22 de abril de 2010

Coffff... cooooof.. cof!

Poxa, quanta poeira!

Gente! Será que alguém ainda vem a esse blog ver se escrevi? Deixa eu ir olhar no contador... Vem!!! Uns gatos pingados, mas tenho um público mais fiel que eu ao blog. Vergonha própria!!!

Pra não perderem a viagem vocês dão uma lidinha ali na lateral no que escrevo no Twitter né minha gente? Pois, eu ando escrevendo mais no Twitter que por aqui...

Eu tô bem viu? Trabalhando, estudando, amando, saindo com amigos, tricotando... Só não tenho achado o que escrever no blog, embora até tenha escrito muito, mas para outros lugares.

Bem não sei o que farei desse espaço, mas vou pensar e tomar uma resolução. Não vale a pena - e não curto - deixar nada sem uso.

2 de abril de 2010

O blog está sem comentários, pois o haloscan subiu no telhado - passou a ser pago - e eu simplesmente não consegui colocar nenhum outro aqui, por eles não aceitarem meu script em html e , claro, por eu não te rmais a paciência que eu tinha pra essas coisas...

Vou colocar um link pra formulário de e-mail e quem quiser falar comigo, basta clicar que vai acabar na minha caixa postal, tá??

Grata pela compreensão!

29 de março de 2010

É, Domingo, você está de bobeira, acabou de almoçar e bate uma vontadezinha de cerveja com amigos. Mas você mora longe e só desabafa no Twitter: "tomaria uma cerveja gelada agora. Mas meus amigos de copo moram longe e eu estou numa preguiça"... Seu celular avisa da chegada de um torpedo minutos depois e é um dos seus amigos de copo avisando que estão a caminho para tal cerveja. Sim, saíram de um shopping center onde acabavam de entrar para virem beber comigo. :-D ADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOORO!

Bohemia Confraria: uma delícia!



Gui



Fernanda
Começo a pensar que é bom eu trabalhar o meu mimo... É, eu sei que sou mimada em alguns aspectos e acho que mesmo que a gente não tenha sido mimada por pai e mãe, desenvolvemos alguns mimos por conta própria, mesmo que nossa experiência de vida tenha sido dura. Como o batalhador, por exemplo. Quer pessoa mais mimada que aquela que para tudo bate no peito babando de orgulho de si mesmo por ter construído um "império" sozinho e com muito sofrimento, dificuldade? Essa pessoa acredita ou valoriza algo diferente do que o próprio jeito? Ela aceita opiniões diferentes? Raramente. E isso é mimo né? Achar que o que pensa e acredita é a única forma possível e se doer por qualquer coisa que o outro faça que lhe pareça diferente da forma como você deveria ser valorizado e tratado.

E tem chamado a minha atenção no meu convívio, pessoas que simplesmente não aceitam que sua ação ou intenção foram diferentes do que elas deduziram e entenderam. Projetaram. Mimo.

Aprendi, ao longo da minha prática terapêutica, a sempre verificar com o outro a veracidade da minha percepção, pensamentos e conclusões. Se eu proponho uma coisa e o paciente para, pensa e me diz não se reconhecer naquilo, eu vou em busca de outra hipótese. Simples assim. É verdade que em algumas circunstâncias, pode ser mera resistência. Nesses casos eu explico o meu ponto de vista, peço para ele pensar com calma naquilo e proponho voltarmos no assunto só depois, o que geralmente ocorre quando algo evidência inegavelmente para o próprio paciente aquilo que eu falei. Naquele momento a gente muda o rumo da prosa, pois ninguém está lutando para estar certo.

E é isso, o desejo de estar certo, que fode as discussões entre pessoas. Caracas! Como as pessoas adoram estar certas e, por conta disso, querem fazer você engolir o ponto de vista delas a qualquer preço. Algumas vezes eu escapo ilesa, mas algumas vezes me pego debatendo pelo direito de ter opiniões diferentes. Mas irritante mesmo é a pessoa que sequer quer discutir né? Ô impáfia! A pessoa te julga, te joga o julgamento na cara e quando você discorda, diz que não foi aquilo, ela fica numas de concordar só "para evitar a discussão", porque claaaaaaaro, na opinião dela, é você quem não aceita a opinião alheia, não ela! rs... E aquela maldade que ela despejou em você, também é sua viu? Não é dela não. Ela é um primor de criatura e auto-consciência de possuir os sentimentos mais puros e bondosos do universo!

E eu tenho três pessoas perto de mim nessa vibe, portanto, o problema sou eu né? E também tenho dor nos joelhos, o que indica pouca flexibilidade. E por incrível que pareça, o que está me fazendo mal é tentar manter o direito a ter opiniões diferentes. As pessoas não têm de entender isso, eu não tenho de lutar por isso, simplesmente porque é algo que eu já possuo. Se o outro não reconhece, problema dele. E se ele insiste em se fazer de dodói e de jogar a maldade dele em mim, problema mais dele ainda. Eu só estou atingível por ainda estar me importando com a opinião delas.

Parei.

26 de março de 2010

E antes que eu me esqueça: Gente, o Esmael conseguiu a prótese!!!!

Não, infelizmente não foi devido ao sucesso da nossa campanha, pois é incrível o quanto as pessoas resistem a ajudar alguém quando isso não as promove. Gente que se promove na solidariedade não quis colocar um simples link na própria página pessoal para a campanha, pode? eu não entendo, mas desisti de entender. Resolvi que cada um dá o que tem né? Essa regra nunca falha. Caduno, caduno.

Quem salvou a pátria, novamente, foi o abençoado chefe dele que vai pagar por ela e dividiu a divida em 36 vezes. Nós continuaremos fazendo campanha e arrecadando dinheiro para ajudar a pagar e, o mais importante, rezando por esse homem para que ele siga sendo luz no caminho de muitas pessoas.

E eu só estou esperando passar a páscoa para fazer uma rifa bem feminina para arrecadar fundos. Depois conto aqui.

25 de março de 2010

Quando passei no vestibular, eu era apaixonada por um rapaz com quem passava todo o meu tempo livre e que tinha decidido, por nós dois, que iríamos fazer cursinho e faculdade juntos.

Lá em casa nunca foi opção não prestar vestibular assim que terminasse o colegial, hoje ensino médio. Prestei e, claro, passei, pois estudara em bons colégios. Na hora em que descobri minha aprovação, estava na casa de um amigo, rodeada por muitos amigos - ele junto - e enquanto todo mundo me parabenizava e fazia a maior festa, ele ficou olhando e se afastou. Depois voltou e participou da bagunça, comentava sobre minha aprovação com os outros, mas não me deu parabéns em momento nenhum. Não ficou feliz por mim sabe? E eu até entendi, mas porra né? Ficar feliz por mim e demonstrar isso pra mim e não pros outros era o mínimo que eu esperava de alguém que gostava de mim.

O restante da tarde e noite foi uma comemoração após outra. Era aniversário de uma amiga e fomos todos para a casa dela. Lá juntaram-se todas as minhas turmas e minha aprovação no vestibular foi muito falada.

Óbvio que eu ficava cada vez mais arredia e agressiva com ele a cada vez que um amigo me felicitava e ele ao meu lado, não me dizia nada, nem um "legal". Num determinado momento da noite a situação era tão crítica entre nós, climão mesmo, que eu sentada na escada, ele aproveitou para perguntar o que eu tinha para o estar tratando tão mal. Quando contei que ele não havia me dito nada de bom enquanto todo mundo estava feliz por mim, ele me deu os parabéns, mas ouviu de volta um: "agora que eu falei não adianta mais; não tem nenhum valor".

E de alguma forma, percebo hoje, isso mudou toda a percepção que eu tinha dele e a nossa relação. Meu amor por ele começou a morrer exatamente ali. Portanto, não foi surpresa nenhuma quando anos depois ele preferiu valorizar numa bobagem para romper a amizade comigo. E aceitei o rompimento sem drama. Apesar de todos dizerem que ele me adorava, mesmo que a gente estivesse separado há anos, eu sabia que o que ele sentia por mim não era tudo aquilo e muito menos grande o suficiente para levá-lo a me defender diante daquela bobagem. Tomar meu partido e lutar pela nossa amizade, sabe? No trato comigo ele nunca demonstrou o que as pessoas diziam que ele sentia por mim e o que ele demonstrava sentir por mim para elas... Nunca.

Hoje estava conversando com uma amiga no MSN e lembrei disso, pois estávamos falando de uma relação que tive com alguém comum a nós duas e percebi que nessa relação isso também aconteceu. Não da mesma forma, mas com o mesmo significado para mim.

Alguém que pro mundo demonstrava ter um carinho especial por mim, um carinho que aparentemente me colocava numa posição de privilégio, porém que no trato cotidiano comigo esse afeto nunca se traduziu em ser mais afetivo, carinhoso, doce. E veja: não estou negando que ele sinta carinho por mim, não é isso. Sente, mas não existe isso de ser especial, de ser numa graduação maior e que me torna para ele mais importante que as demais pessoas. É isso que quando as pessoas dizem, eu entendo e sinto como uma tremenda mentira. É, toda vez que alguém tenta me dizer que eu tive uma importância específica e privilegiada, algo dentro de mim berra: mentiraaaaaaaa! Porque nunca me privilegiou, nunca se moveu na minha direção, enquanto vi esse movimento ser feito repetidas vezes na direção de outras mulheres.

E fico me perguntando se sou muito doida... Se não estou vendo algo que é óbvio pros outros ou se não estou valorizando a coisa certa. Mas acho que não. Se amo alguém, vou valorizar, priorizar e deixar a pessoa que amo saber que a amo e que ela é importante para mim. Sou orgulhosa. Sou. Mas vou trabalhar meu orgulho, lutar contra ele, pois não existe felicidade amorosa possível em não se mostrar, em não demonstrar o que se sente.

É alguém muito inseguro aquele que espera o outro abrir as asas para só então chegar e se expor? Deve ser né? Porque não corre riscos. Não faz papel de tolo ou de idiota... Quem é que tendo amado alguém com verdade não se expôs e achou que deu vexame? Já dei váááários. E sobrevivi a todos e acho que faria de novo, pois todos valeram a pena. Até quando o único resultado era descobrir que a pessoa em questão não valia a pena.

Hoje percebi que passei anos tentando fazer com que a história que me contavam, a que eu vivia e a que eu via acontecendo com as outras pessoas tivessem confluência. Mas nunca consegui. O que eu via é que aquilo que diziam que acontecia por mim se concretizava ali, na mulher ao lado. E eu vivia com essa sensação de ter entrado e assistido o casamento trocado sabe? Você assiste a cerimônia toda e quando os noivos se viram para porta, você percebe que não conhecia aquela pessoas? Pois.

E eu nem queria que eu fosse a mais amada. Quando me apaixonei sim, mas o restante do tempo e hoje, eu só queria que as coisas tivessem a suas dimensões exatas. E todos contássemos a mesma história. Eu aceito o carinho especial, a afinidade diferente, mas sem que se coloque o mais ali ao lado. É o superlativo que sempre me incomodou e deu a sensação de falsidade.

Se as pessoas optam por ficar com seu orgulho, com suas defesas, em não se exporem antes que o outro esteja entregue, tudo bem; direito delas.

Mas para mim não serve.

Quero que quem me ame diga e demonstre para mim o quanto sou importante. Eu não preciso nem que o resto do mundo saiba. Quero espontaneidade e tesão de verdade.

Outro dia um amigo deu uma camiseta pro ficante e isso deflagrou uma crise no outro que colocou fim na relação deles. Pode? Dar uma camiseta quando a pessoa fez aniversário, se você está ficando com ela ganha uma conotação totalmente diferente.

Porque antes o namoro servia para a gente saber se o que sentia era o suficiente para a relação evoluir, mas hoje as pessoas inventaram um pré-namoro, onde você testa se o tempo em que você vai passar tentando descobrir o outro vale a pena. Oi?

Eu quero relação de verdade e relação de verdade vai doer uma vez ou outra. Às vezes vai doer é muito, mas não me importa. Prefiro isso a assepssia emocional. Quero verdade e graduações e granulações e impasses e texturas e sabores diferentes, pois o ser humano é complexo. Mas eu quero verdade, coerência, congruência e confluência também.

Não preciso ser a mais especial. Mas preciso ser especial. Aliás, como pedir a um homem com filhos que você seja a coisa mais importante da vida dele? E Nêga, se ele disser que é, corre, pois o homem não está no seu estado natural, que é aquele onde se valoriza as próprias crias acima de todas as coisas.

Eu quero paz, e também quero verdade. Eu sei que a maioria das mulheres por ai adoram ser tratadas como retardadas e fingirem que acreditam num especialismo que não possuem, mas eu não sou assim.

Tenho lutado tanto para ter o meu tamanho e apenas o meu tamanho e isso é até nisso: na demonstração do afeto que o outro tem por mim, eu sinceramente prefiro que seja assim.

14 de março de 2010

Não me entregar ao drama foi uma sábia decisão.

Hoje acordei e minutos depois recebi um torpedo me avisando que seria buscada para almoçar entre meio-dia e meio e uma hora. Claaaaaaaaaaaaaaaro que dos amigos da região da Paulista, o que confirma minha percepção.

Não, não vamos ao Japa, pois Fê não come carne, mas o que importa é que não me estressei, não criei compromissos absurdos para mim mesma e vou realizar meu desejo de estar à mesa com amigos.

Paz né? E felicidade!

Bom domingo para todos!

:*
É uma coisa engraçada... A gente jura que alguns sentimentos e algumas pessoas nunca vão passar e no entanto passam.

Mantive uma relação atribulada por quase 10 anos e a sustentei porque tudo o que eu sentia era tão intenso que não dava sequer conta de pensar na minha existência sem sentir aquilo que sentia. A gente brigou muito, muitas vezes ficamos sem nos falar, por meses, muitos meses, mas eu sempre sofria. Sempre. Era o orgulho que me mantinha distante. Porém, um dia, o sofrimento se tornava insuportável e eu me arrastava de volta implorando um perdão que muitas vezes sequer sabia ao certo se era eu quem devia pedir. Se visse rastros da pessoa online, ou se alguém me contasse que ele estava ali, era como ter um punhal cravado no peito. Um medo absurdo de nunca mais: nunca mais falar, rir junto... Até mesmo de nunca mais brigar.

Era a minha loucura... A minha mais completa e absoluta insensatez. Perdi a conta das vezes em que ri com ele até doer a barriga e também das vezes incontáveis em que ele me fazia chorar na frente do micro... Quantas vezes eu passava horas conectada esperando ele entrar no MSN pra depois de 5 minutos dele estar ali, eu desejar ardentemente que ele sequer tivesse aparecido... Era meu desatino.

A penúltima vez em que brigamos já foi um tanto diferente; eu conseguia passar alguns dias sem pensar nele, mas ainda era mágoa, orgulho, embora já em menor intensidade que das outras vezes. Nos reconciliamos e ai veio mais uma briga meses depois...

Hoje eu olho para dentro do meu peito e me pergunto onde foi parar tudo o que eu sentia, aquele amor alucinado e aquele desespero todo quando ele estava longe? Hoje me contam que ele está online e pra mim é igual a se não tivessem me dito nada. Vejo os rastros dele pela internet e não sinto nada... É como ver uma pessoa conhecida, mas com quem nunca se conviveu ou teve intimidade.

Muitas pessoas acham que nossas brigas são sempre temporárias de tantas as que já presenciaram, mas desta vez eu duvido. Não que a gente não vá mais se falar, ele já me ligou numa necessidade e eu o atendi normalmente, porém tem algo profundamente diferente entre a gente, em mim. eu não sinto mais o amor que sentia.

Meu amor acabou, ou ele nunca foi amor de fato, era uma loucura, uma paixão avassaladora? Será que o acúmulo de mágoas foi extintor do incêndio que eu julgava eterno? Não consigo sequer saber se sinto falta, pois eu gosto imensamente da paz que tenho todos os dias.

Mas se me pergunto o que foi que matou o meu amor por ele, me respondo que foi o cinismo e a ironia que passou a existir da parte dele nas nossas conversas. Foi isso que espatifou os meus sentimentos de um jeito que eu não consigo mais colar... E nem sei se quero...

Muitas vezes ele dizia que minha mudança em relação a ele era devido a falta de tempo dele em se dedicar a nossa relação. Tem uma amiga em comum que diz que isso que eu não sinto hoje muda se ele voltar, porque ELE É ELE, mas de verdade eu não sei. Ele sempre existiu em algum lugar aqui no meu coração, muitas vezes escondido ou encoberto dentro do meu peito, porém agora não. Agora é como se ele fosse um retrato pendurado na parede...

Eu o amo, mas da mesma forma que amo muito das pessoas que conheço e não convivo. Desejo a sua felicidade, e no entanto, ele deixou de fazer parte das minhas orações diárias, não por maldade, vingança, mágoa ou revolta, eu só não lembro...

Hoje eu o desbloqueei no MSN... Justo porque ficou indiferente. E eu sei que ficou indiferente justo porque o vi por ai e nao senti aquele aperto no peito, aquele medo de que ele nunc amais quisesse falar comigo ou deixasse de me amar.

Não vou afirmar isso com rigidez. Aprendi que a vida é eterno fazer e refazer-se, e eu não quero mais ser dona de certezas. Falo apenas do que sinto hoje e de uma certa estranheza por perceber que passou.

Paz né? Paz.

13 de março de 2010

A vida anda boa, é fato.

Essa semana, especialmente, concretizei projetos para os quais vinha me preparando há anos. Um outro eu vinha desejando há pouco tempo e fico feliz que tenha dado certo tão prontamente, quando me ocorreu que o momento de executá-lo era agora.

No âmbito pessoal as metas agora são: deixar as "placas" se derreterem; ter pele, ter o meu tamanho, bancar meus desejos e deixar de dramatizar.

Acho que deixar de dramatizar é o trabalho mais difícil, pois é um vício tão arraigado que exigirá mais atenção e dedicação da minha parte. A gente dramatiza para tudo né? Rapaz! Eu dramatizo. Hoje mesmo me dei conta de um drama que estava começando a se desenhar na minha mente: há dias tô querendo ir comer comida japonesa; marquei com uma amiga e tals, mas agora nem sei se vai rolar, uma vez que é para a semana que vem, porém ela está de repouso absoluto e numa super restrição alimentar.

Fato é que eu que chamo as pessoas e ninguém quer ir comigo. Eu teria quem fosse comigo se me dispusesse a sair daqui e ir pra região da Paulista. Porém o japa que mais gosto é aqui pertinho de casa sabe? E é nele que eu queria ir. E acontece que comecei a pensar que ultimamente sou sempre eu a chamar as pessoas para sair comigo, que nunca mais recebi convite de ninguém e blá, blá, blá do tipo: "vou parar de convidar e também não vou estar disponível quando me chamarem de novo". Drama né? Puro drama.

Tudo bem que a parte boa de sair para comer é socializar, conversar e rir, mas porque é que eu tenho de ir com mais alguém? Porque adiar o meu desejo só por falta de companhia? Medo de estar num restaurante num sábado a noite sozinha? Do que vão pensar? Mas caralho! Não foi esse o preço da minha liberdade? Não foi por isso que eu não aceitei me casar com qualquer um e nem manter amizades de oba-oba? Foi. E eu sou uma excelente companhia de mim mesma. Me divirto horrores comigo mesma. Ou seja, se eu parar de dramatizar, vou ao restaurante sozinha mesmo e vou me sentir bem como sempre sinto.

Eu já parei de dramatizar, mas ainda não tenho certeza se vou ao restaurante sozinha hoje, embora a vontade de comer seja grande - não como comida japonesa há uns 45 dias já!!!! - principalmente porque agora vou ali fazer luzes no cabelo da cunhada e isso demora pra porra! rs...

O mais importante e que eu queria compartilhar aqui é a decisão tomada e compromisso feito de que a partir de hoje vou começar a fazer o que quero, mesmo que sozinha, sem esperar pela companhia de outras pessoas para satisfazer meus desejos. Eu era sim aos 20 anos e era muito feliz. Meu lema era: "quem quiser estar comigo, me siga, pois eu tô indo".

2 de março de 2010


Amigos,

Faço parte desse grupo e abracei a causa com o coração. Por favor, me ajudem a ajudar.

Beijo e MUITO, muito obrigada mesmo!




A História de Esmael – Aquele que Deus Escuta


O blog Comadres online surgiu de uma idéia lançada pelo grupo "Papo-de-Comadres" com vários objetivos: trocar receitas, conselhos, dicas, tratar de assuntos variados... Há uma seção, o Voz de Comadre, onde podemos expressar o sentimento que permeia o momento pelo qual cada Comadre possa estar passando. Hoje, o Voz de Comadre traz expresso o sentimento de todas as Comadres.

Leiam:

O "Papo de Comadres" solicita a sua atenção para um problema que as autoridades brasileiras têm ignorado. No entanto, em primeiro lugar, permitam que nos apresentemos.

Somos um grupo de discussões no qual irmãs, filhas, esposas, mães e avós se reúnem desde 2008, com a simples finalidade de conversar, trocar ideias, receitas. Rapidamente percebemos que este era um grupo diferente, formado por pessoas de vários cantos do Brasil e do mundo, cujo encontro e união busca algo maior.

Aos poucos nos tornamos mais que amigas, ainda que a maioria de nós não se conheça pessoalmente. Desfrutamos de uma afinidade encontrada entre pessoas que se conhecem e se gostam há muito. Somos irmãs em todas as situações, compartilhando momentos da vida, alegres ou tristes. Comemoramos nascimentos e conquistas, sofremos com doenças e insucessos, e nos solidarizamos com as perdas.

Neste momento, o filho de uma de nossas irmãs passa por um problema de saúde muito sério. Problema que pode ser resolvido fácil e rapidamente, desde que provida a parte financeira.

Pedimos, por favor, que leiam o texto que descreve a história de Esmael, filho da Helga, nossa querida comadre-irmã, que nos mostrou como é possível conservar o bom humor nas adversidades.

Helga entrou para o grupo, como ela mesma diz: “atrapalhada”. Iniciante no mundo virtual, perdendo-se entre os inúmeros e-mails que trocamos diariamente, trouxe-nos uma alegria e energia muito especial. Aos poucos, descobrimos os problemas que enfrenta. Ela, definitivamente, não se abateu com a doença do filho, nem se tornou uma pessoa amarga, como seria o esperado.

Aqui está a história de Helga e Esmael – Aquele que Deus Escuta

... Esmael sempre pisa com passos largos e firmes. Seu caminhar é reto e preciso. Não ter o pé direito não o impede de seguir o seu caminho com confiança. Seu andar é firme e seguro. Deus escuta seus pedidos e anda ao seu lado...

Durante os vinte e quatro anos de vida de Esmael, muitos obstáculos apareceram em seu caminho. Nascido em família gaúcha, honesta e trabalhadora, no momento em que veio ao mundo teve constatado o problema congênito.

Sua mãe, Helga, não se deixou abater e decidiu, ali, fazer o melhor por seu filho com a força de uma guerreira. Aos três meses de vida veio a primeira cirurgia para tentar amenizar o problema. O bebê, risonho e tranquilo, superou. Aos seis meses de idade, uma nova cirurgia. Outro obstáculo que Esmael conseguiu transpor.

Com um ano de idade teve uma prótese colocada, porém não resolveu o problema. No entanto, Esmael não se rendeu. Aprendeu, sem medo, a andar sem prótese. Viveu seus primeiros anos como todo menino: brincando e frequentando a escola cercado de amigos.

Quando completou seis anos, sua mãe solicitou ao SUS uma prótese, mas não obteve resposta.

Aos dez anos, outra pedra na trajetória de Esmael atrapalhou a caminhada. Por falta de uma prótese adequada, ele sofreu uma grave infecção. Foi necessário realizar uma drenagem; o menino seguiu em frente rumo ao futuro.

Ignorando os obstáculos, Esmael ou Esma, como é conhecido, cresceu conservando sua alegria de criança, um menino feliz que levava no sorriso o significado do seu nome: "Deus escuta". E Ele escutou.

Já adulto, tornou-se funcionário numa fábrica de calçados - ironia da vida! Seus colegas, solidários a sua luta, juntaram-se para presenteá-lo com uma prótese adequada ao seu tamanho.

O tempo passou e quando essa prótese já precisava de reajustes, o SUS, comunicou-se com Esmael atendendo o pedido feito por Helga mais de 18 anos antes: uma prótese...

Agora, novamente, Esmael encontra-se à frente de mais um obstáculo. Dessa vez, grande demais para que ele possa ultrapassar sozinho. Outra infecção grave surgiu e parte de sua perna precisou ser amputada. Por isso, ele precisa de uma prótese feita de titânio, mais adequada, para evitar futuras infecções que possam determinar a perda total da perna.

O preço é alto demais para a família simples do interior do Rio Grande do Sul, que não tem como arcar com os custos da prótese, nem do hospital, estimados em oito mil reais.

Aflita, Helga conta para o nosso grupo:

".... o Esmael não pode mais se machucar, senão terá que amputar a perna toda.

Quanto à cirurgia, foi um outro problema que Deus resolveu. Já fazia 7 dias que o Esmael estava internado, tentando combater a infecção. Foi aí que o médico disse que teria que amputar. Começou o corre-corre. Primeiro, tentei o SUS novamente. Sem êxito, pois nunca tem vaga em nenhum hospital, mesmo ele estando internado.
O médico me deu um papel, dizendo ser urgente e como não tinha vaga em Porto Alegre, que encaminhasse ele para Rio Grande.

Tudo em vão.

Numa tarde, me ligaram dizendo que conseguiram a vaga.Fui correndo contar pra ele. Ficamos superfelizes. Passados alguns minutos, retornaram dizendo que tinha sido um engano.

Vocês não imaginam a dor que me deu ver meu filho ali, internado, dependendo de um sistema de saúde, que nunca funciona quando se precisa. E eu, como mãe, não tendo os R$ 5.000,00 para pagar a cirurgia particular.

Então, o patrão dele o pegou, colocou-o no carro e foi para Camaquã, uma cidade próxima de Tapes. Pagou a cirurgia para ir descontando aos poucos..."

Nós pedimos e sabemos que Deus escuta.

Ele responde através de pessoas que têm o coração aberto para ajudar o próximo.



Esmael precisa de ajuda. Ele merece viver uma vida sem dor e sem obstáculos.

Esmael MERECE receber o instrumento que lhe trará força para dar passos seguros e caminhar com dignidade a difícil estrada da vida.





Para doações :



Esmael Freitas Amador

Caixa Economica Federal
Tapes - RS.

Ag: 0517
Op: 013 (Poupança)
Conta: 40916-5


Segue nome completo, endereço e telefone para quem quiser averiguar a verdade da história:

Esmael Freitas Amador

Rua Londres, 1017 - Balneário Rebello - Tapes, RGS - CEP: 96760-000

Telefone celular: 51-9754-9008

Trabalho: 51-3672-1583


Agora você pode estar se perguntando o que queremos com isso.

Se você tem blog, pedimos que divulgue. Se tiver Twitter, dê RT.

Se puder, faça uma doação.

Não importa o valor.

Toda doação será bem vinda.


Desde já, agradecemos a sua ajuda.

Comadres online

26 de fevereiro de 2010

Sempre escuto com estranheza as pessoas reclamarem da solidão...

Estranheza por saber essa como a condição humana primordial. Nascemos, vivemos e morremos só, esse é o jargão da verdade. Mas, principalmente, por reconhecer mais e mais a cada dia que passa que não somos só. Nunca.

Nossa vida é enroscada e permeada pela dos outros; dependemos deles para absolutamente tudo e quem se acha só ou quem bate no peito bradando auto-suficiência não passa uma pessoa sem a mínima percepção da realidade.

Então fico me perguntando do que reclama quem reclama de solidão? Será da incapacidade de perceber o quanto nunca se é só nesse mundo? Ou uma distorção dessa interdependência onde o outro tem peso maior que o "eu mesmo" na minha felicidade?

Em nenhum dos momentos críticos que passei na vida encontrei pessoas com quem pudesse - de fato - dividir minha dor, ou aflição. Nem nas minhas maiores alegrias. Tudo sempre se resolve de mim para comigo mesma e sou sempre eu a carregar o fardo ou o ônus. As pessoas fazem idéia, mas nunca sabem de fato.

Entendam: sempre encontrei quem me apoiasse, estendesse as mãos; até mesmo que me carregasse no colo quando eu achava que não podia mais caminhar. Sempre tive uma família, namorados e amigos maravilhosos. Porém aqui dentro é sempre eu. E quanto mais "eu" é aqui dentro, mais tenho aumentada a percepção que o mundo, o meu mundo, se constrói com a co-autoria alheia; da interdependência das nossas vidas.

E não vejo isso como ruim, embora em alguns momentos possa ser frustrante.

É na relação com o outro que eu me supero, que me transponho e aumento meus horizontes. Quando eu estou co-criando, estou abrindo espaço em mim para um outro universo. Esse é o grande desafio de viver. É justamente por isso que viver vale a pena.

Solidão então me parece a incapacidade interna para conter o outro, o diferente. O que te complementa mas, principalmente, te dá continuidade. Aquele que vai questionar e subverter suas certezas; que vai fazer você cair em contradição emocional e racional mil vezes vezes mil e ainda assim te fazer ter certezas mais ou menos constantes.

Solidão é a incapacidade de estar com. É a insegurança de se ser ninguém mediante o pensamento de que se existo sem que o outro me valide, inexisto. Mas só inexisto quando sou incapaz de reconhecer a mim mesma. Quando não me atendo. Quando não sei dos meus anseios. Quando fico esperando que o outro realize e justifique minha existência e só o outro.

Porque antes de co-existir, é preciso existir. Para ser co-autor, é preciso ser primordialmente autor. Antes de conter o outro, é necessário conter a si mesmo. Dependo do outro, mas não só dele. Essencialmente dependo de mim mesma. No entanto não existe separação. Somos MESMO todos UM. Minha vida afeta e é afetada pelo outro continuamente.

Então minha estranheza diante da queixa de solidão é por ela falar de estar desacompanhada de si mesmo e da inconsciência. De não se perceber, não se atender e estar ali, esperando que tudo o que se precisa venha das mãos alheias. É como querer receber algo pelo qual sequer se pediu, uma vez que inexiste a consciência de que se pode desejar e do que se desejar...

Sinto estranheza, pois as pessoas falam de solidão como se fosse ausência do outro, quando é ausência de si mesmo.

24 de fevereiro de 2010

Se vocês soubessem a quantidade de posts começados e inacabados que tenho guardado por aqui...

Mas a pergunta que não quer calar desde segunda-feira é: "Deus se engana"?

Volto ao normal quando encontrar uma resposta.

29 de janeiro de 2010

Hoje, depois de 15 anos, consegui pedir perdão a Deus por um dia ter querido morrer a ponto de ter colocado na minha vida uma pessoa com um revolver apontado para a minha cabeça.

Estava fazendo afirmações sobre o poder do amor de Deus por mim e comecei a enumerar os motivos que tenho para ser Lhe ser profundamente grata por ter despertado por mais um dia nessa dimensão, quando me ocorreu que um dia desacreditei de tudo tão profundamente que quis morrer e pedi por isso seguidamente.

Hoje, pela primeira vez, senti vergonha desse meu ato. Ainda tenho os olhos úmidos da crise de choro pelo sentimento de arrependimento e incredulidade - diante da minha capacidade de ser incapaz - que sucedeu a tomada da consciência de que me envergonho. Vergonha diante do meu Deus pela minha profunda ingratidão. Porque mesmo quando eu perdi a fé Nele, em mim, na vida, Ele seguiu ali, firme, forte e acreditando que eu tinha forças que desconhecia para seguir em frente. Vergonha por reconhecer que Ele, em nenhum momento, deixou de acreditar em mim. Nunca. Tanto que as coisas ocorreram como ocorreram e eu aqui estou para contá-las.

E até hoje, eu nunca tinha sentido necessidade de pedir perdão por isso.

Hoje entendo que o suicídio é a materialização da falta de fé absoluta em tudo e, de uma tal grandeza, que chega a assombrar. E isso porque SEI que Deus faz o impossível para evitar que cheguemos às vias de fato - como fez comigo - e mesmo assim muita gente ainda consegue se matar... E entendo também porque o suicídio é considerado a maior ofensa a Deus: por ser o ato que torna material e palpável a perda da fé. Mas também sei que Deus não se ofende. Não. Nunca.

Deus está ali estendendo os braços para quando quisermos pegar a Sua mão e nos reerguermos; estejamos aqui ou lá. Ele só não toma nenhuma atitude enquanto não tivermos em nós o menor átomo que acredite que podemos, merecemos, pois embora esteja com os braços abertos, nós temos de erguer os nossos para alcançá-lo. É preciso sempre ter fé em si mesmo. Mesmo que não saibamos como. Por isso o suicídio é, principalmente, uma ofensa a nós; portanto, também devemos nos pedir e conceder o perdão. Perdão por desmerecer-nos desse tanto.

E eu sou grata sabe? Grata por Deus seguir acreditando em mim, mesmo quando eu duvido e sim, ainda duvido por vezes... É que tenho um enrosco grande com o livre-arbítrio; mas sei que Ele vai me ajudar a entender como Ele pode e age dentro da nossa escolha e liberdade.

Só sei que hoje, depois de 15 anos, envergonhada e arrependida, me libertei de um grilhão que sequer achava que tinha. Estou até sentido as costas doloridas como quem acaba de tirar um pedra enorme de cima. Pedir perdão e perdoar-se é verdadeiramente um dos caminhos de "purificação".

Chiquinho tem todo o enrosco do mundo com esse termo: purificação. E a argumentação dele é bem coerente, passa por todos os rituais de flagelo que a humanidade pratica em nome de purificar-se, atos selvagens contra si e contra o próximo é que exemplificam a purificação na nossa história. Mas precisamos conversar ainda mais uma vez sobre isso para eu fixar bem a diferença do que eu chamo de purificação para que então possa procurar um termo mais adequado para falar dessa sensação que tenho.

Eu uso "purificação" para falar de que precisamos de uma limpeza de intenção para acessar Deus. Ainda não sei explicar isso direito, mas cada vez sinto isso mais claro. Se você reza cheio de amargor, culpa, tristeza e raiva, você não está rezando, você está desabafando. E não é que você não seja capaz de acessar Deus quandoe stá dessa forma; é. Porém nesse estado de espírito não consegue sorver os melhores elementos Dele, aqueles que te modificarão espiritualmente apenas por estar em Sua presença... É como se você só arranhasse a potencialidade daquilo que pode usufruir de Deus quando O acessa livre de fardos, positivo...

Uma analogia que me ocorreu agora é que é como tocar piano: você consegue tocar uma música desde o primeiro dia de aprendizado, porém só consegue ser um virtuose depois de passar pelos processos mais elaborados e ter se tornado hábil. Você sempre tira de Deus os Seus sons, mas "A MÚSICA", aquela que vai engrandecer a sua alma, você só consegue tirar-Lhe, quando houver se entregado completamente a Ele e para essa entrega é preciso estar puro.

É, ainda tenho muito o que sentir para explicar isso, mas é por ai...

E tudo isso só para deixar registrado que hoje me sinto mais pura.

E Chiquinho: registrado aqui porque NADA é mais poderoso que o amor de Deus por mim. É que a Miriam me lembrou essa semana que todo o poder da inveja, obstrução e energias negativas se resume - e se desfaz - em sintonia.

;-P

Fala sério se eu não tenho os melhores amigos do Universo?

27 de janeiro de 2010

É impressionante como a vida tem andado depressa. O tempo passa numa velocidade incrível e hoje, vivê-se muitos anos em um.

E a que devemos isso?

Na minha opinião à tecnologia que propiciou que tudo seja feito muito mais rápido e comodamente o que faz com que tenhamos mais tempo para pensar do que qualquer dia tivemos. E a vida começou a girar na velocidade dos nossos pensamentos.

Há 100 anos atrás para se tomar um simples banho, era preciso buscar água no poço, esquentar no fogão - a para tanto você tinha de buscar lenha, secar lenha, ajeitar a lenha, conseguir fazê-la pegar fogo e esperá-la virar um braseiro, mesmo nos fogões domésticos de metal -, encher a tina e só então você podia passar alguns minutos ali, usufruindo do banho. Hoje basta virar uma torneira e no mesmo instante a água cai sobre seu corpo na temperatura da sua escolha e preferência.

E a gente mal se dá conta do quão a vida anda mais fácil ultimamente né? O quão é prático e cômodo que ao invés de pegarmos a galinha no galinheiro e depená-la, como nossos avós tinham de fazer ou até mesmo nossos pais na infância, para poder fazer um almoço, precisemos só ir ao mercado e, se bobear, trazemos a danada até assada; no mínimo, temperada.

Gastávamos muito tempo, até pouco tempo, em tarefas voltadas para manter a existência, subsistir. Pouco era o espaço que havia para pensar, refletir, questionar, elaborar. Tudo "viajava" a uma velocidade de baixa a moderada, como eram as tarefas a serem executadas. Uma carta levava dias, para se ir de uma cidade a outra também. Hoje temos muito tempo livre e o ocupamos com atividades que usam cada vez mais a mente e menos o corpo e é isso que faz com que o mundo, como um todo, ande mais depressa.

Em uma única vida, vivemos várias. Resolvemos muitas pendências e criamos outras que muitas vezes também serão aqui resolvidas sem ficar para depois. Os acontecimentos se sucedem numa velocidade incrível e as relações também se multiplicam e definham muitas vezes na mesma proporção.

Cada vez mais fica evidente que o apego é um atraso de vida, pois nos faz parar no tempo numa época em que o tempo já não nos dá mais tempo para amarras.

Já pensou sobre isso?

18 de janeiro de 2010

Sábado foi o casamento da Clara e no almoço de comemoração do domingo eu fiz um brinde aos noivos que reproduzo aqui, pois para além das pessoas gostarem, eu achei que ficou bem bacana e sim, são conselhos práticos e fáceis de aplicar na vida a dois, garantido a sua saúde.

Quando comecei a escrever esse brinde percebi que queria falar coisas lindas e profundas sobre o casamento e logo constatei que não posso fazê-lo, pois nunca casei e então, não sei o que é escolher alguém para compartilhar a vida e, de fato, compartilhar a vida com essa pessoa. E como já aprendi que não devo falar daquilo que não conheço, pois o “acho” é sempre mais fácil que o “sei”, lá estava eu de volta à tarefa de saber o que dizer, pois sim eu queria dizer algo aos noivos.

Para piorar fui percebendo que a idéia que faço do casamento é um tanto contaminada pela minha vida profissional. É que os casais geralmente buscam terapia quando a situação já está tão feia entre eles, que é quase impossível recuperar a relação - e eles ainda saem dizendo que a culpa é do terapeuta - conclusão: acabo lidando com o lado mais feio e triste do casamento. Mas foi ai que me dei conta que justamente essa experiência profissional é que me faz saber que existem umas coisas que funcionam e que não funcionam, não só no casamento, mas em qualquer relação a dois. Assim sendo resolvi fazer uma listinha dessas coisas, como pequenos conselhos aos noivos e aos seus amigos:

1. O primeiro deles é que vocês se lembrem sempre de dizer “EU TE AMO”. Mesmo quando a raiva, o tédio, ou a TPM parecerem maior que o amor de vocês. Os afetos se nutrem cotidianamente de gestos de amor. O outro “sabe”, mas é muito importante “ver” e “ouvir”;

2. Lembre-se sempre que a única pessoa capaz de te fazer feliz é você mesmo. Só você sabe o que você precisa e como precisa. O outro é complemento importante para a sua felicidade, mas o essencial é você;

3. Evitem discutir a relação. DR basta uma por ano e outra por engano, isso quando os ânimos ficarem acirrados e, sim, os ânimos ficarão acirrados vez por outra. É que discussões implicam em vencer por argumentação e, embora digam por ai, as relações não são guerras ou jogos. Não existem territórios a serem conquistados; ninguém tem de vencer ninguém;

4. O próximo conselho é diretamente conseqüência do anterior: conversem, conversem sempre, conversem muito. Mas conversem como melhores amigos e não como amantes. Amigos tendem a compreenderem-se melhor. E aqui um alerta para as mulheres: se você disser ao seu parceiro que “não é nada” quando ele perguntar “o que você tem”, ele vai acreditar em você e te deixar em paz. Homens são seres crédulos;

5. Saibam de forma irrevogável que vocês não são obrigados a entender, concordar ou aceitar tudo o que o seu parceiro pensa, diz, sente ou faz. Porém são obrigados a respeitá-lo em todos os seus aspectos. Respeitem-se sempre, até quando parecer impossível;

6. Ninguém muda quando casa. As pessoas mudam quando querem e porque acham que devem. Por isso acredite em cada defeito do seu parceiro. É com eles que você irá conviver até que a morte – ou o juiz - os separe;

7. E para terminar, embora eu desconheça a vida sexual do casal, mas como a lista é baseada na minha experiência profissional, lá vão dois outros conselhos:
- Aos homens: as zonas erógenas femininas compreendem não apenas o corpo dela, mas toda a casa. Uma das coisas que mais deixa uma mulher excitada é perceber que a manutenção do bem-estar dos dois não depende só dela. E isso vale para o 1º, para o 10º e para o 50º ano de casados.
- Para as mulheres: é fato: os homens têm mais necessidade sexual do que as mulheres, geralmente. E isso vale para o 1º, para o 10º e para o 50º ano de casados. Ah! E a medicina já descobriu e comprovou que sexo é o melhor remédio para dor de cabeça.

“Que nem a morte os separe”!

31 de dezembro de 2009

Tem mais algumas coisas que aprendi esse ano e que acho importante dizer aqui:

Aprendi que é essencial a honestidade consigo e com o mundo quanto aos seus desejos. Admitir que quer e o que quer, mesmo que todos achem que você não deveria, ajuda a concentrar a energia para que seus sonhos se realizem. Mas essa honestidade não implica em sair contanto para todos os seus desejos, pois é verdade que tem um povo que adora torcer contra e a te dizer o porque, o que pode enfraquecer sua força. Então, algumas coisas é melhor guardar para si, mas admitir de coração aberto e honestamente que está seguindo naquela direção. Isso porque o Universo reage a todas as manifestações energéticas e pensar algo e afirmar verbalmente o contrário disso, faz com que as energias se confundam e a coisa não aconteça.

29 de dezembro de 2009

Esta é a última postagem desse ano. Hora de fazer o balanço e ver qual o saldo de 2009. De cara eu sei que foi positivo, mesmo que o ano tenha trazido perdas significativas como as do Érico e da Egle. Sem contar uma outra "perda" que determinou toda a mudança dum aspecto da minha vida, mas deixemos isso para lá, pois ainda é cedo para comentar.

Este foi o ano que me reconciliei com Deus. Foi o ano em que percebi que eu O tinha como inimigo e não como aliado; que achava que tinha de lutar fazer minha vontade prevalecer em relação à Dele, pois Ele não estava nunca meu favor. Foi o ano no qual comecei a entender um tanto de coisas e entendendo descobri que entender não faz com que aceitemos, embora adoremos achar que sim. Podemos entender e não aceitar e podemos aceitar algo sem entender.

Foi o ano em que conquistei a certeza de que Deus não faz nada inutilmente, não desperdiça uma ação e que mesmo que eu não saiba sua finalidade - e mesmo que morra de raiva na hora - aprendi que posso confiar na vida, em Deus e permanecer. Aliás, foi o ano em que optei por permanecer e não fugir. Consequentemente foi o ano no qual aprendi a ser um pouco mais paciente. Em 2010 continua o aprendizado.

Foi o ano em que deixei de perder tempo tentando conquistar quem não se conquista; que deixei de perder tempo com relações que me fazem mal, mesmo que o amor que as motive seja verdadeiro. Ou a forma de expressar o amor por mim me nutre, ou não adianta me amar, muito menos manter.

Foram descobertas feitas em meio a muita dor, pois perder ilusões sempre dói; MUITO. Porém é aquilo né? O alívio, tranquilidade, paz e contentamento que vem depois valem cada lágrima derramada no percurso.

Também foi o ano em que amigos jovens morreram, eu que nunca havia perdido um amigo até hoje. E não sei explicar porque, nem consigo entender, mas aceito que a vida é assim e que "apesar de" tenho de procurar ser feliz. Por mim e por eles. Então 2009 foi um ano bom, mas que lembrar dói. E hoje chorei no ônibus quando lembrei.

Foi um ano em que me senti muito amada e percebi o quanto ser amada faz bem. Por um homem e por amigos. Tenho certeza que tenho uma história de amor privilegiada, embora nem sempre fácil, e que não quero abrir mão dela ou dele por nada ou ninguém. Então descobri que é preciso focar no que queremos e que isso geralmente implica em abrir mão das coisas que não queremos,mas mantemos enquantro o que queremos não vem. E isso porque elas nos dispersam e fazem gastar energia com o que não vai dar em nada nem acrescentar nada. Descobri que quero viver esse amor cotidianamente, pois ele me nutre e eu adoro ser feliz; e ele me faz feliz.

Foi o ano em que, diferente de dois anos atrás, descobri que minha mãe está mesmo curada do coração e voltou a vitalidade que lhe é tão característica. E sou tão grata por isso, meu Deus! Deus e os médicos do Centro de Referência do Idoso do Hospital do Mandaqui. Tanto e tanto que uma das primeiras tarefas de 2010 é fazer uma carta aberta de agradecimento ao CRI.

Resumindo, 2009 foi ótimo por ter sido um ano de grandes aprendizagens, grandes desprendimentos e grandes conquistas. E sei que 2010 será muito, muito feliz, pois mais aprendizado virá e eu me sentirei cada dia mais livre, mais feliz e evoluindo ininterruptamente.

Feliz 2010 para TODO o MUNDO!

Que o amor divino se manifeste em cada um de nós e através de cada um de nós!

1 de dezembro de 2009

Foram entrevistas dadas e lidas, programas de TV e conversas com amigas que me fizeram perceber com clareza, nesses últimos dias, que a mulher precisa urgentemente se repensar. Não está dando tanta chatice e subjetividade. E o pior? A maior vítima disso tudo está sendo ela mesma.

Me pediram numa entrevista e dei um exemplo da diferença entre homens e mulheres:

Situação 1:
mulher promete ligar pro marido num dia de trabalho carregadíssimo, e por conta disso não o faz. Ele fica puto, mas entende que é trabalho e fica por isso mesmo.

Situação 2: marido promete ligar pra mulher num dia de trabalho carregadíssimo e não o faz. Ela fica puta, sabe que ele não ligou por ter MUITO trabalho, mas logo começa a pensar nos motivos ocultos de desgaste de amor e relação para ele não ter ligado e que está, provavelmente, escondendo na 'desculpa' de estar lotado de trabalho. Quase certeza que ela vai ligar para ele ao longo do dia tentando descobrir e/ou discutir isso. Chegando em casa - e por mais alguns dias - ela vai voltar no assunto inúmeras vezes.

Vi darem outro exemplo no programa Happy Hour da GNT: ela coloca o short e achando que não ficou realmente bom, vai perguntar para o namorado/marido a sua opinião. Ele olha e diz que ficou bom, pois não liga para as mesmas coisas que ela quando se trata de roupa. Ela não aceita a opinião dele e, insatisfeita, segue refazendo a pergunta até que ele, num esforço de ver dentro da ótica dela, diz que realmente está um pouco justo. Pronto! Terão uma discussão porque ele não foi sincero desde o começo dizendo o que pensava! Mas foi né? Ela é quem não o foi consigo mesma sobre o que achou da própria roupa e trocou. Não, preferiu ir aporrinhar o macho para ouvir dele o que já sabia e quando este cedeu e quis ser empático, se fodeu. E é clássico saber que se ele tivesse dito que não na primeira vez em que ela perguntou, também teria escutado por dizer que ela está gorda. C-h-a-t-a.

Outro exemplo extraio das conversas com as amigas solteiras e descasadas quando dizem e descrevem o homem que querem ter. Não querem. E não querem porque não querem um homem, querem uma mulher. Uma mulher que tenha pinto, testosterona, pegada forte e músculos, mas uma mulher. Isto por que esperam dos homens atributos que não são do masculino, são do feminino. Enchi o saco de uma amiga outro dia para que ela especificasse o que é "ser cuidada" por um homem - item principal da sua lista - e ela não soube dizer. Uma por ser esperta e me conhecer, então sabia que eu estava prontinha para lhe dar o bote. É, ela queria cuidados que mulher dá e não homem. Homem não cuida, o fato é esse. Ele vai te levar ao médico, ele vai te fazer companhia, vai te dar banho se preciso for, mas ele não vai passar muito tempo do dia dele - talvez mesmo nenhum tempo - se perguntando se você está bem, está feliz ou tendo prazer no seu cotidiano, simplesmente porque ele sabe que estas são coisas que só dizem respeito a você. E mesmo que ele saiba que você está infeliz, sabe também que só você pode ter as ações necessárias para mudar essa condição. O máximo que ele pode te dar é apoio. E ele, sinceramente e de coração super aberto, espera e quer que você seja capaz de cuidar de si mesma. Muitas mulheres querem ser tutoradas pelos homens, mesmo que esse nãos eja o caso específico da amiga com quem tive essa conversa.

E é claaaaaaaro que existem exceções, mas aqui estamos falando do grosso modo tá?

Essa mesma amiga me perguntou se eu achava que esse era o motivo do assustador aumento da homossexualidade masculina e consequentemente da feminina - por falta de opção - e obteve como resposta o que esperava: sim. Ai chegou a vez dela de achar que ia me encurralar, mas estava redondamente enganada, ao menos ainda... rs... Disse que como podia ser isso se sempre defendi que a homossexualidade não é adquirida, uma escolha, mas antes é inata, ou seja: uma capacidade para amar com a qual a pessoa já nasce. Mas é mesmo! Só que como aconteceu com o os olhos depois do advindo da televisão (há algumas décadas, diferente de hoje, as crianças nasciam der olhos fechados levando de 7 a 10 dias para abrí-los), que exigiu uma maior especialização ocular e esta tem se tornado ainda maior depois dos vídeos-games e computadores, fazendo com que, inclusive, os bebês nasçam com cérebros maiores e mais aptos a lidar com tecnologia, atualmente o bebê do sexo masculino já nasce com a pré-indisposição adquirida do pai à chatice feminina. Infelizmente não tenho como provar isso...

E de novo: não fossem as mulheres as maiores vítimas de si mesmas, eu até me calava. E não quero dizer que os homens sejam um primor e não tenham nada a melhorar, muito pelo contrário. Porém acho que diante de tanta chatice e exigência, eu também me recusaria sabe?

Conheço mulheres que, por exemplo, punem seus maridos por erros cometidos há anos atrás. Isso mesmo, anos e anos de punição porque ele errou. E sinceridade? A maioria das vezes quando você vai olhar a situação a fundo, ele não errou, ela é quem esperou dele coisas que ele não podia dar e, aliás, nunca prometeu dar. Ela é quem amou e apostou no pontencial dele e não na pessoa em si. Preferiu acreditar na ilusão e não no que de real tinha diante de si, uma vez que potencial nunca é manifesto e nem tem obrigação de vir a ser, minha gente. Falando sério? E quem é que aguenta ser punido por anos a fio? Mais: que ego é esse que se ofende de um tanto que promove a-n-o-s de punição? Não é se valorizar demais não?? Afinal, todos somos capazes de erros terríveis. T-o-d-o-s.

A maioria das mulheres se tornaram chatas por serem apegadas a coisas insignificantes que, pior de tudo, as fazem extremamente infelizes, simplesmente por não conseguirem focar no que realmente importa que é a simplicidade e leveza de SER. Vivem de sonhos e projetos irreais que levem muito pouco em consideração o que os homens realmente são e podem dar. Os exemplos que dei acima falam por si só do quanto se perdeu de foco atualmente. O resultado prático disso é que o homem cansa e um dia vai embora e o triste é que as mulheres seguem sem saber onde é que estão errando... Está duvidando de mim? Faça uma enquete perguntando às mulheres que você conhecem e que se sentem felizes nas relações e verá que o são justamente por amarem o que têm e não o que gostariam.

Olha, e é óbvio que isso tudo tem uma contextualização histórica que remonta ao feudalismo e nasce junto com a concepção de amor romântico, no entanto, independente da causa, acho que está mais do que na hora da mulher admitir que está errando na mão e se reformular para benefício de si mesma.

Defendo e seguirei defendendo a crença de que no dia em que a mulher cair em si, parar de se auto-sabotar e passar a ser generosa - de verdade - consigo e com o próximo, transformará o mundo. Até lá o que veremos é isso mesmo: homens cada vez mais arredios e mulheres cada vez mais sozinhas.
Eu sei, eu sei... Vocês pensaram que morri ou desisti do blog, mas não.. Ainda não! Estava aqui confabulando algumas coisas, nas duas últimas semanas, a principal delas é a condição da mulher atual.

E vou começar a falar sobre meus pensamentos defendendo "Lua Nova" tanto nas telas quanto nos livros. Me perdoem o que odeiam a série, mas quando os ouço falar e justificar, a única coisa que penso é: "não entenderam foi nada!".

De todos os livros que já li - e creiam-me, já li milhares deles - os da Stephenie Meyers são os que melhor descrevem os estados emocionais da paixão e suas consequências quando dá e quando não dá certo. Lua Nova, principalmente, mostra o quão chata fica uma mulher quando perde um grande amor. Veja, não é um amor qualquer que se perde, mas aquele que você sabe, tem certeza absoluta que será seu pelo resto da vida e que ninguém será capaz de te fazer esquecer, mesmo que você não o viva; mesmo que verdadeiramente ame outros. É isso que a Bella afirma quando diz ao Jacob no fim de Lua Nova: Eu te amo, mas nâo me faça escolher; porque será ele. Sempre foi ele". E essa é a mais irrevogável verdade.

E a Bella da tela está infinitamente menos chata que a dos livros, creiam-me. Durante a leitura, muitas vezes você pensa em desistir por não suportar a chatice absurda da personagem. Mas somos nós ali descritas né? Se algum homem quiser saber como ficamos quando ganhamos um pé na bunda, leia o livro. É naquela coisa que nos transformamos. Alguém que beija a morte de tão perto que chega dela.

Muita gente também critica o ator Robert Petterson e o seu personagem Eduard. A crítica mais elogiosa ao ator é aquela que diz que ele, ao interpretar, "parece um morto". Alôu?!? Ele é um morto! Um zumbi praticamente! E se está te deixando com essa sensação, parabéns! Sinaliza que está completamente dentro do personagem!

A maioria das criticas, no entanto, faz pensar que as pessoas estão esperando os vampiros de sempre, aqueles que estamos acostumados a ver através dos milhares de anos de inconsciente coletivo. E é esse o grande engano. Não são. São uma categoria diferente, como nós hoje somos pessoas diferentes daquelas que foram nossos ancestrais há 200 anos. Nem melhores, nem piores, apenas diferentes. É, até os estereótipos evoluem.

Eduard é um morto, principalmente no aspecto afetivo, e através da relação com a Bella vai descobrindo e ganhando contornos humanos que sequer chegou a ter enquanto vivo, visto que morreu aos 17 anos e à época só pensava em participar da guerra. Ele nunca amou ou se apaixonou, e tem de fazê-lo partindo somente do que ouviu falar sobre ao longo de 108 anos, ou seja: referencial interno, zero. Tanto e tanto que ele não suspeita que a paixão pela Bella seja isso. Inicialmente a sente como um desejo especial pelo sangue dela. E não é exatamente isso para qualquer um de nós? Não nos é o cheiro da pessoa amada completa e absolutamente diferente de qualquer outro?

Stephenie Meyrs não pretende discutir a relação amorosa. Parece apenas querer mostrar os contornos e o quanto esta pode expandir nossos limites, e faz isso perfeitamente. Ela conta uma história. Refletir sobre ela e papel nosso; ou não. Já tive várias Bellas e outros tantos Eduards no meu consultório ao longo dos quase 20 anos de profissão. Também já fui Bella e já fui Eduard, e é por isso que a história me cala tão fundo.

Não digo que o filme seja um clássico, porém ele não ousa criar outra história a partir do livro, e acho isso ótimo. Ele quer e conta a mesma história; dá vida àqueles personagens descritos no papel. É exatamente isso que espero de uma adaptação de livros. Tem muita gente que acredita que o cinema é a grande arte justamente por propor questionamento, porém eu acho que ainda o é até quando não questiona nada, apenas expõe e deixe que pensemos por nós mesmos, ou - de novo - não. É como tudo né, minha gente? Quando se está pronto a pensar algo de forma mais profunda, até desenho de criança motiva.

Tem um outro livro antigo que também fala da perda de um amor, mas principalmente da superação deste, de forma perfeita. É voltado também para o público adolescente - e porque será que são sempre os adolescentes que falam da intensidade da dor e da paixão tão bem? - chamado Júlia dos sete aos dezessete da Irene Hunt. Quem quiser ver os processos do ponto de vista feminino, leiam-no.

22 de novembro de 2009

Escrevi a um amigo agora dizendo o quanto me impressiona constatar que aos 42 me vejo novamente na posição de aprendiz, uma vez que tudo o que aprendi até agora me parece insuficiente para alcançar a vida e felicidade que almejo.

Não que seja inútil, porém me parece que o que sei serve mais para me fazer ver com clareza que nada sei de certo, para além de me fazer sofrer com afinco e dedicação. Há alguns dias penso nisso e hoje, diante do espelho, completamente pelada, rezei:

"Deus, nua e despida de tudo, por dentro e por fora, me entrego a Ti mais uma vez. Me oriente, me intua, e me guie, visto que nada sei dos caminhos que podem me levar aonde quero, uma vez que, constato, os velhos conhecimentos não servem à felicidade que almejo agora, tão acostumada que estou em fazer-me sofrer. Estou aqui Deus, disposta a aprender Contigo mais uma vez".

Quando abri os olhos me vi linda, como raramente consigo me achar. Estar desperta e alinhada com Deus realmente nos faz mais belos.