certo? Certo.
Muito mais antigamente ainda, as pessoas sequer se casavam por amor. Os casamentos eram arranjados segundo interesses, principalmente financeiros e sociais. E foi justamente o interesse financeiro que deu início à cultura do amor romântico vivenciada hoje em dia, pois para evitar que a herança passasse a um filho ilegítimo, criou-se a noção de fidelidade feminina e o ideal romântico do “príncipe encantado” que rege as relações atualmente. Então a gente começa a entender que não foi o amor que fez surgir a fidelidade, mas sim que foi a necessidade de manter a mulher fiel que levou à concepção do amor romântico. Claro que a mulher com o passar do tempo passou a exigir isso do seu parceiro e também a ensinar aos filhos que esse era a forma de amar ideal, já que culturada, passou a acreditar piamente nisso.
Os séculos correram e chegamos aos dias atuais onde, embora tenham ocorrido várias mudanças culturais, ainda resiste e insiste essa idealização do amor que mais do que dar prazer, infelicita profundamente a existência das pessoas. Por quê? Porque o amor virou nosso Deus; pede-se ao amor o que antes se pedia a Deus. Ele se tornou nossa única e absoluta fonte de prazer. E é ao redor dele que gravita a nossa existência de tal forma, que chegamos ao absurdo de medir o nosso valor pessoal pelo sucesso ou fracasso em obter e manter relacionamentos. Nada adianta você ser inteligente, bonito, bem sucedido profissionalmente, ter um carrão, morar numa casa de sonhos, viver rodeado de amigos e familiares, viajar duas vezes por ano para qualquer lugar do mundo e ter um saldo bancário de fazer inveja se você não tiver uma relação afetiva; qualquer uma. Os outros te verão como inferior, mas principalmente, você se sentirá inferior até diante daqueles que mal conseguem ter o que comer a cada dia, mas mantêm uma relação estável com alguém.
Esperamos que a pessoa amada faça da nossa existência um evento irremediavelmente feliz, ao mesmo tempo em que tomamos a incumbência de fazer o mesmo por ela. Claro que não dá certo. E não dá certo porque começamos a tratar a vida alheia como se fosse nossa e a nossa vida passa a ser do outro. Mil atitudes são tomadas em nome do que achamos que fará o outro feliz – e geralmente são as coisas que nos fariam felizes – e quando o outro não se sente contente, alegre e saltitante como acreditamos que deveria, nosso mundo desaba.
“Como não se sente feliz depois de tudo o que fiz em nome dessa relação? Depois de eu ter aberto mão da minha existência pensando na sua felicidade! Deixei meus amigos, abri mão do futebol, não fiz mestrado, recusei aquela oportunidade de emprego no exterior só pra poder estar ao seu lado e você não está contente comigo e nem com a vida que levamos”?
Usei uma personagem masculina, mas quem não reconhece esse tipo de queixume? Quem não ouviu algo semelhante a isso em algum momento da própria existência? Quem não pensou isso em algum momento da relação?
Mais certo daríamos no amor, se voltássemos a cultivar os vários aspectos da nossa vida, pois aí estaríamos recuperando as nossas várias fontes de felicidade e tirando das nossas, e das costas alheias, esse compromisso absurdo de cuidar do que não nos compete: a vida alheia. Dessa forma o amor passaria a ser algo possível e plausível, alcançável em cada esquina, pois será apenas e simplesmente um sentimento a ser compartilhado com o outro.
Obs: Este texto e suas idéias tomaram forma e tiveram seu princípio no Grupo "Conversas e Memórias". Muitas destas idéias foram propostas pelo Gonçalo Melo que é o coordenador do projeto.
A estória é mais ou menos a seguinte: antigamente as pessoas tinham várias fontes de prazer: família, vida social, vida política, a religião, o trabalho, a vida acadêmica e o a vida amorosa. Todos eram peças dum quebra-cabeça que bem composto resultava numa vida cheia de prazeres. Certo? Certo.
Muito mais antigamente ainda, as pessoas sequer se casavam por amor. Os casamentos eram arranjados segundo interesses, principalmente financeiros e sociais. E foi justamente o interesse financeiro que deu início à cultura do amor romântico vivenciada hoje em dia, pois para evitar que a herança passasse a um filho ilegítimo, criou-se a noção de fidelidade feminina e o ideal romântico do “príncipe encantado” que rege as relações atualmente. Então a gente começa a entender que não foi o amor que fez surgir a fidelidade, mas sim que foi a necessidade de manter a mulher fiel que levou à concepção do amor romântico. Claro que a mulher com o passar do tempo passou a exigir isso do seu parceiro e também a ensinar aos filhos que esse era a forma de amar ideal, já que culturada, passou a acreditar piamente nisso.
Os séculos correram e chegamos aos dias atuais onde, embora tenham ocorrido várias mudanças culturais, ainda resiste e insiste essa idealização do amor que mais do que dar prazer, infelicita profundamente a existência das pessoas. Por quê? Porque o amor virou nosso Deus; pede-se ao amor o que antes se pedia a Deus. Ele se tornou nossa única e absoluta fonte de prazer. E é ao redor dele que gravita a nossa existência de tal forma, que chegamos ao absurdo de medir o nosso valor pessoal pelo sucesso ou fracasso em obter e manter relacionamentos. Nada adianta você ser inteligente, bonito, bem sucedido profissionalmente, ter um carrão, morar numa casa de sonhos, viver rodeado de amigos e familiares, viajar duas vezes por ano para qualquer lugar do mundo e ter um saldo bancário de fazer inveja se você não tiver uma relação afetiva; qualquer uma. Os outros te verão como inferior, mas principalmente, você se sentirá inferior até diante daqueles que mal conseguem ter o que comer a cada dia, mas mantêm uma relação estável com alguém.
Esperamos que a pessoa amada faça da nossa existência um evento irremediavelmente feliz, ao mesmo tempo em que tomamos a incumbência de fazer o mesmo por ela. Claro que não dá certo. E não dá certo porque começamos a tratar a vida alheia como se fosse nossa e a nossa vida passa a ser do outro. Mil atitudes são tomadas em nome do que achamos que fará o outro feliz – e geralmente são as coisas que nos fariam felizes – e quando o outro não se sente contente, alegre e saltitante como acreditamos que deveria, nosso mundo desaba.
“Como não se sente feliz depois de tudo o que fiz em nome dessa relação? Depois de eu ter aberto mão da minha existência pensando na sua felicidade! Deixei meus amigos, abri mão do futebol, não fiz mestrado, recusei aquela oportunidade de emprego no exterior só pra poder estar ao seu lado e você não está contente comigo e nem com a vida que levamos”?
Usei uma personagem masculina, mas quem não reconhece esse tipo de queixume? Quem não ouviu algo semelhante a isso em algum momento da própria existência? Quem não pensou isso em algum momento da relação?
Mais certo daríamos no amor, se voltássemos a cultivar os vários aspectos da nossa vida, pois aí estaríamos recuperando as nossas várias fontes de felicidade e tirando das nossas, e das costas alheias, esse compromisso absurdo de cuidar do que não nos compete: a vida alheia. Dessa forma o amor passaria a ser algo possível e plausível, alcançável em cada esquina, pois será apenas e simplesmente um sentimento a ser compartilhado com o outro.
Obs: Este texto e suas idéias tomaram forma e tiveram seu princípio no Grupo "Conversas e Memórias". Muitas destas idéias foram propostas pelo Gonçalo Melo que é o coordenador do projeto.
24 de março de 2008
Paris, Je T'aime; Tour Eiffel (Sylvie Chomet)
Nem achei que fosse gostar tanto assim desse filme, mas e não é que gostei demais? Paris je t'aime!
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