28 de novembro de 2008

Mas tenho de dar crédito também ao Cristiano, meu terapeuta na época, que complementou num atendimento: "sim, o corpo e a beleza são o cartão de visita, o motivo que levará um homem a te olhar quando você passa por ele, que o levarão a ter o primeiro desejo e até te levará pra cama com ele. Mas isso não faz um relacionamento. Isso não mantém um relacionamento. Por que sexo é sexo e por melhor que seja, tudo vira carne de vaca um dia. Passado a empolgação o homem quer mais da mulher com quem pretende compartilhar a vida".

Bom, embora eu não achasse, todos diziam que tinha a beleza de rosto, mas a de corpo decididamente não possuía, não no meu ponto de vista. Ai fiquei pensando lá com os meus botões que eu poderia inverter a história, poderia usar os meus pontos fortes - personalidade - para despertar o desejo depois que já tivesse me aproximado. Será que daria certo?

No entanto a vida é irônica e sábia e tratou logo de me mostrar que gosto é como digital: cada um tem o seu. E embora eu não fosse uma beleza padrão, quando passei a conceber que poderia atrair homens, os primeiros que apareceram foram justo aqueles que se atraiam pela aparência que eu tinha.

E a primeira amostragem foi bem divergente: um era 8 anos mais velho, casado e pai. O outro 4 anos mais novo, solteiro e roqueiro.

E sei que muita gente vai pensar que os meus homens são, de alguma forma, mal sucedidos afetivamente e por isso se interessam. Porém não é verdade. Digamos que por uma questão de seleção genética eu jamais gostei de homens obesos ou feios, pois em caso de procriação, mesmo que acidental, nunca quis fornecer aos meus filhos dois genes de obesidade. Alguma luz no fim do túnel sempre tem de haver, não é mesmo minha gente?

Todos os homens da minha vida são desejados por várias mulheres.

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