Durante muitos anos eu cantarolava uma música e não sabia o nome e nem quem cantava. Quer dizer, eu achava que era a Cláudia Telles e assim revirava sites, programas de baixar música e nada. Ai, conversando com uma amiga - que também achava que a música era da Cláudia - ela acabou descobrindo quem cantava e o nome da Música. Baixei-a e agora upei-a para colocá-la aqui.
AMO essa música, o estado de paixão que ela traduz...
É, e agora que achei como colocar música nos posts, me agüentem! rs...
31 de maio de 2008
29 de maio de 2008
Música do dia:
Right To Be Wrong
Joss Stone
I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone
I've got a right to be wrong
I've been held down too long
I've got to break free
So I can finally breath
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
Got a right to be wrong
So just leave me alone
You're entitled to your opinion
But it's really my decision
I can't turn back I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm going to faced it willingly
I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
Flesh and blood to the bone
See, I'm not made of stone
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
I've got a right to be wrong
I've been held down to long
I've got to break free
So I can finally breath
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
Right To Be Wrong
Joss Stone
I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone
I've got a right to be wrong
I've been held down too long
I've got to break free
So I can finally breath
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
Got a right to be wrong
So just leave me alone
You're entitled to your opinion
But it's really my decision
I can't turn back I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm going to faced it willingly
I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
Flesh and blood to the bone
See, I'm not made of stone
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
I've got a right to be wrong
I've been held down to long
I've got to break free
So I can finally breath
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
28 de maio de 2008
27 de maio de 2008
Faxina daquelas: quarto limpíssimo e eu cheirando a cloro de um jeito que nem banho e nem creme deram conta ainda. Logo, logo encaro o segundo banho, pois esse cheiro já, já me deixará com dor de cabeça. Amanhã... não, tem hospital; quinta... não, tem paciente nova (u-húúúúúúúú!); sexta-feira eu encaro o guarda-roupa e, finalmente, as gavetas da cômoda receberão os separadores que comprei há mais de ano e que ainda estão ali, guardados, esperando que eu os monte nelas. Tentativa de manter todas as coisa nos lugares certos. Às vezes acho que essa é a batalha da minha vida... Porém não sei se existem mesmo os tais lugares certos... Enfim... E assim mesmo arrumar/limpar/organizar me faz bem. Sensação de que vou arrumando fora e arrumando dentro ao mesmo tempo, e de que desta forma vou começar os 41 anos mais "aprumada".
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Ontem achei umas meditações bárbaras e fiz uma sequência toda delas. Me ajudaram e ficar mais calma e perceber algumas coisas sobre mim mesma, a principal delas? Ando de saco cheio da literalidade, principalmente por ser a sua maior vítima. Caracas! Como levo tudo ao pé-da-letra!!! Ando até com saudades da subjetividade, das metáforas, do simbólico...
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As pessoas mentem né? Todas elas. Todas nós. Dizemos o que não fazemos. Fazemos e não admitimos. Apregoamos o que gostaríamos de ser como se já fôssemos. Tentantiva de, ao falar, transformar o projeto em realidade? Pode ser...
Algumas pessoas me definem como alguém de quem não se escreve o que fala; ou não se grava em metal o que escrevo, pois mudo muito de opinião. E é verdade. E me prefiro assim... Eu sei, eu sei, parece incoerente que eu debata e defenda um ponto de vista de forma acirrada e apaixonada por horas e depois ainda vá pensar muito sobre o assunto, principalmente em tudo o que ouvi. E se em algum momento dessa reflexão me der conta que a outra pessoa tem razão, vou mudar de opinião sobre o que quer que for e faço isso de boa, sem grandes preocupações, uma vez que a única coisa certa na vida é a morte e, no entanto, não sabemos quando esta chegará. E também porque meu único compromisso é com a minha felicidade e se eu descobrir que não estou no caminho certo para conquistá-la, bora mudar de rumo, de crenças, de valores, o que for!
O que preciso entender é que embora muita gente não admita, também mentem sobre si mesmas e para si mesmas, principalmente quando agem como juram que não. Desde muito pequena acredito no que as pessoas falam e levo à sério qualquer coisa que digam acerca de si. Já me meti em várias encrencas por conta disso, mas não atentei para a necessidade de mudar... Enfim... Depois fico chocada e decepcionada quando agem de maneira diferente daquilo que apregoam... Não as pessoas mutantes como eu, que têm paixão, mas têm mobilidade, mas aquelas que mantém uma rigidez acerca do que são e fazem sabe? As pessoas que se conhecem e sabem tudo de si? As fodonas? Essas. E começa por ai justamente o motivo pelo qual eu deveria desconfiar delas né? Ninguém se conhece e sabe tudo de si e eu poderia usar um calhamaço de teorias e bibliografia para provar e comprovar o que digo, mas não vou. É simples assim: ninguém se conhece completamente, pois não fomos expostos a todas as possibilidades existênciais e nem seremos. Muitas das nossas ações só se definem - e nos definem - ali, no momento crucial de reagir a um fenômeno. E como nos surpreendemos conoscos mesmos nesses momentos! 90% das vezes não fazemos nada do que acreditávamos que faríamos!
Posso dizer que sei de mim, mas nem sempre. Porém confio em mim, pois sei que tenho um coração bom e que acredito no bem sobre todas as coisas. Sei que para muita gente isso é pouco, mas eu estou satisfeita.
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E agora estava aqui pensando que nas discussões e na hora da raiva tenho um discurso de fodona... Pois, encarno a própria! Mais fodona que eu impossível!!! Mas sabe porque? Minha família é repleta de mulheres assim. É uma persona que pelo visto está incrustrada nos meus ossos...
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É, e tem o tombo da quinta que me faz pensar em que estou mexendo no meu eixo, mas de repente comecei a achar que cai por, na verdade, estar querendo me fazer rígida em algumas coisas quando não o sou. Não, não estou querendo ludibriar a minha proposta de adquirir disciplina, não. Estou e seguirei trabalhando nisso. O x é que disciplina não tem nada a ver com rigidez, embora muitos as confundam. Disciplina é fazer algo, mesmo que não seja extremamente prazeiroso no momento, visando os resultados que são benéficos, logo ali na frente. Rigidez é achar que as coisas são só de um jeito, que existe apenas uma possibilidade de existir, de fazer algo, de sentir e etc.
E eu estava tentando deixar de ser mutante...
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E também tenho pensado no amor. Mais especificamente no fato das pessoas não amarem quem somos, mas aquilos que elas gostaríam que fôssemos. Porque as pessoas têm sempre de achar que a gente tem de mudar em algo para sermos melhores? E ai vai a primeira questão relevante no que tenho pensado: melhores para quem; para nós mesmo ou para elas? A resposta é óbvia...
Porque apenas não nos olham, nos percebem, se perguntam se convivem com quem somos, em paz e com alegria, e pronto: ou ficam conosco ou seguem em frente? Não, têm sempre um projeto para transformarem o que somos no que acreditam que deveríamos ser. A isso se junta o projeto que nós mesmo temos de quem deveríamos ser e o que resulta é numa zona do caramba!
Não me lembro de ter querido mudar alguém que amei... Mas lembro de todas as vezes em que quiseram me mudar. E que foi esse o motivo pelo qual me afastei. Já deixei pessoas de lado por não serem como eu precisava, mas nunca por eles serem o que são. Dá para perceber a diferença? A pessoa é o que é e sempre será um milagre por conta disso. Porém, algumas vezes o que alguém é, não atende as minhas necessidades e então a relação não me nutre. Com isso parto em busca de outras que me alimentem. O problema não é ela e nem sou eu. Simplesmente acontece e faz parte da diversividade de possibilidades que compõe o que chamamos "viver".
Sim, às vezes eu também sugiro que a pessoa deva tentar mudar isso ou aquilo em si mesma, mas não porque o que ela é me incomoda, mas por perceber que ela se incomoda ou que aquilo atrapalha a sua vida afastando-a dos seus sonhos. E só faço isso com pessoas muito queridas e muito íntimas e se a relação que mantemos tiver abertura para tanto. Tenho pessoas queridas e íntimas para as quais jamais sugeri absolutamente nada, mesmo percebendo algo, simplesmente por não sentir abertura.
Eu acredito que amor, amor mesmo, não quer que o outro mude; ama o que ele já é. Acredito também que sabedoria é ter consciência de que ninguém muda porque queremos, planejamos, isso só acontece quando a pessoa acha que deve; e ela pode passar a vida toda sem sequer aranhar essa percepção... Então sábio é quem não desperdiça o amor ou a vida numa pessoa que não é e talvez nunca seja: ela ama o que relamente existe.
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Ninguém imagina a vontade de me esbaldar tomando Coca-Cola ontem à noite, mas eu resisti bravamente!
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Ontem achei umas meditações bárbaras e fiz uma sequência toda delas. Me ajudaram e ficar mais calma e perceber algumas coisas sobre mim mesma, a principal delas? Ando de saco cheio da literalidade, principalmente por ser a sua maior vítima. Caracas! Como levo tudo ao pé-da-letra!!! Ando até com saudades da subjetividade, das metáforas, do simbólico...
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As pessoas mentem né? Todas elas. Todas nós. Dizemos o que não fazemos. Fazemos e não admitimos. Apregoamos o que gostaríamos de ser como se já fôssemos. Tentantiva de, ao falar, transformar o projeto em realidade? Pode ser...
Algumas pessoas me definem como alguém de quem não se escreve o que fala; ou não se grava em metal o que escrevo, pois mudo muito de opinião. E é verdade. E me prefiro assim... Eu sei, eu sei, parece incoerente que eu debata e defenda um ponto de vista de forma acirrada e apaixonada por horas e depois ainda vá pensar muito sobre o assunto, principalmente em tudo o que ouvi. E se em algum momento dessa reflexão me der conta que a outra pessoa tem razão, vou mudar de opinião sobre o que quer que for e faço isso de boa, sem grandes preocupações, uma vez que a única coisa certa na vida é a morte e, no entanto, não sabemos quando esta chegará. E também porque meu único compromisso é com a minha felicidade e se eu descobrir que não estou no caminho certo para conquistá-la, bora mudar de rumo, de crenças, de valores, o que for!
O que preciso entender é que embora muita gente não admita, também mentem sobre si mesmas e para si mesmas, principalmente quando agem como juram que não. Desde muito pequena acredito no que as pessoas falam e levo à sério qualquer coisa que digam acerca de si. Já me meti em várias encrencas por conta disso, mas não atentei para a necessidade de mudar... Enfim... Depois fico chocada e decepcionada quando agem de maneira diferente daquilo que apregoam... Não as pessoas mutantes como eu, que têm paixão, mas têm mobilidade, mas aquelas que mantém uma rigidez acerca do que são e fazem sabe? As pessoas que se conhecem e sabem tudo de si? As fodonas? Essas. E começa por ai justamente o motivo pelo qual eu deveria desconfiar delas né? Ninguém se conhece e sabe tudo de si e eu poderia usar um calhamaço de teorias e bibliografia para provar e comprovar o que digo, mas não vou. É simples assim: ninguém se conhece completamente, pois não fomos expostos a todas as possibilidades existênciais e nem seremos. Muitas das nossas ações só se definem - e nos definem - ali, no momento crucial de reagir a um fenômeno. E como nos surpreendemos conoscos mesmos nesses momentos! 90% das vezes não fazemos nada do que acreditávamos que faríamos!
Posso dizer que sei de mim, mas nem sempre. Porém confio em mim, pois sei que tenho um coração bom e que acredito no bem sobre todas as coisas. Sei que para muita gente isso é pouco, mas eu estou satisfeita.
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E agora estava aqui pensando que nas discussões e na hora da raiva tenho um discurso de fodona... Pois, encarno a própria! Mais fodona que eu impossível!!! Mas sabe porque? Minha família é repleta de mulheres assim. É uma persona que pelo visto está incrustrada nos meus ossos...
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É, e tem o tombo da quinta que me faz pensar em que estou mexendo no meu eixo, mas de repente comecei a achar que cai por, na verdade, estar querendo me fazer rígida em algumas coisas quando não o sou. Não, não estou querendo ludibriar a minha proposta de adquirir disciplina, não. Estou e seguirei trabalhando nisso. O x é que disciplina não tem nada a ver com rigidez, embora muitos as confundam. Disciplina é fazer algo, mesmo que não seja extremamente prazeiroso no momento, visando os resultados que são benéficos, logo ali na frente. Rigidez é achar que as coisas são só de um jeito, que existe apenas uma possibilidade de existir, de fazer algo, de sentir e etc.
E eu estava tentando deixar de ser mutante...
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E também tenho pensado no amor. Mais especificamente no fato das pessoas não amarem quem somos, mas aquilos que elas gostaríam que fôssemos. Porque as pessoas têm sempre de achar que a gente tem de mudar em algo para sermos melhores? E ai vai a primeira questão relevante no que tenho pensado: melhores para quem; para nós mesmo ou para elas? A resposta é óbvia...
Porque apenas não nos olham, nos percebem, se perguntam se convivem com quem somos, em paz e com alegria, e pronto: ou ficam conosco ou seguem em frente? Não, têm sempre um projeto para transformarem o que somos no que acreditam que deveríamos ser. A isso se junta o projeto que nós mesmo temos de quem deveríamos ser e o que resulta é numa zona do caramba!
Não me lembro de ter querido mudar alguém que amei... Mas lembro de todas as vezes em que quiseram me mudar. E que foi esse o motivo pelo qual me afastei. Já deixei pessoas de lado por não serem como eu precisava, mas nunca por eles serem o que são. Dá para perceber a diferença? A pessoa é o que é e sempre será um milagre por conta disso. Porém, algumas vezes o que alguém é, não atende as minhas necessidades e então a relação não me nutre. Com isso parto em busca de outras que me alimentem. O problema não é ela e nem sou eu. Simplesmente acontece e faz parte da diversividade de possibilidades que compõe o que chamamos "viver".
Sim, às vezes eu também sugiro que a pessoa deva tentar mudar isso ou aquilo em si mesma, mas não porque o que ela é me incomoda, mas por perceber que ela se incomoda ou que aquilo atrapalha a sua vida afastando-a dos seus sonhos. E só faço isso com pessoas muito queridas e muito íntimas e se a relação que mantemos tiver abertura para tanto. Tenho pessoas queridas e íntimas para as quais jamais sugeri absolutamente nada, mesmo percebendo algo, simplesmente por não sentir abertura.
Eu acredito que amor, amor mesmo, não quer que o outro mude; ama o que ele já é. Acredito também que sabedoria é ter consciência de que ninguém muda porque queremos, planejamos, isso só acontece quando a pessoa acha que deve; e ela pode passar a vida toda sem sequer aranhar essa percepção... Então sábio é quem não desperdiça o amor ou a vida numa pessoa que não é e talvez nunca seja: ela ama o que relamente existe.
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Ninguém imagina a vontade de me esbaldar tomando Coca-Cola ontem à noite, mas eu resisti bravamente!
Eu não vinha me sentindo bem comigo mesma. Estava extremamente melindrada - recebendo qualquer comentário como ataque pessoal - e quando comecei a perder o pé e ser grossa com as pessoas que amo, percebi que era o momento de fazer algo que há muitos anos não fazia: conchar. Traduzindo: isolei-me para poupar as pessoas do meu mau-humor e gênio, e aproveitei a deixa para pensar e repensar a mim mesma. Algo válido a qualquer momento, mas que me parece mais às portas de fazer aniversário.
Sei que pode ser o Inferno Astral me transformando numa velha rabugenta e ranzinza (brincadeirinha!) ou, o mais provável, a disfunção hormonal me colocando numa TPM alucinada quase que os 30 dias do mês, mas até para mim é difícil de acreditar que essas não sejam apenas justificativas para esconder outras coisas - mimo, mau gênio, obsessão*, babaquice - mesmo tendo sentido na carne o quão maluca já fiquei durante três meses por conta de hormônios enlouquecidos. Como defendo a teoria de que a TPM não cria nada, só amplia conteúdos pré-existentes, resolvi que era hora de parar e olhar para essas coisas. A minha preocupação nem era o mal que eu poderia vir a fazer a alguém, ou às minhas relações (quem ama perdôa sempre?), mas sim o fato de que eu realmente estava me sentindo muito mal: ansiosa, chorona, irritada, raivosa, angústiada, triste... E como decidi que estes estados não perdurariam em mim (é como tomar veneno e esperar que o outro morra, mesmo), fiz o que achei que era o mais acertado para o momento...
Não, não deixei de acessar a Internet durante esse meu "retiro espiritual", porém deixei de estar on-line nos comunicadores instantâneos: MSN, Skype e ICQ. Sinto saudades das pessoas e conversas, às vezes fico off-line só para curtir o povo entrando e saindo, mas não tenho vontade de falar com ninguém ainda, dá para entender? Também não pretendo ficar muitos dias longe, só até que eu me sinta menos vulnerável/louca.
Estou escrevendo algumas coisas e vou publicá-las aqui também... Quem sabe não serve para mais alguém né? Ou como diz uma amiga, minimamente para me conhecerem um pouco mais.
*Obsessão: eu obsediada por um sentimento meu.
Sei que pode ser o Inferno Astral me transformando numa velha rabugenta e ranzinza (brincadeirinha!) ou, o mais provável, a disfunção hormonal me colocando numa TPM alucinada quase que os 30 dias do mês, mas até para mim é difícil de acreditar que essas não sejam apenas justificativas para esconder outras coisas - mimo, mau gênio, obsessão*, babaquice - mesmo tendo sentido na carne o quão maluca já fiquei durante três meses por conta de hormônios enlouquecidos. Como defendo a teoria de que a TPM não cria nada, só amplia conteúdos pré-existentes, resolvi que era hora de parar e olhar para essas coisas. A minha preocupação nem era o mal que eu poderia vir a fazer a alguém, ou às minhas relações (quem ama perdôa sempre?), mas sim o fato de que eu realmente estava me sentindo muito mal: ansiosa, chorona, irritada, raivosa, angústiada, triste... E como decidi que estes estados não perdurariam em mim (é como tomar veneno e esperar que o outro morra, mesmo), fiz o que achei que era o mais acertado para o momento...
Não, não deixei de acessar a Internet durante esse meu "retiro espiritual", porém deixei de estar on-line nos comunicadores instantâneos: MSN, Skype e ICQ. Sinto saudades das pessoas e conversas, às vezes fico off-line só para curtir o povo entrando e saindo, mas não tenho vontade de falar com ninguém ainda, dá para entender? Também não pretendo ficar muitos dias longe, só até que eu me sinta menos vulnerável/louca.
Estou escrevendo algumas coisas e vou publicá-las aqui também... Quem sabe não serve para mais alguém né? Ou como diz uma amiga, minimamente para me conhecerem um pouco mais.
*Obsessão: eu obsediada por um sentimento meu.
24 de maio de 2008
18 de maio de 2008
E ai um dos assuntos de ontem era as pessoas que querem chamar a atenção sobre si mesmas, se tornarem marcantes e o fazem pelo lado negativo falando demais, tentando controlar o incontrolável e delimitar - feito cachorro demarcando com xixi os quatro cantos de um território - um espaço que na maioria das vezes, só existe na cabeça delas. E a coisa acaba sendo tão exagerada e soa tão falsa que se torna desagradável e pedante. NO entanto irei poupá-los da descrição dos fatos e levá-los direto à conclusão:
O ser humano é um ser tão bobo que não consegue perceber que a maneira mais acertada de chamar a atenção sobre si e cativar o outro é a generosidade. Quanto mais generosa uma pessoa for com a outra, mais ela cairá na graça alheia. Deixar que o outro fale, observá-lo, vê-lo e escutá-lo verdadeiramente são as únicas coisas capazes de garantirem um lugar no coração alheio. Porque não somos uma raça boa em essência. Somos egoístas e orgulhosos e só achamos legais as pessoas que abrem espaço para que existamos. Qualquer pessoa que tente ganhar à força um espaço que consideramos nosso, acaba conseguindo é nosso desprezo, mesmo que silencioso.
O ser humano é um ser tão bobo que não consegue perceber que a maneira mais acertada de chamar a atenção sobre si e cativar o outro é a generosidade. Quanto mais generosa uma pessoa for com a outra, mais ela cairá na graça alheia. Deixar que o outro fale, observá-lo, vê-lo e escutá-lo verdadeiramente são as únicas coisas capazes de garantirem um lugar no coração alheio. Porque não somos uma raça boa em essência. Somos egoístas e orgulhosos e só achamos legais as pessoas que abrem espaço para que existamos. Qualquer pessoa que tente ganhar à força um espaço que consideramos nosso, acaba conseguindo é nosso desprezo, mesmo que silencioso.
Dois sábados saindo fora para jantar com Neto e os garçons conseguem nos fazer desviar a atenção de nós mesmos. Sim porque sair com Neto é adentrar num universo tão particular e nosso que creiam-me, poucas pessoas conseguem interferir, mas os garçons têm conseguido essa proeza durante as refeições.
O primeiro foi o Barros, lá do Conchetta, no Bexiga. Simpatíssimo. Mas tanto e tanto que a gente quase precisava ajoelhar no chão e postar as mãos pra ele entender que não, não queríamos comer o que ele nos oferecia, nem um pedacinho só que fosse. E ai ficávamos eu e Neto em estado de alerta e com o riso preso quando ele se aproximava... No fim da noite estávamos quase tirando os pratos da mesa pra ver se dava resultado.
Ontem o restaurante era japonês: Kempô, em Santa Terezinha, e tudo corria bem enquanto era um garçom quem nos atendia. Porém, do meio pro fim da refeição chegou uma garçonete e a coisa começou a ficar o inverso do que foi com o Barros no Concheta; mais um pouco e ela iria nos tirar do restaurante e ter um ataque histérico se, por ventura, algum cliente chegasse. Serviu a sobremesa, trouxe as águas, a conta, serviu os copos incessantemente para retirar as garrafas, e veio buscar a conta antes sequer de terminarmos de comer e olharmos pra dita cuja. Nessa hora Neto, com toda a delicadeza que lhe é peculiar, disse que ela esperasse que quando terminássemos chamaríamos por ela. E a gente segurando o riso, claro. Bastava a moça se aproximar e ficávamos tensos e com vontade de rir e, óbvio, começamos a teorizar sobre o motivo de tamanha ansiedade. A minha teoria era a de um encontro marcado logo após o término do expediente e que, então, ela estava fazendo tudo para garantir que este terminaria o mais cedo possível. Teoria confirmada pelo namorado que pouco depois veio esperá-la na porta. O nome desta era Deusinha. É, a gente sempre acaba perguntando o nome, e desta vez soubemos até que ela é da Paraíba.
Nessas horas dou graças a Deus de estar com Neto que como eu, leva a maioria das coisas estranhas na esportiva. Sei que a maioria dos meus amigos não teriam essa postura e: ou passariam uma carraspana na moça, ou reclamariam para o gerente. Não que eu não ache certo, acho, mas prefiro voltar lá uma segunda vez e dar um toque pessoalmente. Se não funcionar, ai sim reclamo com quem de direito. Afinal a comida pode ser boa, mas se o atendimento não fizer jus, esta acaba por deixar gosto estranho em nós.
O primeiro foi o Barros, lá do Conchetta, no Bexiga. Simpatíssimo. Mas tanto e tanto que a gente quase precisava ajoelhar no chão e postar as mãos pra ele entender que não, não queríamos comer o que ele nos oferecia, nem um pedacinho só que fosse. E ai ficávamos eu e Neto em estado de alerta e com o riso preso quando ele se aproximava... No fim da noite estávamos quase tirando os pratos da mesa pra ver se dava resultado.
Ontem o restaurante era japonês: Kempô, em Santa Terezinha, e tudo corria bem enquanto era um garçom quem nos atendia. Porém, do meio pro fim da refeição chegou uma garçonete e a coisa começou a ficar o inverso do que foi com o Barros no Concheta; mais um pouco e ela iria nos tirar do restaurante e ter um ataque histérico se, por ventura, algum cliente chegasse. Serviu a sobremesa, trouxe as águas, a conta, serviu os copos incessantemente para retirar as garrafas, e veio buscar a conta antes sequer de terminarmos de comer e olharmos pra dita cuja. Nessa hora Neto, com toda a delicadeza que lhe é peculiar, disse que ela esperasse que quando terminássemos chamaríamos por ela. E a gente segurando o riso, claro. Bastava a moça se aproximar e ficávamos tensos e com vontade de rir e, óbvio, começamos a teorizar sobre o motivo de tamanha ansiedade. A minha teoria era a de um encontro marcado logo após o término do expediente e que, então, ela estava fazendo tudo para garantir que este terminaria o mais cedo possível. Teoria confirmada pelo namorado que pouco depois veio esperá-la na porta. O nome desta era Deusinha. É, a gente sempre acaba perguntando o nome, e desta vez soubemos até que ela é da Paraíba.
Nessas horas dou graças a Deus de estar com Neto que como eu, leva a maioria das coisas estranhas na esportiva. Sei que a maioria dos meus amigos não teriam essa postura e: ou passariam uma carraspana na moça, ou reclamariam para o gerente. Não que eu não ache certo, acho, mas prefiro voltar lá uma segunda vez e dar um toque pessoalmente. Se não funcionar, ai sim reclamo com quem de direito. Afinal a comida pode ser boa, mas se o atendimento não fizer jus, esta acaba por deixar gosto estranho em nós.
13 de maio de 2008
Volto a escrever para o endereço que você não abre; desta vez um e-mail aliviado...
Muito, muito, muito bom receber aquela ligação no Domingo à noite e te ouvir dizer, num certo tom de ansiedade amorosa, que sente tanta saudade de mim quanto sinto de ti. Que sente a mesma falta que sinto das nossas conversas... Bom te ouvir pedir para que eu te ligue, como quem pede para não ser esquecido. Melhor ainda, na segunda-feira, foi ouvir o riso baixinho quando confirmou que era você mesmo "dando um toque". Porque o barulho era tanto que eu não tinha certeza se você me ouvia perguntar se era mesmo você quem falava. Tive medo que fosse o meu desejo me pregando uma peça...
Saiba: tua ligação me trouxe grande alívio. É bom saber que a gente não é o único a navegar num barco mesmo que atualmente ele seja feito da saudade de um amor... Saiba também que ainda outro dia chorei a nossa separação como se fosse hoje... Me peguei dizendo que se tivesse noção do quanto seria difícil e solitário ficar distante de você, não teria optado por cumprir com a nossa missão. Às vezes chego a duvidar dessa transcendência mesmo sentindo-a na carne - mesmo tendo certeza de tudo o que vi, ouvi e senti àquela época - ainda hoje com a mesma clareza. Algumas vezes me pergunto se o final disso não será nos perdermos do nosso amor. Não, não na sua forma carnal e sim justo no que tínhamos de mais nosso e mais belo: a conversa olho-no-olho e a sinceridade irrestrita. Entre nós não havia julgamentos, apenas a busca por compreender as nossas motivações e nos aceitarmos com as nossas limitações. Nunca mais ninguém em ofereceu isso e quando ofereci, as pessoas me julgaram ingênua...
A verdade é que acho que o nosso prazo de validade distantes venceu. A gente precisa se encontrar, se pôr no colo e conversar olhando fundo nos olhos para então seguirmos em frente. Porque ainda temos de seguir em frente...
Estou esperando a sua ligação e nela vou te contar desses e-mails e então você os lerá; de uma lanhouse. Não quero confusão e nem atrapalhar a sua vida... Quero apenas que você saiba que aquele amor ainda existe e persiste.
É bom terminar esse e-mail sabendo que você não me achará maluca. Você me reconhecerá. Lembrei agora quando íamos nos reencontrar pela primeira vez e eu estava toda preocupada em você me achar no meio daquela multidão. E então você com a maior calma desse mundo me garantiu que o faria dizendo: "você pode estar misturada em um milhão de pessoas... Eu te acho". Achou.
Beijo!
Muito, muito, muito bom receber aquela ligação no Domingo à noite e te ouvir dizer, num certo tom de ansiedade amorosa, que sente tanta saudade de mim quanto sinto de ti. Que sente a mesma falta que sinto das nossas conversas... Bom te ouvir pedir para que eu te ligue, como quem pede para não ser esquecido. Melhor ainda, na segunda-feira, foi ouvir o riso baixinho quando confirmou que era você mesmo "dando um toque". Porque o barulho era tanto que eu não tinha certeza se você me ouvia perguntar se era mesmo você quem falava. Tive medo que fosse o meu desejo me pregando uma peça...
Saiba: tua ligação me trouxe grande alívio. É bom saber que a gente não é o único a navegar num barco mesmo que atualmente ele seja feito da saudade de um amor... Saiba também que ainda outro dia chorei a nossa separação como se fosse hoje... Me peguei dizendo que se tivesse noção do quanto seria difícil e solitário ficar distante de você, não teria optado por cumprir com a nossa missão. Às vezes chego a duvidar dessa transcendência mesmo sentindo-a na carne - mesmo tendo certeza de tudo o que vi, ouvi e senti àquela época - ainda hoje com a mesma clareza. Algumas vezes me pergunto se o final disso não será nos perdermos do nosso amor. Não, não na sua forma carnal e sim justo no que tínhamos de mais nosso e mais belo: a conversa olho-no-olho e a sinceridade irrestrita. Entre nós não havia julgamentos, apenas a busca por compreender as nossas motivações e nos aceitarmos com as nossas limitações. Nunca mais ninguém em ofereceu isso e quando ofereci, as pessoas me julgaram ingênua...
A verdade é que acho que o nosso prazo de validade distantes venceu. A gente precisa se encontrar, se pôr no colo e conversar olhando fundo nos olhos para então seguirmos em frente. Porque ainda temos de seguir em frente...
Estou esperando a sua ligação e nela vou te contar desses e-mails e então você os lerá; de uma lanhouse. Não quero confusão e nem atrapalhar a sua vida... Quero apenas que você saiba que aquele amor ainda existe e persiste.
É bom terminar esse e-mail sabendo que você não me achará maluca. Você me reconhecerá. Lembrei agora quando íamos nos reencontrar pela primeira vez e eu estava toda preocupada em você me achar no meio daquela multidão. E então você com a maior calma desse mundo me garantiu que o faria dizendo: "você pode estar misturada em um milhão de pessoas... Eu te acho". Achou.
Beijo!
7 de maio de 2008
Quero fazer uma retificação de algo que escrevi aqui e que uma amiga mencionou ontem enquanto conversávamos: o fato de eu não ser ciumenta.
EU SOU CIUMENTA.
O que eu não sou é gratuitamente ciumenta. Não tenho ciúmes se cobiçam quem amo. Não tenho ciúmes se o admiram e revelam a admiração. Não tenho ciúmes nem se dão em cima de quem amo se estamos juntos. Acho vulgar, pequeno, mas não tenho ciúmes. Porém como o calcanhar se percebo que ele tem interesse em outra mulher. Quem não tem ciúmes numa situação dessas?
EU SOU CIUMENTA.
O que eu não sou é gratuitamente ciumenta. Não tenho ciúmes se cobiçam quem amo. Não tenho ciúmes se o admiram e revelam a admiração. Não tenho ciúmes nem se dão em cima de quem amo se estamos juntos. Acho vulgar, pequeno, mas não tenho ciúmes. Porém como o calcanhar se percebo que ele tem interesse em outra mulher. Quem não tem ciúmes numa situação dessas?
6 de maio de 2008
Vááárias coisas, por isso esse será um post longo... Nada do que aqui escrevo é definitivo, são apenas início de questionamentos e percepções; se levarão a algum lugar não sei.
Estava pensando outro dia que na vida, ou você está num lugar ou está do lado oposto. Isso ocorreu-me quando me dei conta do tanto de gente que vive me pedindo favores, pequenos ou grandes não importa, mas favores. Logo para mim que raramente peço algo a qualquer pessoa e que, inclusive, tenho muita dificuldade nisso. Em pedir. A primeira vez em que fui obrigada pelas circunstâncias a pedir um favor a alguém, eu parecia um bicho enjaulado andando de um lado pra outro dentro do meu quarto, por dois dias inteiros e uma noite insone no meio. Horrível. Hoje, alguns pedidos depois, eu peço tranqüilamente pelo que necessito. Difícil é eu achar que não possa fazer o que preciso... E é claro que não entendo muito bem o universo das pessoas que vivem precisando de ajuda, da mesma forma que elas não devem entender o de quem se propõe a fazer tudo por si só.
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E se não me importo de ajudar quem precisa, tem uma coisa que me irrita profundamente em quem pede: quando você diz que ajuda, mas que a pessoa espere um pouquinho, pois você está ocupada ou indo fazer algo para o qual estão te esperando e a pessoa insiste dizendo que é rapidinho, e não é. Ai eu invariavelmente fico imaginando o que leva a pessoa a supor que as necessidades dela são mais relevantes que as minhas...
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Eu não me importo que não gostem de mim. Há muito tempo entendi e aceitei que não nasci para agradar a todos e sei que existem muitas pessoas que com razão ou sem, adorariam saber que morri. Quando escuto: "fulano não gosta de ti", minha reação é: "bem vindo ao clube"! Porém não deixo de achar engraçado quando alguém que escolhe os amigos se e apenas se estes têm a mesma visão de mundo que ele, não gosta de mim porque eu não digo o que a pessoa acha que eu deveria dizer. Fala sério, não é hilário? E então me pego novamente pensando sobre o quanto as pessoas podem ser minimamente sem noção e acreditarem piamente que sabem de si. E dos outros.
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E é tão ruim nos vermos refletidos no outro né? Principalmente quando a situação é negativa. Um amigo passou um perrengue danado esse fim de semana quando as expectativas não bateram em nada com a realidade da pessoa, interna ou externa. E eu lembrei das vezes em que isso aconteceu comigo e que também não consegui dar continuidade sequer a amizade. E ai fico pensando que essa é a mais brutal das rejeições e que me doeria demais passar por isso de alguém achar que nem para amiga eu valho o investimento. Porém é muito foda você idealizar uma pessoa e quando a encontra ela simplesmente não existe. É um corte tão brutal que parece, não dá pra reconstruir e a coisa se perde por completo mesmo. Mas também fico imaginando porque algumas pessoas promovem ilusões acerca de si mesmos? A resposta é triste né? Montam uma personagem, pois desacreditam completamente de quem sejam.. Se gastassem o tempo que gastam inventando quem não são, para aprimorarem quem são, os resultados seriam melhores para todos. E a pessoa não seria tão triste. Pois esse é um traço comum em quem não tem auto-estima: olhos profundamente tristes.
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Às vezes a gente conhece alguém bem, pode ser que muito bem. E pode ser que muito, muito, muito bem mesmo. E, no entanto, devemos evitar antecipar a pessoa, pois ao fazê-lo a precipitamos e com certeza erramos.
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Nenhuma massa de pão deve ser jogada fora antes de que se lhe dêem mais de 12 horas para que cresçam! Até os fermentos têm seu tempo interno para cumprirem a sua missão, e tenho dito!
Estava pensando outro dia que na vida, ou você está num lugar ou está do lado oposto. Isso ocorreu-me quando me dei conta do tanto de gente que vive me pedindo favores, pequenos ou grandes não importa, mas favores. Logo para mim que raramente peço algo a qualquer pessoa e que, inclusive, tenho muita dificuldade nisso. Em pedir. A primeira vez em que fui obrigada pelas circunstâncias a pedir um favor a alguém, eu parecia um bicho enjaulado andando de um lado pra outro dentro do meu quarto, por dois dias inteiros e uma noite insone no meio. Horrível. Hoje, alguns pedidos depois, eu peço tranqüilamente pelo que necessito. Difícil é eu achar que não possa fazer o que preciso... E é claro que não entendo muito bem o universo das pessoas que vivem precisando de ajuda, da mesma forma que elas não devem entender o de quem se propõe a fazer tudo por si só.
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E se não me importo de ajudar quem precisa, tem uma coisa que me irrita profundamente em quem pede: quando você diz que ajuda, mas que a pessoa espere um pouquinho, pois você está ocupada ou indo fazer algo para o qual estão te esperando e a pessoa insiste dizendo que é rapidinho, e não é. Ai eu invariavelmente fico imaginando o que leva a pessoa a supor que as necessidades dela são mais relevantes que as minhas...
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Eu não me importo que não gostem de mim. Há muito tempo entendi e aceitei que não nasci para agradar a todos e sei que existem muitas pessoas que com razão ou sem, adorariam saber que morri. Quando escuto: "fulano não gosta de ti", minha reação é: "bem vindo ao clube"! Porém não deixo de achar engraçado quando alguém que escolhe os amigos se e apenas se estes têm a mesma visão de mundo que ele, não gosta de mim porque eu não digo o que a pessoa acha que eu deveria dizer. Fala sério, não é hilário? E então me pego novamente pensando sobre o quanto as pessoas podem ser minimamente sem noção e acreditarem piamente que sabem de si. E dos outros.
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E é tão ruim nos vermos refletidos no outro né? Principalmente quando a situação é negativa. Um amigo passou um perrengue danado esse fim de semana quando as expectativas não bateram em nada com a realidade da pessoa, interna ou externa. E eu lembrei das vezes em que isso aconteceu comigo e que também não consegui dar continuidade sequer a amizade. E ai fico pensando que essa é a mais brutal das rejeições e que me doeria demais passar por isso de alguém achar que nem para amiga eu valho o investimento. Porém é muito foda você idealizar uma pessoa e quando a encontra ela simplesmente não existe. É um corte tão brutal que parece, não dá pra reconstruir e a coisa se perde por completo mesmo. Mas também fico imaginando porque algumas pessoas promovem ilusões acerca de si mesmos? A resposta é triste né? Montam uma personagem, pois desacreditam completamente de quem sejam.. Se gastassem o tempo que gastam inventando quem não são, para aprimorarem quem são, os resultados seriam melhores para todos. E a pessoa não seria tão triste. Pois esse é um traço comum em quem não tem auto-estima: olhos profundamente tristes.
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Às vezes a gente conhece alguém bem, pode ser que muito bem. E pode ser que muito, muito, muito bem mesmo. E, no entanto, devemos evitar antecipar a pessoa, pois ao fazê-lo a precipitamos e com certeza erramos.
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Nenhuma massa de pão deve ser jogada fora antes de que se lhe dêem mais de 12 horas para que cresçam! Até os fermentos têm seu tempo interno para cumprirem a sua missão, e tenho dito!
29 de abril de 2008
Estava agora olhando as minhas comunidades no Orkut e pensei que algumas eu deveria nem estar, embora seja verdade o que descrevem.
Por exemplo: Sou tarada por paçoquinha. Sou, mas não lembro qual foi a última vez que comi uma. Com certeza não foi no ano de 2007 e ainda não comi nenhuma em 2008. Porque? Pela quantidade de calorias que contém!!! É um luxo ao qual não posso me dar ao desfrute...
Eu adoro Mc Donald's: Adoro, porém a única vez em que comi lá esse ano foi no dia 12 de Fevereiro. Lembro a data porque era aniversário da minha mãe e só comi lá por ter ido buscar remédio de alto custo e era a opção mais viável perto.
Pizza é outra coisa que gosto muito, mas como umas duas vezes no ano... A primeira foi há dois Sábados no reencontro da turma.
E todos pelo mesmo motivo: calorias! E ai fico pensando se eu fosse uma paulistana típica que, por exemplo, como pizza todo final de semana, com que tamanho eu estaria?
Por exemplo: Sou tarada por paçoquinha. Sou, mas não lembro qual foi a última vez que comi uma. Com certeza não foi no ano de 2007 e ainda não comi nenhuma em 2008. Porque? Pela quantidade de calorias que contém!!! É um luxo ao qual não posso me dar ao desfrute...
Eu adoro Mc Donald's: Adoro, porém a única vez em que comi lá esse ano foi no dia 12 de Fevereiro. Lembro a data porque era aniversário da minha mãe e só comi lá por ter ido buscar remédio de alto custo e era a opção mais viável perto.
Pizza é outra coisa que gosto muito, mas como umas duas vezes no ano... A primeira foi há dois Sábados no reencontro da turma.
E todos pelo mesmo motivo: calorias! E ai fico pensando se eu fosse uma paulistana típica que, por exemplo, como pizza todo final de semana, com que tamanho eu estaria?
26 de abril de 2008
Às vezes penso em escrever e-mails para essa sua conta, mesmo sabendo que você jamais a acessa. Vontade de falar todas as coisas de mim, mesmo sabendo que você não lerá; mas um dia, quem sabe?
Quando esse pensamento me vem, junto aparece uma lágrima que, furtiva, lentamente escorre pelo canto do olho...
Saudade.
Não de quem você é hoje, que na verdade desconheço, mas do homem que amei e me amou há muitos anos atrás.
Essa semana fui num lugar onde passei muitas e muitas horas sentada esperando por algo. Algo capaz de me matar de tédio, não sei se você ainda lembra... Um mar de gente à minha volta e, de repente, me pego pensando em você (sonhara contigo naquela noite) o que fez com que, imediatamente, meus olhos se enchessem de lágrimas. E eu ali, segurando para não chorar sem nem sequer saber por quê. A cena era minha mãe saindo por um elevador para a sala cirúrgica e você aparecendo pelo outro... Se fosse naquela época, ao saber que eu estava naquele castigo, você daria um jeito de vir ficar comigo. Por que você era assim. Não tinha perrengue que, na sua opinião, compartilhado, não fosse mais fácil de passar.
Como sinto falta de alguém cuidando de mim!!!
É dolorida a sensação de que se morrermos e por algum motivo ninguém for avisado, levarão dias para sentirem a nossa falta. Só quem ama dá por nossa ausência em minutos...
Não sei por que voltei a sentir a tua falta depois de Novembro. Por que voltei a sonhar contigo tão insistentemente... Por anos você foi uma lembrança esmaecida em mim. Indolor. Talvez seja porque tenha me descoberto amando novamente, porém um amor tão solitário que o inconsciente sonha para me fazer lembrar do que é ter alguém de verdade...
Às vezes penso que algumas das resoluções atuais, que silenciosamente venho pondo em prática, tencionam, na verdade, que eu me “case” ali na frente. De repente a perspectiva de envelhecer só se torna sombria. Não pela solidão em si - com essa eu lido bem mesmo porque não a tenho - mas pela ausência de ser amada. Dá pra entender? A perspectiva de envelhecer sem ter quem te queira de maneira especial, assusta mais do que as rugas que pouco a pouco vão se insinuando...
Tá, agora relendo tudo o que escrevi fiquei com a certeza de que se um dia vier a abrir esse e-mail, irá me achar maluca. Porém estou me importando não... Quem sabe você também sinta falta de voltar a ter alguém para quem você possa falar tudo sem temer as críticas?
Beijo!
Quando esse pensamento me vem, junto aparece uma lágrima que, furtiva, lentamente escorre pelo canto do olho...
Saudade.
Não de quem você é hoje, que na verdade desconheço, mas do homem que amei e me amou há muitos anos atrás.
Essa semana fui num lugar onde passei muitas e muitas horas sentada esperando por algo. Algo capaz de me matar de tédio, não sei se você ainda lembra... Um mar de gente à minha volta e, de repente, me pego pensando em você (sonhara contigo naquela noite) o que fez com que, imediatamente, meus olhos se enchessem de lágrimas. E eu ali, segurando para não chorar sem nem sequer saber por quê. A cena era minha mãe saindo por um elevador para a sala cirúrgica e você aparecendo pelo outro... Se fosse naquela época, ao saber que eu estava naquele castigo, você daria um jeito de vir ficar comigo. Por que você era assim. Não tinha perrengue que, na sua opinião, compartilhado, não fosse mais fácil de passar.
Como sinto falta de alguém cuidando de mim!!!
É dolorida a sensação de que se morrermos e por algum motivo ninguém for avisado, levarão dias para sentirem a nossa falta. Só quem ama dá por nossa ausência em minutos...
Não sei por que voltei a sentir a tua falta depois de Novembro. Por que voltei a sonhar contigo tão insistentemente... Por anos você foi uma lembrança esmaecida em mim. Indolor. Talvez seja porque tenha me descoberto amando novamente, porém um amor tão solitário que o inconsciente sonha para me fazer lembrar do que é ter alguém de verdade...
Às vezes penso que algumas das resoluções atuais, que silenciosamente venho pondo em prática, tencionam, na verdade, que eu me “case” ali na frente. De repente a perspectiva de envelhecer só se torna sombria. Não pela solidão em si - com essa eu lido bem mesmo porque não a tenho - mas pela ausência de ser amada. Dá pra entender? A perspectiva de envelhecer sem ter quem te queira de maneira especial, assusta mais do que as rugas que pouco a pouco vão se insinuando...
Tá, agora relendo tudo o que escrevi fiquei com a certeza de que se um dia vier a abrir esse e-mail, irá me achar maluca. Porém estou me importando não... Quem sabe você também sinta falta de voltar a ter alguém para quem você possa falar tudo sem temer as críticas?
Beijo!
22 de abril de 2008
Beber como uma dama ainda não foi dessa vez...
Como bem disse minha mais nova amiga de infância e copo ontem, ultimamente deve ter muito sangue na minha corrente etílica!!!
Não tô entendendo!
Rapaz, e o corôa que sentou de frente pra menina de mini-saia no metrô só pra ficar encarando a calcinha da moça que nem se apercebeu disso? E você fica ali sem saber se dá um toque. Sorte que logo ela cruzou as pernas e ele perdeu a diversão.
E a mulher que jogando vídeo game no celular fazia com a língua um movimento de sugar, como se tivesse uma chupeta invisível na boca e acabou fazendo com que meio vagão prestasse atenção nela, enquanto ela nem tchuns?
Pessoas sem percepção de si sempre me intrigam...
Como bem disse minha mais nova amiga de infância e copo ontem, ultimamente deve ter muito sangue na minha corrente etílica!!!
Não tô entendendo!
Rapaz, e o corôa que sentou de frente pra menina de mini-saia no metrô só pra ficar encarando a calcinha da moça que nem se apercebeu disso? E você fica ali sem saber se dá um toque. Sorte que logo ela cruzou as pernas e ele perdeu a diversão.
E a mulher que jogando vídeo game no celular fazia com a língua um movimento de sugar, como se tivesse uma chupeta invisível na boca e acabou fazendo com que meio vagão prestasse atenção nela, enquanto ela nem tchuns?
Pessoas sem percepção de si sempre me intrigam...
17 de abril de 2008
Hoje tô feliz comigo mesma!
O motivo para quem não tem um vício pode parecer besta, porém quem é vicíado em alguma coisa sabe o quão difícil é resistir a ele. E eu estou feliz por desde segunda-feira não tomar um gole sequer de Coca-cola ou qualquer outro refrigerante. Hoje fui ao supermercado e voltei de lá sem nenhuma garrafa, ilesa! E olha que havia lá várias garrafas de 3 litros do líquido sagrado por módicos 3 reaus!!! Mas eu olhei, encarei e disse: "Não!!! Só por hoje eu não vou beber Coca-cola ou qualquer outro refrigerante".
Pra ajudar a emagrecer, cortei também sucos e alcoólicos durante 6 dias da semana e, por incrível que pareça, percebi que fica mais fácil para fazer dieta assim. Deve ser porque morro de preguiça de comer, mas de beber? Nenhuma! Um dos meus bordões é achar que comida devia ser líquida!!! Como percebem não tirei nada da minha vida, mas coloquei um limite bem estruturado, pois também não adianta nada me matar durante a semana e no dia em que eu possa consumir, ir lá e perder todos os esforços me empanturrando. Vou aprender a beber como uma donzela, vocês verão.
Além disso voltei a caminhar cotidianamente e a fazer uma hora de ginástica com uns vídeos que baixei da internet. Rapaz! Tem curso até dança do ventre e como o que preciso é de movimento para queimar calorias, tô me mexendo à beça! rs... Porque tem isso né? Você tem de gostar da maioria dos exercícios que faz pra querer fazer todo dia.
E não estou me prometendo nada, mas torcendo muito pra que finalmente eu tenha amadurecido nesse aspecto da minha vida. Andava MUITO triste e descontente não apenas com o meu peso mas, principalmente, pelo mal que vinha fazendo a mim mesma. A mesma sensação que tive com o cigarro até largá-lo de vez...
O motivo para quem não tem um vício pode parecer besta, porém quem é vicíado em alguma coisa sabe o quão difícil é resistir a ele. E eu estou feliz por desde segunda-feira não tomar um gole sequer de Coca-cola ou qualquer outro refrigerante. Hoje fui ao supermercado e voltei de lá sem nenhuma garrafa, ilesa! E olha que havia lá várias garrafas de 3 litros do líquido sagrado por módicos 3 reaus!!! Mas eu olhei, encarei e disse: "Não!!! Só por hoje eu não vou beber Coca-cola ou qualquer outro refrigerante".
Pra ajudar a emagrecer, cortei também sucos e alcoólicos durante 6 dias da semana e, por incrível que pareça, percebi que fica mais fácil para fazer dieta assim. Deve ser porque morro de preguiça de comer, mas de beber? Nenhuma! Um dos meus bordões é achar que comida devia ser líquida!!! Como percebem não tirei nada da minha vida, mas coloquei um limite bem estruturado, pois também não adianta nada me matar durante a semana e no dia em que eu possa consumir, ir lá e perder todos os esforços me empanturrando. Vou aprender a beber como uma donzela, vocês verão.
Além disso voltei a caminhar cotidianamente e a fazer uma hora de ginástica com uns vídeos que baixei da internet. Rapaz! Tem curso até dança do ventre e como o que preciso é de movimento para queimar calorias, tô me mexendo à beça! rs... Porque tem isso né? Você tem de gostar da maioria dos exercícios que faz pra querer fazer todo dia.
E não estou me prometendo nada, mas torcendo muito pra que finalmente eu tenha amadurecido nesse aspecto da minha vida. Andava MUITO triste e descontente não apenas com o meu peso mas, principalmente, pelo mal que vinha fazendo a mim mesma. A mesma sensação que tive com o cigarro até largá-lo de vez...
Hoje te amo para sempre; amanhã não sei...
Só vivi amores platônicos na adolescência. Aos quilos. Nunca vi alguém pra se apaixonar como eu naquela época; conseguia num dia só gostar de uns 3 cabras diferentes... Mas não ficava com nenhum a maioria das vezes. Cobiçava de longe e me atrapalhava de tal forma quando chegavam perto, que eles acabavam desistindo daquela doida.
Por volta dos 21 anos desencantei e passei a ter vários relacionamentos. Namorava um, terminava e dias depois já estava namorando outro. Lembro de uma amiga que morando fora de São Paulo um dia exclamou: "Cacete mulher! Te encontrei 5 vezes nos últimos dois anos e em nenhuma dessas vezes você estava sem ou com o mesmo namorado, foi à forra é"? Pois. Mas se eu ainda era a gorda de sempre, o que havia mudado? Diria que principalmente a minha atitude antes de me apaixonar: passei a me interessar somente por homens que sinalizavam interesse em mim. Sigo assim até hoje. O interesse por mim é a coisa mais sexy e apaixonante que um homem pode ter tanto para me conquistar, quanto para me manter conquistada.
E mesmo amando, se tem uma coisa que não consigo fazer é jura de amor eterno. Todas às vezes em que ouvi um "te amo para sempre" respondi com: "hoje te amo para sempre; amanhã não sei". Se algum não gostou, não sei. Porém o tempo provou que eu não estava errada em evitar me comprometer com algo que nenhum dos dois podia cumprir.
Há alguns dias venho pensando que meu afeto é mesmo muito determinado pelo interesse que percebo que o cara tem por mim. Se ele demonstra interesse e se faz presente, eu correspondo. Se ele se desliga da relação, mesmo sem querer começo a fazer isso. Porque amor não correspondido dói né? Pra porra. Não conheço nada que doa tanto, nem dor de dente.
E embora tenham pessoas que achem que você deve amar e demonstrar amor mesmo que o outro se mantenha "impassível diante do dragão", como diria Neimar de Barros, eu não consigo. Mesmo que ame. Relações onde um dá e o outro joga migalhas achando que isso alimenta não são comigo, nunca foram. Todas as vezes em que terminei meus namoros foram porque me reconheci fazendo isso. Ninguém merece ser tratado assim.
Amor bom é amor correspondido. É amor vivido. É amor compartilhado e construído por dois. Se não for assim não vale a pena, pois logo vira ressentimento e mágoa. Porque quem ama quer ser amado. Ninguém ama por dois, ninguém se dedica sozinho, ninguém se sente bem em beijar apenas a fotografia. Quem ama também quer receber ligações e mensagens carinhosas; quer sentir que o outro sente a sua falta e tem prazer em estar junto e por conta disso abre espaço na própria vida para que o encontro possa acontecer.
Eu sei que por conta desse meu jeito, muita gente acha que me transformo em outra quando me desapaixono e se ressente comigo. Eu não me ressinto de volta, mas acho engraçado a pessoa querer ser tratada com um especialismo que não corresponde. Acho engraçado mesmo, de me rir sabe? Por dentro e pensar: "doido"!!! Mas isso não é loucura, é mimo né? Egocentrismo. É ser como um colecionador de afetos, sendo este algo que você tem, põe na estante, orgulhosamente exibe pros amigos de vez em quando, mas mantém lá, atrás do vidro; você não estabelece relação real com a coleção...
E não pensem que eu não sofra de desamor, sofro. Igual todo mundo. Só que hoje em dia esses processos são mais rápidos. Foi-se o tempo em que eu levava 5 anos pra esquecer um amor. Hoje é questão de meses.
No fim das contas o amar se resume numa coisa só:
Quem ama, corresponde.
Simples assim.
Só vivi amores platônicos na adolescência. Aos quilos. Nunca vi alguém pra se apaixonar como eu naquela época; conseguia num dia só gostar de uns 3 cabras diferentes... Mas não ficava com nenhum a maioria das vezes. Cobiçava de longe e me atrapalhava de tal forma quando chegavam perto, que eles acabavam desistindo daquela doida.
Por volta dos 21 anos desencantei e passei a ter vários relacionamentos. Namorava um, terminava e dias depois já estava namorando outro. Lembro de uma amiga que morando fora de São Paulo um dia exclamou: "Cacete mulher! Te encontrei 5 vezes nos últimos dois anos e em nenhuma dessas vezes você estava sem ou com o mesmo namorado, foi à forra é"? Pois. Mas se eu ainda era a gorda de sempre, o que havia mudado? Diria que principalmente a minha atitude antes de me apaixonar: passei a me interessar somente por homens que sinalizavam interesse em mim. Sigo assim até hoje. O interesse por mim é a coisa mais sexy e apaixonante que um homem pode ter tanto para me conquistar, quanto para me manter conquistada.
E mesmo amando, se tem uma coisa que não consigo fazer é jura de amor eterno. Todas às vezes em que ouvi um "te amo para sempre" respondi com: "hoje te amo para sempre; amanhã não sei". Se algum não gostou, não sei. Porém o tempo provou que eu não estava errada em evitar me comprometer com algo que nenhum dos dois podia cumprir.
Há alguns dias venho pensando que meu afeto é mesmo muito determinado pelo interesse que percebo que o cara tem por mim. Se ele demonstra interesse e se faz presente, eu correspondo. Se ele se desliga da relação, mesmo sem querer começo a fazer isso. Porque amor não correspondido dói né? Pra porra. Não conheço nada que doa tanto, nem dor de dente.
E embora tenham pessoas que achem que você deve amar e demonstrar amor mesmo que o outro se mantenha "impassível diante do dragão", como diria Neimar de Barros, eu não consigo. Mesmo que ame. Relações onde um dá e o outro joga migalhas achando que isso alimenta não são comigo, nunca foram. Todas as vezes em que terminei meus namoros foram porque me reconheci fazendo isso. Ninguém merece ser tratado assim.
Amor bom é amor correspondido. É amor vivido. É amor compartilhado e construído por dois. Se não for assim não vale a pena, pois logo vira ressentimento e mágoa. Porque quem ama quer ser amado. Ninguém ama por dois, ninguém se dedica sozinho, ninguém se sente bem em beijar apenas a fotografia. Quem ama também quer receber ligações e mensagens carinhosas; quer sentir que o outro sente a sua falta e tem prazer em estar junto e por conta disso abre espaço na própria vida para que o encontro possa acontecer.
Eu sei que por conta desse meu jeito, muita gente acha que me transformo em outra quando me desapaixono e se ressente comigo. Eu não me ressinto de volta, mas acho engraçado a pessoa querer ser tratada com um especialismo que não corresponde. Acho engraçado mesmo, de me rir sabe? Por dentro e pensar: "doido"!!! Mas isso não é loucura, é mimo né? Egocentrismo. É ser como um colecionador de afetos, sendo este algo que você tem, põe na estante, orgulhosamente exibe pros amigos de vez em quando, mas mantém lá, atrás do vidro; você não estabelece relação real com a coleção...
E não pensem que eu não sofra de desamor, sofro. Igual todo mundo. Só que hoje em dia esses processos são mais rápidos. Foi-se o tempo em que eu levava 5 anos pra esquecer um amor. Hoje é questão de meses.
No fim das contas o amar se resume numa coisa só:
Quem ama, corresponde.
Simples assim.
16 de abril de 2008
Dando continuidade à série "me falta paciência para": blogs cuja temática é 90% voltada a reclamar de alguma coisa: de si, dos outros, do país, do trabalho, do tempo, de Deus...
Alguns que eu lia diariamente sairam dos meus favoritos por conta disso.
Ops! E não é que se eu seguir com essa temática, meu blog se transformará num desses? rs...
Oi Gui!
;-)
Alguns que eu lia diariamente sairam dos meus favoritos por conta disso.
Ops! E não é que se eu seguir com essa temática, meu blog se transformará num desses? rs...
Oi Gui!
;-)
14 de abril de 2008
Sou espiritualista não pelas coisas que li, mas por conta das coisas que vivi na própria pele. Em tese era para eu passar longe de toda as questões de vida após a morte e da convivência estreita destes com os que cá estão, muitas vezes influenciando as suas existências, assim como com o que comumente se chama de carma - mas não é. Devia ter me mantido ao largo de tudo isso uma vez que passei 13 anos estudando em colégio de freiras e morria de medo de espíritos ou qualquer coisa que se assemelhasse a eles, pelo simples fato de que ainda muito pequena - 4 anos - tinha sonhos muito ruins com seres invisíveis que vinham me buscar para brincarmos. Até ai normal né? Só que num determinado momento dos sonhos aqueles seres judiavam de mim, invariavelmente me deixando apavorada. Então eu acordava chorando e meu pai vinha ficar sentado aos pés da minha cama até que eu voltasse a dormir, o que só acontecia quando eu via o dia clareando. Durante meses isso aconteceu todos os dias e só cessou depois que minha mãe foi a um centro espírita e lá mandaram fazer uma reza e colocar uma flor branca embaixo do meu travesseiro. Só soube disso muitos anos depois.
Outro fator que me defenderia de acreditar nessas coisas seria a característica de São Thomé: a teoria pode ser linda e lógica, mas quero sempre comprovações práticas ou, minimamente, fortes indícios de que a coisa acontece de verdade, caso contrário "nem a pau juvenal"!
Isso posto, quero contar aqui a primeira experiência que tive nesse sentido, porém ainda preciso contextualizá-la: eu devia ter 17/18 anos e há algum tempo estudava o espiritismo, cuja filosofia tomei contato por conta da morte do meu pai.
Outra informação necessária é a de que nos primeiros anos da minha puberdade eu sofria com cólicas terríveis que me faziam cair de cama e tomar tanto analgésico, um por cima do outro, a ponto de não saber como nunca tive uma orvedose, já que numa só vez. num intervalo de duas horas, tomei 8 (oito) analgésicos diferentes. Isso foi até que um dia um médico compadeceu-se de mim e receitou um analgésico cirúrgico para que eu tivesse alguma vida no meu período menstrual. Foi o que me salvou, mas fez meu dentista ficar muito assustado.
Agora vamos ao que interessa: numa madrugada acordo sentindo tanta, mas tanta cólica que quando tive noção de que estava desperta, também me dei conta de que estava no meio de um Pai Nosso e pedindo socorro à qualquer equipe médica do espaço que estivesse por perto. Eu sentia tanta dor, mas tanta dor que não conseguia sequer chamar minha irmã na cama ao lado para me dar remédio. A única coisa na qual pensava é que eu ia morrer. Eu me sentia morrendo. E ai pensava que o faria a um metro de distância dela e que ela não ia nem ver. Voltei a rezar já que era só o que consegui fazer e, de repente, apaguei.
Essa foi a primeira e única vez em que me desdobrei fisicamente, ou seja, na qual meu espírito saiu do corpo e eu segui tendo consciência de tudo o que acontecia comigo e à minha volta. Era como se estivesse sentada na cama e vendo meu corpo ali deitado no escuro. Com um pouco de tempo percebi que havia duas pessoas em pé do lado esquerdo da minha cama e que tendo os braços estendidos em direção ao meu corpo com as mãos posta sobre o meu abdome - mas sem tocá-lo - emanavam uma energia muito sutil que entrava em mim. Quando me fixei para tentar ver o que era aquela coisa de cor clara e um tantinho brilhante que ia para a minha barriga, percebi que do outro lado havia algo muito escuro e gosmento também entrando lá. Fui acompanhando aquela coisa com o olhar e me deparei com uma criatura horrível e disforme, mais parecendo um monte de geleca, que tinha a mão e parte do braço dentro de mim e dizia algo que eu não conseguia entender a princípio. Concentrei-me muito para escutar o que era dito num tom baixo e cheio de ódio, até que entendi: "vou matá-la. Ela me paga! Vou matá-la. Hoje ela não me escapa". Fiquei tão assustada e tão apavorada que nem sei como é possível, mas o fato é que desmaiei mesmo estando desdobrada.
Quando acordei a manhã já ia avançada e eu não sentia nenhuma dor. Nada. Beslicava meu abdome e era como se ele estivesse anestesiado, dormente. Lembrei-me da criatura e comecei a chorar, pois imediatamente me veio a consciência de que eu havia prejudicado muito aquela pessoa e, principalmente, que havia feito isso quando ela nutria por mim um amor profundo, pois só odeia naquela intensidade quem um dia amou da mesma forma.
Eu não via nada, ninguém, mas sentia que todos ainda estavam ali. Foi então que em voz alta pedi perdão pelo mal que, sabia, havia lhe feito, embora não me recordasse qual fora. Pedi que me desse uma oportunidade de provar-lhe que não era mais aquela pessoa que um dia o magoara tão terrivelmente, embora ainda fosse alguém cheia de defeitos. Por fim me comprometi a que, se Deus permitisse, tê-lo por filho para tentar reparar o mal que até então eu havia feito. No entanto fiz ver que ele precisava partir para tratamento, pois se voltasse com aquele quanto de energia negativa grudada ao perispírito (corpo espiritual), iria ter um vida cheia de problemas de saúde. Ainda estava chorando emocionada quando fiz uma oração agradecendo a Deus a oportunidade que Ele me concedia de ter tomado consciência do meu erro, e pela chance de começar a reconstruir aquilo que um dia destrui. Foi então que senti o ambiente serenar e soube: a pessoa havia aceito meu compromisso e partira para o plano espiritual.
O que senti naquele dia mais tarde não foi cólica - sim, eu segui tendo cólica, porém elas nunca mais foram naquela intensidade e passam até hoje com Dipirona - mas um vazio como se tivessem tirado de mim um pedaço que doia, não no corpo, mas na alma. Passei dias sentindo falta...
Outro fator que me defenderia de acreditar nessas coisas seria a característica de São Thomé: a teoria pode ser linda e lógica, mas quero sempre comprovações práticas ou, minimamente, fortes indícios de que a coisa acontece de verdade, caso contrário "nem a pau juvenal"!
Isso posto, quero contar aqui a primeira experiência que tive nesse sentido, porém ainda preciso contextualizá-la: eu devia ter 17/18 anos e há algum tempo estudava o espiritismo, cuja filosofia tomei contato por conta da morte do meu pai.
Outra informação necessária é a de que nos primeiros anos da minha puberdade eu sofria com cólicas terríveis que me faziam cair de cama e tomar tanto analgésico, um por cima do outro, a ponto de não saber como nunca tive uma orvedose, já que numa só vez. num intervalo de duas horas, tomei 8 (oito) analgésicos diferentes. Isso foi até que um dia um médico compadeceu-se de mim e receitou um analgésico cirúrgico para que eu tivesse alguma vida no meu período menstrual. Foi o que me salvou, mas fez meu dentista ficar muito assustado.
Agora vamos ao que interessa: numa madrugada acordo sentindo tanta, mas tanta cólica que quando tive noção de que estava desperta, também me dei conta de que estava no meio de um Pai Nosso e pedindo socorro à qualquer equipe médica do espaço que estivesse por perto. Eu sentia tanta dor, mas tanta dor que não conseguia sequer chamar minha irmã na cama ao lado para me dar remédio. A única coisa na qual pensava é que eu ia morrer. Eu me sentia morrendo. E ai pensava que o faria a um metro de distância dela e que ela não ia nem ver. Voltei a rezar já que era só o que consegui fazer e, de repente, apaguei.
Essa foi a primeira e única vez em que me desdobrei fisicamente, ou seja, na qual meu espírito saiu do corpo e eu segui tendo consciência de tudo o que acontecia comigo e à minha volta. Era como se estivesse sentada na cama e vendo meu corpo ali deitado no escuro. Com um pouco de tempo percebi que havia duas pessoas em pé do lado esquerdo da minha cama e que tendo os braços estendidos em direção ao meu corpo com as mãos posta sobre o meu abdome - mas sem tocá-lo - emanavam uma energia muito sutil que entrava em mim. Quando me fixei para tentar ver o que era aquela coisa de cor clara e um tantinho brilhante que ia para a minha barriga, percebi que do outro lado havia algo muito escuro e gosmento também entrando lá. Fui acompanhando aquela coisa com o olhar e me deparei com uma criatura horrível e disforme, mais parecendo um monte de geleca, que tinha a mão e parte do braço dentro de mim e dizia algo que eu não conseguia entender a princípio. Concentrei-me muito para escutar o que era dito num tom baixo e cheio de ódio, até que entendi: "vou matá-la. Ela me paga! Vou matá-la. Hoje ela não me escapa". Fiquei tão assustada e tão apavorada que nem sei como é possível, mas o fato é que desmaiei mesmo estando desdobrada.
Quando acordei a manhã já ia avançada e eu não sentia nenhuma dor. Nada. Beslicava meu abdome e era como se ele estivesse anestesiado, dormente. Lembrei-me da criatura e comecei a chorar, pois imediatamente me veio a consciência de que eu havia prejudicado muito aquela pessoa e, principalmente, que havia feito isso quando ela nutria por mim um amor profundo, pois só odeia naquela intensidade quem um dia amou da mesma forma.
Eu não via nada, ninguém, mas sentia que todos ainda estavam ali. Foi então que em voz alta pedi perdão pelo mal que, sabia, havia lhe feito, embora não me recordasse qual fora. Pedi que me desse uma oportunidade de provar-lhe que não era mais aquela pessoa que um dia o magoara tão terrivelmente, embora ainda fosse alguém cheia de defeitos. Por fim me comprometi a que, se Deus permitisse, tê-lo por filho para tentar reparar o mal que até então eu havia feito. No entanto fiz ver que ele precisava partir para tratamento, pois se voltasse com aquele quanto de energia negativa grudada ao perispírito (corpo espiritual), iria ter um vida cheia de problemas de saúde. Ainda estava chorando emocionada quando fiz uma oração agradecendo a Deus a oportunidade que Ele me concedia de ter tomado consciência do meu erro, e pela chance de começar a reconstruir aquilo que um dia destrui. Foi então que senti o ambiente serenar e soube: a pessoa havia aceito meu compromisso e partira para o plano espiritual.
O que senti naquele dia mais tarde não foi cólica - sim, eu segui tendo cólica, porém elas nunca mais foram naquela intensidade e passam até hoje com Dipirona - mas um vazio como se tivessem tirado de mim um pedaço que doia, não no corpo, mas na alma. Passei dias sentindo falta...
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